Plano B II - Capítulo 9
Arthur Pov.
É hoje.. Era para ser um dia feliz, um dia cheio de alegrias. Vai ser, mas não vai estar completo. Hoje minha menina nasce. Um fruto do meu amor por Lua. Eu estou nervoso, com medo de que algo aconteça. Mas se Deus quiser vai ocorrer tudo bem! Já tinha deixado as meninas na casa de Maria Claudia e tinha ido na casa da minha mãe buscá-la para ir até o hospital comigo.
- Arthur..- minha mãe me chamou.
- Sim.
- Por que você fez aquilo?
- Eu já me arrependi. Você não sabe o quanto.
- Mas por que?
- Eu vi a Lua com um cara anteontem.
- Foi por isso? - me olhou incrédula.
- Sim, eu fiquei louco de ciúmes e fui para um bar, bebi muito e depois não me lembro de nada. Só sei que acordei nu ao lado da Giovanna.
- Você é doente! Você sabe o que ela estava fazendo lá?
- Combinando com o namorado da Cris a festa surpresa dela..
- Tem certeza que era só isso?
- Ela só me falou isso..
- O tal do Fernando é um agente de viagens..
- E.. ?
- E que a Lua me explicou o motivo dela estar lá.
- Qual foi o motivo?
- Logo, Maggie e Estrela fazem 1 ano e ela estava preparando uma viagem para vocês dois e as meninas, para Cancún.
- Ela estava.. Meu Deus! Não acredito nisso.
- Ta vendo a mulher que você perdeu?
- Vi. Não vou deixar ela escapar nas minhas mãos.
[..] Quando as contrações vinham com força total, Lua apertava minhas mãos e se ela não tivesse em trabalho de parto eu teria certeza que ela não teria toda aquela força. Sério, minha mão estava ficando roxa, mas eu não me preocupava com isso. Estava sendo um parto muito difícil, já passavam duas horas que estávamos naquela sala e nossa pequena não queria nascer. Como a bolsa não tinha estourado, ela não sentia tantas contrações e só fazia força quando conseguia.
- Eu não consigo. - falou Lua depois de fazer força novamente.
- Consegue, vai amor, faz força.
- QUER TENTAR NO MEU LUGAR É? - gritou.
- Calma, pra que isso?
- Eu estou morrendo aqui. - apertou minha mão novamente. Finalmente o mais esperado aconteceu. Nossa menina, nossa bebezinha nasceu. Logo depois dos médicos fazerem todo aquele processo de limpeza e pesagem. Como ela nasceu prematura teria que ir logo para a incubadora. Mas antes deixaram ela sobre o peito da Lua, para que nós conhecêssemos nossa filha.
- Maria Luisa..
- Como?
- O nome dela, pode ser Maria Luisa?
- Por que?
- Eu olhei pra ela e pensei que combinava. Por que? Você não gostou?
- Amei. Malu.. - chamou a pequena que ainda tinha os olhos fechados.
- Ela é bem pequena..
- É porque ela nasceu prematura né?
- Mamãe, papai, desculpem mas agora vou ter que tirar ela de vocês. Sr. Aguiar, pode me acompanhar para assinar alguns papéis? - disse enquanto pegava Maria Luisa do peito de Lua.
- Claro. - dei um beijo na testa da Lu e sai da sala, ainda encantado pela minha filha mais nova. - ela é a coisa mais linda, minhas 4 mulheres. Estou vendo que estou perdido..
Ela foi para a incubadora e eu fiquei admirando ela através do vidro, claro eu não estava sozinho, o Mika, Soph, Mel e Chay também estavam ali. Ela é tão indefesa, tão pequena, minha primeira filha de sangue. É claro que a Maggie e a Estrelinha são minhas filhas, mas é diferente pra mim. Eu amo todas iguais, mas saber que ela foi feita de um pedacinho de mim e um pedacinho da Lu me deixa bobo.
Pensei, pensei, pensei e cheguei a uma conclusão. Lua não vai me perdoar tão cedo, sei que eu vou ter que reconquistá-la aos poucos. Então vou deixar ela livre, não adianta pressioná-la.
Me deem ideias para a web por favor amores.. Estou sem criatividade alguma!
Plano B II - Capítulo 8
Arthur Pov.
Eu não entendia nada, primeiro eu não acredito que a Lua estava me traindo. Tudo bem que eu não vi um beijo, mas ela anda tão estranha esses dias. E ainda tem uma mensagem que ela recebeu ontem a tarde que eu peguei para ler e ela não deixou e ainda quase me matou. Segundo, eu trai a Lua.. Como eu fiz isso? Se ela me traiu eu não fui o primeiro, mas e se não foi bem assim? Mesmo ela me traindo, eu ainda a amo e não sei como fui capaz de fazer como ela fez comigo. Terceiro, que ligações são aquelas do Mika e dela? Eu sei que algo aconteceu porque ouvi as mensagens de voz. Quarto, que mancha era aquela no chão? Sangue, será que minha filha ou a Lua estão bem?
- Cara, pelo amor de Deus me diz o que está acontecendo! - falei entrando na sala de espera do hospital.
- Olha, apareceu a margarida.. - falou Sophia irônica. Olhei para os lados na sala de espera e os mais chegados estavam ali sentados. Chay, Mel, Micael e Sophia.
- Eu não estou para brincadeira, Sophia.
- Quem não está de brincadeira sou eu! - Micael se levantou. - Como você deixa sua esposa grávida em casa e passa a noite fora?
- Cadê a Lua?
- Tá internada oras.. - disse Micael. - tudo por sua culpa. Ela me contou sobre a ligação quando acordou.
- Ligação?
- Sim, aquela ligação que uma mulher atendeu dizendo que você estava ocupado de mais para atender sua esposa. - Micael jogou na minha cara.
- Ui, essa parte eu não sabia.. - disse Chay. - AI MEL! - reclamou quando ela o beliscou.
- Ela caiu ontem a noite, enquanto falava ao telefone com alguém. E também, ela ter carregado as duas filhas pra casa, não ajudou muito. O descolamento aumentou e vão ter que antecipar o parto. Tudo é culpa sua Arthur! - brigou comigo.
- Você foi um irresponsável! - falou minha mãe entrando na sala de espera.
- Você foi mesmo Arthur.. - falou Maria Claudia, que vinha ao lado da minha mãe.
- Vai ficar todo mundo me culpando ao invés de me dizer como a Lua está?- disse irritado.
- Eu preferia! - disse Micael.
- Mãe, você pode me dizer como ela está?
- Bom, ela ta acordada! Ela disse que está sentindo muitas dores e que quer ver as meninas.
- Eu vou lá falar com ela. - fui impedido por uma mão no meu peito.
- Você não vai..
- Hey, desde quando que você é tão amiguinho assim da Lua? Que eu lembre você é MEU amigo.
- Desde quando você falhou na sua posição de marido. E sim, eu sou seu amigo, por isso que eu to tentando te acordar.
- Ah quer saber Micael? Você tá me fazendo perder meu tempo. - fui em direção ao corredor dos quartos. - Será que você pode me informar em qual quarto a paciente Lua Blanco está? - falei com a recepcionista.
- Só um segundo.. - digitou algo no computador. - No quarto 425.
- Obrigado. - fui em direção ao quarto onde Lua estava e quando abri a porta percebi que ela olhava para a janela, do outro lado do quarto.
- Eu quero ficar sozinha.. - falou passando a mão na barriga.
- A gente precisa conversar.. - ao ouvir minha voz ela virou pra mim com a expressão irritada.
- Você? Agora você aparece aqui dizendo que quer conversar? Vai lá conversar com a pessoa que você estava ontem Arthur!
- Eu quero uma explicação!
- Você quer explicação pra que? Aonde você estava o tempo todo?
- Em uma boate.
- Por que?
- Me diz você Lua! O que você fez na tarde passada? Com quem você estava? - falei irritado.
- Eu estava no parque conversando com o novo namorado da Cris. Mas o que isso importa? EU tenho que saber o que você fez.
- Eu.. Me perdoa. - abaixei a cabeça. Como eu ia adivinhar que ele era o novo namorado da Cris?
- Não, não perdoou. Por sua culpa eu caí no chão. Por sua culpa eu quase perdi meu bebê. Por sua culpa eu vou ter o meu bebê amanhã.
- Amanhã?
- Vai dizer que não sabia?
- O meu problema aumentou. Lembra que ele começou por sua culpa? E agora, piorou por causa da sua amiguinha!
- A Giovanna não teve culpa.
- Vai defender agora? - se exaltou.
- Não, é só que eu não falei pra ela que era casado.
- Arthur.
- Oi.
- Você passou a noite aonde? - abaixei a cabeça.
- Na casa da Giovanna.
- Você transou com ela.. EU NÃO ACREDITO ARTHUR! Sai daqui! Sai!
- Calma, eu juro que eu posso me explicar. Você não vai acreditar mas eu vou contar!
- Fala de uma vez!
- Bom, durante toda a semana eu vi que você estava estranha. Ontem, quando você recebeu aquela mensagem a tarde e não me deixou ver eu fiquei chateado. E depois, quando você disse que ia sair sem mais nem menos, eu fiquei muito nervoso e acabei te seguindo! Eu vi você na praça com o Fernando e pensei que você tivesse..
- Te traindo? - falou incrédula.
- Eu pensei, estava louco de ciúmes! Então eu fui direto para um bar e bebi muito! Até que eu vi você vindo na minha direção e eu só lembro de ter acordado com a Giovanna me chamando.
- Então quer dizer que você transou com essa "Giovanna" pensando em mim?
- Sim.
- Awn que lindo ele.. - falou irônica. - Muito fofo isso, desculpa amor eu não sabia! Que ridículo Arthur! Isso não é motivo para você ter feito o que fez!
- Eu sei.. me perdoa! Por favor! Eu amo você.
- Não! Acabou.. Você estragou tudo! TUDO! - dizia chorando.
- Foi uma fraqueza, esquece isso! Eu nunca mais vou fazer. Eu estava bêbado.
- É por causa das gêmeas não é? Pelo fato de elas não serem..
- Não tem nada haver com isso! - interrompeu. - Eu me enganei, me revoltei. Me perdoa, eu não sei ficar sem você, sem elas! Eu sou um canalha, idiota, mereço tudo isso, mas não me afasta das minhas filhas!
- VAI EMBORA! -gritou.
- Eu volto amanhã.
- Não volta!
- Eu vou voltar, quero assistir ao parto.
- Eu não quero você aqui!
- Ela é minha filha e você querendo ou não eu sou seu marido.
- Por enquanto! - engoli a seco.
- Mesmo assim, eu te amo e amo as minhas filhas. Não vou perder esse momento!
- Tudo bem..
- Aonde elas estão?
- Na casa da Cris.
- Vou pegá-las para ficar comigo em casa. - ela virou para o outro lado. Fui até ela, dei um beijo em sua cabeça e sai da sala. - Me desculpa! - sussurrei.
Como eu queria poder criar uma máquina e voltar no tempo. Eu estou tão arrependido, não sei como eu pude pensar que Lua me traia. Ela não merecia isso, não acredito.
Fui para casa pensando em tudo. No que eu fiz, no que que aconteceu, em tudo que aconteceu pra mim e para Lua. Lembrei que as meninas estavam no apartamento da Cris e desci no andar dela. Ela não me atendeu bem e eu já esperava por isso. Só não falou tudo aquilo que eu já ouvi no hospital porque eu não deixei, peguei minhas meninas e as bolsas e subi.
[..] Já havia dado banho nelas e estava deitado na cama paparicando elas um pouquinho.
- Papa! - disse Estrela.
- É meu dengo, daqui a pouco vocês fazem um aninho. Um ano que vocês nasceram, ta passando tão rápido.. - fiz um carinho no rostinho da Maggie. - Eu amo tanto vocês meus amores. - peguei na mão delas. - Eu sei que vocês não me entendem bem mas, vocês são as únicas que não estão me julgando. Eu sei que eu errei, fiz tudo por impulso. Foi besteira, eu nem me lembro de nada. - Fui interrompido pelo meu celular tocando.
Ligação on~
- Alô, quem fala?- atendi.
- Arthur, eu sei que posso estar te fazendo mal te ligando agora, mas preciso que me diga que está tudo bem e que eu não sou uma destruidora de lares. - falou Giovanna.
- Não está me atrapalhando. Eu estou com as minhas filhas em casa sozinho.
- Filhas? Você tem filhas?
- Tenho, duas.. - fiz carinho na mão delas.
- Então, está tudo bem com a sua esposa?
- Não, no momento que você desligou a ligação, ela caiu e como ela já tinha aquele problema que eu disse, o descolamento aumentou e ela teve que antecipar o parto para amanhã. Ela não quer nem olhar na minha cara, e todo mundo está brigando comigo, me julgando.
- Meu Deus! Eu não acredito no que eu causei.
- Também não é assim, você não foi a única culpada.
- Me diz qual hospital sua esposa está, eu vou la pedir desculpa e explicar tudo a ela.
- Melhor não Giovanna, do jeito que ela é, vai me xingar mais e é capaz de levantar da maca e bater em você.
- Tudo bem..
- Bom, me desculpa por tudo Arthur. Espero que tudo ocorra bem durante o parto.
- Obrigado.
- Ah Arthur, eu sei que você ama a sua esposa, dá para ver isso. Mas será que um dia a gente pode sair, como amigos? Sabe, eu você, suas filhas. Você falou delas de um jeito tão apaixonado que eu fiquei com vontade de conhece-las.
- Quem sabe um dia né? Boa noite.
- Boa noite.
Ligação off~
- Eu vou fazer de tudo para ficar com a mãe de vocês.. Ah se vou!
Pronto gente, eu sei que tem gente que não está gostando da web, desculpe se não te agradou amor, mas eu garanto que aqui no blog você vai encontrar as outras webs da Cris e vai se apaixonar por elas >.< ! Comentem por favor!
Não foi um erro - Ultimo Capitulo
No capítulo anterior…
POV LUA
- Nem precisa de perguntar. – sussurrei no seu ouvido – Que eu saiba… a lua-de-mel é so amanha…
- Quem disse que não… pode ser hoje? – perguntou ele em meio de um gemido
(…)
Na manhã seguinte, eu acordei com um novo ver das coisas. Me sentia diferente. Não sei se é por simplesmente ter um anel de ouro no dedo que signifique compromisso, amor ou se por apenas a minha vida estar ganhando uma nova direcção. Isto de ser mãe 24horas por dia, mulher trabalhadora e ainda mulher de um modelo a tempo inteiro não é tarefa fácil.
Mas eu escolhi que a minha vida fosse assim. Eu é que escolhi acordar ao lado de alguém que passou a noite inteira com as suas pernas por cima de mim. Eu é que escolhi acordar e ser mimada. Eu é que escolhi partilhar a minha vida com alguém que amo. Eu é que escolhi amar e ser amada por alguém como o Arthur.
- Acordar cedo e viajar deveria virar rotina – disse Arthur enquanto bebia o café. Havíamos acordado à pouco tempo. Tomamos um banho juntos, meios apressados para depois ir acordar a Yasmin que saiu sonolenta da cama. Estávamos prontos para ir pró aeroporto.
- Mas eu vou viajar? – Yasmin sabia que tinha uma surpresa a esperando, mas não sabia o que era
- Será que vai? – Arthur não contava nada o que a deixava mais curiosa
- Mamãe, você vai comer tudo isso? – eu tinha feito umas cinco torras com doce de morango e ainda café e quem sabe uma fatia de bolo que sobrou de ontem e eu não resisti em trazer para casa
- Claro. Preciso de me alimentar… - tentei disfarçar.
- Porque? – Yasmin se mostrava interessada e curiosa também…
- Porque… porque não quero passar fome no avião. – Na verdade, eu mentia. Mentia pra ela, porque não queria que soubesse agora da verdade. Nem ela, nem o Arthur, porque apesar de tudo, eu ainda não tenho a certeza. – Será que podemos passar naquela loja de doces a caminho do aeroporto? Acho que chocolate branco me fazia bem agora
- Tudo o que você quiser docinho da minha vida! – ele ainda estava acabando de mastigar o pão que comia para o café da manha. Se levantou e veio me abraçar por trás, beijando o meu rosto. Ele colocou as mãos sobre a minha barriga como se adivinhasse que lá poderia estar algo mais do que umas simples gordorinhas. Eu ainda não me tinha mentalizado de que…
- Mamaãe, vamos! – gritava a minha filha. Ela e o Arthur já tinham saído da cozinha e eu continuava perdida nos meus pensamentos.
Depois de sairmos de casa, à qual só volto daqui a duas semanas, partimos para o aeroporto. No dia anterior, ou seja, na festa do meu casamento, me despedi de algumas pessoas que me eram um pouco próximas. Mas aquelas que eu considero família, estariam hoje no aeroporto para se despedirem.
- Não sei porque vieram! Eu odeio despedidas. – eu mantinha no rosto os óculos escuros no caso de alguma lágrima estragar a minha reputação
- Porque adoramos você e vamos sentir saudades, que tal? – Sophia perguntou, vindo me abraçar. – Que tal as primeiras horas de casada?
- Muito prazerosas! – ri, safada. – Se é que me entende.
- Besta! – Mel falou, vindo até mim e me abraçando – Está arrependida de ter casado? Se quiser eu faço o Arthur perder o voo e você vai à sua vida
- Mel, e os comprimidos, você tá tomou hoje? – ri da garotinha louca – Se cuida!
- Se cuida você! E já sabe…
- O que?
- Se o Arthur errar, agente está aqui para meter ele na ordem! – Chay dizia acompanhado de Micael. Os dois ainda continuavam em cima de Arthur, apesar dele já ter provado para todo o mundo que me ama
- Vocês são tão bestas! – abracei os dois ao mesmo tempo. Enquanto isso, Arthur também se despedia dos pais dele que vieram cá pra irem de viagem com a Yasmin. A garotinha nem sonha a onde vai passar as próximas duas semanas.
- E que tal Disney? – perguntou a mãe de Arthur
- Disney é legal. O papai falou uma vez que me ia levar. Mas acho que vai demorar. Né papai?
- Talvez sim, talvez não. – Arthur ria porque apesar de tudo Yasmin continuava sem entender que ia para a Disney com os avós. Eles queriam conhecer a neta melhor e para isso nada melhor do que uma viagem. Depois de Yasmin entender o que realmente lhe iria acontecer, o escândalo se deu!
- O QUE? MAS E AS MINHAS ROUPAS MAMÃE? E O PANDA, MEU CÃOZINHO? MAMÃE, ELE VAI MORRER, ELE VAI… - ela gritava que nem uma doida. Acabou até mesmo por chorar no meio do aeroporto fazendo todos olharem para nós. Arthur pegou ela ao colo e tentou acalma-la enquanto eu fui ao banheiro, me sentia enjoada.
Eu já estive grávida uma vez e sei perfeitamente que sintomas uma mulher pode sentir. Aquele raio de ciúmes alterados, aquelas mudanças de humor e já para não falar nas vontades repentinas de comer coisas estranhas. E a quantidade de vezes que você vai no banheiro? Eu perdi já a conta! Mas o pior de tudo na gravidez são os enjoos. Eu não me vou acostumar nunca.
O Arthur não percebeu nada de diferente comigo, eu sei fingir bem. Não lhe queria contar agora, queria apenas fazer-lhe uma surpresa. Mas achava lindo a Yasmin estar presente. Mas será que era possível esperar estas duas semanas?
- Onde você foi? – depois de falar a minha boca, passando por água, voltei a ir ter com o resto da galera.
- Fui no banheiro.
- Desapareceu de repente e eu me assustei. – Arthur me abraçou pela cintura – Galera, está na hora da derradeira despedida. Yasmin…
- Sim papai? – ela estava empolgada com a viajem. Tenho muita pena de não poder viajar pela primeira vez com ela agora, mas a verdade é que lua-de-mel é importante para um casal que se acabou de casar e que não tem muito tempo para a vida íntima. Bom, tempo nós temos, muita privacidade é que não.
- Promete que não vai chatear os avos? Vão vai fazer birras e não vai se comportar mal?
- Prometo papai. Mas e você? Promete que vai trazer um irmãozinho pra mim? – estaria ela a sentir algum sinal?
- Quem sabe! – ele riu, olhou para mim e apertou a minha bunda, me deixando incomodada pelo facto dos pais dele estarem atrás de nós. – Te amo pequena! – Arthur deu um mega abraço na Yasmin.
- Também te amo papai! – ela abraçou o Arthur, o apertando fortemente e ainda fechando os olhos para sentir aquele abraço mais próximo de si. Me emocionei ao ver ela vir pra mim, com um bico enorme e de seguida me abraçar, chorando no meu ombro. – Promete que não vai esquecer de mim? Vai me ligar sempre mamãe?
- Claro minha princesa. – não consegui dizer mais nada devido ao meu choro. – A mamãe te ama!
Se desapegar de algo que é importante para você é super difícil, ainda mais quando esse “algo” se trata de uma filha. É… aquela menina que nos deu dor de cabeça, aquela menina que grita o seu nome quando precisa de uma toalha após o banho e aquela menina também que pede as coisas primeiro à mãe do que ao pai, pelo simples facto de ele ser um pai coruja.
- Ela irá me fazer tanta falta
- Não pensa assim. Pensa apenas que temos duas longas semanas por nossa conta. – ele passava os seus dedos sobre a minha barriga e enquanto me beijava foi subindo a minha blusa de leve. Podia sentir os seus beijos se intensificarem conforme o toque e a sua tensão toda para cima de mim.
Eu tinha me acostumado com aquela vida. Acordar tarde, sair e chegar de noite. No outro dia, acordar com o cheiro do café que o seu marido fez pra você ou então acordar durante a noite porque ele estava te incomodando porque roncava de mais ou então colocava as pernas por cima das suas.
- Lembra do dia em que casamos? – depois de um dia passado na água azul do mar calmo, voltamos cansados para as areias. Nos deitamos para aproveitarmos as ultimas horas de sol do dia.
- Como iria esquecer? – perguntei, rindo e me virando, ficando em cima dele.
- Foi um dia tão especial para mim. Te ver entrar naquela igreja com aquele vestido foi tipo um sonho sabe?
- Era o seu único sonho?
- Não… eu tenho muitos mais. – ele sorriu – Agora retira as suas palavras.
- Que palavras?
- As palavras que você dizia a cerca de um ano atrás, quando dizia que eu era um erro. Quando dizia que nós éramos um erro e o facto de termos voltado era um erro.
- Pensei que essa fase já tinha passado…
- Diz. – ele insistiu
- Não foi um erro voltar a viver tudo de novo com você. Pelo contrário.
- Eu não sou um erro?
- Não! – disse e o beijei
- Erro talvez tenha sido aquele seu bolo ou sorvete… o que era aquilo mesmo?
- Eu não sei. Mas achei delicioso quando vi no cardápio. E por isso pedi.
- E não vai falar que engordou umas centenas de calorias?
- Não…
- Comer aquele bolo sorvete não foi um erro?
- Você por acaso pode esquecer a palavra ‘erro’? meu deus, que coisa chata! – levantei do seu colo indo até à varanda da casa. Detestava quando ele insistia em falar de assuntos que para mim estavam mais do que mortos.
- Meu deus, que coisa mais estressadinha! – ele me zuou, vindo até mim de novo e me puxando pela cintura e me levando para mais um beijo. Naquele dia, fizemos amor umas duas vezes e lá íamos nós para a terceira.
Ele tinha a capacidade de me deixar louca em menos de três toques intensificados. Bastava ele sussurrar algo, ou morder a minha orelha ou então apertar a minha bunda, me chamando de “gostosa”. Eu não sei se é pela gestação ou por saber que eu estava aproveitando os últimos dias da lua-de-mel. Só sei que nos últimos tempos o Arthur tem me deixando louca muito rapidinho. Já para não falar mas novas posições e estratégias que ele insistia em fazer durante o sexo.
- Geme pra mim… - dizia enquanto me penetrava. Gemer era coisa que eu tinha feito desde o inicio, mas acho que para ele, aquilo era muito pouco. Ele adorava quando ele sussurrava o meu nome e depois me pedia para fazer coisas para que ele sentisse mais prazer. Parecíamos jovens que não se cansam de fazer sexo. Bom, eu também não me canso, mas haverá um dia certamente em que vou enjoar.
- Art-hur… - gemi, ofegante. Não tinha como controlar os gemidos. Eu pedia desculpa aos meus vizinhos da casa de praia, mas eu não me conseguia controlar. Era impossível. A menos que Arthur me beijasse.
Depois de ter chegado a um ápice de prazer, ou melhor, de termos gozado juntos, eu corri pró banheiro onde lá passei os 10 minutos seguintes. Arthur veio de cueca boxer até mim todo preocupado. Colocou a sua camisa em mim, me ajudando a vestir e depois sentou-se ao meu lado, no chão do banheiro.
- Me fala que o você tem.
- Não é nada… deve ter sido do maldito bolo de sorvete. – eu dava desculpas para não dizer à verdade. Eu não via a hora de chegar ao Brasil e contar pra todos a surpresa que por ai vem. Eu queria que Yasmin estivesse presente. Queria que ela ficasse tão orgulhosa como eu acho que o Arthur vai ficar.
- MAMÃE, CHEGUEI! – ela gritou entrando em casa. Nós chegávamos ao aeroporto à mesma hora, mas como o avião dela atrasou, decidimos nos encontrar já em casa. Aproveitei o momento para chamar todos os meus amigos chegamos para compartilhar com eles a grande notícia.
- Alguém faz aniversario? – Arthur me perguntou, chegando à cozinha e ficando do meu lado, enquanto eu preparava do jantar
- Não. – respondi
- Entao porque está todo o mundo aqui? Eu pensei que íamos curtir a nossa chegada ao Brasil. – ele me abraçou novamente, me encoxando como sempre e depois deu uma leve mordidela no meu pescoço
- Você não pensa em mais nada se não sexo? – ri dele que me encarou e riu também
- Mamãe! – Yasmin chegou na cozinha – Eu adorei o presente de onde vocês estiveram. Lá em… - ela tentou pronunciar o nome, mas não conseguiu. – Naquele lugar que vocês sabem – ela riu
- Nós sabíamos que você ia adorar.
- Vão todos para a sala. Eu preciso de anunciar uma coisa pra vocês. Vão andando. – Arthur me olhou com cara de caso. Ele estava serio e quando eu passei na sala para ir ao quarto reparei no quanto nervoso ele estava porque batia com o pé sem parar.
Chegando ao quarto, peguei a minha caixinha de simples recordações de onde tirei um sapatinho amarelinho que era da Yasmin. Foi a Carla que me deu aquele sapatinho de bebé. Deu em amarelo porque ainda não sabíamos o sexo do bebé, tal como acontece agora.
Será que me vou arrepender pelo facto de não ter contado ao Arthur?
- Aii, que demora! – reclamou Chay – Pode ir buscar outro bolo, eu acabei com esse por causa da sua demora
- Tem mais na cozinha. – eu ri. Eu tinha os sapatinhos de bebé nas mãos, atrás das costas. Arthur viu perfeitamente que eu escondia algo e continuava curioso. – Eu pedia a vossa atenção. – todos se calaram e me olharam, sérios também. Eu porém, continuava com um sorriso – Queria compartilhar este momento com vocês por serem as pessoas mais importantes da minha vida. Aos meus pais, por serem quem são. Aos pais do Arthur por fazerem parte da vida dele. À Carla, por ser mais que uma irmã. Aos meus amigos chatos. E por fim aos meus dois grandes amores. – olhei para Yasmin e Arthur. Yasmin estava sentada no colo dele. Ela tinha uma cara de “wtf? Não to entendendo nada”.
- Antes de mais, e sem mais demoras, queria vos dizer que estou esperando um nome fruto desse amor, com o meu delicinha – todos rimos. Todos se levantaram e bateram palmas, enquanto Arthur correu até mim. Ele estava sem acreditar.
- Como assim mamãe? O que os frutos têm a ver com o papai? Ele vai fazer alguma coisa com as maças, as peras e as laranjas?
- Essa menina é loira por acaso? – Chay perguntou
- Não Chay, ela é uma criança. Uma criança de 6 anos. – Mel o corrigiu
- Isso é verdade? – ele, ao colocar a mão por trás de mim viu os sapatinhos pequenos na minha mão.
Em pouco mais de 8 meses depois, o Raul se tornou no nosso mais que tudo. Em casa mês da minha gestação, Arthur me fazia mais feliz. Era a primeira vez que ele ia “ser pai” pelo facto de não ter acompanhado a minha gravidez da Yasmin. Ele ficava emocionado com tudo o que via de novo. As roupinhas, os sapatinhos, as mamadeiras, as chupetas e até os brinquedos. Tudo para ele era novo.
Para mim, o que era novo, era o facto da minha filha ser tão ciumenta. Ela pensava que por termos o Raul connosco, iríamos deixar de ama-la.
- Quando o Raul crescer, ele vai ser forte e grande como o papai. Ok? – ela pegou na mãozinha do pequeno Raul, que olhava espertinho para ela. Ele tinha os olhos castanhos, assim como o seu cabelo era igual castanho também. Nasceu com um tamanho razoável e a sua situação era otima a nível de saúde. Era um bebé saudável e muito apaparicado pelos pais. – E depois quando os pais forem velhinhos, agente vai cuidar deles.
- E quando ele crescer, ele vai espiar você na escola pra deixar de andar com os seus amiguinhos. – disse o pai coruja – Sim, porque eu não quero a minha filha namorando antes dos 30.
- É impossível uma pessoa ser virgem aos 30! – chutei
- Lua! – ele me repreendeu – Estamos falando a nossa filha – ele queira rir e brigar comigo ao mesmo tempo
- Amor, eu nem 30 anos tenho e já sou casada e mãe de dois filhos.
- Papai, você nunca me explicou como a cobrinha foi parar a dentro da mamãe. A cobrinha não ia de ferias?
- Ela voltou mais cedo e com força extra – disse eu
- Lua! – ele me repreendeu de novo – Ai ai Raul. Estamos tramados com estas mulheres das nossa vidas. Elas são loucas. – Arthur pegou o pequeno Raul ao colo e o mimou como sempre fazia. Yasmin abraçava o irmão com carinho e eu me emocionada ao ver tal coisa.
Depois de tantos altos e baixos, consegui encontrar um momento da minha vida favorável. Um momento em que todos os meus desejos se concretizavam dentro dos possíveis. Depois de todas as desavenças que eu tive nesta vida, aprendi a numa tirar conclusões precipitadas. Pois aquilo que antes era o erro da minha vida, acabou sendo a minha vida, para sempre.
Dá para acreditar que acabou?
O que acharam? Poderia ter sido melhor? Gostaram?
Quando à segunda temporada, não vai haver! Porque eles já estão casados, com dois filhos e já está bom assim. A partir de amanhã irei focar na outra web e semana que vem, eu vou começar a postar só aos finais de semana.
Não foi um erro - 59º Capitulo
2 anos de LuAr Day *-*
POV LUA
- Posso telefonar ao Arthur?
- Meu deus, que resposta obvia… - disse Mel
- Que é? – perguntei
- Claro que não!
Elas não me deixavam falar com o Arthur nem por nada deste mundo. Eu queria falar com ele. Queria saber se ele sente o mesmo nervosismo que eu. Queria compartilhar este momento de ansiedade com ele, mas parece que hoje não vai dar.
Depois de passar umas 5horas no salão, fomos para casa, onde comi e depois fui pró meu quarto, pedindo pra ficar um pouco sozinha. Queria pensar bem no que vou fazer dentro de umas horas. Queria saber se é mesmo isto que eu quero. Eu sei que eu já tinha aceitado casar com o Arthur, mas vocês sabem bem que várias loucuras às vezes me passam pela cabeça.
- É hoje… - disse em frente ao espelho, enquanto tinha as mãos nos bolsos. Respirei fundo. – É hoje que viro dona de família oficializada.
Do nada, sinto um enjoo terrível. Tive de ir ao banheiro e deitar tudo pra fora. O meu estômago estava apertando e os meus nervos não paravam de me aterrorizar.
Lavei a boca, saindo do quarto e indo de novo até à sala, onde todas as minhas convidadas mais especiais para este casamento estavam.
- E como está a noiva mais linda do mundo? – perguntou a minha mãe com um sorriso largo no rosto
- Feliz, mas muito ansiosa. Até vomitei à pouco
- Você precisa de se acalmar Lua, isso te faz mal. – disse a Carla – É so casar menina. Não é pedir pra morrer
- Olha que é quase isso. – Mel disse. Ela não gosta de casamentos e diz que nunca na vida se vai casar – Mas vou fazer um chá pra você.
- Coloca açúcar. – avisou Sophia – Vai que quando ela estiver no altar, tem uma quebra de tensão e desmaia
- Isso, manda pragas! – me irritei
- E hoje está a sua sogrinha? – a minha mãe perguntou
- Eu acho que ela chegou hoje de manhã. Deve estar com o Arthur
- Ela veio de Londres de propósito para o vosso casamento?
- Isso. É uma data importante e ela disse que não podia perder por nada. Além disso, vai conhecer pela primeira vez a neta.
- Passados 6 anos? Meu deus! – Sophia acho ridículo isso.
- Mas por falar nisso, cadê ela? – perguntou Mel vinda da cozinha com o meu chá
- Ela está com o Arthur. Como eu tinha mais coisas para fazer e ia ficar ocupada, ela ficou com ele.
- Bom, bebe o chá pra irmos vestir o seu vestido
- Aii, nem me fala nisso. – respirei de novo fundo
Por um lado, algo me motivava a ir em frente. Algo me dizia que casar seria a coisa certa a fazer. Mas eu tinha um nó na garganta cada vez que eu falava em algo do casamento. Será mesmo nervosismo ou é algo mais?
Com o vestido enfiado em mim, eu parecia outra. Outra garota, outra mulher ou o que queiram me chamar. Eu não me sentia a Lua livre Blanco e sim a Lua que se vai casar Blanco.
- Pare de tremer. – pediu o meu pai. Ele tinha acabado de chegar à minha casa e dentro de 10 minutos íamos sair de casa e ir até à igreja onde Arthur provavelmente já me espera. Ele está lá com os pais e os padrinhos do nosso casamento.
- Eu não consigo pai. – confessei.
- Vamos noiva?
- Lua, meu nome é Lua!
- Meu deus, mas como você está irritada, eu hein!! Porque está assim? Quer desistir?
- Olhe que está a tempo – disse Mel – Quer fugir? Num instante te passo uma viagem pra o outro lado do mundo e…
- Mel, deixe de brincadeiras. – pedi – Eu não sou você, que não quer casar
- Casar pra quê? Pra trazer problemas? Pra ter alguém mandando em mim? Deus me livre! Eu quero ser livre. – ela jogou o cabelo para trás
Eu antes pensava como a Mel. Mas quando conheci o “novo” Arthur e por ter a filha que tenho, mudei logo de ideias. Eu sei que casamento é só uma convenção. Uma aliança grossa de ouro no dedo e um bocado de papel assinado por um padre e demais pessoas que concordam com o casamento do casal. Mas acontece que casados nós conseguimos ter mais direito a certas coisas, como por exemplo a adotar crianças, pois o estado pensa que por sermos casados, somos mais responsáveis. Mas adopção não é o tema deste assunto. O negocio aqui é casamento! É o meu casamento.
- Está pronta filha? – havíamos chegado à igreja. Estávamos a segundos de sair do carro e entrar naquela festa. Eu estava dentro do carro, olhando pelo espelho fumado e vendo a entrada pró altar de frente pra mim. Não conseguia ver ainda o Arthur, mas fora da igreja eu via a Yasmin toda linda olhando pra limusina que eu vinha
- Eu estou pronta pai. – sorri
- Faça as coisas com cabeça. Não se precipite. Por vezes a vida nos prega partidas, você sabe né? – eu assenti – Não se deixe iludir. Não se deixe enganar e muito menos levar. Seja apenas feliz, minha linda. – meu pai beijou a minha mão. Aquele devia ter sido o primeiro bom conselho que ele me deu. E olha que o levarei para sempre comigo. – Vamos? – ele perguntou, sorrindo
- Vamos! – sorri. O motorista veio abrir a porta do carro e coloquei de fora do carro um pé de cada vez. Tive de segurar o vestido para não esbarrar muito no chão, pois não queria suja-lo, já que é tão lindo. Quando sai do carro, olhei em frente, respirei mais uma vez e segurei o braço do meu pai, que me levou até à igreja. Quando cheguei lá dentro, todas as pessoas se levantaram e Arthur, que estava à frente, no altar, olhou para trás e abriu a boca, não a fechando mais
- A MAMÃE CHEGOU! – Yasmin gritou e fez todas as pessoas rirem, até o padre que celebrava a missa. A musica do tanananah costume dos casamento tocava e isso me deixava mais nervosa. Mas se bem que mais nervosa do que eu já estou, é meio impossível né?
- O Arthur está me olhando tanto e nem sorri. Será que ele não gostou? – sussurrei para o meu pai. Ele riu
- Ele está assim porque você estar tão linda, minha filha. Ele está impressionado.
- Será mesmo? – sussurrávamos enquanto íamos até ao altar
- Está linda! – sussurrou uma antiga amiga minha do colégio
- Obrigada! – sorri de volta
Meu pai me deixou perto do Arthur, que deu a volta às cadeiras para me receber. Os olhos dele não olhavam para mais nada além dos meus. Ele pegou a minha mão, respondendo “obrigado” para o meu pai, mas sem olhar para ele.
- Você está tão linda… - ele deu um beijo no meu rosto, me fazendo corar ainda mais
- Você também! – respondi de volta, sorrindo
As nossas roupas tinham sido oferecidas pela agência de Londres que soube que o Arthur ia casar. Roupas e sapatos, claro. Eu adorei de mais os meus.
Durante toda a cerimónia eu queria chorar. Chorar de emoção, chorar de… eu nem sei. Mas eu tinha vontade de chorar. Ver o Arthur citar as palavras “eu, Arthur Aguiar, aceitou Lua Maria como minha mulher. Prometo ama-la, respeita-la todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe”, foi muita emoção. Eu chorei, mas logo limpei as minhas lágrimas dizendo para ele o seguinte “eu, Lua Blanco, aceito Arthur Aguiar como meu marido. Prometo ama-lo e respeita-lo todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe”. Ele sorriu de volta para mim. Depois de trocar as alianças, o Padre nos declarou marido e mulher e nos beijamos. Foi um beijo comportado, já que estávamos numa igreja perante umas 200 pessoas ou até mais, contando com curiosos fotógrafos.
- VIVA AOS NOIVOS! – gritaram todos quando fomos para o exterior da igreja. Todo o mundo nos esperava e felicitava por este momento tão único. Todas as minhas duvidas foram embora quando ouvi o Arthur dizer o famoso “sim”, com os seus olhos brilhando. Duvidas pra quê quando agente ama?
- VIVA AOS MEUS PAIS! OS MELHORES DO MUNDO! – Yasmin estava tão feliz. Acho que ela nunca sorriu daquele jeito, tão verdadeiro, tão carismático.
- Felicidades meus queridos. – nos felicitou a mãe do Arthur, dona Hérica
Depois de todos estes anos é que voltei a reencontrar os pais do Arthur. Eles continuavam a mesma coisa, só um pouco mais simpáticos. Eles não gostavam de mim, eu sabia perfeitamente, mas ficam felizes por o Arthur estar feliz, o que me agrada.
A festa foi na casa alugada pelos pais do Arthur. Eles quiseram pagar tudo inclusive a lua-de-mel.
- Quer dizer que vocês vão viajar e me deixar com a vovó?
- É… é isso Yasmin. Mas eu tenho a certeza que você vai adorar o que ela vai fazer com você.
- Duvido. Ela nem me conhece
- Mas eu conheço – Arthur riu e passou de leve o dedo no nariz da Yasmin. Ela ia ficar duas semanas com os pais do Arthur, enquanto agente fica de lua-de-mel. Eles também têm uma surpresa para Yasmin
- Que surpresa? – ela começou a dar pulinhos e a bater palmas
- É surpresa pequena! – Arthur riu da figurinha dela
Durante a festa de casamento, agradecemos a todos os presentes e em especial as felicidades que todos nos haviam dando.
- E não se esqueça da nossa promessa…
- Que promessa? – encarei o Arthur e o Mica
- Ele sabe. – Mica disse, olhando para Arthur que ria com a situação
- O que se passa aqui? – me levantei da cadeira. Me sentei lá devido às dores que sentia nos pés por causa dos saltos altos.
- Nada docinho, relaxa. – Arthur me tranquilizou e me puxou para se sentar no seu colo. – São coisas entre mim, o Chay e o Mica
- Coisas? O que aconteceu na despedida de solteiro? – só podia ter a ver com aquele dia
- Nada docinho, relaxa. – disse de novo
- O Arthur sabe que se pisar na bola com você, sofrerá
- Ahh, mas jura que fizeram essas ameaças pra ele? – eu ri, abraçando ele – Coitadinho do meu delicia. – eu e o Arthur roçamos os nossos narizes e nos beijando, entre um sorriso – Te amo!
- Também te amo! – ele apertou a minha cintura, me puxando para mais próximo dele
- Saindo… - disse Mica
- ARRANGEM UM QUARTO PRA ESSES DOIS! – Gritou chay
- A LUA-DE-MEL CHEGOU MAIS CEDO! – gritou logo depois Mica, nos fazendo rir
Para nossa surpresa, ainda fizeram um vídeo daqueles que não puderam estar presentes desejando também felicidades para o nosso casamento. Fiquei emocionada com muita coisa que prepararam para nós. Eu não esperava metade.
- Acho que estou vivendo um verdadeiro conto de fadas. – caí na cama. Havíamos chegado a casa às quatro e pouco da manhã. Na festa do nosso casamento, depois de muita brincadeira, bobeira e rizada, viemos para casa pois amanhã vamos cedo pró aeroporto e a Yasmin já estava cansadinha e precisa também de descansar para amanha.
- Eu sou o príncipe? – ele vinha do banheiro apenas de cueca boxer preta. Tinha acabado de tomar um banho rápido. Eu estava apenas com a camisa dele, além da roupa interior claro
- Claro – sorri. – Quais eram as duvidas quanto a isso?
- A duvida aqui é… - ele começou a desabotoar a camisa dele que eu tinha vestida – Você está com sono? – ele beijava o meu pescoço, descendo os beijos até ao meu peito, ainda desabotoando a camisa
- Sabe que não? – dei uma gargalhada tirando a jogando a camisa para o lado. Puxei ele para mais perto de mim de maneira a que ele intensificasse os beijos. – Te amo tanto! – segurei o seu rosto para olhar nos olhos dele.
- Eu que amo você! – ele me deu um beijo de tirar o folgo – Você virou o meu mundo de ponta cabeça…
- Que frase tão original – ri, irónica
- Mas é verdade… - ele riu e continuou os beijos
Sentei nada cama como ele pediu. Ele colocou as suas pernas ao lado das minhas, quase se sentando no meu colo mas sem colocar aquele seu peso sobre mim. Fez um gesto como se me abraçasse e depois levou as suas mãos ao meu soutien, desapertando-o. Beijou o meu pescoço enquanto eu andava desesperada por encontrar uma camisinha qualquer na gaveta do criado mudo. O Arthur sempre esquecia desse pormenor.
Quando encontrei, mostrei pra ele que riu, tirando o plástico da minha mão e me roubando um beijo, daqueles que me deixa ofegante.
- Nada mais importa no mundo quando você me deixa
- Você está citando por acaso trechos de musicas?
- Porque estraga o clima? – ele riu, agora me puxando para eu me deitar por baixo dele e ele ficar por cima de mim. Colocou a sua camisinha enquanto eu ainda ria dele
- Eu não estrago o clima
- Estraga sim… - ele mordeu a minha orelha – Posso começar? – sem eu nem dizer nada, ele começou com as pequenas investidas em mim. Eu coloquei as pernas sobre a sua cintura, bem de volta para que a sua intimidade ficasse mais perto da minha e assim não me causasse dor. Levei as minhas mãos às suas costas e arranhei de leve…
- Nem precisa de perguntar. – sussurrei no seu ouvido – Que eu saiba… a lua-de-mel é so amanha…
- Quem disse que não… pode ser hoje? – perguntou ele em meio de um gemido
Amanhã é o ultimo. Que nota tem o capitulo de hoje?
Plano B II - Capítulo 7
"O amor é algo indescritível, que varia de pessoa para pessoa. Pode ser originado por um defeito, uma qualidade, um jeito 'estranho' de ser, mais uma coisa é certa, é algo instável, que faz sofrer ou chorar de alegria; gargalhar ou se esconder debaixo das cobertas para se isolar do mundo. Mas uma coisa é certa, é para ficar guardado na memória. E, como há a possibilidade de que ele se vá, aproveite cada segundo.."
- Megan Blake
Narrador Pov.
Lua ainda conversava com Fernando, estava ali para resolver as coisas do aniversário da Cris e mais alguns assuntos pendentes. Já eram 20h quando seu celular começou a tocar. Mel.
- Licença, eu preciso atender..
- Claro! - falou Fernando e ela se levantou do banco, se afastando.
Ligação on~
- LUA MARIA BLANCO!
- Mel? Tá tudo bem?
- Mais ou menos, lembra que eu tenho um casamento 21h?
- Sim, mas o que tem?
- O que tem é que suas filhas estão comigo e eu preciso me arrumar amiga..
- O QUE? Elas ainda estão ai?
- Estão!
- Eu pedi para o Arthur ir buscá-las quando eu saí de casa. - disse exaltada.
- Amiga, vem rápido por favor!
- Tudo bem, desculpa Melzinha..
Ligação off~
- Fê, eu vou ter que ir agora, o irresponsável do meu marido não fez o que eu pedi.
- Tudo ok. Só cuidado Lu, você não pode se estressar. - beijou o topo da cabeça dela.
- Pode deixa, vou pegar um táxi! Beijos! - saiu correndo para perto da rua. Deu graças a Deus quando fez sinal e um táxi logo parou, falou o endereço e pediu para ele correr. No caminho, ligava, ligava e ligava para o Arthur e nada, começou a ficar preocupada. Logo chegou a casa da Mel, pediu mil desculpas a amiga e falou que Arthur devia ter dormido, já que não atendia o telefone. Com a ajuda de Mel, pegou outro táxi e foi para casa. Quando chegou, procurou pela casa toda e nada de Arthur. Arrumou as meninas, deu banho, comida, brincou um pouquinho com elas até pegarem no sono e foi tomar banho. Ficou mais preocupada ainda quando deu 22h e decidiu ligar para as pessoas perguntando.
Ligação on ~
- Mãe..
- Lu, tudo bem minha filha? - disse Katia.
- Na verdade não..
- O que houve?
- O Arthur sumiu.
- Sumiu? Como assim sumiu?
- Eu tava em casa com ele de tarde e as meninas estavam na casa da Mel, eu sai para resolver algumas coisas e pedi que ele buscasse elas lá. Mas eu tive que voltar pra casa por que a Mel me ligou dizendo que o Arthur não tinha ido buscá-las. Eu to ligando pro celular dele desde 20h e ele não atende.
- Ah meu Deus, Luinha, não fique preocupada, logo logo ele chega em casa e esclarece tudo tá bom? Vai dormir e descansar meu anjo.
- Obrigado Katia.. Boa noite, desculpe atrapalhar..
- Nada minha filha, quando precisar de qualquer coisa é só ligar. Boa noite.
Ligação on~
Não satisfeita, Lua decidiu ligar mais uma vez antes de ir dormir. Enquanto digitava os números se levantava do sofá. Quando a ligação foi atendida ela abriu um sorriso.
Ligação on ~
- Arthur? Você tá aonde?
- Oi.. - falou uma voz de mulher e o sorriso se fechou, logo olhou a tela para ter certeza que tinha ligado para o número certo.
- O Arthur está?
- O Arthur, o Arthur está um pouco ocupado.. - deu uma risada.
- Quem está falando? - disse trêmula.
- Ninguém que você conheça.. - desligou.
Ligação off ~
Lua não conseguia pensar. Arthur tinha mesmo feito isso com ela? Por que? Por que ele simplesmente não conversou com ela? Tantas perguntas.. Estava confusa e muito nervosa.. Nervosa de mais para perceber o brinquedo de Maggie no chão, não conseguindo evitar que caísse. Com medo de que algo acontecesse com seu bebê, Lua se esforçou, ainda caída, para pegar o celular e pedir ajuda a Sophia.
- Socorro! - falou baixo e logo a seguir desmaiou.
Micael, que havia atendido o telefone de Sophia se assustou quando viu que era Lua e saiu correndo sem nem avisar a esposa que ia sair. Voou com o carro até o apartamento de Lua, que por sorte havia deixado a porta aberta caso Arthur chegasse. Ao chegar e encontrar a amiga desmaiada e com sangue ao redor se desesperou e a pegou no colo, colocando sobre o sofá. Estava muito nervoso, ele gostava muito de Lua, como uma irmã. Olhou as gêmeas no quarto, vendo que ainda dormiam foi no andar de baixo, chamar Cris, para que ela olhasse as meninas enquanto levava Lua no hospital. Bateu com pressa na porta e quando ela abriu se assustou ao vê-lo com sangue na camisa.
- O que houve Mika?
- A Lu, eu encontrei ela desmaiada e sangrando..
- Ai meu Deus.. Vamos lá! Você sabe o que aconteceu?
- Não, eu tava em casa e a Sophia estava na cozinha. O celular dela tocou e eu atendi e era a voz da Lua bem fraca pedindo socorro. Eu vim correndo pra cá, nem avisei a Soph. Faz esse favor pra mim. Avisa a ela! - falou pegando Lua no colo de novo.
- Claro! Corre lá, me dê notícias viu?
[..]
- Arthur, acorda ja são 7h, eu tenho que trabalhar!
- Perai!
- Arthur, não param de te ligar!
- O que? - se levantou. - Quem é você? - se assustou.
- Vai me dizer que não lembra de mim? Poxa Arthur, e a nossa noite?
- Noite? Como assim? Aonde eu estou? - se levantou colocando a cueca. - Eu não acredito que eu trai a Lua.. Ela nunca vai me perdoar!
- Lua? É nome da sua namorada?
- Não, é o nome da minha esposa.
- ESPOSA? Você é casado? Ai meu Deus..
- Menina, quem tinha que estar nervoso aqui sou eu!
- Você não está entendendo.. Uma Lua ligou pra cá enquanto você dormia e eu atendi. Pensei que era sua parente.
- VOCÊ FALOU COM ELA? AI MEU DEUS! Ela não pode passar nervoso.
- Por que?
- Ela está grávida, e é de risco.
- Eu sinto muito, não sabia!
- A culpa não é só sua. Como é seu nome?
- Giovanna..
- Prazer! - apertou sua mão. - CARAMBA! - falou ao ver 40 ligações do celular de Lua e 35 de Micael.
- O que houve?
- Aconteceu alguma coisa!- colocou a primeira mensagem de voz que viu para tocar.
"Essa chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens, estará sujeita a cobrança após o sinal. Biip. - Arthur meu amigo, atende o telefone. Você não vai gostar de saber o que está acontecendo. O mundo está acabando, onde você está mané? Eu to no hospital ****, quando der um sinal de vida vem pra cá! É sério! "
- Ai meu Deus! Eu tenho que ir embora. Me desculpa qualquer coisa!
- Desculpa você Arthur!
Arthur saiu dali louco procurando por seu carro. Correu para casa para trocar de roupa e ir para o hospital saber o que estava acontecendo. Quando abriu a porta, o silêncio invadiu seus ouvidos e ele se apavorou mais ao perceber uma mancha de sangue no chão.
Gente, a Cris pediu para avisar que lá em Portugal está chovendo de mais e dando trovoadas. Se faltar luz e o computador estiver ligado, corre o risco de estragar, por isso a mãe mando ela desligar o pc!
2 anos de LuAr.. ♥
O que é o amor?
Para mim é uma simples palavra. Duas sílabas e quatro letras, mas com um significado muito variado.
Significa que a pessoa descobriu um novo mundo. Um mundo cheio de idas e vindas, cheio de riquezas, cheio de carinho e acima de tudo, cheio de apaixonados.
Amar alguém quer dizer cuidar, respeitar e proteger.
Amar alguém, quer dizer se dedicar a essa pessoa.
Amar alguém é fazer uma troca, troca de sentimentos e troca de corações. Você dá o seu e em troca, que lhe ama, te entrega de bom grado o coração dela/e.
Amar é um sentimento puro, algo que nem você pode controlar. Pode acontecer entre dois melhores amigos, ou por duas pessoas que não se conhecem.
Amar é querer bem para o outro não importa com quem ele/a esteja.
Para amar não precisa estar junto, e sim ter a união entre dois corações..
´´Lua: beijo pro Nordeste, principalmente pra... Arthur: Pra quem? Você tá querendo proteger quem?´´ #LuArFacts
Arthur já disse em uma entrevista que ele estava olhando tanto pro olhos de Lua, que chegou até ficar tonto! #LuArFacts
"Que dia LuAr assumiu?" "Dia 26 de Setembro às 18:30 e 41 segundos" #LuarFacts
A foto mais curtida no Instragam do Arthur, foi a que ele postou de Lua, com a legenda "Mulher Maravilha" #LuArFacts
No programa Tudo é Possível, Lua e Arthur dançaram coladinhos Quando Estou Do Seu Lado. #LuarFacts
Arthur Gostava dos figurinos em que a Lua ficava com pouca roupa ou mostrava o bumbum !! Hmmmm Safadinho #LuArfacts
Carnaval Sapucaí:
Lua:ontem foi a primeira vez e ..
Arthur:ELA ME AMA ♥ #LuArFacts
LuAr anunciou o término do namoro dia 04/04/2012 #LuArFacts
Gente, eu amo o Fernando Roncato, gosto da Giovanna Lancellotti, mas vamos combinar que por LuAr nosso ♥ bate mais forte..

O que acham de ajudar com as tags? #LuArDay #2AnosDeLuAr #2AnosDeMuitoAmorPorLuAr
(Essa foto foi eu que tirei em Stand Up)
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