Little Anie – 3ª Parte
Oh, eu sempre te decepciono
Você fica destruída, no chão
Mas, ainda assim, eu te encontro aqui
Ao meu lado
E oh, eu faço tantas coisas estúpidas
Eu estou longe de ser bom, é verdade
Mas, ainda assim, eu te encontro
Ao meu lado
Há algo no jeito que você
Sempre olha pro lado positivo
Ignora toda a bagunça esparramada
Sempre parecendo que isso é fácil
E ainda assim você, ainda assim você me quer
Então, obrigado
Por me dar uma chance
Eu sei que não é fácil
Mas eu espero fazer valer a pena
– Next To Me | Imagine Dragons
Pov Arthur
Londres | Segunda-feira, 26 de setembro de 2016 – Na gravadora.
– Isso é complicado. Não
venham vocês me dizer ao contrário. É perceptível pelas olheiras do Micael. –
Harry observou.
Não sei como, mas
chegamos ao assunto sobre filhos. E Harry está pontuando todos os pontos
“negativos” que ele acha que surgem com a chegada de um bebê, inclusive, as
olheiras do Micael.
– Aposto que a Lívia
agora com seus quase cinco meses, nem acorda tanto quanto estava com uma
semana. Então agora não está tão complicado, Judd. – Falei. – Você quer
o quê?
– Eu não quero bebês. Não
agora. Já pensou eu com um filho agora? – Ele franziu o cenho. Esse assunto, e
qualquer outro que envolva responsabilidades, o assusta.
– Não é tão horrível,
Harry. É óbvio que você cansa, mas depois se acostuma. – Mika justificou. –
Além do mais, seria o seu filho. Você não ia achar ruim.
– Hahaha... eu ia
reclamar. Com certeza eu ia reclamar bastante. Eu gosto de dormir sem grandes
preocupações. O único compromisso que eu tenho é com a banda.
– Harry não tem cara de
quem vai ser pai um dia. – John se meteu na conversa. – Ele se contenta em ser
só tio.
– Exatamente! Vocês são
ótimos pais, e eu tenho uma afilhada linda, obrigado, Arthur. – Ele sorriu para
mim. – Já estou satisfeito. Tipo, eu posso cuidar dela eventualmente... não
para sempre, igual se eu tivesse um filho. Eu teria que me preocupar com tudo.
– Você é exagerado, cara.
– Ri e os outros me acompanharam.
– Eu estou exagerando?
– Seus pais cuidaram de
você ora. – Pontuei e o encarei.
– É diferente. Acho que
eles me queriam. – Harry ficou pensativo. – Na verdade, nunca perguntei isso a
eles. Mas eu acho que a minha mãe gostava mais, ela que ficou comigo.
– Aí que está – John
ressaltou – Você faria a mesma coisa que o seu pai fez com você, com o seu filho?
– Questionou.
– Não. Claro que não,
John. Eu não sou assim. Sou meio despreocupado, porque não tenho com o que me
preocupar.
– Então você cuidaria do
seu filho. – John sorriu. – Você tem quase trinta anos. Se não quer um filho,
evite, use camisinhas. Muitas!
– Eu nunca esqueço. Pode
ficar despreocupado.
– É você quem tem que se
preocupar. – John riu ao fazer o comentário.
– E me preocupo. Estou
dizendo a vocês. – Harry afirmou. – Tipo, as suas filhas foram planejadas? A
diferença de idade é grande.
– Não, Judd. A Katherine
apenas veio. Mas não me preocupei com isso.
– Você é um homem responsável.
– Harry disse com graça e eu acabei rindo.
– Mais do que você. Eu
tenho certeza! – John retrucou. – Sou casado há vinte e cinco anos, por que
isso deveria me assustar? Precisamos estar cientes das coisas que fazemos. É
por isso que te falei, use camisinha. Sei que você adora garotas. Muitas!
– Hahaha... não é como se
eu transasse com a Inglaterra toda.
– Ah não? – Indaguei.
– Não, Arthur. Para de
graça! Você usa camisinha por acaso?
– É como John falou, sou
casado e estou ciente das coisas que faço. – Dei de ombros. – Mas usar camisinha
não é exclusividade só de quem está solteiro.
– Isso que eu quis que
ele entendesse quando falei em “estar ciente das coisas que fazemos”. Aconteceu
de um dia ou outro Grace esquecer da pílula. O que poderíamos fazer? Mais nada!
Eu poderia usar camisinha? Sim, mas isso é uma conversa entre o casal.
– Quando eu tiver um
relacionamento sério e blá blá blá... vou ter uma conversa dessas. Acertei?
– É isso aí, meu garoto.
Precisamos confiar em nosso parceiro ou parceira.
– A tá e quem usa não
confia?
– Cara, quem usa está se
prevenindo. Não tem nada a ver com confiança. – Chay comentou.
– Você esqueceu por
acaso?
– Não se esquece o que
não se usa, Harry. Sua pergunta foi respondida?
– Você tinha o mesmo
pensamento que o meu. A diferença é que a Mel engravidou.
– E que estávamos
casados. Mas isso não muda muita coisa.
– Sua culpa. O que posso
fazer? Pelo menos sou sincero com as minhas muitas garotas. Que vocês
adoram enfatizar. Elas sabem que eu não quero casar. Não minto para nenhuma
delas.
– E a gente mente então?
– Questionei.
– Você eu acredito que
não. Mas eu te defendo e todo mundo pensa que eu puxo o seu saco. Só que você é
péssimo com mentiras e todo mundo aqui sabe.
– Uhm... a gente sabe da
relação de vocês de respeito e cumplicidade. – Nick disse debochado.
– De confiança e sem
camisinhas. – Harry acrescentou.
– Sai fora, Harry. – O
empurrei e eles riram.
– Mas é sério, sei que
são casados e que na maioria das vezes, são as mulheres que tomam remédios, tá?
Não sou casado, mas com a Naomi era assim. Tá vendo, já tive um relacionamento
com confiança.
– Harry não esquece essa
mulher! – Micael exclamou.
– Você teria casado com
ela? – John questionou.
– Olha pra ele, solteiro
até hoje. – Nick riu.
– Solteiro não quer dizer
que estou sozinho. – Harry disse sarcástico.
– Você não me respondeu,
Harry.
– Não e foi por isso que
terminamos. Esse lance de querer mais, não dá pra mim.
– Compromissos e
relacionamentos sérios. Você tem problemas com isso, querido?
– Não, Nick. Você quer
casar por acaso?
– Só se o marido fosse
você. – Ele riu alto com a cara que Harry fez.
– Eu gosto de mulher, meu
amigo. E nem com elas eu quero casar. Então, nem insiste.
– Hahaha idiota!
– Mas é sério, eu estou
levando a sério essa nossa conversa. Esse lance de filhos me preocupa. Então, a
Sophia, a Lua e a Mel, com exceção da Grace, engravidaram porque queriam?
– Vou responder pela Lua,
da Anie a gente estava tentando. Não foi surpresa nenhuma. A preocupação foi
que demorou um pouco. Sem remédios e sem camisinha. – Expliquei. – Agora da
segunda vez foi rápido em todos os sentidos. E enfim... – Suspirei. – Eu ia
amar a novidade, era o que eu já havia pedido muitas vezes.
– E por que não tentam
novamente?
– É uma longa história,
Nick. – Respondi. Por que todos acham que tentar novamente parece mais fácil?
– Nenhum “a camisinha
falhou”?
– Hahaha não comigo. A
Sophia queria também, a gente fez já sabendo.
– Eu não sabia de nada,
então... – Chay respirou fundo.
– Não precisa explicar.
Eu vou tomar mais cuidado. Vocês ainda usam?
– Óbvio, Sophia tá
amamentando. Não pode tomar pílulas. Um bebê agora, e eu entraria em pânico.
– Não, porque como sabem,
Mel nem quer conversar comigo sobre nós. – Chay respondeu.
– Status de sexo, parado.
Extremamente intacto. A não ser é claro, que a sua mão seja a sua amiga.
– Você deve ser
acostumado a fazer isso então. – Chay retrucou.
– Hahaha... Claro que
não, são as garotas que fazem, não necessariamente só com as mãos. – Harry deu
uma piscadela para o Chay. – Não me venham bancar os inocentes. Devem fazer
coisas piores que eu.
– Eu uso, mas não tem
nada a ver com gravidez.
– Aah, é sério, Nick? Eu
ficaria surpreso se tivesse. – Harry revirou os olhos e nós rimos. – E você
Arthur?
– O que, Harry? Vai
sobrar para mim agora? A minha vida sexual está ótima. Nem se compara aos três
meses do início do ano. – Respondi.
– Eu acredito. Você não
chega mais aqui mal-humorado. – Ele pontuou divertido.
– Pra você ver. Então,
façam muito sexo.
– Não fala isso. Chay se
entristece ainda mais.
– Cala a boca, Judd.
– Estão vendo? – Harry
riu. – Vou falar pra vocês, eu nunca fiz sem caminha.
– Meu amigo, tem
diferença. Eu te garanto. – Ressaltei.
– Nem quando casar esse
aí vai deixar de usar camisinha.
– Já falei que não quero
casar, Mika.
– Então nunca vai sentir
a diferença. – Nick riu.
– E você vai sentir?
– Comigo já é tudo
diferente, querido. – Nick o lembrou.
– Tá, mas vocês preferem
sem?
– Eu prefiro sem. Embora
esteja usando ultimamente.
– Hahaha desde quando
voltaram? Lua pensa que o seu amiguinho passeou em outros lugares, é isso?
– Claro que não seu
idiota! – Exclamei e os caras riram. – Eu que preferi usar. Lua prefere sem
também, mas conversamos e já faz uns três meses. Eu já esqueci algumas vezes,
mas... não tem problema.
– Sem é bem melhor, Judd.
– Mika respondeu. – Mas esse papo de sem ou com, já vem sendo bastante
discutido. Usei quase o namoro todo.
– E tá reclamando? Só
parei de usar camisinha depois do casamento. E olha que Lua já tomava pílula.
Mas ela não se sentia segura com esse método não. Eu nunca tinha transado sem
camisinha também. – Dei de ombros.
– Minha amiga é esperta. –
Harry a defendeu. – Vocês falam de mim, mas não transaram sem camisinha com as
outras namoradas que tiveram.
– Se eu engravidasse uma
garota aos quatorze anos, dona Laura me mataria. – Respondi. – Mas vem cá, você
quer chegar aonde com esse assunto?
– Só pra saber mesmo.
– Tá pensando em tentar
com a sua garota? Sei que tem uma garota. – Nick implicou.
– Sempre tem. Não que eu
precise dar satisfações a vocês.
– Ah, você não quer dar
satisfação, mas quer saber das nossas experiências?
– Claro, Arthur. Amigos
experientes são para isso. Além do mais, experiências são diferentes de
satisfações. Não perguntei se estão transando. Perguntei no geral.
– Mas você sabe que a
gente transa. – Retruquei e os caras riram.
– Nós nunca mais tínhamos
batido um papo assim. Sem querer ser injusto, Chay.
– Não vou pedir pra você
calar a boca de novo. Sei que vai ser em vão.
– Vai mesmo. – Harry
admitiu. – Mas eu fiquei pensativo agora.
– Cara, eu vou embora.
Tenho que buscar a Anie no balé. – Avisei e me levantei da cadeira.
– Quando é que a gente
vai sair pra beber?
– Espero que depois dois
shows.
– Oh, John! Show só mês
que vem.
– Exatamente. Não quero
confusão e polêmica. Já me aprontaram demais ano passado.
– Eu não aprontei nada. –
Harry se saiu. Revirei os olhos.
– Tchau.
– Bye, bye, Aguiar.
Saí da sala sem entender
como chegamos ao assunto filhos e camisinha. Porque estávamos falando de
músicas novas e shows.
Lua me bateria se
soubesse o assunto dessa conversa. Ela não gosta de falar sobre intimidade com
outras pessoas.
Desci a escada apressado.
Eu tenho que ir buscar a Anie na aula de balé.
– Arthur.
– Oi, Nathalie. –
Respondi e pedi para que esse fosse realmente o nome da mulher. Ela é
recepcionista da gravadora.
– Tem uma mulher
esperando por você.
– Por mim? Você tem
certeza? – Perguntei confuso.
– Sim. Arthur Aguiar. Eu
disse que iria avisar, mas ela preferiu esperar...
– É que eu estou sem
pressa. – Reconheci a voz.
– Kate. O que você quer?
– Indaguei e sem acreditar que esse tormento havia voltado e... grávida?
– Licença. – Nathalie
saiu.
– Como você pode ver, eu
trouxe novidades. – Ela passou a mão na barriga.
– Fala sério se você acha
que eu vou acreditar que pode ser meu filho. – Ri. – Você tá louca. A gente não
transou. Não vem com essa história de novo.
– Você só não quer
aceitar.
– Kate, para tá? Você
deve estar com algum problema. É a única explicação para essas suas
perseguições. Você aprontou e sumiu, agora você voltou grávida e quer que eu
acredite? Eu não sou moleque.
– É por isso que eu tenho
certeza que você vai assumir esse bebê. É um menino. Você está feliz?
– Você é doente! Pelo
amor de Deus, vai embora. – Passei as mãos, nervosas, pelo rosto. Era um novo
pesadelo.
– Eu não vou sair daqui,
Arthur. Precisamos conversar.
– Conversar o quê? Não
temos nada para conversar. Se você não sabe quem é o pai do seu filho, o
problema é seu. – Respondi irritado. – Mas eu podia apostar que o seu sumiço
não era sinônimo de felicidade.
– Eu sei sim. O pai do
meu filho é você. Se quiser, podemos fazer exame e tudo.
– Para, Kate. Você não
vai me fazer perder a paciência. Você precisa é se tratar! Essas coisas podem
afetar até o seu filho.
– Nosso filho! Nosso, Arthur!
– Ela respirava fundo.
– Esse filho não é meu.
Aquele seu cumplice me disse toda a verdade. Inclusive, que eu dormi na cama
que vocês transaram a noite toda. Ou seja, não é meu. Porque sei que não
transei com você e eu nem precisava saber desses detalhes. Eu tinha certeza que
não tínhamos transado naquela noite. Então, não vem com essa.
– Que cumplice? Você tá
louco. Deve ter inventado essa história para convencer a sua mulherzinha a
voltar com você. Agora depois dessa, quero ver a sua desculpa.
– Que desculpa o quê?
Você acha que vai alimentar essa mentira até quando?
– Posso insistir no
exame. Você acha que eu insistiria se fosse mentira?
– Claro. Você é louca! De
você eu espero tudo. Agora me dá licença, eu preciso ir embora.
– Arthur, eu não estou brincando.
– E você acha que eu
estou? – Indaguei um pouco mais alto. – Chega, tá? Vai embora, some... se lá,
volta pra onde você estava! – Exclamei.
– Eu estou grávida! – Ela
quase gritou.
– Eu não tenho nada a ver
com isso. Me preocuparia se fosse a minha mulher, mas não é. Então some, Kate.
É melhor.
– Você não deve estar
falando sério. Esse filho é seu sim.
É um pesadelo. Só pode
ser pesadelo. Está tudo muito bem na minha vida pra essa louca reaparecer
novamente. Lua vai ficar extremante irritada quando souber disso. Não quero nem
imaginar.
Um filho. Um filho que eu
tenho certeza que não tem a menor possibilidade de ser meu! Lua vai precisar
acreditar em mim.
– Kate, primeiro que, se
fosse meu, você teria aparecido quando descobriu e segundo, já teria até
nascido. Seus planos aconteceram em dezembro. Ou você se esqueceu desse
detalhe? – Questionei sério.
– Então se você sabe o
mês, sabe que agora em setembro fazem nove meses. Ou esqueceu?
– Já fez. E no entanto,
você ainda está grávida. Não vem com essa. Eu não sou idiota. De filho, de
gravidez, de meses, você não vai me enrolar. Minha mulher já engravidou também.
Sei como as coisas acontecem. Sou bastante atento.
– Você vai se arrepender
de não acreditar em mim.
– Hahaha! Eu não sou
burro, Kate. Dessa vez você não vai conseguir o que quer. Você acha que filho é
assim?
– É seu! Eu não estou
mentindo!
– PARA! CHEGA! CANSEI
DESSA PALHAÇADA. – Gritei e saí, Kate me puxou pelo braço.
– Eu disse que você vai
se arrepender. – Me ameaçou.
– Eu nunca tive medo de
você. – Retruquei no mesmo tom que ela.
– Haha... mas a Lua fica
tão fora de si quando me vê. O que você pensa que ela vaia achar da novidade?
– Fica. Longe. Da. Minha.
Mulher. – Enfatizei. – Você não imagina o que ela pode fazer.
– Comigo assim? Se eu fosse
ela, eu me controlava.
– Cala a boca. – Mandei e
puxei o meu braço.
Preciso contar essa
loucura para a Lua antes que Kate arme alguma coisa.
Entrei no carro apressado
e mandei uma mensagem para a Lua, porque por ligação ela ia perceber o meu
nervosismo.
Mensagem ON
“Aconteceu uma coisa que eu quero falar com você.”
Não esperava que ela
respondesse a minha mensagem na mesma hora.
“Não me diz que aprontou alguma coisa, Arthur? Não pode me dizer
agora?”
...
“Em casa. Agora eu vou
buscar a Anie no balé.”
“Um beijo, baby.”
...
“Tudo bem. Um beijo, amor.”
Mensagem OF
Pov Lua
Provavelmente, seja lá o
que aconteceu, é grave. Arthur nunca me manda mensagem assim. Na verdade, ele
liga.
Arrumei as minhas coisas
sobre a mesa e guardei alguns documentos no armário. Hanna tinha acabado de
deixado um milk-shake para mim.
Um tempo depois.
– Luh?
– Olá, querida. –
Levantei minha cabeça e olhei para a porta onde Hanna estava.
– Tem uma mulher aí. Ela
disse que quer falar com você.
– Uma mulher?
– É. Ela disse que quer
uma advogada para cuidar do divórcio dela. Mas eu falei que você não trabalha
em casos assim e sugeri o Adam. Mas ela disse que prefere você.
– Isso é sério? Eu não
trato disso, Hanna. – Ri. Às vezes, alguns clientes são insistentes mesmo.
– É. E coitada, tá até
grávida. Quem sou eu para discutir com uma mulher grávida?
– Tudo bem. Eu a recebo,
mas não vou pegar esse caso. – Pontuei.
– Tá certo, baby. – Hanna
fechou a porta.
*
– Enfim, te encontrei. –
A mulher fechou a porta e eu a encarei.
– Haha, só pode ser
brincadeira. O que você quer aqui?
– Vim conversar com você.
“Loira, a gente precisa
conversar. Aconteceu uma coisa que eu quero falar com você.” As mensagens de Arthur vieram na minha mente.
Kate está grávida.
– Eu não tenho nada para
conversar com você.
– Claro que tem.
– Eu duvido que você
tenha algum assunto do meu interesse. – Retruquei tentando ao máximo, não
perder a minha paciência. – Você já pode ir embora. Eu tenho muito trabalho.
Não sou desocupada igual a você.
– Vou me sentar, mesmo
que você não tenha sido educada para me oferecer isso.
– Kate, aqui é o meu
trabalho. Eu não vou tolerar os seus deboches. – Avisei.
– Sabe, eu vim aqui numa
boa. Na verdade, eu até já falei com o Arthur.
– Uhm... imaginei. –
Comentei.
– Mas ele foi tão grosso.
E eu estou grávida.
– Isso eu percebi. Só
ainda não entendi, o que você veio fazer aqui.
– Eu quis conversar com
ele numa boa, mas ele não aceitou. Acho que está em processo de negação.
– Vai direto ao ponto. Eu
não quero ficar te olhando por muito tempo. – Falei irritada.
– Tudo bem. Parece que
ultimamente todos andam com muita pressa. – Ela respirou fundo. – Eu estou
grávida de nove meses. E o filho é do Arthur! – Contou empolgada e eu arregalei
os olhos, chocada. – É um menino! Mas ele não acredita.
Nove meses.
Dezembro. Janeiro – fevereiro – março – abril – maio – junho – julho
– agosto – setembro.
É um menino.
Se eu não estivesse
sentada, certamente, teria caído no chão.
– Lua?
– Você acha que eu sou
palhaça, Kate? – Indaguei. Queria voar na cara daquela safada.
– Eu estou falando a
verdade. Eu disse ao Arthur que topo até fazer exame, se ele quiser. Você acha
que eu estou mentido? – Ela me perguntou com uma cara lavada de gente inocente.
– Nós voltamos ao bar. O
barman disse que você transou foi com ele. Como é que você vem inventar isso
agora? Já se passou tanto tempo e só agora você voltou?
– Não pensei que ia
engravidar. Meus planos nem foram esses para ser sincera. Descobri com quatro meses.
Eu não sumi, Arthur que não voltou ao apartamento. Saiu de lá tão apressado. –
Ela riu. – Até parece que nunca dormiu fora de casa.
– Deixa de sarcasmo. Eu
não costumo ser tão tolerante assim. – Avisei.
– Não vou assumir sozinha
esse filho. Ele vai ter que me ajudar.
– Você tá louca. Esse
filho não é do Arthur.
– É claro que é.
– Kate, eu não gosto
desse tipo de brincadeira. Acho melhor você voltar para onde estava. – Pedi. – Eu
já estou perdendo a paciência. Quer dizer, nunca tive com você.
– Agora eu estou grávida.
Você vai ter que se controlar, querida.
– Quem deveria estar
pensando nisso é você. – Pontuei. Eu daria uns tapas nela sem me culpar depois.
– Você sabe que filho é
muita responsabilidade. Afinal, você tem uma filha com o pai do meu filho.
– Eu tenho uma filha com
o meu marido. Que até onde eu sei, só tem essa filha comigo. Então para de
viajar e faz o favor de ir embora. – Me levantei da cadeira. – Kate, eu quero
que você suma. Se você acha que esse filho é do Arthur, depois vocês vão resolver
isso. Pois eu, eu não tenho nada a ver com essa história. Agora sai, eu
trabalho se você fingiu que esqueceu.
– Ele sempre quis um
menino, não é mesmo?
– Você pode perguntar
isso pra ele. – Respirei fundo.
– Não entendo porque vocês
não têm mais filhos.
– Talvez porque não seja
da sua conta! – Exclamei sem paciência.
– Calma, você não precisa
ficar tão alterada. – Me pediu.
– Você nunca me viu
alterada. Nem quando você apanhou no shopping. – A lembrei.
– Hahaha... você não
estava sozinha.
– Não precisei da ajuda
de ninguém para te dar o que você estava pedindo. Vai embora, Kate. Eu não vou
pedir de novo. – Peguei o telefone para pedir que Hanna mandasse os seguranças
subirem.
– Lua, o meu caso com o
Arthur veio bem antes de você.
– E O QUE EU TENHO A VER
COM O CASO DE VOCÊS? – Falei alto. – PORRA, KATE. QUE PERTUBAÇÃO. ME ESQUECE! –
Pedi.
Paciência eu não tenho
mais nenhuma. Nem com ela e nem com esse assunto. Estou cansada de passar por
isso.
Ligação ON
– Hanna, manda os
seguranças subirem. Essa louca não é cliente nenhuma. E o divórcio que ela
quer, certamente, não é o dela.
– Lua, do que você tá
falando? – Me perguntou sem entender.
– Manda os seguranças
subirem. Antes que eu mesma empurre ela daqui embaixo. – Avisei.
– Lua, ela tá grávida! –
Exclamou preocupada.
– Ela não está pensando
nisso. Você me ouviu?
– Já. Ouvi. Vou subir com
eles. – Hanna respondeu nervosa.
Ligação OF
– Você não faria isso.
– Cala a boca ou eu mesmo
calo pra você. – Ameacei. – Não é possível que eu esteja passando por isso de
novo. – Falei mais baixo.
– A gente transou àquela
noite. Arthur que não admite, não aceita.
– CALA A BOCA! SUA VOZ E
VOCÊ ME IRRITAM!
– E não foi nada ruim,
como ele faz questão de te dizer.
– Kate, não me faz querer
quebrar a tua cara. – Respirei fundo para tentar me controlar.
– Você certamente seria
processada. Eu estou grávida, na verdade, o bebê pode nascer a qualquer
momento.
– E EU CONTINUO NÃO TENDO
NADA, NADA A VER COM ISSO! – Gritei. – VAI EMBORA!
– Um processo não é nada
bom para uma advogada tão renomada e requisitada. Eu não entendo de leis, mas
posso imaginar. – E ela continuava a me provocar.
– Eu não seria processada
por bater em uma vadia. Bater em você não me preocupa nenhum pouco e se você
liga para o seu filho, saia daqui por conta própria. Ou as coisas podem piorar.
– Hanna disse que você
estava bastante nervosa. – Adam chegou na minha sala. – O que está acontecendo?
– Se aproximou preocupado. – Quem é essa mulher?
– Tira essa mulher da
minha frente, Adam. Antes que eu faça uma besteira! – Passei as mãos pelo
rosto.
– A mulher que está
esperando um filho do marido dela. – Kate falou com um sorrisinho no rosto. Não
consegui controlar os meus impulsos e senti quando Adam me puxou pela cintura.
– Lua, por favor, essa
mulher tá grávida. – Me lembrou. Não que eu tivesse esquecido. A barriga dela
me obrigava acreditar no que ela dizia. Não que Arthur fosse o pai, mas que ela
estava mesmo grávida.
– CADÊ OS SEGURANÇAS? –
Perguntei com raiva. Não queria mais olhar para a cara dela.
– Eles já devem está
chegando. Fica calma. – Me pediu. – E você, por favor, vem comigo. É melhor.
Acho que aqui você não tem mais nada para fazer. – Ele disse a Kate. – Aqui é
um local de trabalho. Você deve resolver os seus problemas em um outro lugar. –
Acrescentou.
– Ela não entende! Eu não
tenho nada a ver com isso. – Voltei a insistir. Eu estava nervosa porque não
conseguia liberar a minha raiva.
– Eu só quis vir conversar.
Não queria arrumar confusão.
– Me poupe, Kate! Você só
surge para arrumar confusão. – Retruquei.
– Você deveria saber que
Arthur não é assim tão perfeito. São homens, querida.
– Eu conheço o meu marido
e se você não parar de falar isso, ninguém vai me segurar.
– Hahaha e você vai me
bater? – Provocou. – Lua, eu já disse, esse filho é do Arthur e em breve todos
vão saber.
– Não dê ouvidos a ela,
Lua. – Adam ainda me segurava pela cintura.
– Eu não vou conseguir me
controlar. – Sussurrei.
– Não vou deixar você
fazer nenhuma besteira, Lua. – Ele me assegurou. Mas eu não tinha tanta certeza
disso.
– Eu só quero que você o
faça entender isso. – Pontuou como se fosse a coisa mais simples da vida.
– Kate, para de falar. –
Pedi.
– Lua, eu não vou criar
esse filho sozinha.
– ENTÃO VAI ATRÁS DO PAI
DELE! – Exclamei.
– É O TEU MARIDO! – Ela
exclamou de volta.
E eu voei em cima dela,
que nem senti as mãos do Adam me puxarem de volta, e dei um forte tapa em seu
rosto. Meu ato não é motivo de orgulho, mas eu não suportava mais essa situação
que ela mesma fazia questão de esfregar na minha cara e testar a minha paciência.
– VOCÊ É UMA LOUCA! –
Kate gritou com a mão no rosto.
– LOUCA É VOCÊ. VOCÊ VEIO
ME PROVOCAR NO MEU TRABALHO. QUEM TÁ MAIS ERRADA?
– VOCÊ NÃO ACEITA QUE FOI
TRAÍDA. AGORA VAI TER QUE ACEITAR O FRUTO DISSO.
– VOCÊ SÓ PODE ESTAR
SONHANDO. – Ri. – EU NÃO TENHO E NEM VOU ACEITAR NADA.
– Lua, desculpa a demora.
– Hanna chegou na minha sala apavorada com os seguranças. – O elevador ficou
parando.
– Tirem essa mulher
daqui. – Mandei.
– Senhora, não queremos
usar a força com você. – Um deles a pegou pelo braço.
– Me soltem, eu sei andar
sozinha. – Ela puxou o braço. – Isso não vai ficar assim, Lua.
– Se você ousar voltar,
vai ser bem pior. Pode ter certeza. – Avisei.
– Gente, o que foi isso?
– Hanna se sentou em uma das cadeiras. – Lua, você bateu nela?
– Teria sido pior se Adam
não tivesse aparecido aqui. – Respondi e passei as mãos pelo rosto.
– Você vai explicar para
Rose que foi você quem rasgou a minha camisa. – Ele me mostrou a camisa
rasgada. E me olhou com um ar divertido.
– Desculpa, Adam. Eu
compro uma camisa nova para você. – Falei e sorri de lado.
– Relaxa, Luh. Mas eu
fiquei nervoso.
– E hoje ainda é
segunda-feira. – Lembrei e sentei na minha cadeira. – Imagina eu. Essa mulher
disse que o filho é do Arthur. Eu nem sei o que pensar.
– Vocês não conversaram?
– Hanna perguntou baixo.
– Sim. Esse assunto já
estava resolvido. Ou pelo menos, achávamos que estava.
– Liga pra ele ou vai pra
casa, pra vocês conversarem. Você nem vai conseguir trabalhar desse jeito. Já
vai dar seis horas mesmo. Vai pra casa. – Hanna aconselhou e Adam me entregou
um copo com água.
– Obrigada. – Agradeci a
Adam e depois olhei para Hanna. – Obrigada também. Eu vou pra casa mesmo. –
Concordei e tomei a água.
– Você quer ajuda?
– Só vou pegar a minha
bolsa.
– Tá bem para dirigir? – Adam
me perguntou preocupado.
– Sim. Não se preocupa.
Hanna me entregou a minha
bolsa e eu me levantei da cadeira. Não sei como chegaria em casa, mas eu teria
que dobrar a minha atenção no trânsito e eu estava pedindo internamente, que Kate
realmente tivesse ido embora.
Pov Arthur
Em casa.
Já havia um tempo que eu
tinha chegado em casa com Anie. Meus pensamentos estavam a mil e eu queria
encontrar uma maneira de contar tudo a Lua, que não a deixasse tão triste,
decepcionada e magoada comigo de novo.
Eu nunca quis errar com a
Lua. Pelo contrário, me esforço para acertar em tudo. Sei o quanto foi difícil
para ela confiar em mim desde a primeira vez. Foi por isso demoramos tanto para
começar a nos relacionar. Ela sempre teve medo de que eu fosse como todos os
outros caras e nós ainda éramos tão novos.
Não sou como os outros caras.
Tenho consciência disso. Só que as minhas escolhas do passado, fazem questão de
me lembrar agora no presente, que foram as coisas mais erradas que fiz. Se eu
tivesse sido mais paciente, não teria namorado a Kate e Lua não precisava está passando
por isso agora.
Nós não precisaríamos está
passando por isso agora.
Eu ainda não tinha
encontrado uma forma menos pior de contar essa novidade a ela. Mesmo tendo a
certeza de que aquele filho não é meu.
Não pode ser meu!
– Eu quase fiz uma
besteira hoje. – Lua falou ao abrir a porta do quarto. Ela parecia preocupada e
exausta. Jogou a bolsa na poltrona e cruzou os braços.
– O que aconteceu? Você
se machucou? – Perguntei preocupado.
– O que você queria
conversar envolvia a Kate? Porque ela apareceu lá no escritório hoje. E eu
perdi a cabeça. Se Adam não tivesse me segurado, teria sido pior. Não queria
ter ido pra cima dela. Ainda mais com aquela louca grávida. Eu só não aguentei mais
as provocações. Não que eu me orgulhe do que fiz, se ela não estivesse naquele
estado, eu teria dado uns bons tapas naquela vadia! – Contou. Ela falava sem
parar. Não estava alterada como eu pensei que ficaria, ela só estava, exausta.
Fechei os meus olhos com
a possibilidade de Lua ter batido na Kate grávida. Não que eu me preocupe com
aquela louca, mas ela está grávida e a criança não tem culpa de ter uma mãe tão
desnaturada assim.
– Não me diz que você
bateu nela, Lua? A gente não precisa de mais problemas.
– Não o tanto que eu
queria. E ainda rasguei a camisa do Adam. – Ela suspirou. – Eu tenho que
comprar uma camisa pra ele.
– O que ela te disse?
– Que o filho é seu. Ela só
foi lá para esfregar na minha cara, como se já não bastasse as fotos nas revistas
de fofocas, que você me traiu e que ela está grávida de um filho seu. – Me
contou e sentou-se na cama ao meu lado.
– Eu tenho certeza que
esse filho não é meu, Lua. E mesmo assim, já fiz todas as contas possíveis. Apesar
de saber que não transei com ela. Se esse filho fosse realmente meu, ela já
teria aparecido há meses. – Passei as mãos pelo rosto. – Ai, Lua... me
desculpa, meu amor. Eu jamais pensei que faria você passar por uma situação embaraçosa
dessa. Eu sei que foram as minhas escolhas lá atrás... depois de você, nada
disso importou mais. Eu queria ter te contado. Fiquei nervoso, não porque o
filho pode ser meu, mas fiquei nervoso de raiva. Estamos tão bem e ela resolveu
aparecer novamente para estragar tudo de novo. Eu também estou cansado. –
Confessei triste. – Cansado de passar por isso e de sempre ter que me explicar.
Quero que você acredite em mim. Eu faço o que você quiser, Lua. Só não quero
ficar sem você outra vez.
– Eu acredito em você Arthur.
Quero acreditar que esse filho não é seu. Se for, não vou aguentar.
– Não transei com ela,
Lua. Vou repetir isso quantas vezes forem necessárias.
– Quero acreditar todas às
vezes. Mas já cansei de ouvir da boca dela, que vocês transaram.
– Kate está desequilibrada.
– Falei revoltado. – Já cansei de ser acusado de coisas que não fiz. Mas não
vamos chegar a lugar nenhum discutindo com ela. É perda de tempo.
– Eu sei que o barman
falou que quem transou com ela foi ele...
– Se você quiser, eu faço
um exame de DNA. Eu faço por você e não por aquela louca! Só pra você não ficar
pensando nisso. – Contei e Lua sorriu de lado. – Vem aqui... – Chamei ela para
um abraço.
– Eu estou cansada, Arthur.
– Lua me abraçou e se acomodou em meu colo.
– Eu sei, meu anjo. –
Beijei seus cabelos e Lua começou a chorar.
– Eu quero que tudo isso
acabe e que fiquemos em paz. – Contou seu desejo entre lágrimas.
– Nós vamos ficar em paz,
querida. Eu te prometo. Eu vou dar um jeito e vamos resolver essa situação. Kate
vai ter que falar a verdade ao menos uma vez na vida.
– Ela precisa esquecer
que a gente existe, que você existe!
– Não quero te fazer
sofrer. Te ver chorar me faz tão mal, loira.
– Ela disse que é um
menino.
– Lua, eu não me importo.
Esse filho não é meu. Olha pra mim. – Segurei seu rosto com as duas mãos. – Eu
já te disse que sempre desejei ter filhos só com você. E nós temos a nossa
filha. Eu sou feliz. E esse filho da Kate não é meu. – Repeti. – Eu te garanto. – Assegurei. – Eu não
sou perfeito, você sabe. Mas eu jamais faria isso com você, pelo amor de Deus!
– Você me ama?
– Como eu nunca amei outra
pessoa na vida. Você é tudo pra mim. Eu jamais vou fazer algo para te perder.
– É que eu também te amo
e não quero te perder para uma mulher que possa te dar todos os filhos que você
sempre quis. – Lua ainda chorava e eu quase chorei junto com ela.
– Não diz uma bobagem
dessa. Eu te amo e é além dos filhos, além de qualquer outra coisa que você
possa imaginar. Eu não consigo explicar a necessidade de te ter e ser teu. Você
tem que entender isso, meu amor.
– Me beija, Arthur... eu
estou com medo.
– Shhh...eu sei que não é
fácil pra você, mas me ouve. – Pedi
tocando os seus lábios com o polegar. – Eu não estou com medo por isso. O único
medo que tenho, é de te perder. E no entanto, você está aqui... e quer um
beijo. E eu vou te beijar. Porque senti medo horas atrás, de você não acreditar
em mim de novo. – Confessei tocando os meus lábios nos dela.
Lua sempre será a minha
vida e por isso, eu sinto medo.
Medo de nos perdemos.
Medo de perde-la.
Pov Mel
Um ano depois.
Trezentos e sessenta e cinco
dias que não foram fáceis. Eu e Chay tivemos apenas uma conversa antes do Ethan
nascer. Eu ainda nem sabia o sexo do bebê e o chamei para uma conversa,
justamente, para lhe contar sobre a minha gravidez – que o deixou bastante
surpreso e sem saber o que fazer. Até porque, um filho não estava em seus
planos egoístas e pequenos. Isso me deixou muito chateada e magoada.
Não nos falamos depois
disso. Contei por meio de uma mensagem que o bebê seria menino. Não criei
nenhuma expectativa em relação a sua resposta e isso foi muito bom. Pois não me
frustrei. Não que ele tivesse rejeitado, mas ele apenas fez tudo o que eu já
esperava, ou seja, não me disse nada.
Tenho sorte de ter amigos
tão maravilhosos e companheiros. Sei que nem todo mundo assumiria uma
responsabilidade assim, porque foi uma responsabilidade todos esses doze meses.
Ethan completou quatro meses esse mês e Lua e Arthur não me abandonaram, mesmo
em meio aos problemas que enfrentaram, sempre estiveram ao meu lado me
perguntando se eu estava bem e se o bebê estava bem.
Eu não suportava a ideia
de ter que ficar cara a cara com o meu marido, para que pudéssemos pôr os
pingos em todos os i’s que faltavam – e olha que do nada, tinham surgido
bastante. Nunca imaginei que um dia enfrentaria uma situação como esta que
passei e ainda estou passando. Lua e Arthur sempre foram bem resolvidos como
casal, sempre os admirei por isso, e essa relação só ficou mais exposta quando
Lua passou pelo mesmo que eu – embora tenha sido armação, no primeiro momento
tudo pareceu tão real, que ela acreditou e eu não conseguia enxergar Arthur
fazendo com ela, o que Chay havia feito comigo, porque ele confessou e Arthur
sempre negou.
Eu não fiquei nada
surpresa com a relação de respeito que eles mantiveram – pela Anie
principalmente, e por eles também – depois que Arthur saiu de casa. Eles
conversaram educadamente todas às vezes que o assunto foi a Anie – e discutiram
também, mas se falava. Coisa que eu não conseguia ter com Chay: uma conversa.
Não sei se fui impulsiva ao sair de casa
grávida sem saber para onde ir, mesmo tendo condições de alugar uma casa para
ficar, no momento eu estava perdida, destruída emocionalmente e me sentindo
humilhada. Meu conhecimento me ajudou a não me afundar ainda mais no mar de
tristeza que eu havia sido jogada.
Por que sempre achamos
que pode acontecer com os outros e não com a gente?
Eu não queria aceitar que
tinha acontecido comigo, mas confio tanto em Lua que sei que ela jamais
mentiria ou esconderia algo de mim. Não perdi tempo quando ela me contou o que
sabia e mal esperei Chay chegar em casa para questiona-lo.
Eu só queria a verdade.
Quis tanto, que ela veio.
Não fora nada fácil
escutar a sua confissão. Ali senti que tudo tinha acabado. Até então, achei que
estivéssemos bem, embora mais afastados do que antes. Mas bem. Ele nunca deu
indícios de que estava fazendo algo de errado ou eu percebi que estávamos com
algum problema.
Por que eu pensaria em
traição se eu confiava nele e achava que ele me amava do mesmo jeito que eu o
amava?
Hoje, um ano depois de
separados e quatro meses depois que nosso filho nasceu, resolvemos conversar.
Ele já tinha insistido outras – muitas – vezes. Mas eu ainda não estava
preparada e Lua e Arthur sempre me lembravam de que nós precisávamos conversar
ou nunca íamos nos resolver.
Hoje esse dia chegou.
Nesses quatro meses que voltamos a conviver – todas as tardes e às vezes,
manhãs também – hoje é a primeira vez que falaremos sobre nós. Isso me deixa
nervosa. Nas outras conversas, Ethan foi o único e principal assunto. Eu não
queria mais que isso.
Pedi para que Lua e
Arthur cuidassem do meu filho. Sei que eles iam gostar da ideia. Eu não consigo
pensar em outra pessoa mais confiável, do que eles, para ficar com Ethan
durante algumas horas – que eu não sei quantas serão.
Marcamos de nos encontrar
às oito e meia da noite. Nem sei onde vamos conversar. Já dei de mamar para o
bebê e já até separei as mamadeiras com leite para deixar.
Minutos depois, me
despedi do Ethan com um beijo carinhoso. E o deixei sob os cuidados dos meus
melhores amigos – eu só me preocupava com o fato dele começar a chorar e só
parar quando eu voltar. Embora ele não seja chorão. É o tipo de coisa que
podemos esperar de um bebê.
A conversa.
O restaurante é tranquilo
e nossa mesa está bem afastada das demais. Parece que eu estou em um primeiro
encontro. Nem sei sobre o que falar primeiro. Chay não parece nervoso, na
verdade, o meu silêncio o está deixando inquieto.
Não quero escutar
novamente que ele me traiu. Quero saber o que vai ser daqui para frente e se eu
devo me preparar para ser surpreendida desta maneira mais vezes. É claro que
ele não me dirá uma coisa dessas.
– Então – ele tomou um
gole de água, depois de chamar a minha atenção –, já estamos aqui. Por onde
devemos começar? – Indagou. Já tínhamos feito nossos pedidos.
– Não quero que voltemos
ao assunto da traição. Já ouvi o suficiente. Só quero saber o que vai ser daqui
para frente. – Respondi. – O que você quer, principalmente. Hoje você sabe que
não é mais só eu e você. Tem o nosso filho e não vou aceitar ser humilhada
novamente. O tempo todo foi você quem me procurou. Foi você quem quis ter essa
conversa.
– E eu estou aqui. – Ele
afirmou. – Quero que a gente se acerte. Eu reconheci o meu erro, você sabe. Eu
te amo. Foi um momento – ele suspirou –... foi um momento que paramos de nos
falar. Eu não sei o que estava acontecendo.
– Você nunca me disse
nada. Achei que estivéssemos bem e que era só trabalho. Muito trabalho, porque
era isso que você me dizia. – O lembrei.
– Eu sei... eu sei o que
fiz. – Afirmou. – Fomos nós dois que nos distanciamos um pouco. Sei que eu
deveria ter conversado em vez de fazer o que fiz. Foi só uma mulher que eu nem
conhecia direito. Apareceu em um show... e você sabe... eu já te contei. Não
teve presentes e convivência mais do que alguns encontros. Me arrependo, mas
sei que isso não adianta de nada. Eu não fui assim a vida toda. A gente sempre
se deu bem. Só nos perdemos. Por minha culpa, eu sei. Eu deveria ter dito o que
estava acontecendo. Se tivéssemos conversado, nada disso teria acontecido.
Estávamos bem e você não teria saído de casa. Não precisaria estar morando na
casa de outras pessoas com o nosso filho.
– Não são outras pessoas.
Você não se sente à vontade porque sabe que agiu errado e eles tinham razão.
Principalmente, a Lua, porque o Arthur odeia se meter em assuntos alheios.
– Não gostei da
intromissão mesmo.
– E ainda causou
confusão. Você foi estúpido, sabe disso!
– Eu sei que fui muitas
coisas ruins, Melaine. E estamos aqui, justamente, para falarmos sobre isso
também.
– Você ainda não me disse
o que pretende fazer. – Falei já meio impaciente.
– Quero voltar com você.
Quero que a gente se acerte e que você volte para casa e óbvio, com o nosso
filho. Sei que no começo eu fui um idiota, mas eu não ia fingir que estava
explodindo de felicidade. Estávamos com problemas e você me veio com uma
notícia daquelas. Eu fiquei sem entender, eu não esperava. Nunca fiz planos com
filhos, você sabe. Isso também não queria dizer que eu jamais teria, só que
naquele momento, não era um sonho ou plano. Eu não pensava mesmo! – Admitiu. –
Mas sabia que não podia fazer mais nada. Você estava decidida e magoada.
– Magoada é pouco. Você
nem faz ideia de como eu realmente me senti. – Contei.
– A gente pode tentar de
novo. Não vou sugerir que comecemos do zero. Ainda somos casados e já temos um
filho. A gente pode continuar, Mel. Você sabe que podemos. Vou me esforçar para
ser bom para vocês. Não sou um ótimo pai como o Arthur é. Ele é, simplesmente,
apaixonado por crianças. Mas eu estou me esforçando, estou aprendendo. Você não
pode negar isso.
– São coisas totalmente
diferentes. Não comparei você com ninguém. Estou querendo ver mudanças. Aliás,
vi sim em relação ao nosso filho. Mas só isso também não é o suficiente. Ser
bom pai e marido não são a mesma coisa. Você deve saber. O que seria ser bom?
Não quero que o meu filho cresça em meio a brigas, confusões e traições porque
queremos dar a ele uma família tradicional com pai e mãe morando juntos. É o
tipo de coisa que você sabe que eu nunca vou aceitar.
– Não sugeri isso. Quero
que tentemos, como marido e mulher. Não só como pais. Acho que nisso, estamos
bem... estamos aprendendo. Ser bom, Mel... você sabe o que eu quero dizer. Não
quero que essas coisas se repitam. Sei que fui eu, mas eu aprendi. Não vou
cometer esse erro de novo. Quero que você confie, acredite em mim.
– Não quero me
decepcionar de novo, Chay. Eu tenho medo que isso se repita e que viremos
aqueles casais que não conseguem sair de um casamento porque ainda acreditam que
o outro vai mudar. Você sabe que essa mulher não sou eu, Chay. Se eu te der uma
outra chance, certamente, vai ser a única e se você vacilar, eu não quero que
você me procure nunca mais. É por aí que vamos conversar. Não importa se temos
um filho. Eu estou de mim e de você.
– Sei que você não vai
voltar a confiar em mim de uma hora para a outra. Mas eu aceito, seja o que
você quiser. A gente pode recomeçar. Eu quero recomeçar com você. Eu te amo.
Você sabe que eu amo.
– Se realmente me amasse,
não teria procurado outra. É contraditório, você não acha? – Questionei.
– Eu me arrependi. Pelo
amor de Deus, acredita em mim. Por favor! A gente nunca vai conseguir seguir em
frente se você fizer questão de ficar lembrando disso em todas as nossas
conversas daqui para frente.
– É que eu não vou
esquecer assim de uma hora para a outra. Você foi baixo e canalha.
– Já pedi perdão. Eu não
posso fazer mais nada agora. Já errei.
Jantamos em meio a
pedidos de desculpas infinitos e explicações da parte dele. Eu ouvi tudo. Ainda
o amo. Amo muito. Mas não consigo confiar igual antes.
Sei que não é certo
pensar em voltarmos porque temos um filho. Não será nada saudável para nós e
muito menos, para ele. Temos que voltar por nós dois. E eu, porque eu quero – e
no fundo, quero tentar.
Saímos do restaurante
perto das dez horas da noite. Chay não me levou direto para a casa da Lua e do
Arthur e sim, para a nossa antiga casa. Não era uma boa ideia, mas fazia tanto
tempo. Eu estava com saudades de casa, das minhas coisas.
Semanas depois.
Estamos finalizando o
quartinho do Ethan em nossa casa. Eu ia voltar para casa, mas por enquanto,
ainda dormiria esta noite na casa da Lua e do Arthur. Contei há algumas semanas
que eu e Chay voltamos. Eles só querem que eu fique bem, independente da minha
decisão. Sei que sentirão saudades do afilhado. Arthur já estava apegado. Ele é
uma pessoa muito atenciosa e carinhosa.
Londres | Segunda-feira, 10 de outubro de 2016 – À noite.
– A gente não vai sumir,
vocês sabem que podem vê-lo – olhei para o Ethan no colo do Arthur – a hora que
quiserem.
– Ele sabe. – Lua sorriu
ao olhar para o marido e para o bebê. – Só não quero que chore. – Comentou
divertida.
– Engraçadinha. – Arthur
retrucou e nós duas rimos.
– Ele é calminho. Eu já
estava acostumado. – Arthur comentou. – Vou sentir saudades.
– Uhm... – Lua o abraçou
de lado e deu um beijo na cabeça do afilhado, que ainda estava no colo do Arthur.
– Eu também vou sentir saudades. Mas a gente sempre pode cuidar dele quando a
Mel precisar. O que você acha? – Lua o olhou e depois me olhou com um sorriso
contido. Arthur me entregou o bebê.
– Não vai ser com
frequência. – Ele respondeu ao abraça-la e rimos outra vez. – Que horas o Chay
vem?
– Por que o bebê vai
embola com você, titia? – Anie perguntou pela quinta vez.
– Porque o bebê é dela,
querida. Já explicamos. – Lua repetiu de um jeito paciente.
– Por que então não mola
aqui?
– Porque vamos voltar
para casa. Você acha que já passamos um tempo aqui?
– Mas era legal, tia Mel.
– Anie sorriu de um jeito fofo e Arthur também sorriu. Ela também já tinha se
acostumado com o bebê e não sentia mais tanto ciúmes como antes. – Agola aqui
vai ficar sem bebê. Só vai ter o Bart, que ele corre muito e pega os meus
blinquedos! – A menina comentou e andou até o cachorro. – Sabia que já pedi um
bebê para os meus papais? Mas eles não quelem!
– Agora do nada ela quer
um irmão. – Arthur passou uma das mãos pelo rosto. – Por que não pediu antes,
não é loira?
– Teria sido tudo
diferente. – Lua pontuou.
– Com certeza. – Arthur
concordou.
Sorri com carinho. A
perda do bebê ainda é muito sentida por eles. Tinham medo de perder um bebê de
novo e o resultado dos exames não ajudou em nada. É um assunto delicado, por
isso, nunca insistir para que Lua falasse muito a respeito.
Chay buzinou na frente de
casa e me despedi novamente de todos na casa. Arthur deu um beijo outra vez em
Ethan e Lua fez o mesmo antes de me devolver o bebê.
– Qualquer coisa é só
ligar. Você sabe, não é? – Lua me disse e eu assenti.
– Sei. E obrigada.
Obrigada por tudo. Vocês sabem que eu sou muito grata por tudo que fizeram. –
Me abaixei para dar um beijo em Anie e para que ela pudesse de despedi do
Ethan.
– Não precisa agradecer,
Mel. – Arthur me deu um abraço apertado. – Sempre vamos estar aqui.
Eles me acompanharam até
a porta de casa. Arthur acenou para o amigo, que permaneceu dentro do carro. Eu
já tinha levado todas as malas, há semanas. Agora só restava uma bolsa do Ethan
com as coisinhas dele, que usamos hoje e um par de roupas minhas, que usei
ontem.
Continua...
SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA.
N/A: Olá, boa noite! <3 (eu pedi para que não se espantassem caso eu aparecesse
do nada com uma atualização bem rápida – foi bem mais rápido do que pensei haha
Isso é ótimo, vocês concordam?)
Obrigada a todos os comentários
feitos no capítulo anterior. Fiquei muito feliz! <3 é tão
gratificante esse retorno de vocês. Grata.
Um turbilhão de emoções nesse
capítulo. O que vocês acharam? (devem ter ficado chocados, querendo me bater e
matar a Kate. Acertei?) Vocês acreditaram naquele sumiço dela? #Cuidado
Uuuuuuuhm... e a conversa dos rapazes, hein? Fazia tempo que eles não apareciam todos juntos
assim. Gostaram?
O que acharam da conversa
de ChaMel? (Como eu já tinha dito, não quis detalhar tanto)
Comentem o que acharam tá? Estou ansiosa por isso! #Confesso
Ps: Tenho um recadinho
beeeeeeeeeeeeeem legal! Vocês vão amar. Eu pedi lá no grupo do whats, como vocês
queriam que eu postasse o próximo capítulo – no caso, esse que vocês acabaram de
ler – se queriam ler tudo ou que eu dividisse – citei lá o que escreveria nele.
Decidi postar tudo, depois que me responderam. Mas gente, ficou ENORME! Mais de
40 páginas do word. Ia ficar muito pesado para postar, então, a solução foi dividir.
A parte boa é que a continuação está pronta para ser postada também. Então vai
depender do feedback de vocês. A medida que forem lendo e comentando,
vou atualizar vocês, certo? <3
Eu estou inspirada. Podem
acreditar!
Agora é com vocês.
Um beijo e até breve.
Puta que pariu, gente essa mulher só vem pra atazanar cara, parabéns Milly pelo Capitulo ❤️ Maravilhoso como sempre
ResponderExcluirEu to apaixonada por esse capítulo meu Deus, quero chorar
ResponderExcluirE juro, não esperava que a Kate ia aparecer logo agora surpresa demais meu deus ela vai acabar com meu luar não creio
Milly como sempre arrasando em mais um capítulo!!!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAhhh Milly, capítulo maravilhoso,você como sempre arrasando!! Não acredito que a Kate voltou para infernizar a vida do nosso casal! Estou ansiosa para o desenrolar desse teste! Posta logo a continuação desse capítulo,estou muito ansiosa! Beijooo 😘
ResponderExcluirAmei o capitulo arrasando como sempre. Tô louca pra saber a continuação desse capítulo
ResponderExcluirEssa kate é uma peste meu deus do céu
ResponderExcluirMedo dessa Kate ta amarrado
ResponderExcluirCarol
Que capítulo maravilhoso,sabia que essa cobra da Kate tava mt quieta,tava bom demais pra ser verdade esse sossego dos dois.A Lua deveria ter batido mais,não faz mal pro bebê se a mãe apanhar só na cara kkkkkkkkk
ResponderExcluiransiosa pelo próximo
Esse Harry é demais daria tudo pra ver ele casado e sendo pai ,Essa vadia da Kate pensa que engana a quem querendo separar o casal com essa gravidez e ainda por dizer q é um filho homem pra marchucar eles tomara q eles facam o exame de DNA e q vai dar negativo pra desmacarar essa vadia safada.oh odio dessa Kate.
ResponderExcluirAí essas conversas dos meninos são sempre legais de acompanhar, Harry sempre sendo Harry hahaha inclusive uma das coisas que amo é o modo como escreve os diálogos da história, são sempre muito interessantes e bem feitos, desde dos mais discontraídos como esse até os mais sérios como da Lua e Arthur nesse momento, só queria o meu casal tendo paz!! Tenho é medo dessa maluca da Kate falsificar um exame, já que é cheia das armações, tomara que fique tudo, e Lua e Arthur só fiquem mais fortes como casal ❤️
ResponderExcluirAaaah pq meu casal não pode ter paz!! Coitados da Lua e Arthur terem que se ver em uma situação dessas...A maluca grávida de um menino ainda, pra abalar mais ainda a Lua, achei que ela ia bater na Kate real, fiquei com medo pois só ia ser mais problemas pra ela coitada, mas que a maluca merecia é verdade...Tomara que consigam provar que não é dele esse filho, sem mais armações, pelo menos dessa vez Lua tá do lado de Arthur, pq tbm não é fácil ser acusado de coisas sérias assim :/ E que pesada a conversa de Chamel, espero realmente que Chay tenha mudado, Mel admira tanto a relação de Lua e Arthur...ela merece ter um relacionamento saudável tbm
ResponderExcluirHarry deveria se casar com a Naomi, ele ainda não esqueceu ela. Essa louca da Kate não deixa o Arthur e a lua em paz mesmo viu. E para piorar as coisas vem com essa de estar grávida do arthur, esse DNA vai dá negativo para trazer alívio e paz para a lua. Chay teve a sorte da mel está dando uma segunda chance a ele, tomara q não desperdice. Obrigada Milly pelo capítulo maravilhoso
ResponderExcluirEsse Harry não tem jeito mesmo, amo as conversas de todos eles juntos!
ResponderExcluirArthur e Lua não tem um minuto de paz, essa Kate é uma louca, precisa de um tratamento com urgência, ainda foi atormentar a Lua no trabalho, noção passou longe dela. Entendo a Lua com medo, não foi nada fácil tudo que eles passaram, mas que bom que agora eles vão enfrentar essa situação juntos. Anie é simplesmente uma fofura, não sei lidar.
Que Chay e Mel possam virar essa página. Que ele realmente tenha mudado e se dedique a família agora.