Little
Anie | 3ª Parte
If
I ain't got you with me, baby
Se
eu não tiver você comigo, querido
So
nothing in this whole wide world don't mean a thing
Então
nada nesse mundo inteiro não significa nada
If
I ain't got you with me, baby
Se
eu não tiver você comigo, querido
– If I Ain't Got You |
Alicia Keys
Pov
Lua
Chegamos
em casa por volta das sete horas da noite. Anie tomou banhou junto comigo e
depois esperamos Arthur para jantar. E Mel acabou chegando bem na hora do
jantar, nós jantamos juntos e depois Anie entregou os presentes do bebê a ela,
que agradeceu. A pequena não ligou muito para o programa que estava passando na
tevê, que Arthur resolveu assistir e logo dormiu. Ele a levou para o quarto e
depois voltou parar terminar de assistir o programa de show de calouros. Mel
também não demorou muito na sala e logo foi para o quarto, pela manhã ela tinha
trabalho. Eu resolvi ir para o quarto logo em seguida e Arthur disse que não
demoraria a ir também.
Acho
que tinha se passado uma hora desde que eu tinha ido para o quarto, que Arthur
resolveu aparecer. Eu estava lendo um livro de suspense que eu tinha ganhado de
Harry. Que parando para pensar, faz tempo que eu não o vejo. Nem sei por onde
esse safado anda. Arthur me jogou um beijo no ar e seguiu para o banheiro. Eu
fechei o livro e o coloquei no criado-mudo ao lado da cama.
–
Você disse que tinha um presente surpresa pra mim... – Comentei assim que
Arthur voltou do banheiro.
–
E tenho. – Ele confirmou.
–
Você me deixou curiosa.
–
Eu sei bem o quanto você é curiosa, meu amor. – Arthur sorriu e deitou-se na
cama. – Vi uma coisa no shopping que tenho certeza que você vai gostar. –
Afirmou, me fazendo sorrir.
–
Eu confio no seu bom gosto. Mas quero saber o que é! – Falei ficando sobre ele.
–
Já disse que é surpresa, Luh. Quando eu voltar lá, eu compro. – Arthur
respondeu colocando uma mecha do meu cabelo para trás. – Agora que tal a
gente... uhm... fazer alguma coisa... hein? Você me provocou bastante...
aliás... está fazendo isso agorinha mesmo... – Contou e desceu as mãos para a
minha cintura.
–
Ah... e você não fez nada né? – Indaguei me fingindo de desentendida.
–
Olha, eu acho até que fui um bom marido. – Ele sorriu de lado e apertou minhas
coxas. Eu adoro quando ele faz isso.
–
Você é muito cínico! – Exclamei. – Você me provocou também!
–
Não fiz nada a mais do que você estava fazendo. – Justificou.
–
A gente vai conversar sobre essa questão... – Provoquei passando a língua pelo
pescoço dele.
–
Com você nua assim... a gente vai conversar de outra forma... – Arthur
finalizou mordendo o lóbulo da minha orelha lentamente.
–
Me mostra essa outra... forma... – Sussurrei.
–
Com todo prazer... loira... – Ele sorriu e segurou meu queixo, aproximando os
lábios dos meus. – Eu te amo, Lua.
–
Eu também te amo... te amo tanto, Arthur... – Falei, embora ele já soubesse.
Arthur
me virou na cama e ficou sobre mim. Passou os lábios pelo meu pescoço, meu
queixo, minhas bochechas e mordeu novamente o lóbulo da minha orelha, me
fazendo encolher os ombros.
–
Você é tão gostosa... adoro quando faz isso comigo. – Sussurrou e depois me
encarou.
–
Te deixar doido?
–
Desse jeito que só você sabe... – Em vez de responder, ele acrescentou. E eu
sorri.
–
Adoro quando você confessa essas coisas... – Admiti. Meu ego sempre agradecia.
–
Eu sei, meu bem... – Arthur desceu os beijos para o meu colo, depois para os
meus seios; me fazendo arfar e arquear as costas. Ele parou e me encarou com
aquele olhar que me matava de desejo. –
Aqui... – Ele colocou o dedo indicador sobre a minha barriga e foi descendo,
passando pelo meu umbigo até chegar... lá. – parece que as coisas fazem a gente
perder a cabeça... – Confessou passando os dedos naquela região.
–
Com...ple...ta...mente... – Sussurrei
com dificuldade. Aqueles movimentos eram deliciosamente torturantes.
–
Eu já estava com saudades... – Ele sussurrou. – E vejo que você também...
–
Muita saudade... Arthur... – Confessei.
Arthur
sorriu sem mostrar os dentes e voltou a me beijar, subindo os beijos pela minha
barriga, passando pelos meus seios; onde demorou um pouco mais, puxando-os
delicadamente entre os dentes e depois chupando-os. Gemi de olhos fechados e
esfreguei meus pés sobre a colcha, abrindo mais as pernas; Arthur estava
deitado sobre mim, apenas de boxer, roçando o corpo sobre o meu. Meu corpo
inteiro parecia pegar fogo. Desci uma das mãos pela cintura dele e levei a
cueca junto.
–
Apressadinha... – Ele sussurrou no
meu e beijou meus lábios devagar, me provocando. Sorri entre o beijo e puxei
seu lábio inferior antes de falar.
–
Não é legal se só você brincar...
–
Achei que estávamos fazendo isso juntos. – Arthur retrucou baixinho. Os lábios
praticamente colados nos meus. Seus olhos estavam fechados.
–
Não como eu quero.
–
A é? E como você quer? – Arthur se afastou um pouco, mas não tirou o corpo de
cima do meu, só abriu os olhos dessa vez.
–
Quando você sentir... vai saber. – Respondi. Arthur curvou os lábios e fechou
os olhos. Para logo depois, morder o lábio inferior, quando sentiu o que eu
tinha acabado de prometer. Agora foi minha vez de sorrir. – Sentiu? – Provoquei
baixinho e Arthur assentiu.
–
Parece que agora... você está se divertindo também. – Ressaltou. Continuei a
massageá-lo devagar; subindo e descendo.
–
Sim... mas antes eu também estava... – Respondi e iniciamos um beijo lento.
–
Você é tão linda... por que eu não canso de repetir isso... hein? – Arthur
sussurrou apertando uma de minhas coxas, me fazendo flexionar o joelho.
–
Por que você é... – Gemi baixo, deixando a frase incompleta. Arthur tinha me
penetrado tão devagar, que senti vontade de gritar. Ele sabia o quanto isso me
excitava.
–
Sim, Lua. Eu sou. – Ele confirmou e talvez soubesse o que eu pretendia falar
exatamente.
Arthur
ditou o ritmo, mas não daquele jeito que eu sempre pedia a ele, e sim do jeito
que ele sempre me avisava que iria fazer. O jeito que fazia minha vista escurecer
momentaneamente mais rápido. Arranhei suas costas sem medir a força estava colocando,
era a última coisa que eu conseguiria pensar nesse momento. Mordi os lábios
para tentar controlar meus gemidos a cada nova investida de Arthur. As mãos
dele apertavam minha cintura como se a qualquer momento eu fosse pensar em sair
correndo dali. O puxei pela nuca para beija-lo com urgência, meu corpo inteiro
tremia, e eu sentia que Arthur não estava tão diferente de mim.
–
...doido por mim. – Eu nunca esqueço das frases que Arthur não me deixa
completar.
–
Já disse que sou. – Ele sorriu e me deu um selinho. – Eu sabia que você ia
falar algo do tipo. – Finalizou.
–
Eu estava com saudades, Aguiar. – Mudei de assunto e Arthur me deu outro
selinho.
–
Você sabe que eu também. – Ele me disse e saiu de cima de mim, deitando-se ao
meu lado logo em seguida. – Vamos dormir? Ou você ainda quer terminar de ler
seu livro de suspense? A casa o quê...? – Ele fingiu se inclinar para ler o
título do livro, mas eu sabia que ele estava pouco se importando isso.
–
Ah Arthur – Comecei a rir. – Para! Que ciumento. – Comentei e ele fez careta. –
Eu não estou acreditando nisso... – Continuei rindo e ele apertou minhas
bochechas. – Aaaii...
–
Era o livro que eu queria, Harry! Obrigada meu amor! – Ele imitou horrivelmente
minha voz de felicidade quando Harry me entregou o livro meses atrás.
–
Ridículo!
–
Foi mesmo.
–
Eu estou falando de você. Não se faça de bobo. – Eu ainda ria. E Arthur se
segurava para não rir também.
–
Boa noite, loira! Ou você vai ficar rindo da minha cara o resto da noite...
–
Boa noite, ciumento. Eu não tenho culpa... você é engraçado, Arthur.
–
Hahaha... – Ele fingiu rir. Mas eu sabia que no fundo ele estava se segurando
para não rir de verdade.
–
Lindo!
–
Eu sou mesmo. – Ele se gabou.
Pov
Arthur
Segunda-feira
| 2 de novembro de 2015 – Seis e cinquenta da manhã.
O
dia amanheceu bastante nublado. O outono estava fielmente fazendo jus ao nome.
Lua volta ao trabalho hoje e ela ainda está dormindo. Eu só iria resolver
algumas coisas fora de casa, pela manhã. E a tarde, terei que ir à escola de
balé da Anie, para troca-la de turno. Ela irá para escola ano que vem, e é
melhor começar a se adaptar logo a rotina certa.
–
Bom dia. – Sussurrei e Lua resmungou colocando a mão sobre o ouvido.
–
Eu não quero ir...
–
Ficou mal-acostumada...
–
Muuuito... Bom dia, lindo. – Lua me deu um selinho. – Que horas são?
–
Seis e cinquenta e cinco. – Respondi após pegar o celular.
–
O que você vai fazer hoje?
–
Vou resolver um assunto, que quando você chegar do trabalho, a gente conversa a
respeito.
–
Que assunto? – Lua perguntou curiosa.
–
Lua? Acabei de falar, meu amor. – Eu rir e ela bufou.
–
Odeio quando você fica rodeando pra falar. Aaaff que saco, Arthur!
–
Que estressada, eu hein! – Provoquei.
–
Você sabe que ainda não viu nada! – Me avisou e se levantou da cama. Lhe joguei
um beijo, mas Lua nem ligou. – Tá lembrando que vai ter que ir na escola de
balé?
–
Estou, querida. Pode deixar. – Respondi.
–
Acho bom mesmo. Quando eu sair do trabalho eu passo pela farmácia pra vê se já
chegou aquela vitamina que a pediatra passou para a Anie.
–
Tudo bem.
Lua
entrou no banheiro para tomar banho e eu fiquei na cama mexendo no celular.
Minutos depois o celular dela começou a tocar.
–
Luh?
–
Oi... – Ela respondeu, a porta do banheiro estava aberta.
–
A Hanna tá ligando aqui. – Avisei.
–
Pode atender. – Respondeu. – Eu duvido que seja algo importante. – Acrescentou.
LIGAÇÃO
ON
–
Luuuh! – Estridente era a voz da Hanna do outro lado da linha. – Eu nem
acredito que você já volta hoje. Eu preciso te contar um babado! Ryan não está
mais com a Olívia. Eu não consegui esperar você chegar aqui para te contar.
–
Eu acho que você deveria ter esperado. – Falei vagarosamente.
–
Ai meu Deus! Arthur? Mas eu liguei para a Lua.
–
Ela está no banho.
–
Ai meu Deus! – Ela disse novamente. – Está tudo bem?
–
Olha... até que estava. – Respondi me fingindo de sério. Ryan pra mim era meio
que desnecessário, contando que essa notícia não fosse importante para a minha
mulher.
–
Você pode esquecer a parte do Ryan. – Ela sugeriu.
–
Por que isso te deixou eufórica?
–
Cadê a Luh?
–
Tá no banho, já falei. Não se finge de desentendida.
*
–
O que ela queria?
–
Ela ainda está aqui na linha. – Falei.
Pov
Lua
–
Ryan terminou com a Olívia! – Arthur
imitou uma voz fina que eu imaginei ser a da Hanna. E me entregou o celular
revirando os olhos. Se levantou e foi para o banheiro.
–
Oi, Hanna.
–
Lua, desculpa. Achei que fosse você.
–
Tudo bem. Ele não se importa tanto assim.
–
Não foi o que pareceu.
–
Arthur não está nem aí para o Ryan, Hanna. – Afirmei.
–
Ér... isso porque ele não sabe que o Ryan arrasta a Ryan Advocacy and Consultory por você. Pesa mais que um bonde? –
Indagou. Hanna não conhece limites.
–
Ai Hanna, para. – Eu rir com o exagero dela. – Você já está no escritório?
–
Sim. E sozinha. São sete e meia, Lua. Eu venho de metrô, querida.
–
Eu sei, querida. Era isso que você queria me dizer?
–
Não. Eu só me empolguei, amiga. Era pra ter te desejado só boas-vindas. Eu
estava com saudades.
–
Eu também estava com um pouco de saudades.
–
Ai Lua, credo!
–
Não vou mentir ué. – Dei de ombros como se Hanna pudesse ver. – Vou desligar,
ok?
–
Ok. Beijos.
–
Beijos.
LIGAÇÃO
OF
–
Ela achou que você ficou chateado. – Falei quando Arthur voltou para o quarto
só de toalha.
–
Por que essa notícia não podia esperar?
–
Você conhece a Hanna, amor. Ela não tem limites e nem sabe distinguir o que é
notícia importante. Enfim... fecha aqui pra mim. – Pedi me virando para que
Arthur fechasse o fecho do meu sutiã. – Me empresta um carro?
Pov
Arthur
–
Não vem me dizer que o seu tá sem gasolina? – Perguntei e Lua fez uma careta. –
Estou brincando, boba. Vai com o preto.
–
Eu não posso nem escolher?
–
Vou usar o azul, Luh.
–
Você só usa o azul quando vai viajar, Arthur... – Lua começou a falar e eu
ergui as sobrancelhas. – Pera aí! Você vai viajar pra onde? Isso faz parte da
nossa conversa de quando eu voltar do trabalho?
–
Sim, meu bem. Ainda bem que você ligou os pontos.
–
O que você tá aprontando, Arthur? É sério, vou ficar chateada. Você me conhece.
– Lua me avisou indo vestir um vestido branco, com as laterais pretas. Depois calçou
os sapatos e voltou para o banheiro.
Eu passei esse tempo todo apenas
observando os movimentos que ela fazia e tentando segurar minha risada.
– Você
não vai falar nada? – Ela perguntou impaciente.
–
Quer ouvir o quê? – Perguntei com ar de riso.
–
A verdade, Arthur! Isso não é engraçado.
–
Não estou aprontando nada, Luh. Você confiava mais em mim. – Lembrei.
–
Não sei se fiz errado. – Ela retrucou.
–
Para de falar besteira. Já disse que vou resolver um assunto, Lua. Aliás, eu
vou precisar de uma advogada.
–
EU SABIA! – Ela gritou. – O que você aprontou? Você precisa de mim como
advogada?
–
Como mulher e depois como advogada, Lua.
–
Eu vou te matar, Arthur! Eu vou te matar! – Ela disse irritada e pegou o celular
e depois a bolsa preta e o blazer também preto.
–
Mata nada. Depois você vai rir da sua atitude, loira. – Falei e Lua me deu língua.
–
Acho melhor você vestir logo uma roupa.
–
O que é? Não está gostando da vista? – Provoquei.
–
Estaria gostando mais se eu fosse ficar em casa. – Lua respondeu e deu uma
piscadinha.
–
Ora, ora... não era você quem queria me matar? – Tirei a toalha e caminhei para
o closet.
–
Queria não, quero. – Me corrigiu.
–
Bom trabalho, querida.
–
Espero que a sua viagem seja boa também.
É
claro que ela não ia perder a oportunidade de me alfinetar. Ri alto e Lua saiu
do quarto. Fui vestir a minha roupa, uma calça comprida preta, uma blusa manga
comprida vinho, um tênis de cano alto marrom e um relógio de couro marrom. Penteei
meus cabelos e peguei a chave do carro, meu celular e minha carteira.
–
Papai. – Encontrei com Anie quando fui fechando a porta do quarto. – A minha mamãe
já foi?
–
Sim, meu amor. Mas ela deve ter te dando um beijo antes de ir. – Sorri.
–
É... e pla onde o senhor vai?
–
Vou resolver um assunto, meu amor. Assunto de gente grande.
–
Por que tudo é de gente glande? – Ela esticou os bracinhos e eu a peguei no
colo.
–
Ah, meu amor... é que gente grande tem mais assuntos para resolver. O que você tem
pra fazer hoje por exemplo?
–
Tomar banho, tomar café e blincar... depois eu almoço batata-flita...
–
Só batata-frita não.
–
Depois eu durmo e depois eu acordo e brinco.
–
Pois é meu amor, mas o papai vai ter que sair. E...
–
O quê?
–
Nós vamos na sua escola de balé. Vou te trocar de turno.
–
E por quê?
–
Porque sua mamãe acha melhor assim, meu anjo.
–
Tááá...
Cheguei
na cozinha e deixei Anie sentada no banco da bancada e ela logo pegou uma
torrada.
–
Bom dia, Arthur.
–
Bom dia. Lua tomou café? – Perguntei a Carla.
–
Tomou um gole de suco e levou uma fruta. – Ela me respondeu. – Estava atrasada.
Bom dia, meu amor. – Ela se referiu a Anie.
–
Bom dia.
–
O que você quer tomar?
–
Chocolate.
–
Então eu vou fazer um chocolate pra você.
–
Tá bom então...
Peguei
uma xícara e coloquei um pouco de café. Depois peguei algumas torradas e a
geleia de morango. Lua adorava essa geleia, e já estava acabando.
–
Cadê a Carol?
–
Ela foi arrumar a brinquedoteca da Anie. Acho que alguém fez muita bagunça lá
ontem, né Anie?
–
Eu não sei. – A pequena riu escondendo o rosto entre as mãozinhas.
–
Imagino... – Comentei.
Terminei
de tomar meu café e avisei a Carla que eu faria uma viagem bem rápida e que
antes do almoço eu voltaria para almoçar com Anie.
Liverpool
| Londres – Dez horas da manhã.
De
carro as duas horas até Liverpool se reduziam até uma hora e quinze ou uma hora
e meia mais ou menos. Cheguei em frente ao prédio e desci do carro, Naomi me
esperava no portão com as chaves em mãos e sorriu assim que me viu.
–
Bom dia, Arthur.
–
Bom dia. Espero não ter demorado.
–
Que nada. Cheguei faz pouco tempo. Está ansioso?
–
Bastante! Lua está muito desconfiada. Pensa que eu aprontei alguma coisa.
–
Mas não deixa de ser. – A morena alta e corretora de imóveis me lembrou.
–
Eu espero que ela goste da ideia de termos um apartamento em Liverpool. Porque eu
adorei esse imóvel. E já fazia tempo que eu queria comprar um apartamento. Esse
é perfeito, pelo que vi nas fotos.
–
O preço também está ótimo. Vem vamos subir. Você sabe que o proprietário não
mora em Londres...
–
Sim. Você me disse isso.
–
Ele deixou tudo nas mãos do advogado dele, que vem até aqui só para resolvermos
isso.
–
Eu já falei com a Lua por alto... de que vou precisar dela como advogada.
–
Tudo bem então. Vamos entrar. – Naomi abriu a porta. – Deve ser por isso que
ela pensa que você aprontou algo.
–
Sim. Não é todo dia que precisamos de uma advogada. – Rimos.
–
Eu também ficaria desconfiada. Veja. Os cômodos são bem amplos. Os quartos são
grande também. A cozinha é junto com a sala de jantar, não tem divisória nenhuma.
O banheiro é bem moderno. Já está com o box. Vem ver... – Ela me chamou e eu a
segui.
O
apartamento é incrível. E eu gostaria muito de mostra-lo a Lua. Apesar de saber
que ela me perguntará qual a necessidade dessa compra. Eu pretendo passa-lo para
o nome da Anie quando ela crescer. Por enquanto, deixarei em meu nome.
–
E então?
–
Vou fechar o negócio, Naomi. Pode avisar ao advogado.
–
Foi uma ótima compra. Fico feliz! – Ela me disse. É claro que ficaria, a comissão
dela também seria ótima.
–
Eu gostaria de mostrar o apartamento a Lua.
–
A chave fica com o porteiro. Eu vou avisa-lo para te entregar quando você vier.
–
Ótimo. – Respondi.
Nós
saímos do apartamento e fomos falar com o porteiro.
–
Pra onde você vai agora? Está de carro?
–
Vou para o escritório. Vou de metrô.
–
Levo você.
–
Não precisa se incomodar...
–
Sem problemas, Naomi.
Entramos
no carro e ela me disse o endereço do escritório.
–
E Harry, como está?
–
Sabe, eu estava me perguntando a que horas você ia me fazer essa pergunta. – Ri
da cara que ela fez.
–
Para, Arthur! Foi por isso que quis vim me trazer?
–
Claro que não. – Respondi. – Harry está bem. Pelo menos estava até quando vi
ele.
–
Ainda implicam muito? – Perguntou divertida.
–
Sempre quando estamos juntos e até pelo telefone. – Ri junto com ela.
–
Me lembro que ele tirava a Lua e a Anie do sério.
–
Nada mudou. – Afirmei.
–
Sabe... é a primeira vez que entro em um carro de homem, que não tem camisinha
aqui nesse porta tudo o que a gente quer
colocar.
–
Nossa! – Ri. – Faz tempo que eu não uso uma hein... no máximo você ia encontrar
aqui chocolate, se Lua andasse nesse carro.
–
E Harry...?
–
Harry usa camisinha. E acho que você deve saber melhor que eu, com todo
respeito é claro.
–
Ele é muito paranoico com isso.
–
Ele acha que vai sair engravidando todas as mulheres.
–
Isso é porque ele sai com muitas.
–
Eu não quis dizer isso...
–
E nem precisava. Eu conheço bem. É por isso que quero alguém que queira um
relacionamento sério também. Casar, ter filhos, uma família, Arthur. Você sabe.
–
É eu sei... e não usar mais camisinha...
–
É... também. – Ela riu.
–
Prontinho!
–
Obrigada, Arthur. Boa viagem de volta pra casa.
–
Obrigado, e bom trabalho.
Naomi
saiu do carro e eu segui para Londres.
Londres
– Doze e cinco da tarde.
–
Paaapaai! – Anie correu para o meu colo. – Você demolou!
–
Mas eu já estou aqui, meu bebê. Vamos almoçar? Ou você já almoçou.
–
Eu tava espelando o senhor.
–
Ah... então vamos comer.
–
Vamos. Carla fez fango empanado. Eu que pedi, papai!
–
Aah, então a senhorita quis comer algo que não fosse batata-frita?
–
Não tem batata, papai.
–
Uhm... – Falei deixando Anie sentada à mesa e fui até a cozinha. – Carla? Pode
servir o almoço.
–
Tá bom.
–
Lua que falou sobre a batata-frita.
–
Sim. Ela me disse semana passada. A pediatra falou sobre fritura...
–
Foi, eu esqueci de te lembrar. Que bom que não esqueceu. – Sorri e Carla
assentiu.
Segunda-feira
| 2 de novembro de 2015 – quinze horas e vinte minutos.
–
A gente já vai agola?
–
Sim. Carol vai te arrumar e eu vou me trocar, ok?
–
Ok. Depois a gente pode comer cookie?
–
Não, filha. Você esqueceu o que a médica disse?
–
Não, mas eu quelia.
–
Eu não vou comprar cookie, Anie. – Deixei bem claro e ela concordou.
Fui
para o quarto e tirei a minha calça de moletom e minha camiseta. Vesti uma
blusa manga comprida preta, uma bermuda cinza e calcei um tênis preto.
Quando saí
do quarto, Carol estava amarrando os cabelos de Anie. A pequena vestia um vestido
amarelo claro de lã e calçava um sapatênis dourado com branco.
–
Vamos?
–
Vamos, papai.
Saímos
de casa e fomos até a escola de balé de Anie. Conversei com a professora e
depois ela nos levou até a secretaria e trocamos Anie de turno. A professora
continuaria a mesma. Só as coleguinhas e o horário que mudariam.
Depois
que saímos da escola, fomos ao shopping. Falei a Anie que eu iria comprar um
presentinho para a Lua. E eu me surpreendi por ela não me pedir nada também. Fui
direto na loja de calçados que tínhamos entrado na segunda-feira passada. Eu vi
um tênis lindo que tenho certeza que se Lua tivesse visto, teria comprado. Por isso
não deixei que ela o visse.
–
UAU! É lindo, papai. Minha mamãe vai adolar!
–
Sabe que eu concordo com você, mocinha. – Falei lhe dando um beijo na bochecha.
Comprei
o tenis e saímos da loja.
–
Papai?
–
Oi, filha.
–
Eu posso ir só um pouquinho no parque?
–
Só vinte minutinhos, está me ouvindo? – Perguntei e Anie assentiu e correu rumo
ao parquinho. Me sentei em um banco ali perto.
–
Olha, olha se não é Arthur Aguiar. – Aquela voz eu reconheceria em qualquer
lugar.
–
O que você quer?
–
Sabe, é meu intervalo. E eu nuca amei tanto o meu intervalo. – Ela sentou-se do
meu lado.
–
Ah por favor.
–
Você nunca mais apareceu lá na loja. Cansou de comprar lingeries caríssimas
para a sua esposa? Ou só não quer me ver mesmo?
–
A última opção é bem válida. – Respondi.
–
Ai, ai, Aguiar... sabe, fazem nove anos que eu fico imaginando como teria sido
aquela nossa noite se a sua amiguinha, agora digníssima esposa, não tivesse
atrapalhado. Teria sido tão gostoso, você não concorda?
–
Kate, pra que isso? – Indaguei completamente incomodado. Não era muito bom ficar
de papo com ex sobre uma quase transa.
–
Você nunca pensou?
–
Kate, eu não tenho tempo pra pensar nisso.
–
E o que você faz? – Ela insistiu colocando uma das mãos sobre meu ombro.
–
Eu transo com a minha mulher. – Respondi. – Que merda que você tá tentando
fazer? – Indaguei sem nenhuma paciência e me levantei do banco.
–
Ai, Arthur... quando vai entender que Lua não passa de um desejo adolescente seu? Já vim muitas vezes ela por aqui... mas ainda não é a hora certa
de deixar uma adversária tão insegura... não seria a primeira vez...
–
Adversária de quê? Você tá louca? Não temos nada! É melhor você entender isso.
–
Não precisa ficar alterado. Estou tão calma.
–
Você é louca! Louca! – Exclamei.
–
Você precisa de uma mulher...
–
Eu. Tenho. Uma. Mulher. – Dei ênfase em cada palavra. – Quando vai entender? Acabou
há nove anos. Não vem me dizer que está sozinha desde então...
–
Nada tão sério quanto nós éramos.
–
Éramos. Você falou muito bem. Você sabia que eu não te amava, por favor. Nunca menti
pra você, Kate. Você sempre soube que era a Lua.
–
Uma adolescente insegura que ia para festas escondida dos pais? Por favor,
Aguiar.
–
Você tem uma boa memória. Acho que deveria usar isso para fazer outras coisas.
–
Eu gosto de usar só para me lembrar da nossa história. O que sua esposa acharia
desse nosso encontro.
–
Nada. Isso não é um encontro. Você só tá sendo inconveniente e enchendo minha paciência.
–
Você está bastante estressado. A gente podia resolver isso...
–
Você me estressa!
–
Não precisa ficar nervoso.
–
Você nunca me viu nervoso. – Falei seco e Kate sorriu.
Preferi
ir chamar Anie para voltarmos para casa, antes que essa louca resolvesse ir atrás
de mim novamente. Era só o que estava faltando.
No
caminho para casa, resolvi parar em uma padaria para comprar a geleia de
morango que Lua adorava e que já estava acabando.
À
noite – Dezenove horas.
–
Boa noite, meu amores. – Lua tinha chegado do trabalho.
–
Boa noite.
–
Boa noite, mamãe. – Anie abraçou Lua e ganhou um beijo da mãe.
–
Achei que fosse encontrar vocês na sala.
–
Anie quis ficar aqui depois do banho. Estou assistindo pequena serei pela o quê...
decima vez? – Me fiz de esquecido e as duas riram.
–
Meu papai nem me deixou brincar muito no parquinho do shopping, mamãe.
–
E vocês foram ao shopping?
–
Eu te disse que ia, esqueceu? – Perguntei.
–
Ok. Eu só estava falando... eu hein... – Lua franziu o cenho e foi para o banheiro.
Ela
acabou tomando um banho rápido e depois voltou para o quarto, já de pijama. Estava
fazendo frio mesmo.
–
Vocês já jantaram?
–
Sim. Eu não sabia que horas você chegaria.
–
Tudo bem. Trocou Anie de turno no balé?
–
Sim. Ela começa quarta-feira.
–
Tá bom. Vou jantar com a Mel. Ela chegou quase junto comigo.
–
Ok. Vamos continuar aqui...
***
–
Eu comprei o seu presente. – Falei assim que Lua fechou a porta do quarto. Eu já
tinha ido colocar Anie na cama dela. É essa sacola aí na poltrona. Espero que
goste.
–
Já disse que você tem um ótimo bom gosto. – Lua sorriu e pegou a sacola. – Vamos
ver... me parece que é... Uau! Que tênis maravilhoso, Arthur. Muito lindo. Eu adorei,
meu amor. Obrigada. – Lua me abraçou apertado e eu retribuir.
–
De nada, loira. Fico feliz que tenha gostado. Eu já tinha certeza.
–
Eu sei que tinha.
–
Te amo.
–
Te amo. – Falei e tirei uma mecha de cabelo que estava em seu rosto e aproximei
meus lábios dos dela e a beijei. – E como foi no trabalho?
–
Nossa, eu não me lembro de ter tanto trabalho. – Lua respondeu.
–
E o Ryan realmente está solteiro?
–
Ah, Arthur. Você sabe que isso é o que menos nos interessa. – Ela me empurrou
de leve.
–
Boba! Vem aqui... eu acho que morri de saudades de você hoje muitas vezes durante
o dia...
–
E agora à noite?
–
Agora eu acho que você vai ter que matar essa saudade... – Lhe beijei outra
vez.
–
Ei! Eu lembro que você me disse que íamos conversar sobre um tal assunto quando
eu voltasse do trabalho.
–
E vamos... mas só depois... – Respondi e deitei sobre Lua. Ela soltou um
gritinho antes de me puxar para um beijo.
Continua...
SE
LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA.
N/A: Olá leitores! Sim, estou
postando agora de madrugada porque me comprometi em postar. O plano era antes
de meia noite, mas tive uns contratempos. Mas o que importa é que o capitulo
está aqui! <3 E eu nem demorei
tanto assim haha... tenham fé em mim, que quero postar outro sábado ou domingo!
\o/ vamos
torcer para isso acontecer.
GENTE!
Comentem, tá? É muito importante eu saber o que vocês estão achando da fanfic.
Teve
hoooot! Sei que adoram haha o que acharam? Esse
casal é fogo mesmo!
Uuuuhm...
Kate mais uma vez depois de alguns capítulos. E aí? Qual será a dessa volta dela
mais ousada? Fiquem atentos!
Eu
acho que Lua vai levar de boas essa nova aquisição do Arthur haha isso claro,
depois que ele esclarecer o porque de precisar de uma advogada. Mas ele gosta
de tirar ela do sério mesmo.
PS¹: Comentem dos links.
PS²: Façam perguntinhas.
Beijos e até a próxima atualização.
Que lindo esse capítulo Milly,não sei se estou ansiosa ou nervosa pelos proximos,mas tenho certeza que vao ser tão bons quanto esses.
ResponderExcluirParabéns,Ana Júlia!
Muito obrigada, Ju ❤😍 de verdade! É tão gratificante ler esse tipo de comentário!
ExcluirHahaha olha, acho que nervosismo e ansiedade irão andar de mãos dadas para os próximos capítulos de LA. 🌚
Beijos...
Que lindooooo, sempre arrasando! Eu sempre amo o hot, amo essa família junta e odeioo a Kate, ela nem precisava mais aparecer kkkkkk
ResponderExcluirContinuaa que está incrível!!!
Muito obrigada, Rafa! 😍❤
ExcluirHahaha 🌚 ai a Kate. Sempre atrapalhando...
Ps: Essa família é linda mesmo 😍 e esse casal é fogo 🔥🌚
Beijos...
Simplesmente amei o capítulo Milly, tô com medo do que a kate vai aprontar. Amei o Presente da Lua e os look estão lindos.
ResponderExcluirLily
Muito obrigada, Lily 😍❤ é sempre tão bom ter vocês interagindo.
ExcluirNão vai ser pouco o que vai acontecer nessa história não...
Beijos...
Adorei Milly, arrasou como sempre *___* Amo esses dois e amo quando tem hot kkkk adorei o presente do Arthur, eu também iria amar ganhar um desse e iria adorar mais ainda se o Arthur viesse de brinde kkkk ai a Anie já vai pra escola, como o tempo passa kkk o capítulo seria ainda mais perfeito se essa ridícula da Kate não aparecesse kk odeio essa criatura e tenho certeza que ela vai ser um forte motivo da separação deles.
ResponderExcluirAi Milly esta próximo da separação né?
O motivo não vai ser traição né?
Eu muito curiosa kkkk
Caroline
Muito obrigada, Caroline 😍❤ Eu fico tão feliz quando vocês comentam!
ResponderExcluir😂😂 nossa... até eu quero um Arthur de brinde. Onde vende esse tênis? Kkkk
Vamos ver até quando a Kathe vai encher a paciência do Arthur... e da Lua 🌚
1 resposta: Eu ainda não escrevi o capítulo da separação. Não posso afirmar qual capítulo vai ser. Porque ainda irão acontecer várias situações. Mas eu sigo o mês da fanfic.
Por exemplo: Está no começo do mês de novembro na fic e eles irão se separar no mês de dezembro (Como já foi posto no especial que eu escrevi e postei aqui no blog. Essa informaçao já foi dada, não posso mudar) você me entendeu?
2 resposta: cobrança e desconfiança serão pontos mais fortes. 💔
Hahaha pode fazer perguntas. Deixei aberto aqui.
Beijos...
Ai milly já estou preparando o meu coração kkkkk eles vão ter mais ou menos um mês juntos antes da separação �� isso se nesse período eles estiverem bem kk aí não sei se estou preparada pra isso kkk
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCom um Arthur como esse eu queria ser tirada do sério kkkkllkk
ResponderExcluirTodo lindo
Amei os looks
Vc sempre arrasando
Kkkkkkkkkkkkkkk ai, ai... a questão é: quem não queria um Arthur desses né?
ExcluirMuito obrigada! Fico feliz em saber... 😃❤
Que familia linda, com uma fofura de filha ♥ eitxaaaa casal bom de cama kkkkkkkk. Amoo os looks q vc escolher,da para a gente usar a imaginação e fantasiar a formar que eles podem estar vestidos. Essa kate ainda vai causar intriga entre lua e Arthur. XX Adaline
ResponderExcluirA família é linda mesmo, queria morar lá com eles dentro dessa história kkkkkkk
ExcluirEita atrás de eita, tenho dito 🔥
Aah sim... ajuda bastante na imaginação, eu mesmo quero descrever aqui cada detalhe dos looks (acabo fazendo isso mesmo kk) 😂
Kate já causa desde de 2005 haha do começo da fic. Só esperar para vermos o fim disso.
Obrigada pelo comentário, Ada! ❤
Cada dia mais apaixonada por esse casal.. a conexão deles é maravilhosa, quero um homem assim na minha vida rsrs
ResponderExcluirOpa, e quem é que não quer um Aguiar desses... mds!
ExcluirA relação deles é linda mesmo. 😍
Obrigada pelo comentário. ❤
Casal e demais. Essa Kate vai criar briga. By sofia
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