Little Anie - Cap. 63

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Little Anie

Pov Arthur – Três dias depois...

Era quinta-feira. Anie amanheceu dormindo, não teria balé. E como nos outros dias, havia pedido para dormir comigo. Sua respiração estava tranquila. Tirei alguns fios de cabelo do seu rosto e ouvi o celular tocando. Era Lua.

Ligação ON
- Boa tarde. – Falei. Lá já era tarde, e aqui, 9h da manhã.
- Bom dia. – Ela riu baixinho.
- Está onde?
- Em uma lanchonete. Hanna veio comprar algo.
- Não está trabalhando?
- Estou. E ah, viajo sábado, de madrugada.
- Tive que adiar a viagem, você sabe...
- Sim. Vamos nos encontrar em casa, né? – Me perguntou esperançosa. Na verdade, eu a veria no aeroporto. Embarcaria assim que ela chegasse. Isso se o vôo dela não atrasasse.
- Não posso afirmar. Mas nos veremos. – Lhe disse.
- Estou com saudades, Arthur. Quero abraçar Anie. Não aguento mais a falta que ela está fazendo. – Falou com a voz embargada. Eu podia sentir, eu sabia o quão difícil estava sendo para ela essa viagem. O quão difícil estava sendo para ela esses dias longe de Anie, longe de casa. Logo ela, que desde que Anie nasceu, nunca havia se afastado da pequena.
- Eei... – Sussurrei quando ouvi o primeiro soluço. – Não chore. Já está acabando. Amor, já é quinta. Não chore. – Pedi tentando acalma-la. Mas eu não sei, no fundo algo me dizia que não era só saudade. Tinha algo a mais que ela estava tentando esconder. - Luh? Está tudo bem? Não minta. Você está me preocupando.
- Estou bem, Arthur. Estou... – Soluçou outra vez e por alguns minutos, permaneceu em silêncio. – Eu...
- Lua, por favor! Por que você não diz o que tá acontecendo?
- Porque eu não sei. Não sei! – Exclamou quase que desesperada.
- O que está sentindo?
- Eu só quero voltar pra casa, Arthur.
- Luh... – Eu sabia que não era só isso. – Conta pra mim.
- Não há nada a ser contado. Eu estou bem. Só quero voltar pra casa e abraçar a minha filha.
- Você fará isso sábado. Quando menos esperar, já vai estar no avião voltando pra casa. Se acalme. Não fique desesperada, meu anjo. Nós estamos morrendo de saudades. – Falei. – Lua, estou tão preocupado.
- Não se preocupe. Está tudo bem. Acredite. – Me garantiu.
- Ok. Vou acreditar. – Falei. – Amo você. Muito, você sabe. Não sabe?
- Sei. E te amo tanto. – Sorri ao ouvi-la dizer. – Vou ter que desligar. Anie ainda não acordou?
- Não. Ainda está aqui dormindo. Ela é espaçosa.
- Você todinha.
- Aah Luh! – Ri. – Garanto que ela não se importará se eu acorda-la para falar com você.
- Não. A deixe dormir. À noite eu ligo.
- Tá bom. Bom trabalho, meu anjo. – Desejei e lhe mandei um beijo.
- Beijo. – Ela disse encerrando a ligação.
Ligação OF

O resto da semana passou voando. Nos falávamos todos os dias. E todos os segundos de sexta-feira Anie perguntou a que horas Lua chegaria. Porque ela estava morrendo de saudades da mãe. E queria abraça-la. Fez um bico enorme acompanhada de uma cara emburrada quando falei que Lua só chegaria no sábado.

- Pai, quero minha mamãe! – Exclamou cruzando os braços enquanto sustentava um bico enorme.
- Meu anjo, durma. Logo amanhece e sua mamãe chega.
- Vai demorar!
- Não vai. Anie, vem... – A chamei. – Deite aqui. Vamos dormir. Logo amanhece e vamos ver a mamãe, ok?
- Ela é minha mamãe, papai. – Deixou claro. Ri.
- Sim. Sim. Sua mamãe. Mas ela é a minha Lua. Tudo certo? E amanhã nós veremos ela.
- Tá papai. – Anie fez um bico outra vez, e ganhou um beijo demorado na bochecha.
- Agora durma. – Ri da careta que Anie fez. – Durma. – Lhe deu um beijo na testa.
- Boa noite, papai.
- Boa noite, meu anjo. – Disse. Eu precisava dormir, viajaria pela manhã. E Anie nem podia sonhar com isso.

11h45, Aeroporto Inter. de Heathrow.

Lua havia me ligado e falado a hora que seu vôo chegaria. Meio dia e pouco, o avião pousaria em Londres. Nossa viagem estava marcada para as 13h30. Eu praticamente saí escondido de casa. Anie não poderia nem sonhar que eu iria viajar. Me despedi dela enquanto ela ainda dormia. Caso contrário, faria seu escândalo particular. Pedi que Mel a reparasse até Lua chegar. Carol e Carla tinham me pedido folga, a mãe delas havia adoecido.

Harry, Mika e John, já haviam chegado ao aeroporto, já havíamos feito o check -in. E Chay ainda não havia dado notícias. 12h05, ele apareceu. Foi direto fazer o check -in e depois sentou-se ao lado de John. Não que não nos falássemos, mas no momento, como era de esperar, não nos falávamos tanto quanto antes. Trocávamos ideias quando estávamos os quatro. Mas sozinhos, apenas com ele, parece que não tínhamos assunto. 12h30, vi Luh, Adam e Hanna no saguão. Ela falava sem parar, enquanto Adam empurrava Hanna discretamente.

- Olha a Luh. – Harry apontou em sua direção.
- Aham... – Murmurei andando até ela.

Lua estava de costas para mim, e Hanna me olhou com uma cara cínica. Sério, eu tinha medo dessa mulher às vezes, ela pode ser mais tarada que um homem. Pedi colocando o dedo indicador sobre os lábios, que ela não falasse nada. Soprei perto de seu ouvido. E Lua virou lentamente sorrindo, já sabendo quem se encontrava atrás dela. Alargou ainda mais o sorriso, ao me ver. Abri os braços, esperando que ela me abraçasse, mais do que nunca, em todos os segundos dessa semana, ela havia feito uma falta enorme. Embora estivesse sorrindo abertamente, ela estava diferente. Eu a conhecia como a palma da minha mão, para ter absoluta certeza do que eu desconfiava. Lua deu um passo, e me abraçou fortemente.

- Senti sua falta. Muita falta. – Falei retribuindo o abraço apertado. Como se quisesse grudar o corpo dela com o meu.
- Eu também, amor. – Disse procurando meus lábios. Segurei com uma das mãos em sua nuca, e com a outra mão, sua cintura. E a puxei para mais perto, como se ainda tivesse espaço entre nós. Lua abriu os lábios, e eu puxei seu lábio inferior antes de iniciar o beijo. Um beijo calmo, matando a saudade. Cessamos o beijo com selinhos.
- Tudo bem? – Perguntei segurando seu rosto com as duas mãos.
- Sim. – Ela respondeu e colocou os braços envolta da minha cintura. – Tudo certo. E por aqui?
- Mesmo? – Insistir.
- Sim.
- Bom, porque aqui está tudo bem também. A casa ainda existe. – Brinquei. Ela riu.
- Fico aliviada. – Sorriu e me abraçou novamente. Ouvi um suspirou baixo. Mas não falei nada.
- Luh? – Hanna a chamou.
- Oi.
- Nós já vamos. Adam vai me dar uma carona. Até semana que vem. – Falou abraçando-a e acenou para mim. – Hey, Arthur.
- Oi, Hanna. Cuidado, Adam. – Comentei prendendo o riso.
- Vou tentar. – Ele piscou e também abraçou Luh. – Tchau. – Se despediram. Não antes de Hanna me mostrar o dedo do meio.
- Por que você implica com ela? – Luh perguntou enquanto íamos pegar a mala dela.
- Ela implica comigo. – Dei de ombros. – Sabe, a gente podia ir ao banheiro. – A abracei de lado e beijei sua bochecha. Lua soltou um riso e me olhou.
- Transar no banheiro?
- Aliviar a saudade, que tal? – Ergui uma sobrancelha e Lua pegou a mala.
- Aliviar a saudade. Eu queria minha cama. – Comentou.
- Eu quero em qualquer lugar. Vem. – Falei puxando-a para onde nós estávamos.
- Luh! – Harry exclamou abraçando-a quase sufocando minha mulher. Se tem um homem mais abusado que Ryan, esse homem é o Harry. Ele fala que Lua é a versão feminina dele, embora ela seja mais teimosa que ele, e mais e mais em tudo. Revirei os olhos e encarei os dois.
- Da pra solta-la? Ela é minha ok? Minha. – Falei. Lua riu e beijou as bochechas de Harry.
- Tudo bem, amorzinho? – Ela perguntou quando – finalmente – ele a soltou do abraço.
- Amorzinho? Não estou disposto a ouvir isso. – Comentei.
- Tudo. E você?
- Estou bem...
- Bem mal. – Ele comentou baixo, mas ainda assim, eu ouvi. Lua o empurrou para o lado. Assim como eu, ele a conhecia muito, muito bem.
- Cala a boca. – Ela sussurrou antes de virar e andar até mim.
- E aí? – Perguntei me referindo ao convite anterior. Lua me olhou medindo o sorriso.
- Todo mundo vai saber. – Ela disse encarando Harry, que ria.
- Harry é um desocupado. – Comentei para que ele escutasse.
- Cadê Mika? – Lua perguntou.
- Ele foi atender um telefonema, acho que era a Soph. – Harry respondeu.
- Uhm... – Lua segurou em minha mão. – Que horas é o vôo?
- Uma e meia. – Respondi. – Ainda dá tempo. – Murmurei. Lua me olhou.
- Vamos. – Ela disse baixo. Sorri e apertei sua mão.
- Harry, me liga qualquer coisa. – Avisei.
- Vão onde? – Se fingiu de desentendido.
- Se você responder, te mato. – Lua me ameaçou.
- Ele sabe. – Comentei. – Um lugar bastante frequentado por você. – Respondi sorrindo maroto.
- Transar no banheiro não é algo que eu faça com frequência. – Respondeu cinicamente. Lua corou. – Ainda mais de aeroporto.
- Cala a boca. – Ela mandou. E eu ri enquanto andávamos. – Eu falei.
- Não fique irritada. – Beijei sua bochecha.

Varri com os olhos, as proximidades do banheiro. O lugar estava praticamente vazio. Entramos rapidamente no banheiro e andamos até o último reservado. Lua estava de vestido, o que facilitaria muito. A puxei pela cintura, e grudei meus lábios nos dela. Luh soltou um gemido e levou as mãos para a minha nuca.

- Não queria transar com você aqui, mas não temos muitas opções de lugares, amor. – Lhe disse. – Você quer?
- Quero. Quero, Arthur.  – Ela soltou o ar e começou a tirar minha blusa. Levei as mãos para a bainha do vestido dela, e fui levantando. Ela estava com uma lingerie branca, toda rendada, na fina alça do sutiã, lacinhos, e na lateral da calcinha também. Mordi os lábios com força e me sentei na tampa do vaso, puxando-a para meu colo. Lua soltou um gemido e distribuiu beijos em meu pescoço.
- Meu Deus, Luh... – Sussurrei distribuindo beijos em seu pescoço, mordisquei o lóbulo de sua orelha. – Gostosa. – Sussurrei mordendo seus lábios, e puxei seu corpo, colando-o ao meu.
- Aah... – Gemeu jogando a cabeça pra trás. Segurei suas coxas com força e depois passei uma das mãos em sua costa, e abri o fecho do seu sutiã. Tire o mesmo e beijei seus seios, estavam tão rígidos, que cheguei a morder. Lua puxou meu cabelo empurrando minha cabeça para trás. – Estão doloridos... – Murmurou beijando meu pescoço enquanto eu fechava os olhos cravando os dedos nas coxas dela e apertando cada vez mais forte.
- Está tudo bem? – Quase gemi sentindo ela morder o lóbulo de minha orelha enquanto se movimenta lentamente sobre meu membro.
- Sim. – Sussurrou. Embora eu com toda certeza pudesse afirmar ao contrário.
- Lua... – A afastei. – Não é o que parece. – Ergui o olhar e encontrei seus olhos confusos demais me encarando de volta. – Me diz? Está tudo bem? Aqui? Agora, Lua? – Segurei minha vontade de arrancar as duas únicas peças de roupas que nos impediam de ter um contato mais fundo. Definitivamente, fundo. Ela não respondeu nada. Apenas aproximou os lábios dos meus.
- Arthur, por favor...
- O que, Luh?
- Eu... – Ela me beijou enquanto puxava meus cabelos.
- Assim não dá. – Falei e segurei seu rosto com as duas mãos. – Lua, assim não dá. Não parece que você tá aqui. No que você tá pensando? Está gelada. - Disse sacudindo-a. – Me fala!
- O quê?
- Ora Lua! – Exclamei alterando um pouco a voz. – O que tá havendo. Você nem devia pensar em mentir pra mim. Está distante.
- Eu estou aqui.
- Aqui! – Segurei em sua cintura com força e a pressionei de encontro a mim. Ela soltou um gemido cravando as unhas na minha costa. Era dor. Algo estava muito errado. – FALA!
- Não grita. – Pediu baixinho encostando a testa na minha. – Por favor.
- Pare de pedir por favor! Está implorando o quê? – Perguntei irritado. – O que está havendo?
-Nada. Não está havendo nada. Vamos... Não temos todo tempo. – Falou levando as mãos para a minha cintura.
- Lua... Não seja boba... Acha que vai me convencer de que realmente quer transar aqui? – Ela me olhou confusa parando as mãos no cós da boxer.
- Estou aqui, não estou? – Perguntou me encarando seriamente.
- Está?
- Arthur... – Se inclinou sobre mim e beijou meu pescoço. – Eu quero. Agora. Não me faça implorar de verdade. – Mordeu meu ombro. Fechei os olhos com força e mordi os lábios tentando reprimi um gemido.
- O que eu falei pra você? – Perguntei sentindo ela passar a ponta dos dedos pelo lado de dentro da boxer. Suspirei beijando e mordiscando seu pescoço.
- Não lembro. Falamos sobre tantas coisas...
- Gemidos reprimidos... Lembra? – Perguntei tirando-a de meu colo. Lua ficou em pé na minha frete apenas de calcinha. Ela assentiu e mordeu os lábios. – Você lamentaria, querida. Lembra disso também? – Fui abaixando sua calcinha vagarosamente. – Segure em meus ombros, ou vai acabar caindo. – Lhe lancei um sorriso maroto. Ela estava tremendo. – Lua. – Falei e ela segurou em meus ombros enquanto levantava uma perna de cada vez para que eu tirasse a calcinha. Me levantei tirando a cueca sobre o olhar intenso de Lua. Ela mordeu os lábios e os soltou lentamente enquanto ainda me olhava. Voltei a me sentar. – Gire. – Pedi. Ela me olhou confusa. – Gire, Lua. – Fiz um gesto com a mão para que ela desse uma voltinha. – Está com medo?
- Não.
- Então dê uma voltinha. Não temos todo tempo. – Usei suas palavras. Ela fechou os olhos e mordendo os lábios, girou lentamente. E só pra constatar minhas desconfianças, a queda lhe rendeu marcas. Fingi não notar e quando seus olhos me encararam outra vez, estendi a mão para que ela pegasse. E ela o fez. A puxei fazendo-a cair sentada em meu colo, com uma perna de cada lado das minhas. Ela levou as mãos até meus cabelos. – Vai implorar para que eu pare?
- Não seja tão mau.
- Está com medo?
- Não, amor. Não estou. – Ela sorriu. Mas seus olhos não estavam brilhantes como sempre costumavam estar.
- Não vou ter pena de você...
- Não quero que tenha.
- Tem certeza? É tudo que você quer?
- Sim. Tudo. – Respondeu mordendo meus lábios. Segurei em sua cintura, e a olhando nos olhos, como se pudesse enxergar sua alma, entrei nela sem nenhum aviso. De uma só vez. Fazendo-a apertar as penas envolta de mim e cravar as unhas nos meus braços. Enquanto gemia baixinho se agarrando ainda mais em mim. Não parei os movimentos, com as mãos em sua cintura, eu entrava e saia sem dar tempo algum. Freneticamente. Entrando e saindo sem parar. Lua se agarrava ainda mais em mim. Seu corpo estava suado, assim como o meu. Ela se apertava cada vez mais.
- Shh... Relaxe... Agora que começamos. – Mordi seus lábios e puxei seu lábio inferior.
- Aaah... Ooh.. Arth... Arthur! – Exclamou. Sem cessar os movimentos, eu mal podia abrir os olhos, eu estava quase lá, e Lua que me perdoasse, eu não pararia agora. – Por favor... ooh... pa... r... e... – Ela puxou meus cabelos com força. E deitou a cabeça em meu ombro. – Eu n... Não... Não consi... go...  Aah... – Gemeu uma última vez e eu senti meu corpo explodir. Coloquei meus braços envolta da cintura dela e a abracei forte enquanto relaxa. E tentava recuperar minha respiração. Lua permaneceu com a cabeça deitada em meu ombro.
- Eei... – Chamei afastando seus cabelos do rosto. – Luh? – Ela não disse nada. Apenas colocou os braços envolta do meu pescoço e permaneceu calada. – Machuquei você? – Perguntei quase tendo a certeza que ela diria que sim. Me xinguei por ter indo tão longe mesmo percebendo como ela não estava bem. Embora mentisse. – Diz alguma coisa.
- Não consigo me mexer. – Murmurou.
- Relaxe, querida. – passei as mãos pela sua costa até seu bumbum, e logo desci até suas coxas e comecei a massagear. Saí lentamente recebendo de Lua, uma exclamação de dor. – Shh... – Beijei seus lábios e logo ficamos em pé. – Consegue? – Perguntei segurando apenas com uma mão.
- Estou... tonta... – Ela estava de olhos fechados. E suas pernas vacilaram. Meu Deus, o que eu tinha feito? Ela parecia pior do que antes. Estava tão pálida, cheguei a pensar que desmaiaria. Segurei em seus ombros. – Olhe pra mim! – Exigi. – O que está sentindo?
- Estou enjoada. – Ela ainda estava de olhos fechados.
- Abra os olhos. Lua, olhe pra mim! – Ela abriu os olhos devagar. E eu a puxei para o meu colo. Ela estava péssima. – Me diz o que tá acontecendo? Vou acabar enlouquecendo de tanta preocupação.
- Eu não sei Arthur. Eu não sei, juro.
- Tudo bem. Vem, foi uma péssima ideia. – A ajudei a se vestir. E logo vesti minha roupa. Ainda bem que ninguém tinha entrado naquele banheiro. – Lua? – Ela me olhou.
- Arthur, desculpe. Eu...
- Não fala nada. Quanto mais você tenta me enrolar mais estressado eu fico.
- Você não me escuta.
- Você me deixa louco! – Exclamei. – O que quer que eu faça? Você não queria. Que droga! Por que não disse?
- Eu queria sim.
- Não minta. Vamos. Vamos sair daqui. – Falei abrindo a porta do reservado. – A gente ainda não terminou essa conversa. – Falei saindo do banheiro. E Lua ficou.

Pov Lua

Liguei a torneira e joguei água em meu rosto. Minhas pernas não obedeciam aos meus comandos. Eu estava tremendo, e temia cair a qualquer hora. Eu estava tonta e enjoada. E as investidas de Arthur só me fizeram ficar mais dolorida do que eu já estava. Pedia internamente para que ele não tivesse notado a marca roxa em baixo do meu bumbum. Minha barriga doía, e eu me sentia fraca. Andei até a porta e Arthur me esperava impaciente do lado de fora.

- Caramba, Lua! Quanta demora. – Reclamou. – Vem, vamos comer algo. Você está pálida. Quero que prometa que irá ao médico. – Disse enquanto me puxava para uma lanchonete.
- Estou sem fome.
- Você vai comer!
- Deixa de besteira. Quero ir embora.
- Me diz o que está acontecendo?
- Nada. Nada. Que droga! – Me sentei na cadeira e cruzei os braços. Logo um rapaz veio nos atender. Arthur pediu dois sucos e dois sanduíches.
- Ah não? E desde quando você passa mal do nada? Quer enganar a quem?
- Não estou te enganando.
- Você não queira transar... – Ele cerrou os dentes murmurando. E logo e rapaz voltou com os pedidos. – Fingiu!
- Como você pode ter tanta certeza?
- Eu te conheço! Droga Lua! Eu te conheço. Só por isso! – Exclamou irritado. E bebeu o suco. – Bebe, come esse sanduíche também. – Suspirou. – Eu vi, eu vi a marca! O que eu te falei? Até quando vai aguentar essas dores? Que teimosa! Devia ir ao médico, como pedi. Não vê?
- Não estou com fome. Eu vou ficar bem. Logo essa marca some. Não se preocupe. – Sorri sem mostrar os dentes.
- Come! Você está pálida, está quase desmaiando na minha frente. Você quase desmaiou no banheiro! – Finalizou.
- Eu pedi para você parar!
- Eu perdi a paciência, Lua! Olha o que você consegue em segundos? – Me levantei da mesa e andei até onde Harry ainda permanecia sentado. Eu não queria mais discutir com Arthur. Mika estava lá e sorriu.
- Olá, Luh.
- Oi. – Sorri de lado.
- Como foi a viagem?
- Tranquila.
- Está se sentindo bem? – Me perguntou. – É que não parece.
- Mais ou menos. – Falei e Harry se levantou e me puxou pela mão antes que Arthur chegasse até nós.
- Ande Lua! Fale. Fale o que está havendo.
- Até você?
- Lua, minha querida. Qualquer um pode enxergar que não está nada bem. Olhe pra você? Está tão pálida. Está doente? O que aconteceu? – Perguntou preocupado.
- Você é pior que ele. – Revirei os olhos.
- Eu não sou ele. Fale pra mim. Você sabe que pode falar. Arthur está quase vindo te tirar daqui. – Comentou.
- Ele odeia que eu diga coisas a você, que não digo a ele.
- O que ele não pode saber?
- Harry, estou péssima há dias. Quase não durmo. Essa viagem foi um tormento. Estou sentindo dores.
- Devia ir ao médico.
- Arthur já me disse isso. E a última coisa que eu queria fazer era transar, e ainda mais, em um banheiro. Embora eu estivesse morrendo de saudades dele. – Confessei. Harry me abraçou e beijou minha testa.
- Por que não disse a ele?
- Ele queria.
- Luh, entenda, ele só vai querer o que você quiser. Arthur entenderia. E olhe, ele está irritado por eu ter arrancado confissões suas.
- Eu sei. – Ri baixinho imaginando a cara que ele deveria está no momento.
- Vai ser péssimo ele viajar brigado com você.
- Vou falar com ele. – Abracei Harry por alguns minutos. – Obrigado, amorzinho. – Beijei sua bochecha e me virei caminhando até Arthur. Ele está sério, e me encarava. Me abaixei e beijei seus lábios. – Me desculpe.
- Por que ele sabe e eu não?
- É que ele é meu amigo. E não meu marido.
- Mais um motivo para eu saber.
- Deixe de marra. Boa viagem. Eu preciso ir.
- Luh! Por favor, me diz alguma coisa.
- Vou contar os dias parar ter você em casa. – Sorri beijando seus lábios. – Eu amo você.
- Luh...
- O chaveiro. – Mostrei o mesmo. – Eu não perdi.
- Fique com ele. Quando eu chegar, eu pego. – Ele me abraçou. – Promete ir ao médico?
- Sim. Irei na segunda.
- Me ligue. Quando eu chegar, eu te ligo. – Ele me beijou. – Amo você.
- Eu também. – Sorri. Me despedi dos outros garotos.
- Diga a Anie, que eu a amo, e que não demoro.
- Digo. E ah... Não custa nada lembrar... Se comporte, Aguiar.  – Lhe dei um selinho e sai sem esperar que ele falasse algo.

Continua...

N/A: Bom, e aí, o que acharam do cap.? Devo adiantar que o próximo é triste :´( Choremos! O que acham que está havendo? O que acham que está por vim?

E ah, amanhã postarei um aviso, e desejo do fundo do meu coração, que vocês entendam.

Não deixe de comentar.
Beijos!

14 comentários:

  1. Aiii oq será q ela tem?? Triste?? Será q o Arthur vai sofrer algum acidente?? Ansiosa
    Aii avisoo já estou até aginando.. Amoo a web

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  2. Ah Não😩 Acho que não to preparada para o proximo cap😐😌 To com medo do que vai aconteçer (Sem nem saber ainda) 💔💔 Mais posta mais please✌️✊🏼 Amo de Mais essa web ❤️❤️

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  3. Ahhh mdssss... Que aflição o que ta acontecendo?!?!? Jesusss ,postaaa logo!!

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  4. Eeeeei posta insta pfv sua fic é linda demaaaaaaaaais 😍😍😍👏

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  5. Pr favor poste amanha.
    Jamille nao poste so 3dias na semana poste todos os dias de segunda a domingo e se melhor poste 2capitulos no mesmo dia s podet posta igual como vc posta as outras fanfic

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    1. Eu acho que não da para ela postar todos os dias. Por isso ela posta quando pode. Eu não gostava e que acabasse de postar.

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  6. eu acho que a luh tava gravida e perdeu o bebê.... ansiosa!!!!

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  7. Estou ansiosa para saber próximo cap. Mas vai ver triste;( O Aviso nao seja que vais acabar com a web.
    By. Sofiaxc

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  8. Anie é ciumenta demais kkk mini Lua ate do Pai com a Mãe ela tem ciumes...
    Uouh no banheiro kkkkk exóticos eim u.u Acho q Lua estava gravida e perdeu o bebe na queda :(
    Quanta saudadessss Milly.

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  9. Vish oque será que a Lua tem?
    meu deus ansiosa pra saber essa notícia triste.
    Já quero o próximo.

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  10. Tadinha da Lua, ela está com alguma doença séria? Mais?

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  11. Tbm to achando que Lua tava grávida e perdeu ou vai perder o bebê :'( Mas seja oq for q o Arthur volte pra ficar do lado da Luh :-\ Amooo demais essa web ,sou apaixonada nessa family ❤ Posta ++
    By:Francielle

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