Little
Anie | 2ª Parte
Antes da gente dar nome já era pra sempre
E eu com medo de ser
Mas quando eu falo de amor por aí
É pensando em você
–
Nossa Conversa | Kell Smith
Pov
Lua
Segunda-feira
| 26 de Outubro de 2015 – Onze e quarenta da manhã.
–
Oi, meu bebê! – Falei assim que abri a porta de casa e avistei Anie no sofá
assistindo desenho.
–
MAAAMÃÃEE! – Anie veio correndo em minha direção com os bracinhos abertos.
–
Ai que abraço gostoso! – Falei ao abraça-la, depois a carreguei no colo e lhe dei
vários beijos na bochecha. – Mamãe trouxe um presente pra você.
–
Pla mim?
–
Sim. – Falei colocando-a no chão e caminhamos até o sofá.
–
Onde é que tá? – Me perguntou ansiosa.
–
Seu pai vai trazer. Aliás, ele está demorando mui...
–
Claro. Você me deixou pra trás com essas sacolas. – Reclamou colocando as
sacolas ao lado do sofá.
–
PAAAPAII! – Anie gritou correndo para os braços dele.
–
Meu amor! – Arthur a pegou no colo e lhe deu um beijo no rosto. – O que a
senhorita ficou fazendo, hein?
–
Eu comi e agola eu tava assistindo desenho. Cadê meu plesente que minha mamãe compou
pla mim? – Indagou curiosa olhando para as sacolas. – Tudo isso de plesentes? –
Perguntou colocando as mãozinhas sobre a boca.
–
Nããããooo, sua espertinha. – Respondi rindo e Arthur também não se segurou. – Um
é pra você e os outros são para o bebê da sua tia Soph e da Mel. Que aliás, foi
cedo para o trabalho hoje. – Comentei.
–
Verdade. Nem a vimos.
–
Vamos na casa da tia Soph hoje? Nunca mais vi ela.
–
Nooossa, filha! Esse seu nunca mais pareceram anos. – Arthur disse divertido.
–
Sim. Vamos visita-la, meu amor.
–
Que legal! – Anie comemorou. – Agola eu quelo ver meu plesente. O que é?
–
Uuuuhm... o que será, hein?
–
Eu não sei, mamãe. Quelo muito vê! Me dá papai!
–
Uuuhm... será que eu dou?
–
É sim, paaaapaaaiii...
–
Que menininha mais curiosa, meu Deus. – Arthur sorriu entregando a nossa a
sacola com o presente dela.
Anie
sentou-se no chão e tirou a caixa de dentro da sacola. Começou a abrir a caixa
devagar e fez uma cara sapeca ao nos olhar antes de abrir a caixa
completamente.
–
UAU! Eu adolei! Que lindo, mamãe. Obligada, mamãe. – Ela veio me abraçar com
uma banda do tênis em uma das mãos.
–
De nada, meu amor. – Lhe dei um beijo na testa.
–
Eu posso calçar?
–
Claro que pode, filha. Vamos vê se fica bom.
–
Já quelo usar. Posso levar quando for pla casa da tia Soph?
–
Pode, sim. – Sorri ao concordar.
–
É tão lindo! – Anie disse outra vez toda feliz. – Eu adolei!
–
Que bom que você adorou, meu amor. – A apertei em meus braços.
–
Eu vou mostar pla Carol e pla Carla.
–
Tá, vai lá... – Falei e Anie correu para a cozinha.
–
E agora, o que a senhora pretende fazer?
–
Me chame de você. – Comentei rindo e Arthur me seguiu.
–
Boba!
–
Quero tomar banho.
–
Então vamos, antes que Anie volte. Quero almoçar também, estou morrendo de
fome.
–
Guloso! A gente praticamente acabou de comer um hambúrguer, Aguiar.
–
Vou fingir que nem escutei isso, Blanco. Vamos logo! – Me chamou erguendo uma das
mãos para que eu segurasse.
–
Huuuum... quem me garante que você não vai querer me agarrar no banho? –
Provoquei, sussurrando ao pé do ouvido dele.
–
Estou te agarrando agora, e a gente ainda nem subiu a escada. – Arthur retrucou
puxando o lóbulo da minha orelha.
–
Aaaaiii... a gente vai acabar caindo...
–
Huuum... eu nem vou comentar nada. – Arthur disse e me carregou no colo.
–
AAARTHUR! – Gritei pelo susto.
–
Um dia você ainda vai me deixar surdo.
–
Eu me assustei! – Exclamei.
–
Você adora um colo, Lua. – Ele pontuou. E é verdade.
–
Só o seu. – Retruquei.
–
Eu sei. – Ele sussurrou no meu ouvido. E depois me colocou no chão. – Que horas
você quer ir na casa da Soph? – Me perguntou tirando os sapatos.
–
Acho que umas três horas... por aí assim. Por quê? – Indaguei tirando a blusa.
–
Por nada. Só quero saber mesmo. Vou tirar um cochilo antes.
–
Achei que íamos transar... – Sussurrei e Arthur riu baixinho.
–
Só tá falando isso porque sabe que não pode. – Pontuou, erguendo as
sobrancelhas em seguida. – Não brinque com fogo, Blanco. Você pode acabar se
queimando, baby! – Me avisou cautelosamente.
–
Gosto de fogo. Ainda mais com esse frio que está fazendo. – Comentei.
–
Acho que o quarto está abafado.
–
Ou será você, Aguiar?
–
Quer sentir? – Arthur tirou a blusa. Sorri de lado.
–
Aí já era. – Respondi.
–
Não tem autocontrole?
–
Não quando estou com tesão!
–
Acho melhor você ir tomar banho. – Me disse e foi para a sacada.
–
Fugindo? – Provoquei e Arthur se virou para me olhar.
–
Eu nunca fujo, Blanco. Mas se você quiser se aproximar... – Ele começou a
dizer, mas acabou deixando a frase no ar.
–
A gente não sabe se controlar.
–
A gente, vírgula. Eu estou bem controlado, meu amor. Agora você... quando essas
bochechas coram... – Arthur começou a caminhar em minha direção, engoli em
seco. – Ah, Lua! – Ele exclamou. – Eu faria amor com você hoje até a gente
dizer chega, baby. – Arthur acariciou minhas bochechas.
–
Eu... sei... – Sussurrei segurando em seus braços. Arthur passou uma das mãos
para trás das minhas costas e abriu o fecho do meu sutiã.
–
E melhor você ir tomar banho... antes que a gente caia nessa cama. – Arthur
comentou e nós dois acabamos rindo.
–
Eu amo você. – Falei e Arthur me beijou.
Segunda-feira
| 26 de Outubro de 2015 – Quinze horas e 10 minutos.
–
Um porquinho... dois porquinhos... tlês porquinhos... um lobo MAU! Uma
casinha...
–
O que você está fazendo, meu anjo? Te procurei pela casa toda. – Perguntei a
Anie que estava na brinquedoteca.
–
Tô lendo meu livo dos tlês porquinhos.
–
Ah! Você está lendo... e já está em qual parte?
–
Do lobo mau. A senhola quer ver eu lendo?
–
É claro, filha. – Sorri e Anie mais ainda.
–
Eu palei de ler na casinha... uma casinha... duas casinhas... tlês casinhas.
Porque são tlês porquinhos, mamãe. A senhola tá vendo? – Anie me mostrou o
livro.
–
Sim, meu amor. Mamãe está vendo.
–
O lobo mau soplou uma casinha e ela caiu e depois ele soplou a outa casinha e
ela também caiu e os dois porquinhos colelam para a casa do outo porquinho... o
lobo soplou muitão! Mas a casinha não caiu. Porque essa casa era mais forte e
eles ficalam lá com o outo irmão porquinho deles e o lobo não foi embola... ele
desceu na chaminé, mas tinha fogo, mamãe.
–
Tinha? E o que aconteceu com o lobo? – Indaguei como se estivesse muito
curiosa. Anie estava muito empolgada contando a história. E eu estava com
vontade de aperta-la.
–
O lobo deu um glito muito alto. Ele tinha queimado o rabo dele, mamãe... ele
não sabia do fogo e ele correu pla flolesta. E acabou a história, mamãe. – Anie
fechou o livro e sorriu para mim. – A senhola gostou?
–
Eu adorei, meu anjinho. – Falei e lhe dei um beijo na bochecha. – Agora que tal
tomar um banhinho pra gente ir na casa da tia Sophia?
–
TÁ! – Anie respondeu se levantando e dando um pulo.
–
Ok. Então vamos lá...
–
Eu quelo ir com o meu sapato novo, tá?
–
Tá... e eu acho que já conversamos sobre isso. – Falei fechando a porta e Anie
foi andando na minha frente.
–
Já. Eu só tô lemblando a senhola. – Ela me respondeu. Ri baixo. – E cadê meu
papai?
–
Está com preguiça de levantar. Acho bom você ir chamar ele mesmo.
–
Tá...
–
Só não corre. Eu já estou indo.
–
Não vou coler tão rápido, mamãe.
Pov
Arthur
–
A minha mamãe disse que o senhor tá de pleguicinha pra levantar, papai. A gente
vai na casa da tia Sophia agola.
Fazia
quase meia hora desde que Lua tinha saído do quarto para procurar Anie. Eu não
estava mais dormindo desde então. Lua ficou me irritando desde às duas e meia
da tarde, e meu sono foi embora.
–
Sua mãe é uma chata. Ela me irritou a tarde toda, isso ela não te diz. –
Retruquei ainda deitado.
–
Vamos logo, papai! Tô com saudades da tia Soph.
–
Você já tomou banho pelo menos?
–
Eu tô espelando a minha mamãe.
–
E onde ela tá?
–
Estou aqui. E não acredito que você ainda não levantou. – Lua entrou no quarto
com a toalha de banho da Anie no ombro e o shampoo da pequena na mão. – Vamos
tomar banho, filha?
–
Vamos. A gente vai na casa da tia Soph mesmo sem o papai?
– E quem disse que ele não vai?
–
E quem disse que eu não vou? – Indaguei e Anie deu de ombros.
–
O senhor não quer levantar pra ir tomar banho. – Respondeu.
–
Você vai tomar conta do meu banheiro, vou ter que esperar né?
–
Foi a minha mamãe que me chamou.
–
Eu já te disse que tua mãe é chata? Então...
–
Ha-ha-ha – Lua revirou os olhos e eu lhe joguei um beijo. – Vamos logo tomar
banho meu amor, que seu pai só quer confiança. – Finalizou e eu tentei segurar
o riso.
–
Vou tomar banho no banheiro do corredor suas chatas! – Falei e me levantei da
cama.
***
–
Papai? – Anie me chamou. Eu estava sentado no sofá.
Já
tinha tomado banho e me vestido; uma bermuda alaranjada, uma camisa cinza
estampada com guitarras de vários modelos e uma sandália.
–
Eu tô linda? – A pequena me perguntou.
Ela
vestia um shortinho vermelho, que tinha um cinto florido, uma blusa branca com
a estampa da minnie e calçava o tênis vermelho que tinha ganhado da Lua pela
manhã.
–
Você é linda, meu amor. – Respondi. – Está uma princesa... bem moderna. – Lhe
pisquei um olho e Anie sorriu de lado.
–
Obligada, papai. – Agradeceu e eu a puxei para meu colo. – Te amo, te amo.
–
Te amo, te amo. – Repeti. – E cadê sua mãe?
–
Minha mamãe tá terminando de se arrumar... Papai?
–
Oi, filha.
–
Cadê seu celular? Quelia jogar... – Anie me olhou piscando aqueles olhinhos
impossíveis de se negar alguma coisa.
–
Você só quer descarregar meu celular... – Respondi. Ele está no quarto e eu não
irei buscar.
–
Não. Eu não, papai.
–
Você sim. Quem é que mexe nele?
–
Você!
–
Eu não.
–
Eu é que não. – Anie resmungou cruzando os braços emburrada. Era Lua todinha!
–
Vamos? – Lua desceu a escada. – Anie está com essa cara por quê?
–
Meu papai...
–
Ela quer meu celular. – Revirei os olhos. – Vamos.
–
Quando eu falo pra ti, tu não me ouve.
–
Eu sei, loira. Eu sei. – Deixei claro. Lua sempre me dizia para não ficar dando
celular para Anie a hora que ela quisesse. – Ei? Nem me avisaram nada para eu
vestir minha blusa do mickey também.
–
Você não tem blusa do mickey.
–
Tenho um moletom, que inclusive foi você quem me deu.
–
Só tem porque eu dei.
–
Ér... – Sorri de lado e Lua revirou os olhos. – Agora vamos?
–
Vão indo... vou só avisar a Carla que já vamos.
–
Tá ok. – Concordei.
Lua
vestia uma bermuda jeans preta, um body também preto de mangas caídas de renda,
um sapatênis cinza do mickey e da minnie, um relógio preto do mickey e uma
bolsa pequena de lado preta.
–
Vem filha.
–
Vou espelar a minha mamãe. – Respondeu ainda de braços cruzados.
–
Sabia que criança birrenta é feio?
–
Eu nem sei o que é isso. – Anie deu de ombros.
–
É como você está agindo agora. – Falei.
–
Eu sou linda e não birrenta!
–
Ah ok, e modesta também.
–
Puxou pra você. Vem, vamos. – Lua voltou para a sala.
Segunda-feira
| 26 de Outubro de 2015 – 16 horas e 10 minutos – Casa da Sophia
–
Selá que a tia Sophia tá em casa.
–
Acho que sim, filha. Pelo que me recordo, hoje é folga dela.
–
Aperta a campainha aí. – Falei para Lua, que o fez.
–
Aaaah! Amor da dinda! Eu estava morrendo de saudades. – Sophia abraçou Anie,
que retribuiu o abraço na mesma intensidade.
–
Mas não foi nos visitar. Boa tarde, irmãzinha. – Lua comentou.
–
Eu tava com saudade também, titia.
–
Ai coisa linda! – Sophia deu um beijo na bochecha de Anie; depois de ter apertado.
–
Olha o meu sapato que eu ganhei da minha mamãe.
–
Noossa! Que lindo! Você está uma mocinha muito estilosa.
–
Obligada, titia. Cadê o tio Mika?
–
Está ali na sala jogando vídeo game.
–
EU QUELO! – Anie deu um grito junto com um pulo.
–
Filha! – Falei.
–
Desculpa.
–
Pode entrar, meu anjo. – Sophia disse e Anie adentrou a casa correndo.
–
E a gente vai ficar aqui fora? – Lua provocou.
–
Olha, não é uma péssima ideia.
–
Não vou dar os presentes que comprei para a minha sobrinha então. Que inclusive
era para a Anie ter dado, mas o vídeo game parece bem mais interessante.
–
Podem entrar. – Sophia riu.
–
Interesseira. – Lua pontuou e nos três rimos.
–
Vocês não vão entrar? – Micael
perguntou lá da sala.
–
Sophia não convidou! – Respondi.
–
Ai vocês dois são insuportáveis! – Ela exclamou e abraçou Lua. – Senti saudades
de você também.
–
Eu sei. Sou um amor de pessoa. – Lua comentou.
–
Não exagera. – Sophia riu. – Está tudo bem?
–
Está. E com você?
–
Estou dormindo bastante. Então está tudo ótimo. – Sophia riu e veio me abraçar.
– E você?
–
Estou bem também. Só quero lembrar a minha linda esposa, que pode ser um
sobrinho.
–
Intuição de mãe não falha, Arthur. E dona Emma me assegurou isso. – Sophia
comentou.
–
Uuhm... por isso que a dona Lua nunca disse que podia ser um menino.
–
Bobo! – Lua me deu um tapa no ombro e nós entramos na casa.
–
E aí, dude?! – Eu e Mika apertamos as mãos.
–
Tudo certo. – Ele respondeu. – A gente podia jogar de dupla.
–
Eu jogo mais tarde, primeiro quero conversar com a Soph.
–
Acho bom mesmo. Já basta Micael e Anie me trocando por vídeo game.
–
Dramática! – Lua pontuou.
–
Anie vai ser minha dupla. Não é, princesa?
–
É, titio.
–
Aceitou só porque ainda está chateada comigo. Não compro mais cookie de
chocolate pra você. – Falei e Mika riu alto, enquanto Anie fazia uma careta.
–
Você não quer jogar comigo, Aguiar?
–
Você é maravilhosa, querida. Vou adorar derrotar com você nossa dupla adversária.
–
A gente vai ganhar, titio.
–
É claro que vamos, Anie.
–
Se você fosse bom, dude, eu até acreditaria. – Debochei e Micael me mostrou o
dedo do meio.
–
Anie, entrega os presentes a sua tia, filha. – Lua chamou a pequena.
–
Os presentes?
–
Sim, Soph. Já deixo você admitir que sou uma tia maravilhosa.
–
Você vai se achar.
–
Não vou discordar. – Pisquei um olho.
–
Aqui, titia. É para o bebê. A senhola pode abrir logo? Eu ainda não vi também. Tô
culiosa. – Anie disse se apoiando nas pernas da tia.
–
Uuuuhm... então vamos logo ver o que é. Também estou muito curiosa. Obrigada,
querida. – Sophia deu um beijo na testa da Anie.
–
Nossa, que sapatinho lindo! Eu estou pirando com tantos sapatinhos fofos.
–
O bebê ainda nem nasceu e já tem quase mais sapatos que eu. – Mika comentou.
–
Que exagero, Micael. – Sophia o repreendeu.
–
Vale ressaltar que se for menino, Sophia vai ter que refazer o enxoval que ela
já começou.
–
Eu ainda não comecei nada.
–
Abre aquele quarto, Lua e me diz se ela ainda não começou mesmo.
–
Eu conheço minha irmã, Mika. Acredito em você.
–
Vocês são chatos. – Sophia bufou. – Só não consigo esperar que nem a Lua. Três meses
pra comprar as coisas? Ai não!
–
Minha mulher é sensata.
–
Me respeita, Arthur. Sou sensata também.
–
Aham tá. – Eu ri.
–
Esse sapato é a cara da Lua. Mas eu adorei que tem laço e strass.
–
Eu tenho bom gosto, Sophia. Quando é que você vai admitir?
–
Eu falei pra ela. – Comentei.
–
Eu sei que ela comprou só pra me provocar.
–
Eu nunca faria uma coisa dessas, maninha.
–
Tem outo, titia.
–
Sim, vamos ver, meu amor. – Sophia abriu a outra caixinha. – Ai meu Deus, ai meu
Deus! Que coisinha mais linda. Essas rendinhas são tão lindas...
–
Ai, Sophia... fala logo que adorou foi a cor.
–
Eu adorei também. Vocês sabem.
–
O outo é mais bonito. – Anie falou.
–
Por que será que a Lua é a sua mãe? – Sophia apertou as bochechas de Anie e lhe
deu um beijo. – A titia também tem um presente pra você, meu amor.
–
É?
–
É. Vou buscar.
–
Eu vou pedir um lanche pra gente. O que acham?
–
Uma boa ideia. – Lua respondeu.
–
Hambúrguer? – Micael nos perguntou.
–
Com Coca-Cola. – Lua acrescentou.
–
E batata-flita!
–
Sempre batata-frita, eu não esqueceria, querida.
–
Olha aqui, Anie. Espero que você goste.
–
Você vai querer hambúrguer também, Soph?
–
Vou, amor.
–
Obligada, titia. – Anie abraçou Sophia.
–
De nada, meu amor. – Anie começou a rasgar a embalagem do presente.
–
UAU! Que blusa linda.
–
É lindona mesmo né? Achei sua cara, procurei outra cor, mas não tinha. Eu juro.
–
Imagino. – Lua ironizou. E nós rimos.
***
Pov
Lua
–
Você está bem mesmo?
–
Estou, Luh. Fui ao médico semana passada, está tudo bem comigo e com o bebê. Você
acha que eu posso estar enganada?
–
Tem cinquenta por cento de chance. – Respondi e Sophia sorriu de lado.
–
É que eu estou muito segura. Você estava também né?
–
Eu preferir não acreditar em nada sem ter certeza. Não criei expectativas,
Soph. Achei que soubesse.
–
E Mel? Ela acha que é menino.
–
De tanto Arthur falar. – Ri. – Mel também não está criando expectativas.
–
Eu só comprei umas coisinhas. Mika que é exagerado.
–
Eu estou imaginando essas coisinhas, Sophia.
–
É sério, Lua. O quartinho só quando eu souber...
–
Mas as roupinhas...
–
Ai Luh, eu não consigo. São tão lindas. Você viu o que aconteceu quando fui comprar
as coisas da Anie com você.
–
Como esquecer? Lembro daquele pijama de cinco anos que você queria trazer até
hoje.
–
Ele era lindo!
–
Pink e com gliter. Que coisa feia. Credo!
–
O gliter fazia ele ser diferente.
–
Exótico. Isso sim.
–
Do contra.
–
Minha filha ia se espantar com aquilo.
–
Não vou discutir com você. Vamos mudar de assunto. O que tá fazendo nesse restinho
de férias? Além de transar muito, eu suponho.
–
Idiota! Eu estou aproveitando mesmo. Micael falou quando voltam? Arthur não diz
nada.
–
Não. Fica me enrolando. Mas creio que por agora, já que tiveram reuniões e
ficaram esses meses descansando. Você volta agora dia dois?
–
Sim. E eu já estou com saudades... fiquei bem mal-acostumada.
–
Imagino...
–
Só pensa besteira, Sophia.
–
E eu estou errada?
–
O começo não foi nada bom...
–
Eu sei, desculpa.
–
Tá tudo bem, Soph. A gente tá seguindo em frente. Arthur é maravilhoso. Quero casar
de novo com ele todos os dias... só não quando ele me irrita. – Ri e Sophia me
acompanhou.
–
Micael está me irritando menos agora... isso é bom.
–
Arthur nunca me irritou menos. Acho que eu estranharia.
–
Vocês são estranhos.
–
A gente transou muito em Brighton. Me senti em uma lua de mel.
–
Vocês limparam tudo depois? Tipo, secaram a piscina?
–
Você é muito idiota, Sophia! A gente conversou muito também e tomamos decisões.
Isso está sendo tão importante.
–
Fico feliz por vocês, Luh. – Sophia segurou minha mão. – Vocês merecem, sabe
disso.
–
É que não é mais tão fácil.
–
Eu sei. E até hoje espero você me contar... – Sophia suspirou. – o que talvez
eu já saiba.
–
A gente achou que soubesse... mas na verdade, aquele exame foi equivocado. Mas ainda
não temos certeza de nada. Mas Arthur está comigo. Ele vive repetindo isso, às
vezes parece que esqueço. Mas eu só sinto medo. Você sabe que ele sempre quis
filhos.
–
Eu sei, Lua.
–
Sempre tive medo de não dar conta, Sophia. Não tenho a menor paciência. Você
sabe que foi por isso que demorei a engravidar da primeira vez.
–
Eu também sinto medo, Lua. É natural. É tudo tão novo.
–
E se eu não puder mais...
–
Você já perguntou isso a ele?
–
Ele disse que tudo bem, que nada vai mudar. Você sabe como ele é.
–
Acho que você tem que ficar bem, seja qual for o resultado. Você tem que querer
por você e não só por ele. Arthur não ia concordar se fosse só por ele.
–
Eu quero, Sophia. Ele jamais ia querer se fosse assim. Acho que é por isso que
ele entende.
–
É claro, Luh. Você não encontraria outro Arthur desse... – Ela apontou para
trás e eu me virei.
–
Vamos jogar? – Arthur sorriu de lado ao estender uma das mãos.
–
Vamos, que eu quero ganhar.
–
Você ainda tem dúvidas?
–
O bom é que a Anie sabe perder. – Sophia comentou e eu ri.
–
Ela não sabe perder, mas sabe jogar como gente grande. – Arthur falou.
–
O que eu vou ganhar?
–
Uhm... em casa eu te mostro. – Arthur me puxou pela cintura.
–
Tranquem a porta. – Sophia riu alto.
–
Toma, Lua. – Micael me entregou um controle.
Me
sentei no sofá entre Anie e Arthur, e Mika do lado da Anie. O jogo começou.
–
Arthur isso não vale!
–
Claro que vale, dude. Tá no jogo ou não sabia? Anie tem três anos e sabe desse
poder.
–
Eu falei pra ele marcar umas aulas com ela, é por isso que não me interesso por
vídeo game. – Sophia provocou.
–
Hahaha que engraçadinha. – Mika revirou os olhos.
–
Você não vai falar nada, Lua?
–
Ela e Anie não sabem falar e jogar ao mesmo tempo. – Ouvi Arthur responder.
–
Por isso que você fez questão de ensinar isso a ela. Agora eu saquei!
–
Cala a boca vocês dois. Estão me desconcentrando. A gente vai perder assim, Arthur.
–
Não vamos não. Tô doido pra ganhar esse Jack
Daniels Single Barrel.
–
O quê? – Quase gritei.
–
Ai então ganha, Arthur. Que eu não aguento mais o cheiro desse uísque.
–
Sophia! – Disse Micael revoltado.
–
Eu não acredito que você apostou um uísque, Arthur! – Exclamei.
–
Foi por isso que eu te disse que em casa daria o teu prêmio.
–
E quem disse que vocês vão ganhar?
–
Três a um, isso te responde? – Arthur provocou.
–
Eu só sei que eu quelo batata-flita.
–
Não acredito que vocês enrolaram minha filha com batata-frita.
–
Foi ela quem pediu. – Arthur se defendeu.
–
Um mês mamãe.
–
Tá vendo? Nossa filha mais esperta do que a gente já sabe.
–
E o Micael quer o quê?
–
Um mês de lanche também. – Arthur revirou os olhos.
–
Acho bom o meu prêmio valer a pena. – Retruquei. – Não vou pagar um mês de
lanche.
–
Aah, Lua... você vai adorar, meu amor. – Arthur sorriu maroto. Como é que faz
pra beijar sem tirar os olhos do jogo?
–
Lua seu celular tá apitando. – Sophia falou. – É uma mensagem.
–
Vê aí... acho que é da clínica.
–
Boa tarde, Lua Abrahão Blanco. Seus exames ficaram para quarta-feira.
Motivo, o médico precisou viajar. – Sophia
Leu a mensagem.
–
Médico? – Arthur perguntou.
–
É o que está escrito aqui.
–
Obrigada, Sophia.
***
–
Um Jack Daniels Single Barrel novinho. – Arthur comemorou. – E mais o seu
presente surpresa. – Ele sussurrou em meu ouvido.
–
Acho que eu já sei o que é.
–
Não é sexo, Lua. – Ele deixou claro. – Apesar de que vamos transar, ainda mais que
o exame ficou para quarta. Você merece um presentinho... achei que tinha
desaprendido a jogar.
–
Eu tive um ótimo professor.
–
Você podia dizer isso a ele.
–
Ele é muito convencido.
–
Te amo, loira. – Arthur beijou meu ombro.
–
Quelia ter ganhado.
–
Pelo menos você não vai comer batata-frita todos os dias. O que deu em você pra
aceitar isso, Arthur? – Perguntei, mas ele só riu.
–
Tô com sono... – Anie disse esfregando os olhinhos.
–
Nós já vamos, bebê. – Arthur deu um beijo na testa da filha.
–
Nós já estamos indo, Soph. Boa noite.
–
Boa noite, Luh. Obrigada pelos presentes e pela visita. Eu adorei.
–
Eu adorei passar a tarde aqui com vocês. – Nos abraçamos. Anie estava no colo
do pai.
Nos
despedimos de Sophia e Micael e fomos para casa.
Continua...
SE
LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA!
N/A: Boa noite, meus amores! <3 tudo bem com vocês? Espero
que sim.
O
que acharam do capítulo? Comentem tá? É muito importante saber o que vocês estão
achando, e eu venho dizendo isso em todos os capítulos. Ficaria ainda mais
contente se todos que lessem deixassem um comentário.
Anie
é a coisinha mais fofa desse mundo fictício haha <3 amo muitão! E vocês?
Abriram
os links? Se sim, comentem o que acharam dos looks e dos presentinhos. É em vão
ou vocês visualizam esses links? Para que eu possa continuar tendo o trabalho
de disponibiliza-los.
PS: Já
estou de férias e pretendo atualizar o máximo que conseguir a fanfic para vocês!
Um
mega beijo e até a próxima atualização...
Amei os presentinhos ! São lindos ! Será que o Arthur vai ficar com ciúmes desse tão médico ? E qual será a surpresa do Arthur pra lua ? Quero hot no próximo cap hein 😂🔥 ! Amei Mille ♥️
ResponderExcluirUuuuhm... será?! hahaha Arthur tem ciúmes de tudo. Ah! A surpresa é só um presentinho que ele sabe que ela ama.
ExcluirPs: Vai ter HOT 🔥🌚 dona, Lis.
Muito obrigada pelo comentário, fico tão feliz! 😃😍
Que capítulo maravilhoso!❤ Amo quando o Arthur irrita a Lua e Anie da vontade de aperta! Já quero saber qual é a surpresa do Arthur pra Lua! ❤
ResponderExcluircarla
Hahaha confesso que eu também amo escrever ele nesses momentos! 😂
ExcluirSobre a surpresa: é só um mimo. Lua ama!
Muito obrigada pelo comentário, Carla. Fico tão feliz! 😃😍
Milly sua linda,pq vc sempre nós deixa mais ansiosa para o próximo cap.? Lua irritando o Arthur é um amorzinho. E essa visita a soph e mika muito bom esse momento deles juntos. amei os looks e principalmente os presentes,coisas infantis são sempre lindaaas. Awn anie sempre um amorr, foi uma boa jogadora ela ♥ acho que o arthur vai ficar com ciumes desse médico. Xx adaline
ResponderExcluirAi, Ada sua linda! 😍 desde já, muito obrigada pelo comentário! Fico tão feliz! 😃
ExcluirAaaah... é só um charminho haha curiosidade faz parte.
Arthur é bem ciúmento mesmo... mas talvez esse médico nem apareça. 🤐
Anie é a bebê mais fofa. Ai que vontade de apertaaaaaaaar...
Lua e Arthur não tem jeito, tem que se irritarem sempre hahaha ❤
Que capítulo maravilhoso!já tava com saudades! ❤
ResponderExcluirMuito obrigada! 😍❤
ExcluirQue saudades dessa web
ResponderExcluirAnie sempre fofa
E Arthur e o homem que eu peço a Deus todos os dias kkkkkkkkkk
Amei amei o capítulo
Aaaah... eu também estava com saudades...😩
ExcluirEu tenho vontade de pôr a Anie em um potinho (já falei isso aqui) hahaha 😍
Deus já deve estar cansado de ouvir esse pedido das leitoras e da autora de LA haha
Muito obrigada pelo comentário, fico feliz! 😃😍
Milly arrasou como sempre, amei o capítulo, adoro quando eles se juntam e risadas garantidas kkk já quero ler a surpresa que espera a lua em casa kkk
ResponderExcluirJá quero ler o proximo, vc tem o talento de escrever e deixar o leitor com um gostinho de quero mais *____*
Carol
Muito obrigada, Carol! 😍 Você e seus comentários são sempre um amor...❤
ExcluirHahahaha safadheeenha... 🔥 mas vai ter hot sim, porque eu também A D O R O ! 🌚
Não demorar
ResponderExcluirAaaaaaaaa������
ResponderExcluirLua toda curiosa. Adorei presentes.esses ciumes Arthur. By sofia
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