Uma Linda Mulher - CAP.60

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Uma Linda Mulher




Capítulo 60:


Marieta – Lua, querida…– Ela não havia ouvido, Seria alguma espécie de castigo por sua vida e passado? Sentou se em um corredor perfeitamente branco onde em alguma das salas algum bebê recém nascido chorava, esfregou as mãos em seus braços, e decidiu desaparecer por alguns minutos.
Doutor – Mais entenda pai…– conversava com Arthur que prestava atenção atendo. – Aplicamos o medicamento, até descobrirmos o antibiótico adequado com um exame característicos em casos de Meningite. Não podemos afirmar ao senhor que é mesmo, mais nesses casos os sintomas são claros. Nesse momento o garoto está medicado, e neste momento não corre perigo de morte, quando pensamos em meningite associamos, ela completamente a morte, mais não funciona assim, existe a meningite viral e a de bactérias, são coisas diferentes, se o caso do Gabriel for meningite precisa imediatamente ser tratada, por isso faremos exame que nada mais é do que cultivar bactéria de uma amostra do fluido espinhal. Assim saberemos qual é, e com que medicamento adequado podemos medica lo.
Arthur – Sim. - respondeu com um fio de voz se sentando. Olhou ao seu redor, Lua havia desaparecido a mais de 30 minutos. – Posso vê lo, sabe se minha mulher está com ele?
Dr – Não, não está, e também não pode vê lo, faremos agora o exame acho que já estão o levando para a sala, detectaremos a causa e assim damos o diagnóstico certo e medicamos ai sim, os pais poderão vê lo. Não fique tão abatido Senhor Aguiar, está pálido se sente bem?
Arthur – Não, não me sinto, mais não é nada físico, preciso encontrar minha mulher, receio tenha acontecido algo.
Dr – Ok, esperem por noticias, não demoro a mandar uma enfermeira para informa los, aí poderão acompanha lo até o quarto e permanecer por lá quanto tempo precisarem, certo? – Marieta sorriu em agradecimento e Arthur fez o mesmo estendendo a mão para o Doutor. Estava tudo bem explicado, e ainda que o Doutor Cruzes insistisse e falasse que no momento ele estava bem, algo ainda o preocupava, queria ver a metade de seu coração, precisava certificar se de que tudo estava bem, que os olhos de Gabriel seguiam abertos e brilhantes quando olhavam para os olhos do pai de que tanto de orgulhava. Mais precisava achar a outra metade desse coração, Lua precisava procurar por ela…
Arthur– Sabe onde Lua, está Marieta?
Marieta – Não sei filho, não disse quase nada desde de que chegamos, andava lentamente de lá para cá mais não dizia nada. Onde você estava Arthur, eu perguntei por você e ela disse que havia acabado. – Arthur se levantou jogando uma mirada cúmplice para Mel.
Arthur – Não , não acabou Marieta, o que é certo é que ainda nem começou. Qualquer noticia ou aparecimento de alguma enfermeira me ligue, estou no celular, qualquer coisa. Mel, preciso avisar Lua, antes que ela mesma se mate.
Marieta – O que você fez Arthur? – Perguntou Mel também abatida se sentando na cadeira. 
Arthur – O pior erro dos homens Marieta…– Marieta baixou a cabeça se concentrando em sua velha oração, Arthur começou a caminhar pelos corredores a procura de Lua… 
Uns cinco minutos depois Marieta havia ligado dizendo que podiam esperar por Gabriel no quarto 12 B da ala infantil. Arthur agradeceu desligando o telefone, e em mais alguns minutos de caminhada, a encontrou sentada no final do corredor em um sofá branco inclinada para frente com as mãos no rosto. Se houve algo que ferisse e matasse, talvez ele usasse contra ele Arthur pensou, tirou a gravata a colocando no bolso, e também tirou o paletó.
Arthur – Se acalma…- A segurou novamente pelos braços. - Ele disse que farão um exame para saber se é mesmo meningite e qual é o caso, assim poderão dizer ao certo o diagnóstico, e poder receitar o medicamento, está medicado e dormindo, disseram que podemos esperar no quarto, inclusive você está no corredor dele. Nesse instante não corre perigo de morte Lua, apenas está dormindo. – Lua fechou os olhos respirando aliviada deixando os tensos ombros caírem para frente, nunca havia sentido tanto medo em vida, era uma sensação horrível. Levou as mãos a cabeça em quanto Arthur caminhava até o sofá deitando a cabeça para trás, deitando de leve o corpo na mesma posição, ainda sentado. Lua abriu os olhos, e novamente ouviu o choro de criança, se abraçou e viu um casal, que havia recebido alta saindo com a ajuda de uma enfermeira, o bebezinho era lindo, loiro, lembrava Gabriel. E a mãe sorria com os olhos brilhantes em quanto com carinho e doçura era levada pelo marido na cadeira de rodas, lembrou se do nascimento de Gabriel. Ninguém segurava sua mão, e Arthur estava do lado de fora. A culpa é sua Lua, disse a si mesma... "Não quero Arthur aqui, tire ele da sala Marieta, diga que quero que ele espera lá fora…" Abriu os olhos com força vendo o casal que agora sorria de alguma careta do recem nascido se afastar, virou se com cuidado mirando Arthur. " O fim da sua linha Lua".
Ela deu um primeiro passo, e logo depois deu outro fechou os olhos e continuou a caminhar até parar de frente para Arthur. Ele abriu os olhos cansados e a mirou, balançou a cabeça e ela fez o mesmo, seus olhos se perguntavam aonde e a quantos anos haviam fracassado, não obtiveram resposta, Arthur estendeu as mãos em um gesto único e particular, Lua inclinou a cabeça dando um pesada e afoita respiração.
Arthur – Você não vai partir, e nem se separar de mim, e nem sair minha vida Lua, estou lhe dizendo que não vou permitir, estou lhe dizendo que não posso viver sem você, me recuso a viver sem você. Não só te desejo, te amo por mais que doa agora, isso vai passar e eu vou te esperar, vou ser paciente como o homem que você precisa, vou dar mais atenção ao meu filho, que Só Deus sabe o quanto senti meu chão se abrir quando recebi o recado. Baybe eu amo você. E mesmo que você já não me ame, quando for tempo, deixe que eu me apresente como seu novamente...– Lua franziu ainda mais a testa, estendeu as mãos relutantes e trêmulas se sentando no colo de Arthur, como uma garota indefesa se deitou sobre seu peito, acomodando a cabeça no vale entre seu pescoço e seu ombro, como Gabriel fazi. Lua notou seu próprio perfume em Arthur, ele cheirava a ela, ele ainda cheirava ela, sua roupa e seu corpo ainda possuíam seu perfume, fecharam os olhos na mesma hora, e sob uma magia desconhecida e indecifrável chamada amor adormeceram...
Marieta – Lua? – cutucou Lua e Arthur com um sorriso no rosto – Lua querida acorde…- Lua e Arthur acordaram em um pulo, assustados por terem adormecido pelo cansaço em quanto esperavam pela volta de Gabriel. – Ele já está no quarto, está meio sonolento, mais chamou por vocês. – Lua e Arthur assentiram e entraram na segunda porta do mesmo corredor com cuidado. Oh, Lua chorou ao o ver ali deitadinho, quietinho, com um bico de choro. 
Lua – Ohh meu amor... Me perdoe por não estar com você querido, perdoe a mamãe, eu prometo que ficaremos para sempre juntos ok? Ficaremos por todo sempre, aonde você for eu vou, aonde eu for você vai, é uma promessa filho. – lhe beijou a testa de leve lhe acariciando os cabelos, Gabriel assentiu respirando com força. Arthur se aproximou o abraçou também, logo depois se sentou na cama ao lado de Lua, acariciando os pés de Gabriel, que antes de adormecer murmurou orgulhoso.
Gabriel – Sou forte como você papai…– Arthur se derreteu por inteiro sorriu com o queixo trêmulo do choro, e também murmurou baixinho em quanto Gabriel fechava os olhinhos. 
Arthur – Eu sei filho, o papai sabe querido. – Marieta sorriu para Arthur, em quanto, Lua, compenetrada analisava cada movimento respiratório e o monitor ao lado de Gabriel...
Já na madrugada com o filho devidamente medicado com os antibióticos e novamente adormecido, Lua estava adormecida no sofá, quanto Arthur do lado da cama, acariciava o cabelo e as orelhas de Gabriel, não conseguia dormir, não enquanto não ouvisse que seu filho estava completamente seguro, e que poderia voltar com saúde para seus braços. Piscou sentindo o peso dos olhos, virou para trás vendo Lua, profundamente adormecida depois de um banho no próprio hospital. Deixando a cama do filho se ajoelho de frente para ela, era hora de deixar tudo para viver sob o que realmente importava, e nada no mundo naquele momento para Arthur, importava mais do que sua esposa e seu filho.
Arthur - Eu preciso me lembrar do seu sorriso querida…– Arthur apoiou a cabeça no sofá se sentando no chão, fechou os olhos em poucos segundos se viu completamente adormecido, sua respiração pesada denunciava o quanto estava cansado. Na realidade nunca havia se sentido mais esgotado na vida, dois dias sem pregar os olhos podia sentir suas olheiras fundas e seus olhos opacos. Acordou com o tocar dos dedos de Lua em seu ombro, estava tão sonolento tão cansado que não tinha forças nem ao menos para abrir os olhos.
Lua – Arthur? – o chamou novamente abaixada ao seu lado - Arthur, acorda…– notou que ele se mexia – Arthur? – finalmente ele havia aberto os olhos, o quarto estava apenas iluminado pelo abajur de bichinhos que Marieta havia trazido de tarde, sua primeira reação foi olhar para a cama, se tranquilizou Gabriel continuava dormindo, deveria ser por isso que Lua estava sussurrando. – Arthur?
Arthur – Sim? – a olhou, viu que não estava muito diferente dele, os olhos opacos, as faces pálidas.
Lua – Tome um banho, e vá para casa, está tudo bem…
Arthur – Não, Gabriel pode acordar e se agitar se não me, ver aqui, prometi que estaria aqui quando ele acordasse.
Lua – Marieta trouxe roupas limpas, tome um banho quente e se deite aqui.
Arthur – Não volte você a dormir, ainda está pálida Lua. Sente seus olhos, estão cansados, eu ficarei bem…
Lua – Tome um banho quente. Se não quando Gabriel acordar é você que estará de cama. A quanto tempo não come?
Arthur – Desde de ontem a noite…– se levantou sentindo dores pelo corpo – Volte a dormir, não vou fazer barulho. – Lua se deitou e assentiu silenciosamente, antes de dar uma olhada em Gabriel, que continuava a dormir conectado á alguns monitores e soros. Arthur pegou as roupas na mala em cima da mesa, separou uma roupa confortável e entrou no banheiro, permaneceu lá por 30 minutos, sem fazer barulho saiu do cômodo secando os cabelos, e bem agasalhado pois fazia frio se sentou na cadeira lutando com seus olhos para os manter aberto. Lua o mirou cerrando a mandíbula, droga pensou ao sentir seu coração se dilacerar ao vê lo tão exposto e vulnerável observando com luta para se manter acordado, Gabriel. Além do mais fazia frio, mesmo debaixo das cobertas ela podia sentir.
Lua – Arthur? – o chamou com o pouco de compaixão e coragem que tinha - Deite se aqui comigo, faz frio, ficará doente se permanecer aí do jeito que está…– Arthur a mirou nos olhos, e viu o quanto de força e coragem ela havia utilizado para fazer tal convite. Prestes a sorrir viu quando ela desviou o olhar para o filho, como que fugindo dele, então notou que o ressentimento a raiva e o desprezo continuavam ali, ocultos pela dor e pelo susto mais continuavam presentes, se levantou e em passos firmes se sentou no sofá. Lua se afastou um pouco dando espaço para que ele deitasse, com um pouco de aperto caberia perfeitamente duas pessoas ali, Arthur se cobriu com a manta já quente, se virou de costas se sentindo confortável, fechou os olhos, consciente que Lua fazia o mesmo, e respirava com velocidade para se manter calma e não o expulsar dali, adormeceu…
Lua – E acha que a febre passará? – perguntou Lua ao doutor que examinava Gabriel na manhã. 
Doutor – É o que esperamos Lua, os medicamentos surtem efeito depois de algumas horas, além do mais Gabriel ficará aqui por alguns bons dias, verificaremos os sintomas os medicamentos todos os dias, estamos controlando a febre e as dores, deixe os medicamentos agirem, quanto mais nervosa você ficar pior será, descobrimos a tempo Lua, está em boas mãos.
Lua – Eu sei que está…– mirou Gabriel que adormecera logo depois de tentar sem sucesso ingerir alguma coisa. – Me sinto preocupada, quando não come, está tão fraquinho, mal fica acordado. 
Doutor – Eu compreendo Lua, mais vamos aguardar por mais 24 horas o efeito dos medicamentos, ok? Em 5 horas passo aqui para examina lo novamente.
Lua – Ok, obrigada.
Doutor – De nada. – observou Arthur ainda adormecido no sofá – Seu marido permaneceu acordado até tarde? – Lua continuou olhando para o médico não querendo observar Arthur.
Lua – Sim, está um tanto cansado…
Doutor – Posso perceber, se não comer essa manhã avise o que o colocaremos no soro também. - Sorriu com humor e Lua com educação sorriu também, se despediram deixando Lua assim sozinha no quarto. Sentada com seu computador portátil na mesa, terminava de mandar as últimas mensagens para Karla, quando Mel e Robert entraram no quarto…
Mel – Bom dia querida…– Sorriu Mel falando baixo, Lua se levantou a abraçando com força – Oh não chore Lua, agora tudo está bem, olhe dorme feito um anjo. – Mel sorriu e Lua também sorriu mirando o filho.
Robert – Bom dia Lua…– Lua o olhou com um perfeito nó na garganta, sentiu seu estomago se enjoar ao olhar de volta para Mel que atenciosa mimava Gabriel para depois se abaixar na altura de Arthur… Por sua mirada devasta, Robert recuou um passo percebendo que Lua sabia de algo, sua respiração já não estava normal, Lua mordeu os olhos e com um desdém que só Robert notou, respondeu:
Lua – Bom dia Robert… 
Mel – Está tão cansado Lua. - Brincou com ao cabelos de Arthur. – Nunca o vi assim para falar a verdade, só quando mamãe morreu…– se entristeceu mirando o marido que sorriu de maneira única à mesma – Não é mesmo Robert?
Robert – Sim querida…– Lua se afastou contendo a vontade de estapear Robert que estava em sua frente, na certa ele saberia que seu casamento já havia chegado ao fim… 
Mel – Mais e você como está?
Lua – Preocupada Mel, não sei, ele apenas dorme pelos antibióticos, quando acorda apenas choraminga e quando eu me aproximo volta a dormir, o médico disse para termos calma e paciência. Não sei se ainda sente dor. Corta-me o coração.
Mel – Entendo, mais o guri é forte…– sorriu acariciando agora os cabelos de Gabriel. – Arthur também…– mirou o irmão, percebendo que Lua recusava a mira lo. – Estão brigados? - Lua sorriu tristemente negando com a cabeça, na hora Mel perdeu o sorriso e Robert inventou qualquer desculpa saindo do quarto.
Mel – O que houve Lua?
Lua – Não dá mais Mel…
Mel – Mais os motivos, até minha festa vocês estavam bem, normais…
Lua – As normalidades do nosso casamento, esqueça agora não é hora…
Mel – Fugir não é a melhor solução Lua, pense nisso. Preciso ir, além do mais, sem vocês dois, aquilo ta em movimentação total, que dar algum recado?
Lua – Não, sei que estamos em boas mãos, o Micael está tendo problemas na Venturini?
Mel – Não tudo no controle Lua, apenas fique com a cabeça no Gabriel. Preciso ir, deixe um beijo para o meu irmão. – sorriu abraçando Lua novamente, com um beijo na testa de Gabriel, Mel deixou a sala procurando por Robert, não se demorou e partiram. Lua se sentou na beirada da cama, acariciando os cabelos de Gabriel, lhe fazendo carinho nas orelhas e na face. Arthur se mexeu, virando para o outro lado, mirou o filho e depois o marido, baixou a cabeça e sentiu as mãozinhas lhe alisarem a face…– sorriu olhando para Gabriel pela primeira vez com os olhinhos bem abertos. 
Lua – Olá meu anjo.
Gabriel – Olá mamãe, minhas costas e meu pescoço ainda estão doloridos…
Lua – Eu sei querido, mais os doutores já deram um remedinho, e já, já vai passar. – Gabriel assentiu. 
Gabriel – Acho que também estou um pouquinho só enjoado…
Lua – Eu sei, mais precisa comer alguma coisa filho, se não, não vai sarar rapidinho.
Gabriel – Mais eu não consigo mamãe…– gesticulou, Lua sorriu lhe dando um beijo no rosto. – Cadê o papai ? – Lua se afastou de modo que Gabriel pudesse ver Arthur dormindo, sorriu mirando. 
Lua – Acho que ele está cansado...





Desculpa a demora pra postar amores, tive que sair com a família pra comemorar que papai entrou de férias (infelizmente), ehhhhh. Hahahaha
Boa Madrugada, kiss.

4 comentários:

  1. Aaaaaah tadin do bielzinho que triste ..:(

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  2. Tadinho do Gabriel ):,
    E a Lua e o Arthur nunca vão ficar de boa,Tadinhos ...
    Amando essa Web,já faleiii to viciada nela *--*

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  3. Tadinho Gabriel.
    By,: sofiaxc

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