Milagres do Amor
Cedo para parar e Tarde para desistir.
Pov Narrador
Lua
chega à mansão dos Aguiar, após alguns minutos de caminhada. Nesse tempo ela
fez de tudo para se manter firme e não pensar no que disse a Arthur.
Ela
abre o portão enorme de madeira e vai direto para os fundos da casa, logo é
recebida por um Luke vibrante e animado querendo brincar. Lua se abaixa e passa
as mãos nos pelos macios de sua cabeça.
–
Agora não, Luke.
Ela
se dirige mais adiante, chegando à imensidão colorida e perfumada do jardim de
Rita. Ignorando o banco de madeira, senta na grama recém aparada.
O
choro que estava sufocando-a por toda noite, escapa violentamente, o lago de
água salgada desaba por todo seu rosto.
Lua
se sente mais sozinha e angustiada do que jamais esteve. Sofrendo
antecipadamente pensando que arruinou tudo, Arthur com certeza iria se afastar
dela.
O
ciúme que sentiu quando Tânia e Victória se insinuaram descaradamente para ele,
sem a menor vergonha, a pegou de surpresa. Ela não sabia se chorava ou partia
pra cima das duas, como uma leoa protegendo seus filhotes. Porém no final ela
conseguiu se segurar e cabeças não rolaram.
Ela
não entende como uma pessoa pode se tornar tudo em sua vida, com apenas um
olhar.
Conhece
Arthur há apenas algumas semanas, no início achou que o que estava sentindo
fosse apenas um carinho de irmão. Porém como um a irmã deseja tão ardentemente
o outro? Apreciar como seus lábios se movimentam enquanto fala? O charme e a
elegância do seu andar? Quase se beijarem?
Não,
ela realmente estava errada, tudo que sentia e ainda sente é amor.
Lua
nunca foi uma simples menina, amadureceu cedo de mais, viveu coisas que pais
nunca desejariam para seus filhos. Sempre foi uma garota estudiosa e decidida,
lia de tudo. Porém os livros que mais a encantava era os que justamente a
intrigavam. Histórias de amor impossível, Romeu e Julieta era o que mais
gostava, uma tragédia e linda estória de amor.
Nunca
pensou que sentiria algo tão forte em sua vida, como estava sentindo.
Claro
que ela acreditava no amor. Contudo nos dias atuais tudo se resume no interesse
e na beleza, o amor vem sempre em último plano.
E
agora ela sentia sim, o amor, forte, avassalador e poderoso, que esta fazendo-a
perder a lucidez, achava que estava ficando louca. Querer matar cada mulher que
olhasse para Arthur, com aquele olhar guloso e malicioso, querendo ser trancada
em um quarto com ele, e fazer loucuras quentes e prazerosas. Estava nesse momento
soluçando, pelo choro desesperado, agarrada a um cachorro que era sua única
companhia. Definitivamente ela não estava em seu estado normal. Acha que o amor
deveria estar fritando seus neurônios, devastando seu cérebro.
Após
a conversa que teve com sua mãe Arthur andava apressadamente pelo curto caminho
até sua casa, já estava decidido o que iria fazer e coragem era o que não
faltava.
Arthur
sempre teve muito amor e carinho por parte de sua família, iria seguir os
passos do pai que cursou medicina, mas na última hora após salvar uma mulher de
um assalto percebeu sua vocação. Desde então não parou mais.
Sempre
ganhando medalhas e fama pelo excelente trabalho realizado. Além das melhores e
mais bonitas mulheres em sua cama, dinheiro não lhe faltava, pelo contrário
tinha até demais.
Tornou-se
general, mas ele queria muito mais, estudou mais e se tornou o chefão do FBI,
respeitado e invejado por todos.
Consegui
tudo que desejava em sua vida profissional batalhou para chegar aonde chegou, é
merecedor de tudo que tem hoje.
Porém,
se ganha de um lado e perde do outro, sua vida profissional é extraordinária,
perfeita e admirável, sua vida pessoal um fracasso.
Ligava
de cinco e cinco meses para seus pais, os visitava uma vez ao ano, mandava
dinheiro e orgulho a eles.
Com
as mulheres não tinha o que reclamar, onde quer que fosse todas paravam e o
observavam e logo vinham aos montes, como cadelas no cio. E é claro que ele
aproveitava sempre se prevenindo, bobo ele não é. A maioria delas estava pronta
para gerar um filho e pegar uma gorda pensão do primeiro trouxa milionário que
aparecesse.
Arthur
nunca se apaixonou, não tinha tempo pra isso. Seu trabalho era sua única paixão
e companhia constante. Até uma jovem com seus enormes cabelos loiros e olhos de
chocolate cruzar seu caminho.
Sua
vida em um passe de mágica, virou de cabeça para baixo. Um sentimento até então
desconhecido lhe encheu o coração. No principio não se importou, mas tudo ficou
mais intenso e perturbador. Não era apenas desejo lhe correndo nas veias, era
como uma droga que se injetava automaticamente em seu sistema, seu coração.
Mais
tarde soube que era o mais puro e sincero amor, o cercando de todas as formas
possíveis. Tentou fugir, mas foi puxado de volta por mãos de ferro e nada o
faria ser como era antes.
Arthur
chegou em casa e foi direto para o jardim, sabendo que Lua estaria lá.
Seguiu
até o amplo espaço, e viu a mais bonita e delicada flor do jardim de sua mãe.
Lua
estava de costas pra ele, com Luke enfiado em seu braço esquerdo.
Arthur
puxou e soltou o ar intensamente, passou a mão em seus fios, os desalinhando
ainda mais, e foi em sua direção.
Ela
que até então conseguira se acalmar e parar de chorar, sentiu imediatamente o
ambiente mudar. Era como se tudo a avisasse que em suas costas a observando,
estava à pessoa que mais importava em sua vida. Seu perfume que antes a
acalmava estava deixando-a desesperada, não sabia o que fazer.
Seu
coração quase pulava por sua boca de tão acelerado que estava. Passou as costas
da mão no rosto, tirando os vestígios do recente choro.
Luke
sentindo a tensão no ar, tratou logo de sair dos braços de Lua e correu para
dentro da casa.
–
Traidor – pensou.
Lua
que estava com a cabeça baixa, fechou os olhos e continuou assim.
Quando
não escutou mais os passo de Arthur atrás de si, abriu-os novamente levantando
um pouco a cabeça. Viu em sua frente seu tênis de marca, foi subindo cada vez
mais, passou pela calça jeans e camisa e finalmente parou em seu rosto, da qual
ela não se cansava de admirar e amar.
Aqueles
já familiares olhos a encaravam com uma intensidade fora do comum, com um
brilho extraordinário e determinado.
Arthur
quando olhou para o rosto delicado de Lua, não gostou nada do que viu.
Estava
inchado e vermelho, seus olhos antes brilhantes e amáveis, estavam sem vida e
com muita tristeza.
Ele
se chutou mentalmente por ser tão estúpido e fazê-la sofrer mais do que já
sofreu em sua vida.
Ele
se abaixou, ficando no mesmo nível que a cabeça de Lua. Passou a mão pelos seus
cabelos bagunçados e começou:
–
Lua… Eu não sei como te dizer isso, mas eu vou tentar. A verdade é que eu nunca
me imaginei dizendo essas palavras, nunca pensei que eu precisaria dizer. –
disse com o cenho franzido, umedeceu os lábios com a língua e continuou. – Eu
fui um estúpido esse tempo todo, eu admito. Mas eu fui treinado para ser assim,
frio calculista, eu não sabia como agir. Talvez eu tenha demorado de mais para
cair na real, eu nunca, jamais, queria estar fazendo você sofrer, eu não merece
nenhuma lágrima sua. Eu me odeio por ser o culpado disso. – ele falava tudo a
encarando, sem nunca desviar o olhar.
– Você
não tem obrigação nenhuma de vir falar comigo. Não se sinta culpado, aqui… Só
existe uma culpada e sou eu. Eu sei que você não sente nada por mim. – as
lágrimas voltaram a cair, manchando seu rosto. – Me desculpe por entrar e
atrapalhar sua vida, eu vou arrumar um jeito de sair dela. – diz se levantando
e indo em direção a casa.
Arthur
fica imóvel com as palavras que acabou de ouvir, sai do choque e rapidamente
alcança Lua, segurando seu pulso, ela gira surpresa e o encara. Não gostando
nada do que vê em seu olhar… Raiva.
–
Você está louca? – grita – Você não tem esse direito.
Lua
se assusta por sua reação, mas não o deixou perceber. O sangue ferveu em suas
veias e gritou de volta.
–
Eu não tenho o direito? Eu tenho sim, eu me sinto como pele morta. Tocam,
furam, provocam, machucam e ninguém se importa. Indiferença. É difícil
responder os estímulos se você não espera nada da vida. – Lua chorava, gritava
e gesticulava.
Ela
bem sabia que não era uma boa ideia enfrentar Arthur quando ele aparentava
raiva, mas seu mau gênio falou mais alto que a cautela e o medo.
–
Eu estava decidida acabar com tudo naquela maldita noite, mas você estragou
tudo, entrou na minha vida como um furacão, acabando com tudo em sua volta.
Protegendo-me, me tratando como ninguém jamais me tratou, me fazendo sorrir, me
fez acreditar que nem tudo estava perdido para mim afinal. Droga, você me fez
querer viver. – Ela conclui respirando com dificuldades.
Do
lado do jardim onde Arthur e Lua não podiam ver, estava Bernardo, Melanie,
Chay, Rayana, Ricardo, Rita, Alana e Alexia, observando a cena, se perguntando
se deveriam ou não interromper a briga.
Arthur
observa Lua se acalmar e diz ainda alterado.
–
Você acha que sua entrada na minha vida foi fácil? Merda nenhuma foi um
tormento. Eu tentei ficar longe de você, mas uma força mais forte que eu, me
puxava novamente para mais perto que antes. Eu tentei fugir, dessa droga de
sentimento que eu carrego no peito, desde o dia em que eu coloquei meus olhos
em você. Você conseguiu se infiltrar em mim, você tem um pedaço de mim, todos
os pedaços. E sinceramente minha vida voltaria a ser uma droga sem você.
Lua
não acreditou no que acabara de ouvir. E agora ela tem certeza que a qualquer
momento seu coração irá pular pela boca afora e correr pelo jardim cantarolando
Lady Gaga.
Eles
se encaram, enquanto tentam manter a respiração calma e regular.
–
Lua eu não sei como lidar com isso. Já que eu comecei vou até o fim. – ele
passa a mão pelo cabelo e se aproxima, segurando suas mãos nas suas. – Como
tudo que sinto, tudo que penso, planejo… posso dizer que eu a quero sempre do
meu lado. Nenhuma mulher foi capaz de fazer o que só você consegue. Com essas
certezas que posso também te dizer… Que eu te amo.
Lua
fica em choque e incrédula pela revelação. Após alguns segundos as lágrimas que
antes secaram voltam agora com muita potência, juntamente com os soluços que
fazem seu papel.
Arthur
tentar secá-las, com seus polegares, o que se torna impossível. Então ele a
puxa para seus braços, percebendo que foi demais pra ela.
Após
alguns minutos, Lua se acalma e se afasta de seus braços.
–
Thur – ela funga e continua – Não há nada que eu possa dizer, nada que eu possa
fazer, para te fazer enxergar ou entender o que você significa pra mim. Toda
dor, lágrimas que eu chorei, tudo que eu despejei pra cima de você e ainda
assim você nunca me abandonou ou me mandou embora, eu sei o quão longe você
iria. Eu te amo com todas as minhas forças, cada poro do meu ser, cada batida
do meu coração, com cada gota de sangue que corre por meu corpo.
Arthur
sorri de orelha a orelha, mostrando a fileira de dentes brancos e
perfeitos a Lua. Ele se aproxima e sussurra e seu ouvido, causando tremores em
todo corpo de Lua.
– É
bom saber disso docinho. Muito bom.
–
Thur… Eu… Não seu fazer isso, Você… Hãn… Pode não gostar. – diz corada.
Arthur
sabe perfeitamente que Lua é assustadoramente pura, mesmo com as investidas que
sofreu de seu pai. Tudo nela emanava ingenuidade e doçura, apesar dos seus
vinte anos de idade.
–
Eu sei docinho! Mas tudo que você fizer eu vou amar.
Arthur
se abaixa mais e coloca as duas mãos em seu rosto, lhe acariciando, ela apenas
fecha os olhos apreciando o contato.
– Siga
seus instintos e tudo será perfeito.
Lua
abre os olhos novamente e sabe que esta na hora do que esperou por um longo
tempo e foi interrompida antes de conseguir.
Arthur
se aproxima ainda mais, o coração dos dois pulsava de ansiedade. Lua morde o
lábio inferior e Arthur registra esse fato, soltando um gemido baixo e rouco,
fechando os olhos. Lua apenas ri e abre um largo sorriso, contente pela reação
que causa nele.
–
Não me provoca. – diz rouco, rindo.
Ele
desliza sua mão para seus ombros, abre os olhos, esperando o consentimento por
parte de Lua.
Ela
por sua vez estava se sentindo cada vez mais quente. Respirando o mesmo ar,
inebriando-se com sua voz, bebendo o seu maravilhoso hálito, recolhendo dentro
de sua alma seu olhar apaixonado e carinhoso, sentindo e pressão daquelas mãos
grandes e quentes em seus ombros e rosto.
Contando
a pulsação de seu coração que por ela palpitava freneticamente, fechou os olhos
e sentiu a boca macia de Arthur se encontrar pela primeira vez na sua.
Primeiramente
sem língua, só sentindo o sabor um do outro. Em um beijo doce e calmo.
Mas
logo a língua de Arthur pede passagem entre os dentes de Lua, que concede sem
hesitar.
Lua
fica na ponta dos pés e envolve com seus braços pequenos o pescoço de Arthur.
Ele prende uma mão em sua nuca, e a outra que antes estavam em seu rosto, desce
pela cintura de Lua, trazendo-a para mais perto de si, colando seu corpo ao
dela.
O
Beijo ficou calmo, mas ao mesmo tempo apressado, os pulmões reclamavam por ar.
Porém, nenhum deles pareceu se importar. A língua de ambos duelavam entre si,
conhecendo cada canto do outro, nessa briga ninguém ganhava ou perdia e sim
saiam vitoriosos no final das contas.
As
mãos de Lua antes no pescoço de Arthur migraram para seus cabelos, o que faz
com que Arthur quase soltasse um gemido. Quando a falta de ar ficou
insuportável eles se separaram com pequenos selinhos entre risos.
A
sua família olhava admirada a cena, menos Alana que saiu apresada puxando
Alexia, logo no começo do beijo.
Lua
e Arthur se abraçam após a magia do primeiro beijo.
–
Foi bom pra você? – Lua pergunta sem sair dos braços de Arthur.
– Absolutamente
perfeito.
Arthur
falou a verdade apesar da pouca experiência de Lua. Foi o beijo mais doce,
inocente e gostoso que ele já deu e recebeu, apesar de ter beijado milhares de
mulheres. Porém nenhuma chegou aos pés de Lua.
– E
você?
–
Pra mim também.
–
Mas eu duvido que você gostou tanto assim, afinal você já teve várias mulheres,
mil vezes mais experientes que eu. – Arthur quebra o abraço e a encara.
–
Docinho nenhuma chegou ao seus pés, eu nunca senti nada parecido como sinto por
você. – Lua abre um sorriso imenso e dá um selinho demorado em Arthur, que
retribui de bom grado.
–
Desde nossa gritaria, minha família está escondida atrás da moita.
–
OMG! – Lua cora e esconde sua cabeça no peito de Arthur que apenas ri.
–
A… Lua antes que eles venham até aqui. Eu quero te pedir uma coisa – Lua se desgruda
dele e espera ele falar.
–
Como você achou que demorei de mais para me declarar, eu vou pular para parte
do namoro de uma vez.
Lua
arregala os olhos.
–
Quer namorar comigo Lua Blanco? – pergunta dando seu sorriso torto… fazendo com
que Lua perca o fôlego.
–
Sim, sim- responde feliz, pulando em seu pescoço e dando vários beijos em seus
lábios entre sorrisos.
Minutos
depois Arthur faz com que todos saiam de trás da moita. Eles pedem desculpas,
mas vão logo abraçá-los e parabenizá-los, extremamente contestes.
Um beijo é um segredo
que se diz na boca e não no ouvido.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
O beijo!!! \o/ Eeeeeh o que acharam?
Eu amei esse capítulo. Quando li, nossa, achei a coisa mais linda.
Até o próximo capitulo. Com 10
comentários, posto o próximo.
Ameii.. Quero mais please
ResponderExcluirai que lindos querendo mais :)
ResponderExcluirSuper ameiii queroo mais
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAi que lindo amei ansiosa por mais
ResponderExcluirAhh q lindos.. Posta mais agr só falta a primeira vez..
ResponderExcluir😍😍😍
ResponderExcluirTá muito lindo esse capítulo .
Parabéns !
Quero mais super lindos
ResponderExcluirPosta mais por favor a web está ótima
ResponderExcluirQue lindos e fofos! Quero mais
ResponderExcluirPosta maissss
ResponderExcluirAmo a web bjosss Júlia
Ai que fofo gente quero mais por favorrrrrrrrrrr
ResponderExcluirPosta por favor tbm estou esperando pela primeira vez.. Amoo a web
ResponderExcluirPosta maiss
ResponderExcluirPosta Maiiiis
ResponderExcluirFinalmente! Que lindos! Mais?
ResponderExcluirQue LINDOOOOO!L
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