Litte Anie - Cap. 86 | 5ª Parte

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Little Anie | 5ª Parte

A vida é um rio
Estamos no mesmo barco
Remaremos juntos
Pra onde vai esse rio
Ainda não sabemos
Mas, remaremos juntos
Ainda temos estrelas pra alcançar
Sonhos pra sonhar
Flores pra regar
Mas, precisamos fazer isso juntos
E vamos fazer isso juntos
Raffa Torres | A vida é um rio

Pov Arthur

Londres | Sábado, 9 de abril de 2016 – Manhã.

Lua ainda dormia quando acordei. Ela estava muito triste com tudo o que tinha acontecido ontem. Já sabíamos que tinham muitas chances do resultado dar negativo, mas mesmo assim, Lua ainda não estava preparada. Sei que ela diz que não quer ter mais filhos porque tem medo de perdê-lo. Passei o polegar por sua bochecha e Lua sorriu involuntariamente. Ela estava com uma camiseta minha e os olhos inchados. A ponta do nariz estava vermelha e os cabelos totalmente bagunçados.

– Oi. – Falei quando Lua abriu os olhos.
– Oi. – Ela acomodou o rosto em meu pescoço. – É muito cedo?
– São quase oito horas. – Respondi. – Você quer continuar aqui?
– Só mais um pouquinho. – Ela me respondeu.
– Tudo bem... eu posso ficar mais um pouquinho. – Comentei divertido.
– Mas é sério. Daqui a pouco a Anie aparece aqui. – Lua passou as unhas em meu peito.
– Eu sei. – Depositei um beijo em sua testa. – Então é melhor você parar de me provocar. – Avisei ao segurar sua mão.
– Ai! Mas eu nem estou fazendo nada. – Lua se defendeu e se acomodou em meu colo.
– Você é muito cínica. – Pontuei apertando levemente a ponta do seu nariz. – Cínica e linda... e gostosa... e sexy. – Falei e Lua riu baixinho.
– O que você acha de sairmos hoje? – Me perguntou.
– Por mim tudo bem. Você já sabe aonde quer ir? – Indaguei.
– Não... podemos ver isso depois. – Lua levantou o rosto para me encarar.
– Você está melhor? – Não consegui me segurar. Tive que perguntar.
– Estou legal, Arthur. Só fiquei muito nervosa ontem... sei lá... foi estranho.
– Você não estava preparada, Luh. Essa é a verdade. – Lhe dei um beijo na testa.
– Sabe o que eu pensei?
– Hum... – Murmurei e Lua prosseguiu.
– Pensei da gente sair com o Harry e os meus colegas de trabalho. O que você acha? Uma saída de gente grande! – Exclamou mudando, completamente, de assunto.
– Hoje?
– Pode ser... – Lua sorriu de lado.
– Fico imaginando uma saída com o Harry e a Hanna juntos. O pior que pode acontecer é eles descobrirem que são almas gêmeas ou algo perto disso. – Comentei. Esses dois já são malucos separados, agora imagine juntos.
– Para, Arthur! Não consigo imaginar o Harry com a Hanna. Embora eles sejam parecidos... emocionalmente? Será que essa é a palavra certa? – Me perguntou com dúvida.
– Uhm... não vem me dizer que está com ciúmes do Harry?! – Provoquei sabendo que talvez, realmente, fosse isso mesmo.
– Eu não estou com ciúmes de ninguém! Só não vou fingir que vai ser muito legal se isso acontecer.
– Você está sim com ciúmes. – Insisti.
– Para, Arthur! Não é nada disso. A única pessoa que eu posso sentir ciúmes é você. Nãos se finja de desentendido. – Lua me deu um tapa no peito.
– Para de me agredir! – Segurei a mão dela rindo.
– Às vezes você é tão idiota. – Lua reclamou.
– Você que é uma boba. Fica aí toda irritada com qualquer coisa. – Comentei.
– Não é qualquer coisa. Você que gosta de me irritar o tempo todo. – Lua cruzou os braços emburrada.
– Só fiz um comentário, loira. Eu te conheço.
– Não quero perder o meu amigo! E daí? Isso é ser egoísta?
– Eu não te chamei de egoísta. Te chamei de ciumenta e uma coisa é totalmente diferente da outra. – Pontuei. – Você só não quer admitir. Harry já é um homem, Lua.
– Eu sei... embora a gente tenha a mesma idade, ele parece um adolescente. Ele não mudou nada, amor. – Lua falava como se Harry fosse embora para sempre. E isso é muito engraçado, porque eu só supus uma situação.
– Lua, foi só um comentário, meu amor. – Não consegui segurar a minha risada. – Se ele souber disso... – Continuei rindo. – Vai te zoar muito.
– Você não vai contar! Eu vou ficar muito chateada. – Me avisou séria.
– Depois disso aposto que você nem vai mais querer sair...
– Não mesmo. Ainda bem que você me conhece. – Lua jogou o lençol para o lado e levantou da cama.
– Eeei... volta aqui, loira. – Chamei ela.
– Eu vou tomar banho, Arthur. – Parou na porta do banheiro e tirou toda a roupa.
– Não faz isso, Lua! – Exclamei. – Meu Deus! Eu posso tomar banho com você?
– Acho que não. – Lua me olhou por cima do ombro. – Você me irritou bastante. E isso não foi legal. – Ela me jogou um beijinho.
– Mulher, você é muito atrevida. Acho bom você trancar essa porta. – Avisei me fingindo de sério e Lua riu alto.
– Atrevido é você!

*

– Papai? Papai?
– Oi, meu anjo. – Respondi baixo.
– Cadê a minha mamãe? – Anie passou as mãos levemente pelos meus cabelos.
– Está no banho, filha. Aliás... ela está demorando demais. – Comentei.
– Então eu vou lá. – A pequena pontou.
– Aonde? – Ouvimos Lua perguntar.
– Lá... encontar a senhola. – Anie sorriu e correu até a mãe.
– Uhm... sua sapequinha. – Lua pegou a filha no colo. – Bom dia, meu amor.
– Bom dia, mamãe.
– Ei, você não me deu bom dia. – Reclamei e Anie me olhou.
– Bom dia, papai. – Anie sorriu e me jogou um beijo.
– Fica aqui. – Lua colocou a nossa filha no chão. – Eu vou vestir uma roupa e depois te levo para banhar, tudo bem?
– Tá. Eu vou espelar aqui então. – Anie correu para a cama.

Me levantei para ir tomar banho.

– Posso ligar a tevê?
– Não. – Lua respondeu. – Eu não vou demorar. E se você começar a assistir desenho não vai querer parar. – Explicou.
– Mas eu quelia, mamãe. – Anie insistiu, mas eu não ouvi mais a voz da Lua.

*

Quando eu saí do banheiro, Lua e Anie não estavam mais no quarto. Vesti minha roupa e voltei para o banheiro para deixar a toalha.

– É assim, não é? Vocês nem me esperam para tomar café. – Falei quando me sentei a mesa. Lua e Anie já estavam tomando café.
– Hoje você tá muito dramático. Meu Deus! – Lua reclamou.
– Agola que a gente começou a tomar café, papai.
– Mas vocês não me esperaram.
– Não começa, Arthur. Por favor. – Lua pediu e eu tentei segurar a risada. Eu adoro irritar essa mulher.
– Agora eu não posso falar nada.
– Você tá sendo implicante, Arthur.
– Tá... eu não vou falar mais nada. – Pontuei e Lua riu disfarçadamente.

Tomamos o café da manhã e depois eu fui para o escritório. Lua ainda ficou na mesa com a nossa filha. Eu ainda não tinha visto a Mel.

Pov Lua

Terminei de tomar café da manhã com a Anie e ela pediu para assistir desenho. Deixei e tirei as coisas da mesa. Anie correu para a sala e eu fui procurar pelo Arthur que tinha deixado a mesa há alguns minutos. Hoje ele tinha acordado muito chato, meu Deus! Quando ele queria me irritar, ele se empenhava bastante para isso.

Subi até o quarto, mas ele não estava lá; nem no banheiro; nem no closet. Desci os degraus e caminhei até o escritório. Com certeza ele estava lá.

– Arthur? Você tá muito ocupado? – Perguntei depois que abri a porta e vi que ele estava lá. – Um pouco. Por quê? – Indagou voltando a olhar para um bloco que ele estava anotando algumas coisas.
– Aliás, o que você tá fazendo? – Entrei no escritório e tranquei a porta. – Você disse que estava de férias.
– Você sabe que eu escrevo mesmo quando estou de férias. Aconteceu alguma coisa?
– Não. É que você deixou a mesa...
– Agora é você quem está sendo dramática. – Arthur pontuou.
– Para, amor... Por que você faz isso? – Perguntei me aproximando dele.
– Eu não tô fazendo nada, Luh. – Ele se defendeu e eu fiz um bico.
– Então você tá escrevendo música nova?
– Tentando, Luh.
– Estou atrapalhando?
– Não, loira. Eu não falei isso. – Arthur esclareceu. – Você quer alguma coisa?
– Não exatamente...
– Vem aqui então. – Arthur me chamou para sentar no colo dele.
– Eu não queria que a gente brigasse. – Falei baixo.
– A gente não brigou. Você que é exaltada. Não posso falar nada que você já se estressa.
– Não é bem assim. – Tentei me defender e Arthur me deu um beijo na bochecha.
– Então me explica como é. – Provocou.
– Você que começou o dia me irritando. Parece que gosta de me ver estressada. – Respondi.
– É que você fica a coisa mais linda estressada. – Arthur me deu um beijo na bochecha. – Quer ver quando cruza os braços. – Ele riu. – Dá vontade de morder. – Completou.
– Eu não gosto de mordidas... – Empurrei o rosto dele para o lado e Arthur deu uma risada.
– Aaah... agora você diz que não gosta. – Disse divertido e tentou me morder.
– Mas para, Arthur. É sério!
– O quê? Nem estou fazendo nada, mulher.
– Aaham... comportado do jeito que você. – Falei irônica.
– Você gosta, loira. – Arthur mordeu o lóbulo da minha orelha. – Eu sei. – Afirmou e eu comecei a rir.
– Aaai... assim faz cocega. – Encolhi meus ombros e Arthur riu apertando minha cintura. – Me mostra o que você tá escrevendo. – Pedi.
– Não. Ainda está no começo. E além do mais... – Arthur me encarou. – Eu fiz uma música pra você, que aliás, você nem quis ir escutar.
– A gente estava brigado, Arthur. Eu nem queria olhar pra sua cara. Como é que eu ia assistir um show da banda? – Tentei pegar o bloco que ele estava escrevendo, mas Arthur o empurrou pra longe. – Arthur!
– Meu Deus! Você é muito curiosa. – Pontuou.
– Então canta a música pra mim. – Sugeri.
– Que música?
– A que você fez pra mim.
No worries. – Arthur sorriu. – Foi até contraditória para o momento.
– Sim. – Lhe dei um selinho.
Quando ficar escuro eu vou abraçar seu corpo perto do meu. – Arthur me abraçou mais forte.
– MÃE! PAI! – Ouvimos Anie chamar por nós.
– A parte de deitar vai ficar para outra hora... – Arthur roçou o nariz na minha bochecha e eu ri quando Anie abriu a porta do escritório.
– Até que fim que eu encontei vocês. Eu não aguentava mais pelocular por toda parte! Por que vocês estão aqui? – Anie se aproximou.
– A gente está conversando, filha. – Respondi.
– Posso ficar aí? – Anie apontou para o nosso colo.
– Aí aonde? – Arthur insistiu.
– No colo! – Anie pulou com as mãozinhas sobre nossas pernas.
– Por favor... – Pediu fazendo um bico muito fofo.
– Aaah... minha segunda ciumenta favorita. – Arthur puxou Anie para o nosso colo.
– Eu não tô com ciúme de nada, papai. – Anie o abraçou pelo pescoço e descansou a cabeça no ombro do pai. – É sélio! De verdade!
– A não? Ciúme de nada? Isso é sério, pequena?
– É, papai.
– Tá bom... eu acredito. – Arthur me encarou segurando o riso.
– Sério nada. – Ri fazendo cocegas nela. – Está morrendo de ciúmes da gente. – Completei.
– Eu não, mamãe. – Anie assegurou ainda agarrada ao Arthur.
– Papai ama muito esse bebê. – Arthur depositou beijos na bochecha da filha. – Muito. Muito. Muito.
– Muito. Muito. Muito. – Anie sorriu antes de dar um beijo na bochecha do pai.
– Eu amo muito vocês duas. Vocês me fazem perder a paciência, mas mesmo assim, eu não troco vocês por nada. – Arthur afirmou.
– Somos maravilhosas mesmo, não é, filha? – Me gabei e Anie concordou.
– Vocês são muito convencidas, isso sim! – Arthur riu alto e aproveitou para nos fazer cocegas.
– Paaaaraaa, papai! – Anie tentou se afastar das cocegas do Arthur.
– Ei, e cadê o seu amiguinho hein? – Arthur perguntou assim que Anie desceu do nosso colo.
– Ele tá lá comendo, papai. A Carol me ajudou a colocar a ração pra ele. Aliás, acho que o Bart já acabou de comer. Eu vou agola lá ver. – Anie saiu correndo.
– Cuidado, filha! – Pedi.
Aliás... – Arthur riu baixo e eu me levantei do colo dele. – Onde ela aprende essas coisas? Tenho que me segurar para não rir. É a coisa mais fofa da vida. – Contou colocando o braço em volta do meu pescoço.

À noite.

– Ela dormiu? – Arthur me perguntou assim que entrei no quarto e fechei a porta.
– Você quis dizer, até que fim, não é? – Respondi e Arthur sorriu de lado. – Achei que ia dormir primeiro que ela. Hoje ela estava elétrica. E olha que brincou o dia inteiro. – Falei tirando a minha blusa. – Eu vou tomar banho. Você me espera?
– Claro. – Ele respondeu voltando a olhar para a tevê.
– De novo esse filme chato?
– Eu desligo quando você sair do banho. – Arthur me olhou rapidamente.

*

Tomei um banho rápido, escovei os meus dentes e saí do banheiro. Arthur estava muito concentrado assistindo um filme; pela milésima sei lá quantas vezes.

Fui até o closet e sorri ao olhar a sacola com o presente que ele havia me dado há alguns dias. Eu ainda nem tinha aberto. Peguei a sacola como quem não queria nada e tirei de lá uma lingerie bem sexy. A cor era vinho e eu adoro o bom gosto do meu marido.


Me enxuguei e vesti a lingerie. Arthur com certeza não esperava por isso. Me senti, absurdamente, linda e gostosa. Arthur sempre gostou de me presentear com lingeries. Ele nunca errou o meu tamanho.

Saí do closet e caminhei até a cama. Arthur ainda estava vidrado na tevê. Peguei meu vidro de hidratante e comecei a passar nas minhas pernas.

– Lua, já vai acabar. Desligo já, já, ok? – Me avisou.
– Ok. – Concordei.
– O quê? Você concordando? – Ele pausou o filme e me olhou. – Haha... o que... o que é, Lua? Meu Deus! Você está usando o presente que eu te dei. – Ele sorriu de lado. – Você ficou muito gostosa. Você sabe disso, não sabe? – Me perguntou e eu assenti. – Você tá passando hidratante. – Ele riu. – Dá uma voltinha.
– Não era você que queria assistir filme? – Indaguei ainda passando hidratante nas minhas pernas.
– Ei, você tá fazendo isso de propósito? – Me perguntou desconfiado.
– Claro que não, Arthur. Você acha que eu ia perder o meu tempo fazendo isso? – Perguntei mais séria e ele assentiu. – Me respeita, Arthur.
– Mas eu te respeito, loira. Você que é cínica. Olha o que você tá fazendo. – Ele apontou para mim.
– Hidratante, Arthur. Faço isso toda noite.
– Mentirosa. Você me diz que a pele precisa respirar. Você tá esquecida é?
– Hahaha... pausou o filme foi?
– Claro. Você é mais interessante. Achou que eu ia te trocar?
– Uuhm...
Uuhm... a tá. Até parece que você tá surpresa. – Retrucou e eu caminhei até a sacada para fechar a cortina. – Realmente, eu não erro. – Ouvi Arthur comentar. Eu estava de costas para ele.
– AÍ é um ponto que eu tenho que concordar. O que você achou? – Virei de frente para ele.
– Gostosa. Eu já te disse. Ficou perfeita em você, meu amor. – Me respondeu. – Vai continuar me provocando?
– Eu não estou te provocando, meu amor.
– Para, Luh. Você não é nada tola. – Ele riu alto. – Vem aqui. Para de graça, loira.
– Você acha que vai mandar é?
– Eu não me importo com a posição, Lua. Você sabe disso. – Arthur piscou um olho e eu andei até a cama.
– Eu amei o presente, Arthur. – Contei. – Estou me sentindo muito sexy. – Acrescentei.
– Mas você está muito sexy mesmo. E linda... E cheirosa. Eu adoro esse cheiro. Já te disse isso várias vezes.
– Amo escutar. – O olhei. – Você faz eu me sentir a mulher mais especial do mundo. Eu gosto tanto dessa sensação.
– Para mim você é, sem dúvida nenhuma, a mulher mais especial e incrível do mundo, loira. – Arthur me deu um beijo na bochecha. – Uuhm... deixa eu te olhar de novo. – Arthur se afastou um pouco. – Realmente, não é querendo me gabar e nem nada, mas eu tenho um bom gosto indiscutível. – Concluiu.
– Hahaha... você se acha. Não venha bancar o modesto. – Acariciei seu rosto. – Te amo.
– Te amo, vida. – Arthur me puxou para cima dele. – Muito mesmo.
– Muito mesmo. – Repeti. – Ontem eu fiquei mal, mas hoje eu estou bem melhor. Você me faz sentir melhor. Eu não sei como teria sido se essa situação tivesse acontecido quando ainda estávamos brigados.
– Sua irmã que é uma maluca. Eu nunca me equivoquei quando falava isso. O que me importa é o que você acha. Não o que eles dizem, Luh. Está tudo bem?
– Está, Arthur. Eu acredito em você. – Lhe dei um selinho. – Agora a gente pode mudar de assunto?
– A gente pode fazer o que você quiser, loira. Eu sei ser obediente. – Me provocou.
– Você quer me seduzir?
– Eu? Não sou eu que estou sexy e de lingerie vinho. – Arthur deu um tapa na lateral do meu bumbum.
– Aaaaii... – Gemi e depois mordi e depositei beijos na lateral do seu queixo. – Deixa eu te lembrar uma coisa. – Comecei. – Você disse que não se importa com a posição, certo?
– Sim. – Arthur riu baixinho. – Aonde você quer chegar?
– Calma, querido. Então você não vai se importar se eu mandar hoje a noite toda, não é? – Depositei beijos pelo seu rosto.
– A noite toda?
– Sim.
– Você tem certeza que não vai querer que eu mande nem um pouquinho?
– Tenho. Eu sou mandona. Você sabe. – Afirmei descendo beijos pelo corpo dele e Arthur sorriu. Ele estava sem camisa; só vestia uma cueca boxer. – Hoje eu não quero dividir o meu poder. – Finalizei beijando abaixo do umbigo dele e Arthur puxou os meus cabelos para que eu o encarasse.
– Então, quem sou eu para te contradizer, não é mesmo, querida? – Indagou ao soltar os meus cabelos. – Eu só quero poder, pelo menos, fazer uma coisa. – Comentou.
– O que exatamente?
– Te deixar nua, Lua. Você está surpresa?
– Nem um pouco. – Pontuei. – Gosto quando você me deixa... nua.
– Eu também. – Arthur afirmou e eu abaixei sua cueca. – Você é uma delícia, Arthur.
– Eu sei. – Ele soou, completamente, convencido. – Você também é, loira. Eu posso te garantir.

Sorri antes de começar a massageá-lo.

– Você vai me fazer perder o controle bem rapidinho nesse ritmo. – Arthur me avisou.
– Está achando ruim? – Sussurrei.
– Óbvio que não, Lua! – Ele exclamou. – Estou adorando. – Fechou os olhos.
– Então relaxa. Porque agora que eu comecei. – Avisei.

Desci meus lábios por toda a extensão do seu membro e depois subi. Arthur gemia baixo. Fiz mais alguns movimentos até Arthur começar a controlar o ritmo. Sei que sempre sou bastante apressada e ele não gosta muito disso. Continuei com o movimento de "subir e descer" com língua até sentir aquele gosto nada legal na minha boca. Subi os beijos pelo corpo de Arthur até chegar em seu pescoço.

– Uuhm... Agora chegou a minha vez de retribuir. – Ele comentou baixo, ainda de olhos fechados.
– Você tá apressado. – Ri.
– Eu não. Você disse que é a noite toda. – Ele abriu os olhos. – Você me deixa sem ar.
– Gostou?
– Bastante. – Arthur sorriu antes de me beijar. Ele intensificou o beijo e me virou na cama; ficando sobre mim. Rocei os lábios nos dele antes de me afastar. – Agora é a minha vez.
– Estou ansiosa. – Comentei.
– Haha... eu sei... estou sentindo. – Arthur beijou meu queixo e depois foi descendo os beijos.

Arthur passou uma das mãos por trás das minhas costas e abriu o fecho do sutiã. Ele desceu com cuidado as alças do sutiã pelos meus braços e depositou um beijo no vão entre os meus seios e foi descendo os lábios até chegar no cós da minha calcinha que ele puxou para baixo com cuidado, assim como fez ao tirar meu sutiã.

Ele beijou toda a extensão das minhas pernas até chegar à ponta dos meus dedos e voltou até para na minha intimidade. Fechei meus olhos ao sentir sua língua naquele ponto tão sensível do meu corpo. Demorou algum tempo até eu sentir minha vista ficar turva momentaneamente e Arthur depositar um beijo antes de afastas as minhas pernas e me penetrar, daquela maneira bem lenta que me faz perder o controle.

– Abre os olhos. – Me pediu. – Gosto de te olhar nos olhos. – Sussurrou. – Os olhos não mentem.
– Eu nunca precisei mentir. – Murmurei de volta.
– Uuhm... eu sei que não, querida. – Arthur puxou meu lábio inferior. – Modéstia parte...
– Mais rápido... – O interrompi.
– Como você quiser. – Arthur acelerou as investidas. – Lento é bem mais intenso... – Ressaltou com os lábios colados no meu ouvido.
– Você quer... me deixar... louca...
– Talvez... talvez... – Arthur desceu os beijos para os meus seios.
– Só mais um pouquinho... – Sussurrei e Arthur sorriu aproximando os lábios dos meus.
– Você não precisa me avisar. – Me disse. – Eu sei. – Afirmou baixo intensificando ainda mais o ritmo e eu cravei as unhas nas costas dele; arranhando só um pouco, eu acho. – Shh... assim tão alto... as pessoas vão ouvir. – Me lembrou.
– A gente não pode mais nem transar direito na nossa própria casa. – Respondi enquanto Arthur ainda entrava e saía, agora bem devagar. Ele era muito bom em me provocar.
– Calma. Eu não acredito que você já vai se estressar. – Sorriu contra a minha bochecha.
– Continua pra você ver. – Retruquei.
– Quer que eu pare? – Ele parou as investidas.
– De entrar e sair, não. Só de falar mesmo. – Respondi e Arthur mordeu levemente os meus lábios.
– Mandona. – Pontuou e voltou a se movimentar. Fechei meus olhos sentindo Arthur ‘entrar e sair’ bem devagar.

Ainda temos estrelas pra alcançar
Sonhos pra sonhar
Flores pra regar
Mas, precisamos fazer isso juntos
E vamos fazer isso juntos

Pov Arthur

Londres | Sexta-feira, 15 de abril de 2016 – Sete horas da manhã.

– Bom dia, Blanco. – Falei quando abri meus olhos e vi que Lua estava penteando os cabelos em frente a janela.
– Bom dia, Aguiar. – Lua me olhou rapidamente e sorriu.
– Achei que fosse mais cedo. – Comentei após bocejar.
– Ei, você está lembrado que hoje a Anie não tem balé? – Me perguntou.
– Uuhm... não... – Me espreguicei. – Eu tinha esquecido. Ainda bem que você me lembrou. – Falei. – Eee... você está linda... como sempre, é claro. – Elogiei lhe jogando um beijo no ar.
– Obrigada, meu amor. – Lua retribuiu o beijo. – Eu... – Lua suspirou. E quando ela suspirava, eu podia esperar que vinha uma bomba ou algo do tipo.
– Aaah não, Luh. Tá muito cedo, você não acha? – Indaguei e ela me mostrou língua antes de voltar a ficar séria.
– É um assunto sério, mas se você não quer saber, tudo bem. – Avisou indo para o banheiro.
– Pode dizer, loira. Eu escuto. – Assegurei. Ela demorou alguns minutos no banheiro.
– Você lembra que eu te disse que ia ver se dava para remarcar os exames essa semana?
– Lembro. Mas achei que você nem tinha feito isso. Você não comentou nada. – Contei.
– Eu sei... – Lua suspirou outra vez. – Eu consegui remarcar na quarta.
– Então você já fez os exames? – Franzi o cenho.
– Não. Eu remarquei na quarta-feira. Aí só tinha pra hoje... – Lua mordeu o lábio inferior.
– Hoje agora? Por isso você acordou tão cedo? – Questionei.
– Não. Hoje à tarde. Eu só vou para o trabalho agora, Arthur.
– Não entendi porque você não quis me dizer. Eu que ficava insistindo pra você ir fazer esses exames.
– Foi um pouco de insegurança talvez...
– Insegurança, Lua? Ai, por favor! Já falamos tanto sobre isso. Sei nem mais o que te dizer para que você entenda que eu estou contigo independente de qualquer coisa.
– Eu não queria ficar apreensiva, nervosa e nem... sei lá... cheia de pensamentos negativos.
– Eu te deixo assim? É isso? é só falar. – Pontuei.
– Claro que não. Mas eu ia estar muito mais nervosa se tivesse te contado antes. De qualquer forma, vamos ficar apreensivos à espera do resultado. E eu não queria ficar. É só isso. Demorei bastante para finalmente ter coragem de ir fazer os exames e não voltar atrás. Você, mais do que ninguém, sabe muito bem disso. – Explicou.
– Eu sei. Desculpa, vai... tudo bem se você se sente melhor sem tanta cobrança. Eu vou estar aqui esperando por você. Não precisa se preocupar. Tá bom?
– Tá bom. Mas...
– Mas? – Insisti.
– Não é questão de cobrança e nem nada. É comigo mesmo, sabe? Vou me sentir bem frustrada e incapaz... Eu sei que você só quer o meu bem. – Finalizou.
– Incapaz? Lua, você tem que tirar isso da tua cabeça. Eu não quero mais ouvir você falando desse jeito. – Me sentei na cama e segurei em suas mãos. – Não quero que você fique só pensando nisso. Promete?
– Vou tentar. Serve?
– Já é um começo. – Sorri de lado e puxei Lua para um abraço. – Eu te amo muito, loira.
– Eu também te amo muito, Arthur. – Lua me abraçou mais forte. – Só que eu não quero ir sozinha fazer os exames. E mesmo sabendo que talvez você não entre, porque é bem óbvio. – Lua sorriu de lado e eu a acompanhei. – Eu quero me sentir segura sabendo que você estará lá. – Explicou.
– É claro que eu vou, Lua. Sim, sim, sim, meu bem. – Lhe dei um beijo na bochecha.
– Obrigada, Arthur. Você é muito importante pra mim.
– É muito reciproco, Lua. – Lhe dei um selinho. – Que horas vai ser?
– Às duas e meia.
– Você vai fazer quantos exames?
– Marquei três. –  Lua se levantou da cama e pegou o celular. –  Uma histerossalpingografia, histerossonografia e o ultrassom transvaginal. Eu estou nervosa para essas duas primeiras. Nunca fiz... e parece que dói... não sei direito.
– Sei que odeia quando te peço para ficar calma, mas agora é necessário. Tem que ficar tranquila. Senão, o nervosismo vai te atrapalhar.
– Eu sei. – Lua bufou. – Eu pensei de pedir pra você ir me buscar no escritório...
– Claro que eu vou, Luh. – Respondi.
– Mas eu acho que vou preferir voltar pra na hora do almoço. Quero tomar banho... é melhor. – Lua explicou e eu não consegui segurar a risada.
– Ai, Lua. Só você mesmo. – Pontuei passando as mãos nos cabelos e me levantei da cama. – Vou tomar banho. Você já vai para o trabalho?
– Eu vou tomar café antes. – Me disse.
– Tudo bem. Se quando eu sair e você já tiver ido, bom trabalho, querida. Amo muito você. – Lhe dei um beijo.
– Amo você. – Lua retribuiu o beijo.

*

– Agola então a gente vai assistir filme? – Anie me perguntou depois de correr bastante com Bart dentro de casa.
– Pode ser. – Respondi. – Você já deu água para o Bart? – Perguntei.
– Nããããoo, papai. – Anie colocou as mãos na cintura. – Por que agola tudo é eu?
– Porque o cachorro é seu. – Pontuei. – O que combinamos? Você cuidaria dele, tem que ter responsabilidades. Eu só iria te ajudar. – Expliquei.
– Então me ajuda agola. – Ela disse óbvia.
– Ajudar com banho, consulta, remédios... essas coisas que são mais difíceis. Água você sabe colocar para ele.
– Tááá... Tudo agola é eu. Eu já tô cansada disso. – Saiu resmungando e o cachorro foi atrás dela. Eu segurei a risada.

Anie não demorou muito e logo voltou para a sala com um copo de sorvete em mãos.

– O senhor quer? – Me ofereceu.
– Não, meu anjo. Muito obrigado. Na verdade, sua mãe nem pode sonhar que você está tomando sorvete perto da hora do almoço. E ela vem almoçar em casa, fica logo sabendo. – Contei. – Você vai ter que almoçar sem birra. – Acrescentei.
– Tá, papai. – Anie tentou sentar no sofá, mas como estava com as mãos ocupadas, ela me pediu para segurar o copo. – Segula aqui pla mim, por favor.
– Tá. – Segurei o copo e Anie subiu no sofá para sentar. – Vai querer que eu troque de canal?
– É né... eu nem intendo esse filme chato.
– Você que é muito chata. – Retruquei.
– Eu não. Eu sou muito legal! – Exclamou e eu rir.
– Mas isso não quer dizer que você não seja chata às vezes.
– Mas, papai, uma coisa não tem nada a ver com a outa. Plonto! Agola o senhor já escolheu que outo filme que vai ser?
– Não. Estou pesquisando aqui...
– Pode ser de outo que não seja de desenho, papai, tá?
– Tá. Pode ser do Mogli?
– Pode. De qual que é?
– A história de um menino que foi criado por lobos.
– UAU! É novo! Porque eu nunca assisti.
– Sim, é desse ano, meu amor. – Expliquei.
– Quelo assistir!
– Tá, deixa eu colocar então. Mas vamos assistir até a sua mamãe chegar pra gente almoçar, combinado?
– Combinado, papai. – Anie sorriu sapeca.

Doze horas e dez minutos.

Eu já tinha avisado Anie para deixar na cozinha o copo que ela havia tomado sorvete. Porque se Lua chegasse e o visse, ela ia brigar comigo, é óbvio.

– Agola então o que é que vai acontecer?
– Eu não sei, filha. É a primeira vez que estou assistindo esse.
– Então como é que o senhor sabia que ele era filho de lobo?
– Ele não é filho de lobo, pequena. Ele foi criado por lobos. É diferente. E eu sabia porque eu li a sinopse. – Expliquei.
– Uuhm... tá...
Uuhm... tá... – Imitei ela.
– Não me irrita, papai.
– Aaah, não me irrita. Agora é assim? Uma foi trabalhar e a outra ficou. – Comentei.
– Mas é que o senhor fica me irritando e eu fico irritada! Me estlesso muito, papai!
– Hahahaha... você nem tem idade pra se estressar, menina. – Comecei a rir e Anie ficou me pisando. – Para, filha. – Pedi entre risos. – Ai minha costela, Anie. Para!
–  Meu Deus! Dá pra ouvir essa gritaria lá da garagem! – Lua disse assim que entrou na sala. – O que é isso já? Anie? Arthur? – Lua nos encarou confusa.
– Sua filha aí que tá me pisando. Manda ela parar! Vou te pisar de volta. – Ameacei. É óbvio que eu não ia fazer isso. Mas Anie não tinha medo. – Anie! – Exclamei. – Lua, me ajuda, querida!
– Vocês são demais, eu hein! Para com isso, filha. Vamos, estou mandando. O que dá em vocês? Parece que tenho dois filhos ao invés de uma.
– Ei, ela que começou.
– Não foi não, mamãe. Meu papai que fica me irritando. Agola ele não admite. – Ela tratou logo de se defender.
– Admite. – Pontuei e Lua encarou a nossa filha, assim como eu. – Onde você aprendeu essa palavra, Anie? – Indaguei divertido.
– Mamãe, agola ele fica rindo de mim. – Anie se levantou do sofá e andou até o colo da mãe. Lua me encarou com aquele olhar de “pode parar, Arthur Aguiar”. Sim, com sobrenome e tudo.
– Ele não está rindo de você, filha. Não chora, meu anjo. – Lua pegou a filha no colo e encheu a menina de beijo na bochecha.
– Não vou cholar, mamãe. Eu só tô com raiva! – Anie abraçou a mãe pelo pescoço. – Só se eu cholar se for de raiva. – A pequena acrescentou e eu comecei a rir.
– Para, Anie. Aliás, vocês dois, podem parar. Eu não quero brigar com vocês. – Lua nos avisou.
– Iiih... eu nem fiz nada.
– A tá, Arthur. Eu te conheço muito bem. – Ela me olhou.
– Lua, eu não fiz nada, meu amor.
– Aaham... e uma criança de quatro anos começou tudo? – Lua me provocou.
– Ela é igual a você, Lua. Me irrita e depois diz que eu que começo. – Falei.
– Arthur, eu sei muito bem do que você é capaz de fazer para nos irritar. – Lua riu alto e saiu da sala com Anie no colo.
– Ela tá me mostrando língua. Isso você não ver. – Menti e Anie negou com a cabeça.
– Eu não, mamãe. É mentila.
– Eu sei, filha. Você não é mal-educada. E mentir é feio, Arthur. Você não devia tá dando esse mal exemplo. – Me disse.
– Agora tudo é culpa do Arthur. – Pontuei.

Uma e meia da tarde.

– Você já vai tomar banho? – Lua me perguntou quando foi saindo do quarto da Anie. Ela tinha ido colocar a nossa filha para dormir. Fazia quase uma hora que tínhamos terminado de almoçar. Mel tinha almoçado conosco e agora estava na sala vendo algumas coisas de bebê.
– Já. Senão vamos nos atrasar para a sua consulta. Quer vir comigo? – Indaguei e Lua riu ao me abraçar por trás.
– Vou aceitar o convite se for só para tomar o banho.
– Mas é só isso mesmo, ora... desde quarta-feira você está me dispensando. – Lembrei. – Nem vou mais insistir que não é para correr o risco de levar outro fora. – Acrescentei e Lua riu baixo.
– Até parece, Arthur.
– Você sabe que eu não estou mentindo. – Chegamos ao banheiro e Lua fechou a porta.
– É por causa dos exames, Arthur. – Lua contou ao abrir o botão da calça jeans. – São todos... como eu posso dizer... vaginais. É só por isso mesmo.
– Você devia ter me contado antes. – Pisquei um olho e entrei debaixo do chuveiro. – Eu entenderia.
– Eu sei, Arthur. – Lua parou em frente ao box. – Sem discussão, por favor.
– Não vou discutir, loira. Relaxa e entra logo. Ou vai querer ficar só me olhando? – Provoquei e Lua riu.
– Só você mesmo pra me fazer rir no meio disso tudo. – Observou se aproximando de mim e eu a puxei para um abraço.
– Que bom que eu ainda consigo, não é mesmo? – Perguntei lhe dando um beijo na testa.
– Isso e muitas outras coisas. – Lua deixou bem claro e me abraçou mais forte.
– Eu tenho consciência disso, amor. – Meu tom de voz me entregava.
– Você é muito convencido. – Lua ressaltou ao levantar o rosto para me olhar.
– Que nada, Blanco. Eu sou até modesto. Você que não percebe. – Me defendi.
– Ai, tá bom... – Lua desistiu e me deu um beijo na bochecha.
– Vai dá tudo certo, Luh. E eu vou estar aqui. Você não precisa ter medo. – Falei baixo. Eu sentia que ela estava nervosa.
– Mesmo se não der? – Indagou apreensiva.
– Seja qual for o resultado, meu amor. Eu estou com você. – Garanti. Lua cheirou meu pescoço e eu lhe dei um beijo no ombro antes de ligar o chuveiro.
– Essa água está gelada. – Lua ficou na ponta dos pés.
– Eu gosto.
– Se você ficar duro, vai desficar sozinho. – Lua me avisou divertida.
– Hahaha... – Ri descendo as mãos para o bumbum dela. – Até parece, Lua. Você é gostosa e eu, com certeza, ficaria duro com muita facilidade com essa nossa posição. Mas eu respeito a minha mulher.  – Lhe dei um beijo nos lábios antes de lhe dar um tapa no bumbum. – Você que adora me provocar. Depois corta o meu barato. Diz aí se não é? – Indaguei e Lua riu.
– Claro que não. Eu nem faço isso. – Se fez de desentendida e eu rir por não acreditar nenhum pouco.
– Tá bom.

Deixei o banheiro antes da Lua. Ela disse que ainda ia passar sabonete íntimo e depois ia secar os cabelos. Provavelmente já eram quase duas horas da tarde. A consulta estava marcada para às duas e meia, e mesmo assim, eu não queria apressar, Lua.

Fui até o closet e peguei uma boxer e depois escolhi uma camisa de maga comprida para vestir. Peguei uma bermuda jeans e um tênis cinza que combinava com a camisa.


Lua saiu do banheiro quase uns quinze minutos depois. Eu já tinha me vestido e agora ia escovar os dentes. Ela ainda nem tinha escolhido que roupa vestiria.

– Uuau... que gato! – Me elogiou.
– Mas esse aqui não mia. – Respondi.
– Só faz o quê? – Questionou divertida. Ela sabia que, provavelmente, eu falaria alguma sacanagem.
– Huum... deixa quieto. – Respondi e Lua riu alto.
– Você é muito cínico, Aguiar.
– E você gosta que eu sei.

Escovei meus dentes e Lua estava só de lingerie quando entrei no closet.

– Iiih... desse jeito você vai se atrasar.  – Comentei. A lingerie era azul marinho e de renda. Abri minha gaveta de relógios e escolhi um de pulseira cinza.
– Tô na dúvida de qual vestido levar. – Lua me mostrou um vestido azul que eu não gostei muito.
– Quer que eu fale a verdade?
– Claro, Arthur. Senão, eu não estaria pedindo a sua opinião.
– Eu não gostei muito não. Você tem vestidos melhores. – Respondi sincero. – E precisa ser vestido mesmo?
– É mais fácil sabe? Se eu for de calça jeans, eu vou ter que tirar tudo. Vou ficar pelada lá. – Me explicou. – Aah... entendi. Então veste esse vermelho aqui. Ele é bem... uhm... como que chama mesmo?... Casual. – Sorri e Lua me acompanhou ao pegar o vestido.
– Obrigada.
– De nada. – Fiquei atrás dela e aproximei meus lábios do ombro direito dela. – Você está enrolando.
– Um pouco. Não me briga. – Me pediu.
– Eu não vou brigar, Lua. – Garanti e virei ela de frente para mim. – Você falando assim parece que a gente vive brigando.
– Quando o assunto é esse, sim.
– Me desculpa, me desculpa, me desculpa por todas as vezes que eu fui insensível. – Pedi sincero. – Pode ter certeza de que nunca foi a minha intenção te pressionar.
– Eu sei. Está tudo bem, Arthur. De verdade.
– Eu vou te esperar lá embaixo, ok? – Mudei de assunto e Lua concordou. Lhe dei um beijo antes de me afastar.



Pov Lua

Duas e quarenta – Hospital.

– Será que todas essas mulheres são para a Eliza consultar? – Arthur me perguntou assim que vimos o corredor cheio. Como a minha consulta é particular, eu não estou preocupada com esse tanto de mulher na fila. Eliza é ginecologista, obstetra e pediatra; por esse motivo cuida de tantas mulheres. E me acompanha desde a minha primeira consulta ginecológica.
– Acho que sim. – Respondi.

Caminhamos até a recepção e eu confirmei meu exame. Eu seria a terceira; é claro que tinha a propriedade, mulheres grávidas e uma do sistema público de saúde. Enfim... pelo menos já tinham chamado a primeira – agora só tinham cinco pacientes na minha frente.

– Será que esse exame demora muito? – Arthur indagou.
– Eu não sei, amor. O ultrassom nem tanto. Agora os outros dois... nem faço ideia.
– Você é qual?
– A terceira, do meu plano. – Expliquei.
– Você tá mais tranquila?
– Sim. – Respondi e Arthur sorriu. – Eu acho que eu vou preferir que você me espere aqui. – Comentei depois de um tempo.
– Tudo bem, Lua. Não tem problema. – Ele garantiu.
– É que eu acho que vou ficar constrangida se você estiver lá. – Falei mais baixo.
– Uhm... Eu acho que não ia querer ver isso mesmo. – Admitiu. – Apesar de já ter visto em outras situações que eu prefiro. É óbvio.
– É diferente.
– Eu sei, loira. – Afirmou. – Fica tranquila.
– Nossa, nem sei como. Li algumas coisas...
– Lua, cada caso é um caso. – Arthur me lembrou.
– Eu sei. Só que na maioria dos casos... como eu posso dizer... São os efeitos, as reações dos exames. Acho que vai doer.
– Se você ficar pensando na dor, aí que vai doer mesmo.
– Eu não estou falando do ultrassom. Eu sempre faço nos exames de rotina. Estou falando dos outros dois. São mais profundos... literalmente. – Comentei e Arthur passou um dos braços por trás do meu pescoço.

Uma hora depois...

– Lua. – Eliza me chamou quando a sexta paciente saiu do consultório. – Olá, Arthur. Tudo bem?
– Oi, Eliza. Tudo bem. – Ele respondeu antes de me dar um selinho. – Qualquer coisa eu vou estar aqui. É só pedir pra Eliza me chamar, ok? – Falou mais baixo.
– Ok. – Respondi e caminhei até o consultório. Eliza fechou a porta antes de falar:
– Boa tarde, querida.
– Boa tarde. – Respondi.
– Achei que o Arthur fosse entrar. – Ela comentou anotando alguma coisa na minha ficha.
– Eu achei melhor não. – Sorri de lado. – É estranho, mas eu ia ficar constrangida. – Confessei.
– Eu entendo, Lua. Você não precisa explicar. São situações diferentes. – Me disse. – Que bom que você pensou e resolveu fazer os exames. Cheguei a pensar que você realmente tinha desistido.
– Até o Arthur tinha desistido, Eliza. – Contei e ela riu.
– E olha que ele é insistente. – Comentou.
– Muito. – Afirmei.
– Vem, me acompanha. Vamos fazer primeiro o ultrassom transvaginal, tudo bem? Depois o histerossonografia e por último o histerossalpingografia. Vou te dar um analgésico, ok? Você vai sentir alguns incômodos durante esses dois últimos exames. Cólicas também. Você vai precisar ficar de repouso. Isso é muito importante. – Aconselhou.
– Eu pesquisei mesmo algumas coisas a respeito. Já tinha uma ideia dessas reações. – Contei.

Chegamos à sala do exame e eu deixei minha bolsa no cabide perto de um armário. A sala não era desconhecida, mas eu estava tão nervosa.

Eu já estava nervosa e a posição só me deixava mais desconfortável. Eliza já tinha feito o ultrassom. Agora ia fazer o segundo exame. Eu já tinha tomado o analgésico e nem isso me tranquilizava. Lembrei do que Arthur me falou sobre quanto mais eu pensasse na dor, mais ia doer. Acho que isso, provavelmente, vai acontecer.

– Lua, você precisa relaxar. Tudo bem? Sei que o exame não facilita isso, mas é importante que você esteja tranquila para que não sinta tanta dor. O exame por si só já é desconfortável.
– Estou tentando. – Respondi.
– Vou inserir o espéculo para fazer a limpeza do colo do útero, ok? Respira fundo e tenta relaxar, Lua. Você vai sentir um incômodo. – Me avisou. Fechei meus olhos e tentei controlar a minha respiração.

Depois de alguns minutos Eliza inseriu mais alguma coisa e eu rezei para que o exame terminasse logo. Eu já tinha começado a sentir cólicas.

– Tá doendo bastante. – Reclamei.
– Eu vou deixar o último exame para um outro dia. Tudo bem? Ele é tão profundo quanto esse. E você já está bastante desconfortável.
– Estou sentindo muita cólica. – Contei.
– Já estou quase terminando. Os resultados só semana que vem.
– Tá. Eu não vou precisar ficar aqui agora, não é?
– Não. Mas se você sentir dores mais intensas e até sangramento, você vai ter que voltar. Ok? Vou te dar mais dois analgésicos. Você vai tomar de doze em doze horas. Porque essa dor não vai passar assim.
– Ok.
– Pronto. Eu não vou te dar nenhuma resposta agora. Vou avaliar com cuidado essas imagens.
– Será que você pode pedir para o Arthur entrar aqui?
– Claro. Só um momento. – Eliza descartou as luvas e depois lavou as mãos antes de sair da sala.

Pov Arthur

Já tinha se passado mais de uma hora. Eu estava inquieto e ansioso para saber como estava sendo o exame. Eliza abriu a porta do consultório e me chamou. Lua não estava com ela e eu me levantei rápido da cadeira.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntei preocupado.
– Não. Ela só quer que você entre. – Respondeu tentando me tranquilizar.
– Ela está bem?
– Sentiu cólicas. Faltou o último exame. Pode entrar. Vou pegar os analgésicos para ela.
– Tudo bem. Obrigado. – Agradeci e entrei na sala de exames. Lua estava sentada na maca e eu me aproximei. – E aí?
– Estou com cólicas. Comecei a sentir na hora do exame. Eliza nem fez o outro. Eu não daria conta.
– Tudo bem. – Lhe dei um beijo na testa. – Você quer ajuda com alguma coisa?
– Nem quero me abaixar. – Me disse. – É diferente da cólica de menstruação. Não dói só aqui. – Lua apontou abaixo do umbigo. – Dói a minha barriga toda. – Explicou passando a mão sobre a barriga. – Eliza disse que posso ter sangramento. Eu não quero, Arthur. Vou sentir muito medo. – Confessou.
– Calma, pelo amor de Deus. Vai ocorrer tudo bem. Fica tranquila, loira. – Abracei ela e Lua me apertou forte.
– Minha calcinha está na minha bolsa. – Me disse baixo.
– E onde está a sua bolsa?
– Ali no cabide. – Lua apontou para trás de mim. – Que situação. – Acrescentou.
– É necessário agora, loira. Relaxa. Ninguém vai saber. – Brinquei.
– Ai, Arthur... só você mesmo. – Lua tentou rir e colocou a mão sobre a barriga.
– Vai precisar tomar algum remédio?
– Analgésico. Mas a Eliza vai me dar. Só que se eu continuar com dor, tenho que voltar.
– Tipo, dor até quando?
– Acho que a partir do momento que eu tomar os remédios, as dores terão que diminuir.
– Primeiro um pé, depois o outro. – Falei e Lua segurou em meus ombros.
– Isso é decadente... só ladeira abaixo.
– Hahaha... eu não acredito que você está incomodada por isso, Lua.
– Eu não queria que você tivesse vestindo a minha calcinha.
– Nem eu. eu prefiro tirar. Te garanto, loira. – Lhe dei um beijo no pescoço. – Tudo certo?
– Sim. Eu vou andar devagar.
– Tudo bem. Não sou apressado. – Segurei em sua mão e saímos da sala.
– E então, querida?
– Com dor. Mas pelo menos consigo andar. – Lua respondeu.
– Aqui estão os analgésicos. É uma cartela com três, você já tomou um antes do exame, e vai tomar esses de doze em doze horas, como eu já tinha te explicado, tá?
– Tá. – Lua concordou e eu peguei o medicamento.
– Eu já falei com a recepcionista e ela já está sabendo do reagendamento da histerossalpingografia. Então é só você ligar e confirmar, tudo bem? Vou esperar você fazer o último exame para poder dar o resultado de todos.
– Tá. Obrigada, Eliza. Eu vou ver um dia que eu esteja melhor para vir fazer.
– Vou estar te esperando. Qualquer coisa você já sabe, é só me avisar.
– Eu sei. Muito obrigada, Eliza. – Agradeceu.
– Obrigado, Eliza. – Apertei sua mão.

Saímos do consultório e fomos direto para o estacionamento. Abri a porta do carro para que Lua entrasse.

– Com cuidado. – Pedi.
– Para mim, esses exames que são bem invasivos, são os piores. Doem bastante. – Lua reclamou assim que eu liguei o carro.
– Eu nem sei o que te dizer, para ser bem sincero. – A olhei antes de dar a ré no carro. – Eu sei que você não merecia nem por um segundo passar por tudo isso.
– Nenhuma mulher merece, Arthur.
– Eu estou falando de você. Não me leve a mal. – Me expliquei.
– Tudo bem. – Lua encostou a cabeça no banco depois de reclina-lo.
– Você quer alguma coisa. – Tentei mudar de assunto.
– Eu só quero ir para casa. – Lua me respondeu.
– Está chateada?
– Só com dor, Arthur. Por favor...

E ela tinha ficado chateada. Chegamos em casa e Lua foi direto para o quarto. Mel estava na sala, mas Lua não deu a mínima. Para falar a verdade, só eu sabia que ela tinha ido fazer os exames.

À noite – 21h50

Eu tinha acabado de deixar Anie no quarto. Ela tinha adormecido na nossa cama. Lua estava deitada e não quis jantar.

– Você está com expectativas? – Lua me perguntou assim que eu sentei na cama.
– Na verdade, eu só quero que esteja tudo bem com a sua saúde. Isso é o que mais importa para mim, Lua. – Falei sincero.
– Você sempre se preocupa muito com a minha saúde.
– E por que seria diferente? Você é a minha mulher, a mãe da minha filha. Eu só quero o teu bem. – Esclareci. – Que horas você vai tomar o remédio?
– Quatro horas da madrugada. Já está até aqui. – Lua apontou para a mesa de cabeceira. E o comprimido estava lá ao lado de um copo d’água.
– Ainda está sentindo muita dor?
– Não tanto quanto cheguei. Eu só não quero sangrar. Não quero voltar para o hospital. – Confessou preocupada. Me aproximei e lhe dei um beijo na bochecha.
– Fica tranquila. Não pensa nisso, tá? Você vai melhorar logo.
– Obrigada. Você me tranquiliza. – Me disse. – Desculpa por hoje mais cedo. – Lua se aconchegou em meu colo.
– Eu sei que você estava com dor. Eu não queria ter te chateado. – Contei e lhe dei um beijo demorado na testa. – Você quer que eu te chame mais tarde?
– Quero. – Lua sorriu sem mostrar os dentes.
– Táá... – Lhe dei um selinho. – Boa noite.
– Boa noite.
– Qualquer coisa é só me chamar. – Avisei.
– Tá. Obrigada.

Londres | Sábado, 16 de abril de 2016 – Nove horas da manhã.

Seis anos são setenta e dois meses, dois mil cento e noventa dias, cinquenta e duas mil, quinhentas e sessenta horas, três milhões, cento e cinquenta e seis mil e seiscentos minutos, cento e oitenta e nove milhões, duzentos e dezesseis mil segundos.

Bodas de açúcar ou perfume.

Eu jamais esqueceria o aniversário do meu casamento. Comprei há alguns dias uma caixa de chocolate e o perfume que a Lua ama. Seis anos significa mais estabilidade. Amadurecemos bastante nos últimos meses.

Peguei meu celular e escolhi uma foto no rolo da câmera. Somos felizes... eu tanto mais, por ser dela.

“Eu amo você mais do que qualquer coisa, blonde. @lua_blanco Feliz seis anos!”


Eu não podia deixar de postar. Esse sorriso e essa mulher são a minha vida.

Lua dormia. Não faço ideia se ela vai lembrar do dia de hoje. Ela está bem tensa e dolorida por conta dos exames. Eu não queria que ela estivesse passando por isso.

Consegui deixar a cama sem que Lua percebesse. Fui até o banheiro e tomei um banho rápido, escovei meus dentes e depois fui até o closet procurar uma roupa para vestir.

Horas depois...

– Bom dia. – Falei baixo. Eu já tinha levantado da cama e tomado café. Lua ficou dormindo. Ela passou a noite bem.
– Bom dia. – Ela tentou se espreguiçar, mas logo se encolheu.
– Ainda dói? – Lhe dei um cheiro no pescoço e ela encolheu os ombros.
– Um pouco. É uma dor suportável, mas incômoda. – Me explicou.
– Quer que eu traga o seu café da manhã na cama? Ontem você nem quis jantar nada.
– Não precisa. –Lua se virou e me encarou. – Você vai ficar me mimando?
– Não estou fazendo nada de diferente. – Ressaltei e rocei o nariz no pescoço dela.
– Anie já acordou?
– Sim. Já tomamos até café.
– Então eu vou levantar, tomar um banho e ir tomar café.
– Tudo bem. – Lhe dei um selinho. – Você sabe que dia é hoje? – Indaguei ainda com o rosto no pescoço dela.
– É claro que eu sei, amor. – Lua acariciou minha nuca. – Feliz seis anos, Arthur. – Disse e eu ergui o rosto para encara-la.
– Feliz seis anos, Lua. – Lhe dei um beijo demorado. – Comprei uma lembrança pra você. Porque o presente vai ficar só para depois que isso passar. Tudo bem? – Contei.
– Tudo bem. – Lua sorriu. – Eu também pensei em uma surpresa. Mas como tudo isso aconteceu, não ficou pronto o que eu encomendei.
– Uuuhm... encomendou foi? Então é uma coisa muito legal?
– Você nem espera isso de mim. – Lua riu roçando os lábios nos meus.
– Deu errado o que você planejou? – Ri e Lua negou com um manear de cabeça.
– Claro que não. Eu sei que tenho um histórico de surpresas que deram errado. Mas essa não vai dar. Você vai ficar, literalmente, surpreso. – Afirmou.
– A é? – Nós dois rimos. – Eu te amo tanto, Lua. – Acariciei seu rosto. – E você conseguiu me deixar bastante curioso.
– Semana que vem. – Me avisou. – Eu prometo.
– Não precisa prometer, Luh. Eu confio em você. – Lhe dei outro beijo.
– Agora eu queria fazer amor com você. – Sussurrou em meu ouvido.
– Eu também. Não teria uma maneira mais especial de comemorar. – Encostei meus lábios no queixo dela.
– Uhm... Não mesmo. Ainda mais que já fazem alguns dias. Estou com saudades. – Lua confessou baixo.
– Fazem alguns dias porque a senhorita que quis assim. – Lembrei e Lua riu baixinho.
– Eu já te expliquei.
– Eeeuu sei. – Lhe dei vários selinhos. – O que você fez hein?
– Não vou contar. Nem adianta insistir. – Assegurou. – E você? Pode contar o que vai aprontar?
– Só a primeira parte que eu já comprei há alguns dias e vou te dar já, já. E – Ressaltei. – Não tem nada a ver com a segunda parte.
– Arthur!
– O quê? Pensa que é só você que pode fazer surpresas? – Caminhei até o closet.
– Só não descobrir porque não mexo nas tuas bagunças. – A ouvir retrucar.
– Por isso eu deixei nas minhas bagunças. – Pontuei ao voltar para o quarto. – É só para lembrar as bodas. Açúcar, no chocolate e perfume, o que você ama e eu elogio bastante. Carla me explicou, mas faz um tempo viu? O que significa cada bodas. Mas tem a ver com recordar momentos doces e bons. E estamos precisando.
– Obrigada, obrigada! Meu chocolate preferido. – Lua me abraçou apertado. – Você é demais!
– Você que é e eu te digo isso sempre.
– Vem aqui. – Lua me chamou e eu me deitei com cuidado sobre ela.
– Tudo vai ficar bem, loira. Você é incrível e eu te amo demais, demais, demais... – Declarei e Lua me puxou para um beijo.
– A minha surpresa está no caminho certo. – Murmurou após o beijo e isso só me deixou mais instigado. – Tira uma foto nossa. – Saí de cima dela e Lua me entregou o celular. – As pessoas nem vão ler a legenda da foto com você sem camisa aí.
– Até parece, sei que você vai cortar. – Retruquei divertido e Lua confirmou meu comentário.

Tirei a foto. Lua sorria abertamente. E me deixava mais apaixonado ainda.

– Você é muito gostoso. Vou ter que cortar a foto. Vai aparecer só o seu rosto. – Me avisou como se eu já não soubesse.
– Você é muito cara de pau, Lua. – Nós dois rimos.

“Feliz seis anos, meu amor, minha vida.”


Continua...

SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA.

N/A: Boa madrugada, leitores! Espero que estejam bem e que estejam ficando em casa, hein?

Para entreter um pouco vocês e atualiza-los quanto a fanfic, eu resolvi postar um capítulo nessa quarentena. Gostaram? As meninas do grupo lá do whats já estão sabendo de tudo. Inclusive, receberam alguns spoilers.

Quero muito que vocês interajam nesse capitulo. O retorno de vocês é muito importante pra mim.

O capítulo está bem especial. Do inicio ao fim, principalmente essa última parte. <3 Eu estou preparando outra atualização para domingo. Então, comentem bastante, ok? Essa att será sobre os resultados dos exames da Lua e sobre a surpresa dos seis anos de casamento deles, tá? Vai ser ainda mais especial.

Ficaram curiosas? Ansiosas? Quero saber haha

Abriram os links? Em especial, os “posts do insta”? Tá lindo, não é mesmo?

Me contem tudo o que acharam, tá? Estou ansiosa para saber.

Espero que tenham gostado.
Até mais... um beijo.

14 comentários:

  1. Ahhhhhh Mily que feliz essa atualização, estou muito feliz com o caminhar dessa história que eu amo tanto. Ansiosa para o resultado do exame da Lua e das surpresas do aniversário de casamento desse casal que a gente tanto ama!!
    Obrigada pela atualização maravilhosa, e aguardando ansiosa para as próximas!!! beijos e até a próxima atualização.

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  2. Aaaaa como eu amo essa web e esse casal!!! Lua e Arthur são muito parceiros e se conhecem tanto, é lindo ver a cumplicidade dos dois ❤️ Ansiosa pela surpresa da Lua!!

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  3. Amei demais,capítulo maravilhoso, tadinha da Lua, tomara que dê tudo certo com esses exames...já to ansiosa pro próximo.

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  4. Que capítulo maravilhoso tadinha da lua que dê tudo certo com esses exames e que a lua ainda possa engravidar tô ansiosa para o próximo capítulo e para as surpresas tbm ass:noemi

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  5. Amei o capítulo! Super curiosa, tomara que Lua vai poder engravidar novamente e que seja uma outra menininha kkk.
    Ansiosa já pelo próximo capítulo.

    obs: posso entrar nesse grupo do whats?

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    1. Obrigada, Hellen! 😀 Fico feliz com seu comentário.

      Pode sim. Vou fazer um post para você deixar seu número de telefone lá, ok? Depois eu apago.

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  6. Mano Milly cada vez mais surpreendendo ! Tomare que nossa lua possa nós dar outro bebezinho !

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  7. Aah, que coisa mais lindaaa!
    Amei demais, Milly!

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  8. Que capítulo sensacional!!! Nessa época de quarentena é realmente maravilhoso ler sobre essa família linda. Já podemos sonhar com resultados positivos pro exame da lua? Quero mais um neném pra me apaixonar.😍😍 A Anie também, cada vez mais uma mine Lua brava🤣🤣 Ansiosa também pela comemoração de casamento. Muito obrigado por mais um capítulo lindo e a sua escrita sempre me leva, pra um lugar de felicidade e esperança nas relações. Esperando os próximos capítulos...
    Ass: Lorena

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  9. A cada dia você me surpreende mais com essa fic, tá gosto de ler, curiosidade de saber oq vem pela frente e a história é sensacional.
    Tá tudo muito lindo parabéns
    VANESSA

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  10. Eu amo um casal!! Sempre amo os posts no insta, esses com certeza não agradaram nada a Sophia e Emma...mas o importante é os dois estarem felizes! Ansiosa por essa surpresa da Lua!! E também pelos resultados...queria muito que esses dois pudessem ter outro filho, depois de tudo que passaram e amadureceram, ficariam tão felizes se sem esperar a Lua engravidasse...mas independentemente eles são uma família linda!! ❤️

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  11. Apesar de Lua não querer ter mais filhos essa está sendo uma fase tão difícil, (pq uma coisa é não querer e outra é não poder mais ter filho)mais o Arthur está sempre do lado dela, bem prestativo e compreensivo (meu sonho um marido assim 🤭) Anie parece uma menina velha já, falando coisas como gente grande 😍 já estou ansiosa para o próximo capítulo, curiosa para saber da surpresa de casamento e o resultado do exame. Obrigada Milly, por mais um capítulo maravilhoso ♥️

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  12. Como eu amo essa web, tudo pra mim!!!!
    Meu casal feliz juntos e com anie <3
    Espero que tudo esteja bem com a Lua nos exames e ela possa engravidar, tudo que eu quero!
    Muito ansiosa para o próximo capítulo!

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  13. Eu simplesmente não sei como escrever o quanto eu amo essa web, sério Milly, a cada capitulo você consegue arrasar mais e mais!!!

    Feh

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