Little Anie
♪ O perigo nunca está por perto
Quando a Joanna está aqui
Pov Lua
Desci as escadas, fui até o
sofá, peguei o controle e desliguei a TV. Subi novamente as escadas, e fui até
o quarto de Anie, peguei o pijama dela e saí indo para o quarto. Fechei a
porta.
-Vem, Anie. Deixa eu trocar
a sua roupa. -Falei e ela saiu do abraço de Arthur. Sim, eles ainda estavam
abraçados. Ela se sentou na cama. Tirei o vestido que ela vestia e coloquei a
blusa do pijama, depois ela ficou em pé na cama e apoiou as mãozinhas em meu
ombro. E eu vesti a calça do pijama. Ela logo se jogou para trás. -ANIE!
-Gritei mais pelo susto de quase vê-la passar direto da cama para o chão. Mas
Arthur foi rápido ao segura-la com as mãos pelo braço. Ele resmungou uma
exclamação de dor, por ela ter caindo em cima dele com tudo.
-Anie! –Exclamou. -Por que
você fez isso? -Ele perguntou quando a garotinha sentou na cama de pernas
cruzadas e encarou ele com uma cara de culpa.
-Desculpa papai. -Ela pediu
com uma voz chorosa. Raramente Arthur dava bronca nela. Quem fazia mais isso
era eu. Vejam, a mim ela não dirigiu a palavra.
-Tudo bem, amor. -Ele sorriu
sincero. É por isso que ela o ama, mais que a mim. Ele nunca consegue passar
mais que cinco minutos chateado com ela. Depois da bronca, logo no segundo
seguinte, ele a desculpa. Não importa o que ela tenha feito. Ele estendeu os
braços e Anie se jogou abraçando o pai. Olhei a cena e resolvi me deitar.
-Boa noite... -Saiu num
sussurro.
-Boa noite, Luh. -Só Arthur
sussurrou de volta.
Arthur sabia das minhas paranoias
em relação a isso. Era melhor eu dormir mesmo. Fechei os olhos com força, mas o
sono não vinha. E eu era obrigada a escutar a conversa deles.
-Papai?
-Uhm...
-Canta uma música pra mim
dormir? -Anie pediu. Ela quase nunca me pedia isso. Tá que eu era péssima
cantando. Mas toda mãe gosta de cantar música de ninar para o filho... No meu
caso, eu não tinha uma boa voz para cantar, e Anie era bem sincera. Tão sincera
quanto eu. O gênio da mãe...
-Canto sim. Qual música?
-Arthur perguntou.
-Little Joanna, papai...
Eu gosto dessa. -Anie respondeu. Realmente ela gostava. Especialmente, de um
trecho. E Arthur sabia qual era, provavelmente, era essa parte que ele iria
cantar.
-Uhum... ok, mocinha...
-Arthur disse antes de começar a cantar baixinho... -♪ She will always be my
sun kissed trampoline
She goes up and down in my heart
Turn into jelly beans
And I'm starting to believe that
Danger is never near
When Joanna is here
♪ Ela sempre será meu
trampolim beijado pelo sol
Ela vai pra cima e pra baixo no meu coração,
Transforma-se jujubas
E eu estou começando a acreditar que
O perigo nunca está por perto Quando a Joanna
está aqui
♪ Little Joanna's like a
laser beam sky
Glowing maximus like a firefly
And that's why I'm a kissophobic
You say your dreams are made
Like lemonade
But when the shivers are salty
And sea forms the colour of space
♪ Pequena Joanna é como
um laser que corta o céu,
Brilhando ao máximo como um vaga-lume
E é por isso que eu sou 'beijofóbico'
Você disse que seus sonhos são feitos
Como limonada,
Mas quando os calafrios são salgados,
E o mar forma a cor do espaço
Esse era o trecho que Anie
mais gostava...
♪ Danger is never near
When Joanna is here
♪ O perigo nunca está por
perto
Quando a Joanna está aqui
Arthur cantarolou baixinho.
Provavelmente, Anie já tinha adormecido. Senti Arthur se mexer na cama, ele
pegou o lençol e me cobriu até a cintura. Passou um dos braços pela minha
cintura e acariciou minha pele por baixo da blusa, num carinho inocente,
provavelmente achando que eu estava dormindo. Coloquei a minha mão por cima da
dele e me virei para olha-lo.
-Achei que estava dormindo.
-Comentou.
-Não consigo...
-Tá tudo bem? -Perguntou.
Sorri de lado e Arthur passou os dedos lentamente pelo contorno do meu rosto.
-Me fala. -Pediu.
-Tô bem...
-Bem mal. -Disse. -Eu sei
que não está bem... É por causa disso? -Perguntou e apontou para na direção de
Anie que estava abraçada a ele e dormia tranquilamente. A cena não deixava de
ser linda.
-Ela parece amar mais
você... -Comentei vagamente. Minha voz era baixa. Arthur franziu as
sobrancelhas. Não era a primeira vez que eu falava isso. Não era a primeira
conversa sobre isso. Não era a primeira bronca sobre isso. E não seria a
última, eu tinha certeza.
-Já vai começar? -Perguntou.
-Deixa de bobagem. -Me repreendeu. -Ela ama a nós dois. Somos os pais dela,
Luh. -Finalizou.
-Ela precisa mais de você...
-Continuei. Mesmo sabendo que esse assunto o irritaria. Mesmo sabendo que
depois da bronca de Arthur, vinha a pena dele. Pena que ele sentiria de mim.
-Repare o que você está
dizendo. Olha a besteira. Por Deus, não fale mais isso. Ela te ama. -Ele disse
exasperado. Minha respiração começou a ficar acelerada.
-Ela nunca precisa de mim...
E sempre você, você, você... Você quando ela chora. Você quando ela sorrir.
Você quando ela está sentindo dor. Você quando ela quer brincar. Você quando
ela quer assistir filme ou desenho. Você quando ela sente medo. -Eu já sentia
as lágrimas escorrendo. Mas o choro era silencioso. Arthur tinha o olhar fixo
no meu. Ele não dizia nada. Eu só estava falando a verdade. Sua mão agora
estava em minha cintura, e eu podia sentir ele fazendo um carinho no local.
-Você quando ela acorda no meio da noite. Você quando ela quer que alguém conte
uma história para ela dormir. Você quando ela quer que alguém cante uma música.
Eu sei que não canto bem... Eu sei que canto mal pra caramba. Aah... -Suspirei
tentando recuperar a voz. -Eu... Sou uma péssima... Mãe, Arthur. -Finalizei.
Deixando finalmente de tentar controlar as lágrimas. Arthur levantou cuidadosamente
da cama, para não acordar Anie. E andou até o outro lado da cama, onde eu
estava. E se sentou ao meu lado, se inclinou para me abraçar. Ele não disse
nada. Não tinha o que dizer. Retribui o abraço. E ele me deu um beijo suave na
testa. Depois afastou o rosto do meu e me encarou.
-Quando você vai parar de
pensar isso? -Ele me perguntou baixo. Eu não disse nada e ele continuou. -Anie
te ama, Luh. Ela sempre vai te amar. Você é a mãe dela. E ela é igual a você,
teimosa, falante, ciumenta, carinhosa, um amor... -Ele disse passando uma das
mãos pelos meus cabelos, a outra estava em minha cintura.
-Eu não queria que ela fosse
igual a mim, não desse jeito. Todo mundo reclama que eu sou explosiva demais.
Que eu reclamo demais, que eu sou ciumenta e chata demais. -Sussurrei. Minha
voz saia tremula por causa do choro. -Eu não quero que ninguém se lembre da
minha filha assim. -Completei.
Arthur suspirou. Passou os
dedos delicadamente contornando os meus lábios e eu fechei os olhos, já
imaginando o que ele iria fazer. E fez. Levantou o meu queixo lentamente e
roçou os lábios nos meus, e mordeu levemente o meu lábio inferior. Puxei seus
cabelos e Arthur me puxou para mais perto. Como se fosse possível, eu estava
praticamente colada nele. Não podíamos nos mexer muito ou acabaríamos
acordando, Anie. Ele então me beijou, um beijo calmo. Diferente do que eu
estava esperando.
Uma de suas mãos estava por
baixo de minha camiseta, Arthur subia e descia, sempre apertando minha cintura
quando sua mão estava no local. Com a outra mão, ele segurava a minha cabeça,
ou melhor, bagunçava os meus cabelos. Uma de minhas mãos estava acima da minha
cabeça, e a outra estava na cintura de Arthur. Ele me puxava cada vez mais para
perto dele, eu já estava praticamente em cima dele. Levei uma das mãos até os
cabelos dele e puxei sua cabeça para trás, tentando encerrar o beijo, que daqui
a pouco, não seria mais só um beijo. Arthur se afastou. Eu estava sem ar.
-Nunca mais diz uma coisa
dessas. Eu amo você desse jeito. Amo Anie do jeito que ela é. Com o seu gênio,
ou não. Ela sempre vai ter ou fazer algo, que lembra ou vai lembrar você,
Luh... -Ele me disse. Arthur segurava o meu rosto. Para que eu o encarasse. -E
para de dizer que ela ama mais a mim, do que a você. Lua? Isso não é verdade. Ela
ama a nós dois. Por favor, amor. Não pensa mais nisso. -Ele passou o polegar
pelo meu rosto, na tentativa de enxugar as lágrimas. Em vão. Eu não disse nada.
Apenas me aproximei dele e o abracei. Ele me abraçou de volta e depositou um
beijo em meu pescoço. -Promete, Luh? -Perguntou. -Nós te amamos! -Finalizou. Ao
perceber que eu não fiz menção de falar nada. Ele me chamou. -Luh?
-Hum... -Resmunguei.
-Promete? -Repetiu a
pergunta.
-Aham... -Sussurrei.
-Luh, quero ouvir!
-Prometo, amor! -Respondi.
Continua...
Se leu comente! Não custa nada.
Descupa não ter postado ontem. Mas é que não deu mesmo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEstá muito boa a web! Posta mais!
ResponderExcluirArrhur fofo *-* Web linda! Mais?
ResponderExcluirPosta maiss
ResponderExcluirCapitulo mais fofo ate agr *--*
ResponderExcluirNa minha opnião
Posta mais!!
ResponderExcluirAdoro essa web! Extremamente fofa!
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