Little Anie | 6ª Parte
Você traz uma
energia que eu nunca havia sentido
Algum tipo de
química que atravessa meu núcleo
Parece que, sobre
você e eu, eu nunca tive uma escolha
Você parece meu
lar
Você é como o
oposto de todos os meus erros
Derruba as maiores
paredes e me coloca no meu lugar
Eu sei, esse tipo
de conforto você não pode replicar
Você parece meu
lar
Então, se você
está me perguntando
Dizendo: Oh, como
você sabe?
Eu não sinto
apenas no meu coração
Não sinto apenas
no meu coração, não
Eu sinto isso nos
meus ossos
Eu sinto isso nos
meus ossos
– OneRepublic | Bones (feat. Galantis)
Pov Lua
Flashback ON
Londres | Quinta-feira, 14 de abril de
2016 – Dois dias antes...
Acordei cedo para
ir ao trabalho como de costume. Tomei meu banho e fiz minha higiene matinal.
Arthur dormia feito uma pedra. De hoje há dois dias é nosso sexto aniversário
de casamento. Quero fazer uma surpresa especial para o Arthur. Porque ele
sempre faz as melhores surpresas e eu na maioria das vezes acabo com tudo que
eu mesmo tento fazer.
Terminei de vestir
minha roupa e olhei para Arthur na cama – só para ter certeza que ele seguia
dormindo. Voltei para o closet e abri uma das gavetas que ele guardava relógios
e anéis – não que ele tenha muitos anéis ou alianças; que ele só guarda a de noivado.
Mas eu só estava procurando por um em especial. Eu havia dado para ele de
presente há alguns meses. Um preto, que ele amou e disse que era muito
estiloso.
Eu não costumava
mexer nas coisas dele porque só ele entende a própria bagunça e eu prefiro não
me estressar. O anel não estava nessa gaveta e eu abri mais duas e não
encontrei. Como Arthur trouxe as coisas dele lá de Liverpool depois que
reatamos, o lado dele do closet ainda está um caos e ele vive muito bem com
isso.
– Onde Arthur
colocou esse anel? – Resmunguei baixo e comecei a procurar em algumas caixas
que ele tinha deixado jogadas por lá.
Eu levaria o anel
a uma joalheria, para servir de medida para um novo par de alianças. Não, eu
não queria que trocássemos a nossa aliança de casamento, mas eu acredito que a
ideia de uma renovação de votos merece um par de alianças.
Vi um modelo bem
lindo e diferente, do jeito que Arthur gosta. A aliança feminina é toda
trabalhada na parte externa com flores de quatro pétalas e no centro de cada
uma, uma pedrinha na cor vinho, bem escura. Já a masculina, é lisa na parte
externa e na parte interna ela tem os mesmos detalhes da parte externa da
aliança feminina. Era de ouro verde e eu pensei em gravar nelas as nossas
iniciais e a data do nosso aniversário de casamento desse ano – na parte de
dentro.
Demorei tanto para
encontrar o anel. Estava na caixinha na gaveta que deveria ser de cuecas, mas
estava com meias e mais alguns relógios.
– O que tanto você
mexe aí, Lua? – Ouvi Arthur perguntar enquanto se virava na cama. – Meu Deus,
ainda nem são oito horas. Você é muito barulhenta, depois fica reclamando de
mim.
– O que eu tanto
mexo? É você e essa sua bagunça aqui. –
Apontei para o closet. – Sabe o
que eu quero encontrar quando voltar do trabalho? Sua parte toda arrumada. –
Ordenei. – Eu não sou obrigada a viver
no meio da sua bagunça. Daqui a pouco suas coisas estão misturadas com as minhas
de tanto que você sai jogando por aí. – Revirei os olhos. – Depois ainda não
quer que eu brigue. – Acrescentei.
– As minhas coisas
nem estão mexendo contigo. Que implicância.
– Não é
implicância. É organização. Coisa que você se esforça bastante para não ter. –
Retruquei.
– Começou cedo
hein? – Me provocou.
– Eu não estou
brincando, Arthur. Quando eu chegar, quero esse closet arrumado.
– Tá, depois peço
ajudar pra Carla. Era só isso?
– Faz o que você
quiser.
– Hahaha... não dá
essa opção, porque eu não quero arrumar nada, loira.
– Não vou mais
perder meu tempo. Acordei cedo para não chegar atrasada. – Peguei minha bolsa e
minha pasta.
– Não vai me dar nenhum
beijinho?
– Você é
extremamente in-su-por-tá-vel. – Pontuei e Arthur riu daquele jeito que me
provoca e me irrita ao mesmo tempo.
Me aproximei dele
e lhe dei um beijo que ele fez questão de intensificar.
– Bom dia, loira
linda. Bom trabalho. – Me desejou.
– Pra você também.
Um ótimo trabalho por aqui. – Enfatizei.
– Tchau, Lua.
– Engraçadinho. –
Falei e saí do quarto.
Eu já tinha
comprado meu vestido. Ele é bege, de alças, tem um decote lindo e uma renda
maravilhosa. Estou encantada por ele. É longo e simples. Não tem nada a ver com
vestido tradicional de casamento. Comprei um sapato no mesmo tom do vestido, só
para combinar mesmo, já que eu não tinha nenhum dessa cor.
Comprei um blazer
preto e uma camisa social branca para o Arthur. Ele tem calça comprida preta,
então não precisei comprar – além do mais, ele é muito chato com questões de
roupas. Eu prefiro que ele mesmo escolha. Nesse quesito ele é totalmente oposto
a mim. Sapato social ele tem. Eu não precisei comprar mais nada.
Eu quero uma comemoração
mais intima. E como a maioria das pessoas que consideramos estão meio que nos
julgando, não vejo porque convidá-las. É óbvio que eu ia adorar ter a presença
dos meus pais na nossa primeira renovação de votos, mas minha mãe provavelmente
falaria alguma coisa que pesaria o clima. Sophia, nem vou comentar. Então,
penso em chamar apenas o Harry, John e Grace e as filhas deles, Mel, Carla e
Carol que já estão conosco e Adam, Hanna e Rose.
Para a Anie eu
ainda teria que comprar um vestido e pra isso ela tem que ir comigo. Sapato ela
tem bastante, inclusive, os de ‘estilo boneca’, mais social.
A presença da
nossa filha é muito especial, mas eu ainda não contei nada a ela sobre a
surpresa. Sei que Anie sabe guardar segredos e que vai ficar muito empolgada
quando souber. Ela ama uma festa. Só que eu quero contar quando estiver
chegando mais perto. Não vai dá tempo de preparar tudo isso até sábado. Na
sexta-feira eu tenho alguns exames para fazer e só Deus sabe como vai ser
depois disso.
Não pensei em um
cerimonialista ou padre para dizer algumas palavras. Sei que é uma celebração
mais livre das tradições religiosas. Talvez eu peça para que alguém fale alguma
coisa... uma mensagem...
Harry.
Flashback OF
Londres | Sábado, 16 de abril de 2016 – Quatro
horas da tarde.
– E esses
brinquedos espalhados pela sala, dona Anie? – Perguntei assim que cheguei à
sala. Anie estava deitada no chão com Bart ao lado dela e mexia no celular que,
com certeza, é do Arthur.
– Eu já avisei
ela. – Arthur comentou sem tirar os olhos da tevê.
– Já vou
arrumar. Espela só um pouco. Não plecisa bligar, mamãe.
– Agora eu não
posso falar nada que já estou brigando. Vê se pode? – Questionei e Arthur
riu.
– Não é engraçado,
Arthur. Por isso que Anie faz o que quer com você.
– Ela e
você. – Ele pontuou. – No geral mulheres tem essa personalidade de
mandona mesmo.
– Não reclama. –
Sussurrei ao me aproximar dele. – Sei que você gosta. – Pontuei ao me sentar ao
lado dele.
– Só na cama. –
Arthur sussurrou de volta no meu ouvido e encostou o rosto no meu peito.
– Você é muito
safado.
– Não falei nada
de mais, Luh. – Arthur se defendeu e eu comecei a acariciar os cabelos dele. –
Você me ama? – Perguntou do nada.
– Amo, Arthur. –
Depositei um beijo em seus cabelos. – Por que essa pergunta?
– Estava querendo
ouvir... – Ele me olhou.
– Deixa de ser
bobo.
– Queria fazer
amor com você.
– Eu também... –
Admiti e lhe dei um beijo na testa.
– Você melhorou? –
Me perguntou e eu rir. – Ei, é só pra saber. Não sou nenhum insensível, Lua.
Para de graça.
– Ai, Aguiar...
nem sei mais que adjetivos usar pra você. – Rir. – Eu melhorei, meu bem.
– Acha que dá para
fazer o último exame essa semana?
– Para ser
sincera, eu não sei.
– Ou não quer
fazer? – Me indagou.
– Iiih... começou
é?
– Não. Não comecei
nada, Lua.
– Papai? Aperta
aqui que é pla sair. Quelo continuar o joguinho.
– Me dá aqui... e
aproveita para guardar os brinquedos. – Arthur pediu o celular.
– Mas vai demolar
um moooonteee...
– Rápido, filha.
Ninguém quer brigar com você. – Ele avisou.
Anie não ficou
contente com a ordem, mas foi arrumar os brinquedos.
– Essa garota
pensa que ela que manda na gente. – Arthur comentou enquanto desbloqueava a
tela do celular que Anie havia bloqueado.
– Mas quem é mesmo
que dá essa liberdade toda? – Me fingi de desentendida e Arthur riu.
– Você sabe que eu
falo sério quando é preciso.
– Hahaha a tá,
Arthur. Mas mudando de assunto – falei – Você não vai falar nada
sobre o que pensou em fazer?
– Fazer o que,
querida?
– De surpresa.
– Hahaha... Por
que? Você vai me dizer qual é a sua também?
– Claro que
não. – Deixei claro.
– Então desiste de
descobrir. Porque eu não vou falar nada.
– Deixa de ser
assim, Arthur. Eu não vou falar o meu porque demora muito pra dar certo. Não
quero estragar tudo outra vez. – Expliquei.
– Tentadora essa
desculpa. Porém, mesmo assim não vou
dizer nada.
– Só uma dica. Por
favor...
– Será?
– Claro que sim,
amor. Algumas dicas.
– Nem vem... você
pediu só uma.
– Uma dica boa. –
Enfatizei.
– Deixa eu ver...
depende do clima.
– É meio vago. –
Comentei.
– Depende do clima
e não é em Londres, muito menos, na Inglaterra.
– Tem praia, não
é? Amo praia, você sabe. – Sorri. – Você não vai fazer isso, Arthur.
– Eu não estou
afirmando nada, loira. Calma!
– É claro que é. –
Ri mais ainda. – Se for... ai, não faço ideia, Arthur. – Fiquei confusa. –
Posso chutar?
– Pode tentar.
– Grécia?
– Não. – Arthur
riu. – É muito longe e nem íamos aproveitar tanto. Um dia e pouco só pra chegar
lá.
– Ilhas Maldivas?
– Insisti.
– Não, loira... –
Arthur ficou pensativo. – Bahamas? – Continuei tentando adivinhar e Arthur
negou com a cabeça. – Se não é Bahamas, não pode ser Jost também. Porque White
Bay fica no Caribe. – Expliquei. – E seria como voltar para dois mil e dez. –
Comentei. – Havaí? – Arthur negou outra vez. – Ai, tá difícil, Arthur.
– Já dei muitas
dicas, loira. Não vou dizer mais nada. – Falou por fim.
– Nem se eu
começar a te beijar? – Provoquei.
– Se você começar
a me beijar, a última coisa que vamos fazer é falar. – Arthur me deu um
selinho.
– Por favor,
vida... o que custa dizer?
– Vai acabar a
surpresa, Luh. – Arthur deu um beijo no meu pescoço.
Londres | Terça-feira, 19 de abril de
2016 – Cinco horas da tarde.
Ontem fiz o meu
exame que faltava. Não contei a Arthur. Não queria que ele ficasse preocupado. Falei
que ainda sentia cólicas leves, só para que ele desistisse de me perguntar
quando eu iria voltar ao médico. Embora realmente as cólicas estivessem
voltado, elas não eram mais somente dos exames da semana passada.
Hoje liguei para
Harry e perguntei se podíamos nos encontrar depois que eu saísse do trabalho.
Eu queria contar a ele sobre a surpresa que eu estava preparando para o Arthur.
Também, resolvi comprar um vestido para a Anie sem levá-la ao shopping. Vai
ficar difícil inventar uma história para o Arthur. Não é todo dia que eu compro
um vestido de festa para a nossa filha.
Harry disse que
podia sim e perguntou o horário e o local. Falei que era depois das cinco horas
e que podia ser no shopping. Ela concordou e agora eu estava arrumando minhas
coisas para sair do escritório e encontra-lo.
*
– Faz hora que
você chegou? – Perguntei assim que o vi na praça de alimentação.
– Não, não. Só
alguns minutos. – Ele se levantou para me dar um abraço. – Que saudades,
Luh. Está tudo bem, querida? – Me deu um beijo na bochecha.
– Sim. – Sorri. – Eu
também estava com muitas saudades. Nunca mais você apareceu lá em casa. –
Comentei.
– Ora, você nunca
mais me ligou também. Agora que voltou com Arthur, não tem mais tempo para mim.
– Aaaii que drama!
– Nos sentamos a mesa. – Fizemos seis anos de casamento.
– Eu sei. – Harry
sorriu carinhosamente. – Eu lembrei e depois vi as fotos que vocês postaram. Na
cama, não é sua ousada? Por isso você estava com aquele sorrisão no rosto. – Me
provocou de maneira divertida.
– Hahaha...
quem me dera. Até hoje ainda nem fizemos nada. – Contei. – Não comemoramos
desse jeito que você está insinuado, seu descarado.
– A tá... como eu
tivesse falando algum absurdo. Não me diz que brigaram?
– Não. Estamos
bem. Eu que fiz alguns exames na sexta-feira... aí eu estava meio que
impossibilitada. – Tentei explicar.
– Aqueles exames?
– Sim. Mas não foi
para falar deles que eu te chamei aqui. – Esclareci. – Vim pedir a
sua ajuda para uma surpresa que eu estou preparando para o Arthur. Semana
passada foi muito corrida. Nem teve como.
– Que surpresa?
– Uma festa para
comemorar nossas bodas de açúcar e perfume. – Sorri contente. – Arthur me deu
uma caixa de bombom e o meu perfume preferido.
– Mas é a cara
dele esse romance todo.
– E ainda tem
outra surpresa que é uma viagem. Só não sei para onde, mas é fora do país. Ele
não quis me dizer nada. Ele não te disse? – Perguntei curiosa.
– Eu não estou
sabendo de nada, loira. – Harry garantiu. Mesmo que estivesse rindo.
– Acho que tem sol
e praia. Estou ansiosa. Mas ele não dá nenhuma dica boa. – Lamentei. – Mas,
deixa eu te contar o que eu pensei... Na verdade, já vi algumas coisas.
Inclusive, vim pegar hoje as alianças que encomendei. Pensei em fazer uma
comemoração de renovação de votos. Depois de tudo que passamos, acho
importante. Já vi meu vestido também, e a roupa do Arthur. Queria trazer Anie
para escolher a roupa dela, mas vai ser difícil com Arthur em casa. Ele vai
desconfiar, não é com frequência que compro roupas de festas pra Anie. Vestido
ainda por cima. – Ressaltei. – Então, eu resolvi comprar hoje, mesmo sem ela. E
sobre a decoração, eu vi algumas, mas ainda não entrei em contato com ninguém.
Não quero uma mega festa... quero uma coisa mais simples. Quero que seja em
casa. Temos a área legal da piscina.
– E aonde eu entro
nessa surpresa? – Harry perguntou curioso.
– Queria poder
comemorar com todo mundo que a gente ama. Não que sejam tantos aqui. Porque
quero algo mais reservado. Mas sabemos que a Laura não vai poder vir, ela nunca
pode vir. – Suspirei. – Minha mãe ultimamente chegou a conclusão de que Arthur
é o pior genro do mundo. E consequentemente, me briga por ter voltado com ele.
Meu pai é o melhor de todos. Só que é meio impossível ele querer vir sem a
minha mãe. Ela vai dá um jeito de brigar com ele também, se isso acontecer. Eu
e Sophia brigamos recentemente. Inclusive, ela brigou com Arthur também. Eu
estava no Texas... eu só soube quando cheguei. Ela disse algumas coisas que me
machucaram bastante. Nem parecia que era a minha irmã. Estamos sem nos falar e
sei que Micael não vem sem ela. Enfim, não falo com Chay desde a briga lá em
casa. Só tenho você, Mel, Carla, Carol e estou pensando em chamar o John com a
Grace e as meninas. E, também, meus colegas do trabalho e a Eliza. A gente se
diverte bastante quando estamos juntos. Vai ser legal. Quero que seja um dia
especial. Eu sou péssima com surpresas. Estou fazendo de tudo para não estragar
essa.
– Vai dá tudo
certo, Luh. Pode contar comigo. Não entendo muito de decoração, mas eu ajudo no
que você quiser. – Harry segurou as minhas duas mãos. – Você pensou em um padre
ou alguém para dizer algo? É necessário? Nunca fui em uma renovação de votos. –
Ele riu.
– Pensei... pensei
em você. – Respondi.
– Em mim? – Ele
perguntou desacreditado.
– Sim. Você é
nosso melhor amigo. Não precisa dizer muita coisa. É só para celebrar. Arthur
nem vai acreditar. – Pensei.
– Nem eu estou
acreditando. – Ele riu mais alto. – É sério mesmo?
– Claro. Mas eu
não vou te obrigar, caso você não queira. – Deixei claro.
– É óbvio que eu
quero, loira. Está tudo bem. Estou me sentindo lisonjeado e, novamente, fazendo
parte do casamento de vocês. – Ressaltou. Ele sempre dizia que se sentia parte
da nossa relação.
– Menos, tá? –
Brinquei.
– Uuhm... você tá
pensando em decidir a decoração quando?
– Amanhã ou
quinta-feira. Porque quero fazer tudo isso no sábado.
– Você não acha
que vai ficar muito em cima da hora não?
– Acho, mas
realmente é o tempo que tenho. Hoje eu vou ver mais algumas coisas para
confirmar. E claro, avisar os convidados.
– Tá ok. Qualquer
coisa é só me mandar uma mensagem.
– Tá, muito
obrigada. – Lhe joguei um beijo no ar.
– Preciso usar
terno?
– Claro que não,
Judd. Vem, tenho que escolher um vestido pra Anie. – Avisei. – Nem o Arthur vai
estar de terno. Tenho que encomendar um buquê, quero de rosas amarelas.
– Onde você vai
primeiro?
– Nessa loja aqui.
Geralmente tem uns vestidinhos lindos. Depois vamos pegar as alianças.
– Você quer trocar
as alianças?
– Não exatamente.
A do casamento tem um significado muito importante. Eu só quero fazer
diferente. Vai ser minha quarta aliança. – Lembrei.
– Noivado,
casamento, essa... qual é a outra?
– De namoro. Você
esqueceu que o meu marido é extremamente romântico?
– É, eu não
lembrava dessa. – Ele sorriu. – Definitivamente ele nem vai acreditar que você
pensou nessa surpresa.
– Ei, eu sei ser
romântica quando eu quero. Preciso de um pouco de sorte também, para não fazer
nada errado. – Contei e Harry me puxou para um abraço.
– O bom disso tudo
é que o Arthur já espera dá errado.
– É verdade. Pelo
menos não preciso me explicar.
Em casa – Sete e meia da noite.
Escolhi um vestido
lindo para a Anie. Ele é salmão e tem tule bordados e flores na cintura – da
mesma cor do tecido. Ele é de manguinha e eu estou rezando para que ele fique
longo na Anie.
Peguei as alianças
e elas são lindas. Ficaram até melhor do que eu pensei. Deixei as compras todas
no carro para não correr o risco de Arthur descobrir tudo.
– Ei, aconteceu
alguma coisa? Eu já ia te ligar. – Arthur disse assim que eu fechei a porta.
– Não. – Andei até
ele e ganhei um beijo e um cheiro no pescoço.
– Você não costuma
chegar tão tarde. E quando vai chegar, avisa. – Me disse.
– O que foi que
você me pediu? – Indaguei assim que nos afastamos.
– Sei lá... eu
peço tanta coisa pra você. – Ele riu.
– No domingo.
– Que eu queria
fazer amor. – Ele sussurrou enquanto subíamos a escada e eu neguei. – Não
lembro, Lua. Pedi também pra você me falar qual é a surpresa.
– Também não é
isso.
– Não sei, loira.
Você vai dizer? Ou vou ter que continuar adivinhando?
– Uhm... eu vou
tomar um banho. Fica aí pensando o que você me pediu.
– Pra você parar
de brigar comigo por conta da minha bagunça.
– Aaah, isso você
pede sempre. Nem conta mais. – Falei divertida.
– Engraçadinha.
– Aliás, cadê a
Anie?
– Cadê? Tá
aprontando com aquele cachorro. Passou a tarde na brinquedoteca.
– Ainda bem que a
ideia foi sua. Comprou a vitamina que o veterinário pediu?
– Vou comprar
amanhã, loira.
– Aposto que já
tinha esquecido. – Ergui as sobrancelhas.
– Que nada. –
Arthur fez uma careta.
– Me ajuda aqui. –
Pedi colocando meus cabelos para o lado e ficando de costas para o Arthur.
– Aah, eu já tinha
esquecido. Você mexeu nas minhas coisas? – Perguntou enquanto abria os botões
do meu vestido.
– Eu não. Por que
já? – Me fiz de desentendida.
– Lembra daquele
dia que você encheu meu saco para eu arrumar as minhas coisas?
– Hahaha... eu não
escutei isso. – Ri sem acreditar. – Você deveria me agradecer.
– Mas você enche o
meu saco mesmo. – Arthur terminou de abrir os botões do meu vestido e depositou
vários beijos nas minhas costas enquanto abria o meu sutiã. – Eu já mexi em
tudo e não encontrei aquele anel que você me deu. O preto. Eu usei ele quando
estava sem aliança. Mas lembro que não deixei nada em Liverpool. Eu deixei na
gaveta de meias. Estava dentro da caixinha. Você não viu? – Perguntou ao me
virar de frente para ele.
– Não. Mas posso
te ajudar a procurar novamente. Vai ver você não procurou direito. Homens tem
esse mal. – Comentei. O anel ainda estava comigo.
– Hoje você está
muito engraçadinha. – Ele depositou um beijo na minha barriga e depois subiu
para o vão entre os meus seios.
– Acho melhor você
parar. – Avisei e o empurrei de leve. Arthur apoiou as mãos no colchão.
– Como quiser,
querida. – Disse me olhando.
– Não demoro.
– Tá. Te espero lá
em baixo pra gente jantar.
– Tudo bem. –
Concordei.
Arthur saiu do
quarto e eu corri até a minha bolsa para pegar o anel dele e jogar em uma
gaveta qualquer – que provavelmente ele poderia ter esquecido de procurar.
Londres | Sexta-feira, 22 de abril de
2016.
Eu já tinha
avisado todos os convidados e todos haviam confirmado presença. Hoje eu
contaria a Arthur sobre a surpresa, já que ela é amanhã e eu marquei com a
decoradora às sete e meia da manhã.
Carla se dispôs a
fazer o bolo. Ela é muito boa nisso e Arthur nem desconfiaria, já que ela está
sempre fazendo doces, tortas e bolos em casa. Eu só encomendei alguns doces,
salgados e dois pratos principais e duas sobremesas – e bebidas, obviamente.
Agora estou indo
me encontrar com a Eliza. Hoje ela vai me dizer o que deu nos exames. Estou bem
apreensiva, embora já pressinta o resultado. Gostaria de estar errada. Arthur
nem imagina que já fiz o último exame e muito menos, que hoje vim pegar o
resultado. Eu não queria que ele estivesse aqui por saber que isso o deixará
muito triste e eu não gosto de vê-lo dessa maneira. É claro que vou contar a
ele sobre o resultado, eu só não queria que ele soubesse ao mesmo tempo que eu.
*
– Oi, querida. Boa
tarde.
– Boa tarde,
Eliza.
– Tudo bem? Pode
se sentar.
– Tudo... eu acho.
– Falei nervosa.
– Então, Lua.
Analisei os exames com muito cuidado. Eu não queria te dar um resultado
equivocado como o doutor George fez da última vez. E também, como sua amiga e
por saber das suas tentativas, eu não gostaria de ter que te dizer isso. Mas
como médica, eu não posso te esconder nada. Aqui estão o resultado dos três
exames. – Eliza colocou os três resultados na minha frente. – Lua, os exames
apontaram uma dificuldade para engravidar.
– Eu já
desconfiava... – Sussurrei atenta.
– Mas é bem mais
complicado. Eu posso disser que seria quase impossível disso acontecer
novamente, mesmo com qualquer tipo de tratamento. Caso você estivesse disposta
a fazer. Você me disse que não toma remédio há meses.
– Desde o aborto.
Não estou surpresa, mas gostaria de estar totalmente enganada. – Falei baixo.
Sentia como se a qualquer momento eu fosse começar a chorar descontroladamente.
– Se tivesse como engravidar, já teria acontecido. Porque... definitivamente,
não estamos usando nada para nos prevenir. Não que estivéssemos tentando. A
gente só não pensa mais que isso pode acontecer... não sei... já fazem sete
meses. Ficamos três meses separados, como provavelmente você deve saber, mas
mesmo assim... transamos antes e agora... e nada acontece. Fiz até o teste de
ovulação mês passado. Não apareceu nada. Fiquei bem decepcionada... eu não sei
dizer exatamente. Foi estranho. Eu esperava já esse resultado, mas quando vi...
foi diferente. – Senti uma ou duas lagrimas caírem.
– O seu útero
ficou comprometido por conta da hemorragia. Teve uma pré-infecção por conta dos
dias que o feto ficou ali sem vida. Tudo isso poderia ser evitado se... – A
interrompi.
– Eu tivesse
procurando um médico antes. Eu sei de tudo isso, Eliza. Arthur cansou de me
dizer. Ele tá certo quando diz que eu sou teimosa demais.
– Não estou
dizendo que a culpa é sua. Até porque, você não sabia da gravidez.
– Não mesmo. –
Afirmei com a voz embargada.
– Bom, no teste de
ovulação não apareceu nada porque a ovulação não está acontecendo. Mesmo que
você esteja menstruando regularmente. Você está me entendendo? Sem ovulação,
não tem nenhuma possibilidade de que haja uma gravidez. Caso você queira,
precisa estar preparada na verdade, você já deve imaginar. Não vai ser nada
fácil, mas caso vocês decidam, podemos fazer um acompanhamento do seu clico
menstrual e da dosagem hormonal. São procedimentos lentos, já tivemos essa
conversa há alguns anos.
– Eu sei. Eu
conheço, Eliza. Mas eu não quero. Eu não quero passar por tudo isso de novo.
– Sei que é
difícil, Lua. Mas você precisa conversar com o Arthur. Ele precisa saber.
– Eu vou contar...
eu só não queria que ele soubesse aqui e agora, junto comigo. É que ele sempre
quis sabe...? Você sabe... ele vivia falando em filhos e eu adiando sempre...
– Só que você não
teve culpa. Essas coisas acontecem, querida.
– Se não tiver
acompanhamento ou tratamento... não existe nenhuma chance? – Talvez eu tivesse
esperanças. Mas elas sempre eram descartadas quando surgiam.
– Seria quase
zero. Dificilmente isso pode acontecer. Eu estou sendo sincera.
– Seria, talvez,
dificilmente, quase... – Murmurei.
– É complicado.
Não podemos descartar o zero, zero, zero, zero, zero, um... é um exemplo. Na
medicina, só seria impossível de verdade, se você não tivesse o útero.
– Mas é muito
difícil. – Não foi uma pergunta.
– É. – Eliza
afirmou. – Se acontecer, é um milagre, Lua. – Acrescentou e eu sorri em meio as
lágrimas.
– Comigo só
acontece ao contrário. – Comentei. – Mas está tudo bem... ou vai ficar.
Peguei todos os
papeis dos exames e guardei na minha bolsa. Me despedi de Eliza e caminhei até
o carro.
A sensação era mil
vezes mais estranha. Eu sentia um aperto quase que insuportável no peito. As
lágrimas não paravam de descer, mas não saia nenhum som. O silêncio estava me
deixando assustada.
Eu quero chegar em
casa e contar tudo para o Arthur. Só que eu nem faço ideia de como vou fazer
isso. Ele vai ficar chateado porque eu não contei nada a ele que o resultado
sairia hoje. Sei que ele gosta de me acompanhar e se importa muito comigo.
Dirigi devagar até
chegar em casa. Acho que nunca demorei tanto para voltar para casa. Anie tinha
balé, mas parece que eles já haviam chegado em casa. Pois o carro estava na garagem.
Estacionei e depois desliguei o carro. Demorei para sair dele, só não faço
ideia de quanto tempo.
*
– Oi, boa noite. –
Falei baixo quando finalmente cheguei até à sala.
– Boa noite. –
Arthur me olhou. – Aconteceu alguma coisa? Ouvi o carro chegar já faz um tempo.
– Ele acariciou a minha mão. – Pera aí, você chorou?
– Não. Eu só estou
bem cansada. – Respondi e depositei um beijo no pescoço dele. – Falei com o
Ryan sobre semana que vem.
– E aí? Espera,
ele fez alguma coisa com você? – Perguntou desconfiado.
– Não, Arthur. Ele
deixou. Não aconteceu nada. – Afirmei.
– Então quer dizer
que eu só te devolvo quarta-feira? – Indagou de um jeito divertido.
– É. – Sorri sem
mostrar os dentes. – Agora eu vou tomar um banho. Realmente estou bem cansada. –
Suspirei. – Posso te pedir uma coisa?
– Claro, neném. O
que você quiser. – Arthur me puxou pela mão. – Senta aqui. Parece que você tá
fugindo. – Ele riu.
– Mais tarde eu
sento aonde você quiser. – Sussurrei e Arthur sorriu.
– É assim, hein? –
Arthur me puxou outra vez.
– É. Hoje vai ser
assim. – Provoquei e Arthur me deu beijo.
– Já gostei. – Me
disse. – Mas o que você quer pedir?
– Uma massagem.
– Daquelas? –
Insistiu e eu assenti. – Ah, mulher, mas você quer me provocar mesmo.
– Já volto. –
Falei sorrindo.
– Já estou
esperando. – Ele jogou um beijo no ar.
Pov Arthur
Lua chegou bem
estranha do trabalho e eu não acreditei quando ela disse que estava apenas
cansada. Eu a conhecia muito bem para saber que tinha algo a mais.
Já tínhamos
jantado e agora ela tinha ido colocar a nossa filha para dormir. Eu estava só
esperando algumas respostas dela para poder confirmar a nossa passagem para Jost
Van Dyke, nas Ilhas Virgens Britânicas, que fica no Caribe. Passamos nossa lua
de mel lá e eu estava muito ansioso para voltarmos. Lua com certeza vai ficar
surpresa. Ela disse que tem algo para mim também, e eu nem consigo imaginar o
que Lua está aprontando dessa vez.
– Anie disse que
você implicou com ela a tarde inteira. Até na aula de balé. Por que você faz
isso, Arthur?
– É muito
engraçado. Ela é uma mini você toda irritada. – Contei.
– Isso não é
legal. – Me falou séria. – Já volto. Vou trocar de roupa.
– Pra quê? Vou
tirar. Você não pediu uma massagem daquelas? – A lembrei e Lua riu.
– Você está
ansioso?
– Deixa eu te lembrar
que já fazem duas semanas, Lua Blanco. Você acha o quê?
– Tá contando os
dias?
– Sempre que você
faz isso por muito tempo. – Retruquei.
– Uhm... já volto,
baby.
– Eu conto os
minutos também. – Ressaltei.
– Eu sei.
Lua foi para o
banheiro e depois foi para o closet. Saiu de lá quase quinze minutos depois.
Vestia uma camisola preta, com a parte de cima de renda e a parte de baixo
transparente, a calcinha era fio dental.
– Uau! – Exclamei.
– A espera valeu a pena.
– Eu nunca
decepciono.
– Eu sempre tive
certeza que não. – Concordei. – Que linda, querida.
– Obrigada. – Lua
se aproximou da cama.
– Eu quero te
dizer duas coisas... eu ainda não sei se agora ou depois.
– Aconteceu alguma
coisa, não aconteceu? Eu te conheço. – Questionei e Lua afirmou. – Eu sabia,
Lua. Você chegou bem diferente. Quer dizer agora?
– Acho que isso só
depois. – Começou. – Mas agora eu quero falar da surpresa de amanhã. Vai que
depois você fique chateado e nem queira mais transar comigo.
– Ah é assim? Você
fez besteira, não é? – Ri. – Não quero brigar com você, loira. Ai, não diz
isso...
– Não fiz
besteira.
– E por que eu
brigaria com você?
– Não sei, Arthur.
Falei, vai que... – Ressaltou.
– Sua surpresa deu
errado?
– Não. Nem brinca
com isso. Até agora está tudo bem. Quer dizer, ela dá certo ou não, depende
absolutamente de você. – Esclareceu.
– Nem sei o que é.
Não faço ideia. De verdade.
– Vou te contar
agora. – Lua deitou ao meu lado na cama. Ficamos de frente um para o outro. –
Eu vou te contar agora porque é para de manhã. Então, tenho que dizer o que é...
organizei uma festa... – A interrompi.
– Uma festa, Luh?
– Calma. – Me
pediu. – Posso explicar?
– Claro, querida.
– É uma festa
pequena e simples. É uma renovação de votos. – Contou pausadamente. Fiquei,
literalmente, surpreso.
– É sério, loira?
– É. Você gostou?
– Você quer casar
de novo?
– Eu quero. –
Afirmou e eu sorri puxando ela para cima de mim.
– Eu também. –
Afirmei. – É claro que eu caso, Lua. Caso todas as vezes que você quiser. –
Garanti. – Por que você acha que eu estragaria uma surpresa dessas?
– É porque eu
ainda não dei a outra notícia. Mas nem adianta insisti. Não vou contar agora.
– Deixa de ser
boba, loira. – Arrumei alguns fios de cabelo soltos dela. – Nada vai me fazer
te dizer não. Pode ter certeza.
– Eu não sei não.
– É claro que
sabe. – Lhe dei um beijo.
– Você não vai me
dizer nada?
– Sobre o quê?
– A sua surpresa.
– Só depois...
relaxa. Já está praticamente tudo certo. Mas voltando a sua surpresa, realmente
eu nunca imaginei. Como é que você me diz isso hoje e eu nem comprei uma roupa?
– Já providenciei
tudo. Já está tudo organizado. Marquei com a moça da decoração às sete e meia.
Você não vai sair desse quarto até às nove e meia, dez horas...
– Se você ficar
também...
– Não, nem vem.
Você tem que me prometer.
– Hahaha... te
amo, linda.
– Promete?
– Que eu te amo?
Sim.
– Não. Que vai
ficar aqui.
– Fico, vida.
Fico. Relaxa... – Tentei tranquiliza-la. – O que mais você aprontou?
– Bolo, salgados,
doces, sobremesa, bebidas e acho que vou chorar também.
– Eu vou chorar.
Tenho certeza. Não que eu queira fugir. – Comentei divertido.
– Tem mais
surpresas. Você só vai saber amanhã. Nem adianta mais me pressionar. Não vou
falar nada. – Me avisou decidida.
– Tudo bem. –
Aceitei e logo mudei de assunto. – Agora que já tivemos a primeira parte da conversa,
eu vou fazer aquela massagem que você me pediu. Prometo ser bem gentil se você
quiser. – Virei Lua na cama e comecei a beijar suas costas por cima da camisola
e ela arqueou as costas. – Você tem preferência?
– Quero que seja
gentil. Eu... aah... eu não vou pedir para você ir mais rápido.
– Então – subi a
camisola e comecei a tirar a calcinha dela, bem lentamente. – eu vou ser bem
carinhoso. Eu prometo. – Depositei um beijo demorado em seu pescoço.
Comecei a massagear
seus ombros, depois desci para os braços, voltei para as costas onde demorei e
depositei beijos intercalados com a massagem.
– Que tal? –
Perguntei baixo e podia apostar que Lua sorria.
– Você tem mãos
maravilhosas. – Me elogiou.
– Só as mãos? –
Provoquei.
– Por enquanto são
só elas que eu estou sentindo. – Me respondeu.
– Tem certeza? –
Insisti pressionando meu corpo contra o dela.
– Ai, agora não
mais... – Lua tirou alguns fios de cabelo do rosto. – Cuidado, eu tenho um
pouco de receio dessa posição. – Comentou divertida.
– Boba! – Exclamei
apertando mais forte as costas dela e Lua gemeu. – Você sabe que eu não vou
fazer nada nessa posição. – Desci minhas mãos para a cintura dela. – Só nessa.
– Virei Lua de frente para mim.
– Que eu prefiro.
– Sussurrou acariciando meu rosto. – Eu te amo tanto.
– Eu também. –
Puxei uma das pernas dela e me posicionei no meio delas. – Te amo, te amo. –
Depositei beijos em seus seios e fui descendo pela sua barriga.
Lua puxou meus
cabelos quando abaixei mais ainda os beijos. Levei meus dedos até suas partes
íntimas e comecei a massagear seu clitóris de maneira lenta. Eu sabia que esse
tipo de carícia acompanhada de beijos molhados deixava Lua excitada demais.
Penetrei cuidadosamente um dedo e o movi por alguns segundos até subir os
beijos pela sua barriga e chegar a sua boca.
– Você é muito
gostosa. – Sussurrei com os lábios colados nos dela. – Eu vou fazer isso bem
devagar... mas não é por causa das duas semanas... – Sorri e Lua mordeu meus
lábios antes de soltar um gemido baixo quando me sentiu em sua intimidade.
– Ooh... Você vai
me deixar louca.
– Eu não sou tão
mau. – Eu entrei enquanto sussurrava e Lua arranhou minhas costas ao esfregar
um dos pés no colchão e gemer mais alto.
Meus movimentos
eram lentos. Eu gosto tanto desse ritmo. Passaria a noite inteira desse jeito.
Lua procurou meus lábios e mordeu meu lábio inferior antes de iniciar o beijo.
Pois estávamos chegando ao ápice do prazer.
– Tudo bem? –
Perguntei depois de longos minutos. Lua acariciava meus cabelos em silêncio.
Ergui a cabeça e lhe dei um beijo nos seios antes de voltar a encara-la.
– Sim. – Murmurou.
– Outro round? –
Perguntei e Lua sorriu de lado.
– Assim você acaba
comigo. – Respondeu divertida.
– Uhm... te
conheci mais disposta. – Comentei baixo e Lua puxou levemente meus cabelos para
depois, voltar a acaricia-los.
– Você não vai me
dizer mesmo pra onde irá me levar?
– Não. Você já
sabe o necessário. Tem sol e praia. Logo você já sabe o que levar na mala.
– Não seja mau. Eu
contei a minha...
– Estou sendo
enigmático, misterioso, indecifrável. – Bocejei.
– Chato, chato,
chato! – Lua exclamou.
– Não foi isso que
você gemeu minutos atrás. – Falei e Lua apertou as pernas em volta da minha
cintura.
– É que você tem
essa incrível capacidade de mudar rapidamente. Eu prefiro quando você tá
gemendo também.
– Hahaha... a
gente pode fazer isso novamente. Eu não vou achar ruim.
– Eu te falei que
tinha duas coisas que precisava te contar.
– Aham... eu não
esqueci. Quer falar agora?
– Sim... eu acho.
– A gente pode
deixar isso pra amanhã, tipo... depois dos votos. Porque eu não quero brigar
com você agora. Você disse que a gente pode brigar.
– Foi. Eu disse
mesmo. – Concordou. – Mas quero dizer antes dos votos. Você tem que saber antes
de amanhã.
– Hum... o que já?
Meu Deus! Só falta isso atrapalhar a surpresa que você mesmo preparou.
– Pois é... eu não
sou muito boa nisso, você sabe. Sempre aparece algo para atrapalhar.
– Então deixa para
uma outra hora. Sei que você se esforçou bastante para que dê tudo certo amanhã.
– Foi, mas não
quero esconder nada de você. Amanhã é exatamente para isso, renovar nosso amor,
respeito, cumplicidade e tantas outras coisas que há no nosso relacionamento.
Então eu não quero renovar te escondendo algo que é importante. – Ela estava muito
aflita.
– Calma, tudo bem
se quiser contar... sei lá, mas acho que a gente tem que conversar. Você sabe
que eu não sou de brigar assim. A gente briga quando você grita e diz que a
razão é toda sua. Quando você não me deixa falar... e me acusa de algo que nem
posso me explicar. Tirando isso, a gente sabe ser civilizado. Não sei porque
você acha que eu vou brigar com você. Sabe que eu te escuto.
– É que escondi
algumas coisas nessa semana. Eu vou logo falar...
– Espera aí. –
Pedi. – Deixa eu ir no banheiro primeiro.
– Tudo bem. – Lua
sorriu de lado.
Me estiquei na
cama e peguei minha cueca. Vesti e depois fui até o banheiro. Não demorei muito
e quando voltei para a cama, Lua estava sentada com o cobertor até a cintura.
Me sentei na cama perto dela e a encarei.
– Agora você pode
continuar.
– Eu não sei se eu
fui egoísta, Arthur...mas se você achar que sim, saiba que não foi a minha
intenção. Na verdade, eu pensei mais em você do que em mim quando tomei essa
decisão. Na terça-feira quando você me perguntou sobre o último exame e se eu
ainda estava com cólicas e eu falei que não sabia quando faria e que sim, eu
ainda estava com dor... eu menti. Quer dizer, nem tudo. Eu ainda estava com
dor, mas foi porque... porque... eu... eu já tinha feito na segunda-feira o
exame.
– O quê? Por que
você não me contou? Não estou entendendo nada.
– Eu não quis que
você soubesse porque eu fiquei muito chata depois... eu estava com muita dor,
aí a gente discutiu um pouco semana passada, você sabe... eu desconto em você,
eu sei... muitas vezes eu faço isso. E eu não queria fazer dessa vez. Eu fui
sozinha. Fiz o exame, foi igual ao segundo. Eu ainda sentia dores do anterior,
mas eu quis fazer mesmo assim. Aí...
– Mas eu gostaria
de ter ido, Lua. Sei que muitas vezes sou um pouco... exagerado demais? Nem sei
se é a palavra certa. Pego um pouco no seu pé, mas eu só quero o seu bem, Lua.
É só isso.
– Eu sei... eu
reclamo as vezes, mas eu reclamo de tanta coisa. Você me conhece. Eu só não
queria que a gente discutisse porque outra vez eu estava sendo chata porque
novamente era comigo que estava acontecendo as coisas.
– As vezes eu fico
surpreso como você olha para si mesmo. Porque muitas vezes eu te enxergo
completamente diferente do que você diz.
– Tento ser justa
comigo.
– Mas você é
injusta na maioria das vezes. – Tentei fazê-la enxergar.
– Enfim, eu sei
que erro bastante... comigo também, eu sei. Mas aí... eu fui... eu continuei e
hoje... hoje eu fui buscar o resultado.
– O que, Lua? É
sério? – Perguntei incrédulo. Lua estava bastante apreensiva.
– É. – Afirmou
nervosa.
– Acho que a gente
tinha combinado de fazer isso juntos. Você esqueceu?
– Não. Eu.. eu...
sabe, eu já sentia o que seria o resultado.
– Mas isso não
quer dizer nada. Eu deixei bem claro que eu estaria com você independente do
resultado. Então eu não vou aceitar seja qual for a sua explicação.
– Mas me escuta,
por favor.
– Eu estou te
escutando.
– Eu já pressentia
qual seria o resultado. E eu... eu não queria que você estivesse lá. Eu sei que
era o seu sonho e eu ia me sentir ainda mais mal por não conseguir, sabe? Eu
sei que você me entende.
– Isso não tem
nada a ver, Lua. O que eu poderia fazer? Você chegou a achar que eu exigiria
alguma coisa? Ah, Lua... até parece que
você não me conhece.
– Não que fosse
exigir, Arthur. Eu te conheço, meu amor. – Lua segurou as minhas mãos. As mãos
dela estavam frias. – Mas eu sabia que você ia ficar triste, frustrado,
decepcionado... e eu não queria ver isso no seu rosto, meu amor.
– Eu ia ficar
triste mesmo. Não seria nenhuma novidade. Você também está triste. Mas até
agora só insinuou o que deu no resultado.
– Eliza disse
palavras como: seria, talvez, dificilmente, quase, complicado, milagre... ela
não disse um não definitivo. Ela falou que o meu útero ficou
comprometido por conta do aborto... e teve também uma pré-infecção. Isso
complicou ainda mais o meu caso. – Lua começou a chorar. – Eu não queria que
nada disso tivesse acontecido. Ela disse que mesmo com os tratamentos... é
difícil. Falou que a chance é zero, zero, zero, zero... um... – Os lábios dela
estavam trêmulos.
– Vem aqui, meu
amor. – Puxei Lua para o meu colo. – Eu não vou brigar com você, Lua. Eu jamais
brigaria com você, querida. – Lhe dei vários beijos na bochecha.
– Me desculpa,
Arthur. Por favor...
– Não tem o que desculpar,
Lua. Você não tem culpa de nada. Eu nunca vou te culpar por isso. Fica calma. –
Pedi.
– Ela disse que a
gente pode tentar o tratamento... que tem como acompanhar o meu ciclo e também
a dosagem hormonal. Lembra que já fiz isso antes? Não quero passar por isso de
novo.
– Você não precisa
passar por isso de novo, meu amor. E está tudo bem. Fica tranquila. Eu estou
aqui. Eu entendo você, tá bom? Essas coisas são assim mesmo. Você não precisa
ficar assustada. A gente já estava aceitando. Vamos continuar, querida. Nem
estávamos mais esperando uma gravidez. Você sabe que estamos transando sem
nenhuma proteção e mesmo assim, a gente nem pensa que você pode engravidar.
Então a gente só vai continuar... só que agora, tendo certeza.
– Você não tá
chateado?
– Claro que não,
loira. – Lhe dei um beijo na testa. – Estou triste, mas isso nós dois estamos.
Mas vai passar, Lua. Vai passar... Você sabe que vai. – Lhe dei um selinho.
– Vai demorar um
pouquinho...
– Vai. Mas o
importante é que passe e que você fique bem. Você continua sendo o meu amor, a
mulher da minha vida, a mãe mais incrível que a nossa filha poderia ter. Eu
tenho orgulho de você e esse resultado não mudou em nada o que eu sinto por
você. Eu continuo te amando muito. – Declarei. – Como é que você pode ter
pensado que eu ia ficar com tanta raiva a ponto de brigarmos e eu estragar a
sua surpresa? Lua, caso com você quantas vezes você me pedir. Eu já te disse! –
Deitei ela com cuidado na cama. – Eu não sinto raiva de você. Eu só sinto amor.
Muito amor por você. Não precisa ficar assustada. Eu não quero isso. A gente
sempre pode conversar ao invés de brigar. Porque eu odeio cada briga nossa.
– É que dói. Dói
bastante... é diferente saber disso. Eu falo que não quero, mas se eu pudesse,
você sabe que teríamos um bebê, não sabe? Eu não sou tão radical... eu só sou
confusa. – Tentou se explicar em meio as lágrimas.
– Shhh... eu sei.
Eu entendo, Lua. Sou o seu marido. Eu acredito que ninguém entende mais você do
que eu.
– Eu não queria te
decepcionar... eu juro.
– Não pensa assim,
amor. Você nunca me decepciona. Quantas vezes eu vou ter que te dizer que está
tudo bem?
– É que eu estou
achando isso...
– As vezes você
acha as coisas erradas com frequência. Então, tenta ficar tranquila. Por favor.
Você quer um pouco de água? Eu posso buscar pra você.
– Só um pouco de
água...
– Tudo bem. Eu não
demoro. – Me levantei rápido da cama e desci até a cozinha.
Eu confesso que fiquei
surpreso. Foi muito difícil não criar expectativas a cada relação que tínhamos.
Lua não queria ter outro bebê e no fundo que sei que era medo de perdê-lo
novamente. Eu demorei bastante para aceitar essa decisão e parar de questionar
o porquê. Pois nós sempre brigávamos quando isso acontecia. Eu sempre quis ter
muitos filhos, quer dizer, nem tantos assim... até três estava muito bom. Mas Lua
sempre fez questão de pôr os meus pés no chão. Eu não a culpava, longe disso,
compreendia seus medos. Sou homem, minha vontade parece um capricho perto de
tudo o que ela passou durante a gravidez da nossa filha e antes, até antes
durante as muitas tentativas que fizemos. E agora parecia que tudo isso havia
voltado, só que muito, mais muito pior.
Voltei para o
quarto e entreguei o copo com água para a Lua. Ela estava bastante nervosa e eu
nem sabia mais o que fazer, o que dizer.
– Fica calma, por
favor. Eu fico nervoso te vendo desse jeito.
– Estou nervosa...
– Confessou.
– Respira fundo. –
Tentei acalmá-la novamente. – Eu estou aqui e vou continuar aqui.
– Me beija. – Me
pediu e eu sorri de lado.
– Em todo canto. É
só você dizer onde. – Provoquei e Lua sorriu me puxando para cima dela.
– Primeiro na boca
e depois...
– E depois? –
Insisti.
– Pode descer. –
Pontuou.
– Olha que eu adoro
descer... você sabe. – Sussurrei.
Iniciamos um beijo
e depois eu desci, como Lua havia pedido. Ela levou uma das mãos para dentro da
minha cueca e só aí que eu lembrei que tinha saído do quarto só de cueca. Isso me
fez rir entre o beijo e Lua me encarou.
– O que foi?
– Ai, Lua. – Gemi
quando ela apertou meu membro.
– Eu... nossa,
continua...
– Arthur, Arthur.
– Eu fui na cozinha
só de cueca, Lua. – Contei. – Como você deixou?
– Eu nem vi. – Ela
riu junto comigo. – Mas ainda bem que foi de cueca. Já pensou se fosse sem? – Cogitou.
– Hahaha... você
teria visto rapidinho que eu sei.
– Ai, você é muito
sem-vergonha.
– Continua a
massagem, loira. Isso é mais sem-vergonha. –– Comentei e Lua arranhou minhas
costas com a outra mão. – Selvagem.
– Você ainda não viu
nada. – Afirmou me empurrando devagar para dentro.
Londres | Sábado, 23 de abril de 2016 – Sete
e dez da manhã.
Meus olhos estavam
pesados, mas eu lembrei que Lua disse que hoje ela ia receber alguém às sete e
meia e já ia dá sete e quinze da manhã.
Estou ansioso para
ver essa surpresa que ela se empenhou bastante para realizar. Tentei não ficar
lembrando da nossa conversa da noite anterior. Eu sabia que depois iria ficar
tudo bem, mas agora as coisas eram complicadas, delicadas. Não a culpo. De maneira
nenhuma. Esse é um assunto que nos deixa sensível demais.
– Luh... – Chamei
baixo, cutucando-a no ombro. – Luh, acorda. Você disse que vinha alguém aqui às
sete e meia.
– Uuhm... – Ela
resmungou. – E que horas é isso?
– Sete e quinze. –
Respondi lhe dando um beijo no ombro.
– Mas já?
– Sim. – Afirmei. –
Está cansada é?
– Aham... bastante.
– Contou. – Eu queria poder dormir mais quatro horas seguidas.
– Nem na lua de mel
você vai dormir tudo isso, Lua.
– Ai, por favor,
Arthur. Não diz isso... – Resmungou e eu comecei a rir.
– Vai desistir é?
– Não. Estou pensando
na possibilidade de pular a festa e ir logo pra lua de mel.
– Aaai... é assim?
Depois só eu sou safado, não é mesmo? – Lua estava deitada de bruços e eu me
deitei sobre ela.
– Mas você é, ora...
é mais do que eu.
– Hahaha a tá...
só quem não te conhece pra acreditar nessa história.
– Arthuuuur...
– O quê? – Sai de
cima dela e Lua ficou de lado na cama.
– Eu estou
nervosa. Parece até que é agora que vamos casar. – Confessou.
– Oow, linda. Eu também
estou nervoso. Mas é uma sensação boa. Estou ansioso também. – Confessei e Lua
passou uma das mãos pela minha barriga e desceu até meu membro. – Lua, depois
vai dizer que eu que começo.
– Eu nem fiz nada.
Você que já está assim... – Comentou. Eu estava duro, mas isso acontece com uma
certa frequência. Homens passam por essas situações. E Lua não estava surpresa.
– Engraçadinha. Não
se finja de desentendida. Você sabe que tem dias que amanhece assim. É totalmente
involuntário. – Voltei a dizer e Lua riu.
– Espontâneo é?
– Muito... de
qualquer forma, não tenho nenhuma dificuldade para fazê-lo ficar assim. A senhorita
sabe muito bem disso.
– Uuhm... é uma delícia.
A gente podia fazer uma coisa bem rápida... tipo...
– Tipo? – Ri. – Mulher,
você é incansável. Às vezes eu não levo muito à sério quando você amanhece assim
e diz que está cansada.
– Hahaha... não é
pra levar mesmo. Estou insaciável. Você quer que eu peça outra vez?
– Eu não gosto
muito de rapidinhas. Prefiro as que demora. – Respondi.
– Olha, mas eu vou
te dizer uma coisa...
– Lá vem... – Ri.
– É sério, Arthur.
– Uhm, tá.
– Às vezes é bom
uma rapidinha. E eu te garanto que você é ótimo tá? É igual quando demora, só
que rápido. Eu não tenho do que reclamar. – Lua voltou a me massagear.
– Eu não falei que
é ruim. – Ressaltei. – Falei que não gosto muito. – Acrescentei.
– O que eu preciso
fazer para você mudar de ideia? – Indagou.
– Você não precisa
fazer muito esforço não. Tá sentindo?
– Bastante. – Lua confirmou.
– Posso acabar
gozando se você continuar me torturando assim, Blanco.
– Eu ia perder
minha rapidinha. Sei que para os homens tem aquele lance de se recuperar e tals.
– A é? Só acontece
com os homens? – Provoquei.
– Com mais frequência.
– Muitas
experiencias é? – Continuei.
– Todas com você, não
se finja de bobo. – Lua respondeu e espalmou as mãos em meu peito. – E aí?
– Faz o que você
quiser. Já está toda decidida mesmo. – Falei e Lua sentou devagar. Ela se
diverte bastante me provocando.
– A gente nem
devia ter dormido juntos... sabe... você não podia me ver um dia antes do
casamento. – Sussurrou enquanto subia e descia; devagar.
– Hahaha... – Ri
baixo. – Eu não ouvi isso... AI, Lua! – Quase gritei quando ela me apertou. –
Você fica me provocando. Para de graça. – Pedi divertido e ela encostou os lábios
nos meus.
– Você tá achando
isso engraçado?
– Gostoso, Lua. Estou
achando isso muito gostoso. Pode continuar...
– Mais rápido?
– O ritmo que você
preferir.
– Uhm. Eu gosto de
mandar mesmo. Isso é muito bom. – Ela acelerou o ritmo e eu fechei os olhos.
*
Eu me encontrava nervoso.
Minhas mãos soavam e Lua tinha acabado de sair do quarto. Ela ainda não estava
arrumada, mas fez questão de ficar me olhando enquanto eu me arrumava. Ela disse
que é porque eu não sabia arrumar a gola da camisa do jeito certo. Mas era só
para implicar comigo mesmo.
Lua tinha comprado
uma camisa social branca para mim e um blazer preto. A calça comprida que ela
havia me entregado, já era minha. Os sapatos, também, já eram meus, e eu rir
por conta disso.
Modéstia parte, eu
estava lindo – e muito ansioso para ver como Lua estava. Nem a minha filha eu tinha
visto hoje.
A casa estava
movimentada e nem pela janela eu podia olhar, já que tinha prometido isso a
Lua.
Pov Lua
– Já terminaram? –
Indaguei Mel pela quarta vez.
– Quase, Lua. – Ela
riu. – Prontinho. – Terminou de fechar o zíper. – Esse vestido é lindo. Você
ficou deslumbrante, amiga.
Eu estava
apaixonada por esse vestido. O decote tinha ficado perfeito e o caimento
também. Calcei os sapatos e arrumei meus cabelos – eu os deixaria soltos.
– Uau! É verdade
mesmo, minha mamãe tá muito linda. – Anie concordou e abraçou minhas pernas. –
E cheilosa, muito cheilosa.
– Ooow, meu bebê.
Você está linda também. O amor da minha vida inteira. – Lhe dei um beijo no
rosto.
– Eu quelia ver
meu papai!
– Hahaha... ele
também quer te ver. – Afirmei. – Ficou perguntando por você praticamente desde
a hora que acordou.
– Por que eu não posso
ver ele?
– Porque é
surpresa ele ver nós duas!
Anie estava uma
boneca com um vestido salmão e uma sapatilha bege com um laço na ponta. Que vontade
de apertar aquelas bochechas rosadas. Carol havia feito uma trança no cabelo da
pequena e deixado alguns fios soltos.
– Tá. Tá tudo bem,
mamãe. Olha aqui. – Ela se virou e pegou o buquê. – É da senhola. – Me
entregou.
– Obrigada. – Lhe
joguei um beijo. – E... – Me virei para pegar a caixinha da aliança. – Isso aqui
é seu. Olha. – Abri a caixinha e Anie abriu a boca.
– UAU! É um anel bonito.
Dois anéis bonitos. – Ela bateu palmas.
– É pra você levar
até a mim e seu pai mais tarde, tá?
– Tá, mamãe. Eu entendi.
– Anie assegurou.
– Posso entrar? –
Depois de bater e abrir a porta sem esperar a nossa resposta, Harry deu as
caras no quarto.
– Era uma pergunta?
– Você está maravilhosa!
– Ele fez eu dar uma voltinha. – Linda demais! – Me deu um beijo no rosto.
– Obrigada,
querido. – Agradeci lhe retribuindo o beijo no rosto.
– E você, bebê? Que
princesa mais linda do mundo! – Harry pegou Anie no colo. – Você também está
linda, Mel. Aliás, essa casa está cheia de mulheres lindas.
– Obligada, tio
Harry! O senhor palece um plíncipe, mas o meu papai é mais bonito.
– Aaah, assim não vale.
– Harry se fingiu de ofendido e Anie riu.
– Está preparada,
loira?
– Estou é nervosa.
Até parece que eu não sei a resposta do Arthur. – Comentei.
– É capaz dele
dizer sim assim que te ver. – Harry disse divertido. – Vem, vamos descer.
– Eu quelo ir na
flente!
– Já chegou todo
mundo?
– Claro, só
faltava eu. e já estou aqui.
– Então vamos.
Saímos do quarto e
eu entrei no escritório com Anie. Mel foi buscar Arthur no quarto para levar
ele até a área que aconteceria a cerimônia.
Eu estava nervosa
e queria muito que o meu pai estivesse aqui. Ele é a pessoa que mais me acalma,
assim como o Arthur.
Ouvi duas batidas na
porta e Anie correu até a porta.
– É a tia Mel! –
Exclamou.
– Vem, amiga. Já estão
todos lá. E Arthur está bem ansioso. Ele achou que você já ia estar lá.
– Ele é bem
apressado mesmo. – Ri. – Vem, filha.
– Agola que já é a
hola de levar os anéis bonitos?
– A tia Mel vai
dizer a hora certa, tá? – Respondi e Anie assentiu. – Vamos.
Caminhamos para
fora do escritório e andamos em direção a área da piscina.
Eu estava nervosa
e ansiosa na mesma medida. Meu coração estava acelerado e minhas mãos soavam.
A decoração estava
linda e eu fiquei encantada com tudo. A decoradora havia entendido
perfeitamente o meu pedido e não exagerou em nada.
Arthur estava mais
alguns passos longe de mim e lindo como sempre. Ele tinha um sorriso emocionado
nos lábios e ao invés de andar, eu queria correr para os braços dele novamente.
– Você está tão
linda. Tão maravilhosa, Lua. Meu Deus! Você faz alguma ideia? – A respiração dele
estava ofegante e eu neguei com um manear de cabeça. – Eu já posso te beijar?
– Só depois do sim.
– Brinquei.
– Sim. – Ele me
respondeu e segurou meu rosto com as duas mãos. – Eu te amo muito. – Disse antes
de me beijar.
– Eu te amo. –
Sussurrei após o beijo. – E você tá uma delícia. Eu te disse isso mais cedo. –
Falei ainda mais baixo e Arthur sorriu.
– Vai ter alguém aqui
atrás? – Arthur apontou para a mesa a nossa frente.
– Você nem imagina.
– Sorri.
– Cadê a nossa filha.
– Uhm... é mais uma
surpresa desse dia lindo.
– Ai, você vai me
matar desse jeito. – Arthur falou e todos riram. Harry apareceu andando pelo
mesmo caminho que eu vim. E Arthur ficou sem acreditar. – Isso é sério?
– É óbvio! – Harry
exclamou. – Você já tem a Lua, agora você me ganhou.
– Tem devolução? –
Arthur indagou e todos voltaram a rir.
– Sem devolução. Foi
a Lua quem quis assim.
– Até parece que
ela ia querer me dividir com alguém. – Arthur me puxou e me deu um beijo na
testa.
– Engraçadinho. –
Harry se posicionou do outro lado da mesa. – Eu só vim dizer algumas palavras
emocionantes que eu mesmo selecionei.
– Eu não acredito
que você vai fazer isso, cara. – Arthur falou, ainda sem acreditar. – É sério,
Lua?
– Por que você
acha que estamos brincando?
– Eu não sei... é
eu jamais teria essa ideia. – Arthur riu. – Cara, logo o Harry.
– Sua
masculinidade vai ser testada agora. – Ele ressaltou.
– Eu já disse pra
Lua que vou chorar. Aliás, algumas lagrimas já caíram só de ver ela entrando. –
Confessou. Harry pigarreou para chamar a atenção de todos. – Meu Deus, isso é
sério mesmo. – Arthur murmurou.
– Bom dia a todos
os presentes. Cara, isso é muito legal! Vocês podem me chamar caso eventualmente
queiram que eu diga algo em eventos do tipo ou quaisquer outros. Bom, voltando
ao que realmente interessa, eu conheço esses dois mesmo antes deles se
conhecerem. E eu jamais, levando em conta a minha ingenuidade e sensatez,
poderia adivinhar que um dia eles iriam se casar. Por que? Eu vou explicar a
vocês... Lua do jeito que é, esse furação sem freio que explode se pisarem no
dedinho dela, com o Arthur que não chega a ser mar, porque mar tem onda e para
ele se agitar ele precisa de dez Luas, e agora que ele tem só uma e meia,
porque Anie é uma mini Lua disfarçada de feições do Arthur. Vocês concordam não
é mesmo? Eu sei que sim. – A essa altura ninguém conseguia mais segurar as
risadas. Harry era demais. – Mas eu quero mesmo é ressaltar o quanto eles são incríveis,
divertidos e meus melhores amigos. O quanto eles se amam e o quanto eu os amo. Eu
não consigo, e isso é sério gente, me imaginar sem eles. São as pessoas com quem
eu mais posso e conto mesmo, na vida. Eu amo irritá-los e amo fazê-los rir na
mesma intensidade. A gente se entende e eu sou tão grato por fazer parte da
vida deles e tê-los na minha vida. Ainda mais... ah, gente, ainda mais por eles
terem me dado uma afilhada linda. Eu amo essa família, de verdade. Do fundo do
meu coração. Eu só desejo que vocês sejam ainda mais felizes do que já são. E que
bom que não ligam para o que os outros pensam a respeito da vida, da relação de
vocês. Sejam mais felizes assim... só entre vocês e as pessoas que realmente
querem a felicidade de vocês. Existem coisas maiores com que os outros precisam
se preocupar... e vocês são tão gentis, que seria injusto demais não alcançarem
ainda mais a felicidade. – Ele finalizou e eu já sentia as lagrimas descerem silenciosamente
pelo meu rosto.
Harry é o ser mais
iluminado e o melhor amigo mais incrível que eu podia pedir a Deus.
– Obrigado, Judd.
Você também é a nossa família. Você é o amigo mais incrível que a vida poderia
me presentear. Obrigado pelas palavras. Foram lindas e emocionantes. – Arthur
agradeceu emocionado.
– Obrigada, obrigada,
obrigada. Você sabe tudo o que você significa para mim. – Falei entre lágrimas.
– Eu sei, loira. Eu
sei... – Harry sussurrou ao apertar minhas mãos e acaricia-las. E as pessoas aplaudiram.
– Achei que esse
cara só sabia cantar. – John comentou mais alto e arrancou risadas de todos.
– Escrevo músicas lindas
também! – Harry de defendeu.
– Meu Deus! Quero ver
a minha filha! – Arthur comentou mais uma vez e Harry apontou para trás onde Anie
vinha caminhando com cuidado ao trazer as alianças. – As alianças. – Ele
pontuou com lágrimas nos olhos ao em encarar. – Você é a minha pessoa preferida
nessa vida. – Sussurrou. – Te amo, te amo, te amo.
– Te amo, te amo,
te amo. – Sussurrei de volta. Anie chegou até nós e Arthur a pegou no colo.
– Coisinha mais
linda da minha vida. Você está uma princesa, filha. Eu te amo tanto. – Depositou
vários beijos no rosto da filha e eu abracei eles dois. – Amo muito vocês duas.
São as mulheres mais especiais da minha vida. – Confessou.
– Amo você, papai.
Você e a minha mamãe. Os dois! Um monte de amor. Eu tô muito feliz de tlazer os
anéis, é lindo. – Contou toda empolgada.
– Os anéis. –
Arthur sorriu ao dar mais um beijo na bochecha da nossa filha. – Você é o meu
melhor presente, minha pequena. Eu que estou muito fez de ver você trazer esses
anéis. Nunca pensei que precisava ver essa cena até agora. Que especial. Você é
muito especial pra gente.
– Eu amo muito
você, filha. Mamãe está muito feliz. Você é demais!
Arthur colocou
Anie no chão e ela correu para o colo do padrinho que já tinha se sentado em
uma cadeira na primeira fileira.
– Agora chegou aquela
parte que eu deveria ter escrito em algum papel, mas eu sabia que isso não ia
funcionar muito bem. Sabe por quê? Minhas mãos iriam estar trêmulas, como estão
agora. E, provavelmente, eu iria esquecer de algumas, para não dizer, muitas
coisas, porque escrever numa folha não é nem um quarto do quanto você significa
para mim. – Talvez eu estivesse falando sem pausa alguma, mas eu estava tão nervosa.
Arthur segurava as minhas mãos e acariciava o dorso com os dedos. – Você é um
homem tão incrível, tão gentil, tão carinhoso, atencioso, paciente, romântico,
extremamente romântico e totalmente o oposto de mim. Mas nem só de romance vive
um casamento e nós dois sabemos muito bem. A gente transborda quando estamos
juntos, somos tão intensos que eu tenho tanto medo que um dia a gente acabe. Você
me assegura sempre, que somos para sempre. Você me respeita, você me ouve, você
me entende. Você me vê ao contrário que eu me vejo e com você eu nunca tenho
medo de ser quem eu realmente sou. Eu queria poder realizar todos os seus sonhos,
assim como você se dispõe a realizar os meus. Mas sou tão teimosa, não é assim
que você diz? Mas você sabe que não é por mal. Eu só sou assim... e você me
para quando necessário e te agradeço tanto. Porque as vezes eu só quero paz. E essa
paz eu só encontro em você... e na nossa filha. Na nossa família. Eu não me
arrependo de nada do que já fizemos. Os erros serviram para encontrarmos as
respostas e aprender com elas. Um aprendizado tão doloroso. Você sabe do que eu
estou falando... Que nunca pensei que passaria e muito menos, que fizesse você passar.
Logo você, a pessoa mais especial e importante da minha vida. Eu te amo, te
amo, te amo, Arthur Aguiar. Quero que sejamos para sempre. – Finalizei aproximando
nossos lábios.
Arthur estava
emocionado e deixava as lágrimas descerem em silencio. Após o beijo, eu deslizei
a nova a aliança em seu dedo e nós sorrimos sem dizer nenhuma palavra antes
dele voltar a me beijar.
– Agora parece que
chegou a minha vez... eu não escrevi nada porque você me disse isso ontem... e
depois, meu amor, depois só voltamos a falar algumas horas mais tarde. – Ele
sorriu. Seus olhos brilhavam. – Você é a minha vida, Lua. Eu te digo isso todos
os dias. Você é a minha melhor amiga antes de ser a mulher que eu mais amo
nessa vida. Eu amo a nossa cumplicidade, as nossas conversas, a sua risada, a
sua personalidade. Você é exatamente o amor da minha vida, porque você é assim,
desse jeitinho mesmo, e que eu não trocaria por nada. Eu te irrito, eu sei, bastante,
muito, até demais... mas é porque você fica toda linda irritada. Tem um bico
fofo e fica vermelha, sua bochecha fica vermelha e a ponta do seu nariz também.
E você fica extremamente indignada quando eu pontuo essas observações na hora
da raiva e eu rio, rio muito. Eu não vou parar de te irritar. Eu te amo. Você
me faz um homem feliz, realizado. Temos uma família linda e eu faria exatamente
tudo igual. Você só precisa parar de achar que para mim, sempre falta algo. Como
você mesmo disse há alguns minutos, transbordamos juntos. E eu amo transbordar
com você. Adoro ser o seu oposto. Já tivemos essa conversa antes e concordamos
que seria um porre se você fosse tão romântica e compreensível como eu. –
Sorrimos e as outras pessoas também. – Você é tão especial, tão importante para
mim. Sou tão feliz por ser seu. É verdade que a gente briga, que a gente erra. Mas
aprendemos, crescemos e amadurecemos tanto juntos. Eu viveria tudo de novo, cada
momento. Com você tudo vale muito a pena, meu amor, minha loira, minha vida. Quando
somos contrariados, o aprendizado realmente é doloroso, mas eu já te assegurei
que vai passar. E que está tudo bem... te amo ainda mais, e seremos para
sempre. Você sabe que eu sou completamente louco de amor por você, Lua Blanco. – Arthur me
puxou pela cintura e me deu um beijo apaixonado e sobretudo, demorado.
Depois de alguns
longos minutos, ele deslizou a aliança pelo meu dedo e eu o abracei. As pessoas
aplaudiram e eu senti uma ou duas lágrimas de emoção rolarem. Anie correu para nos
abraçar e Arthur a pegou no colo outra vez.
*
A festa está
linda. Há apenas duas mesas com oito lugares cada, posta em frente a piscina. Em
cima delas há vasos com flores brancas. O local reservado para o nosso voto está
a coisa mais linda e elegante – cheio de rosas brancas e salmão, e um lustre
magnifico. A mesa do bolo está linda, cheia de rosas e folhas, há doces
espalhados e a Carla fez um bolo maravilhoso de frutas vermelhas.
Eu queria que essa
manhã durasse por mais alguns dias. Estamos felizes, estamos nos divertindo. Seria
injusto pedir ao invés de agradecer.
Talvez demorasse,
mas um dia eu entenderia. Há planos maiores que os meus.
Continua...
SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA!
N/A: Olá, boa madrugadinha hahaha sei que
devem estar surpresos!
Primeiramente, OBRIGADA a todos os
comentários feitos no capítulo anterior. Vocês são tão incríveis e falam cada
palavra linda que me incentiva cada vez a escrever melhor para vocês. Grata por
toda paciência, compreensão e carinho que vêm de vocês! <3
Voltando
para este capítulo – maravilhoso – aqui! Não sei nem que adjetivos
usar para as minhas emoções ao escrevê-lo. Falei que tentaria postar no
domingo, mas terminei só agora, quarta-feira, às 0h35, e olha que escrevi quase
sem parar. Enfim, é o meu mais novo amor. Está lindo e me emocionei bastante
durante a escrita. <3
Quero saber de vocês
o que acharam... de tudo, tudo, tudo. Sei que esperaram bastante pelo resultado
dos exames, assim como os personagens. E do fundo do meu coração, espero que tenham
lido com a mente aberta e com muita atenção.
Abriram os links? Gostaram do look
e da organização da festa? Me digam!
Gostaram da
surpresa que a Lua preparou?
Estou ansiosa para
ler os comentários. Então, COMENTEM BASTANTE!
Enfim, até breve. Um beijo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSem palavras pra esse capítulo, não tava preparada pra ler algo tao maravilhoso, me emocionei demais, com a supresa da Lua para o Arthur, fiquei triste pelo resultado dos exames, confesso que pensei que dariam positivos,mas eles vão superar, Harry sendo o melhor amigo do mundo para os dois, já to ansiosa pro próximo👏😍
ResponderExcluirAhhhh Milly,vc conseguiu né fazer chorar com esse capítulo! Me faltam palavras para descrevê-lo. Esse capítulo supriu todas a minhas expectativas de tão lindo e especial! E, eu não preciso falar que já estou ansiosa para a lua de mel,pq vc já sabe né!kkkkkkkkk
ResponderExcluirObrigada por todo seu esforço em nos deixar sempre atualizadas com a fanfic! Obrigada por tudo e ansiosa para o próximo!
Caraaaaaa que capítulo maravilhoso !
ResponderExcluirMilly parabéns !
Que capítulo maravilhoso, sem dúvidas é um dos meus preferidos!
ResponderExcluirFiquei triste com o resultado dos exames, achei que ja estar tudo certo.. Mas tem um pequena chance da Lua engravidar, né!? Vai que acontece!
Harry melhor amigo do mundo, amo demais.
Agora estou muito ansiosa pro capítulo da lua de mel, mal posso esperar!
Obrigada por esse capítulo maravilhoso. <3
esse entrou na lista dos meus cap favoritos! Amo essa conexão deles. E quanto a você, Milly, parabéns por nos proporcionar cada cap!
ResponderExcluirParabéns Milly, os capítulos são sempre maravilhosos. Você sempre trás capítulos um melhore que o outro.
ResponderExcluiramo dms essa história! Muito ansiosa para o próximo capítulo ��
ResponderExcluirPrimeiro obrigada de coração Milly ♥️ e segundo eu chorei horrores e gostaria muito de estar nesse casamento, vc tem um Dom e tanto com as palavras, pq ficou lindo esse capítulo do casamento parabéns 👏👏. Tão triste o resultado dos exames da lua, mais o Arthur é o marido mais compreensivo que se tem, gostaria q ele existisse fora da ficção. Harry falou coisas tão lindas, ele já pode até casar tbm (só precisa perde o medo kkkk). Anie estava uma princesa mesmo, muito linda as roupas e decoração.
ResponderExcluirCapítulo maravilhoso nem sei o que dizer ��
ResponderExcluirAhhh Milly, capitulo simplesmente lindo e emocionante, sério, eu amo seu jeito detalhista de escrever! essa web é simplesmente maravilhosa. É tão lindo ver o quanto os dois são apaixonados e o quanto se apoiam, e por mais que Lua tenha essa insegurança por tudo que aconteceu. o Arthur é sempre ão compreensivo e faz de tudo para que ela fique bem!!! Harry é tão maravilhoso que nem sei. Fiquei muuuito feliz que a surpresa da Lua de certo!!!!!!
ResponderExcluirFeh