Little
Anie
Pov
Lua
Segunda-feira
| 26 de Outubro de 2015 – Sete e dez da manhã.
–
Bom dia. – Arthur me apertou em um abraço tão aconchegante, que me fez querer
ficar ali para sempre, sem me importar com nenhum resultado. Beijou minha
bochecha carinhosamente antes de roçar os lábios por ela.
–
Bom dia. – Respondi me aproximando ainda mais dele, como se ainda pudesse.
–
Como a minha bebê está?
–
Nervosa. – Admiti.
–
Não fique nervosa. Já conversamos sobre isso, certo? Estou com você, meu amor.
– Arthur assegurou daquele jeito que só ele sabe. – Você já é uma mulher
incrível, Lua. E isso é tudo que você precisa saber. Sabe por quê? Porque eu já
tenho a certeza disso, e nenhum resultado vai mudar a mulher, a companheira, a
amiga maravilhosa que eu encontrei em você e continuo encontrando todos os
dias, a mãe dedicada, atenciosa, preocupada, incrível da minha filha. Você é a
mulher que eu sempre quis, loira. Talvez menos estressada. – Brincou, não
deixando escapar. – Mas que eu já aprendi a conviver, e quero passar o resto da
minha vida com você, independentemente de qualquer resultado, esse é o meu
desejo. E sei que você já sabe. Só estou reforçando, caso você faça questão de
esquecer. Está me ouvido? – Chamou minha atenção.
Eu
o olhava tão vidrada, que só percebi que as lágrimas desciam, quando Arthur
passou o polegar pela minha bochecha.
–
Não chore. – Me pediu. – Estou com você, querida. Assim como você esteve comigo
em todos os meus sonhos, e aceitou embarcar neles comigo, mesmo não sendo os
seus. Quis construir uma família comigo, como eu tanto queria com você.
Realizou meu maior sonho. Disse que daria certo tantas coisas quando elas
pareciam tão difíceis. Estou com você, Lua. Seja qual for o resultado, seja
qual for a sua decisão. Porque eu aprendi a insistir com você pra te encorajar,
quando sei que algo está te deixando insegura. Como também sei deixar pra lá,
quando sei que você já tomou sua decisão.
–
Eu sei... que você sabe, amor. – Consegui dizer.
–
Então tenta ficar tranquila. – Me pediu. – É só uma consulta.
–
Eu não consigo parar de pensar nos exames, Arthur. – Confessei e Arthur
acariciou minha bochecha.
–
Estou vendo, Luh. Você vai acabar passando mal desse jeito. – Me avisou. E eu
sorri completamente nervosa.
–
Quero que você entre comigo.
–
É claro que eu vou entrar. Já te falei isso. – Ele deixou claro. E me abraçou
mais forte, mordendo levemente meu pescoço enquanto descia os dedos pelas
minhas costas. Meus seios estavam contra o peito dele, e minhas pernas entre as
dele. Na noite passada, eu acabei dormindo apenas de calcinha, fiquei tão
nervosa com essa consulta, que comecei a soar tanto, que parece que o ar estava
queimando o quarto. – Você fica toda arrepiada. – Arthur comentou descendo o
dedo indicador pela extensão do meu braço.
–
É que você sabe provocar isso. – Respondi. E Arthur sorriu ao me encarar. – Eu
amo tanto essa intimidade que existe entre a gente. – Acrescentei encarando-o.
–
Eu também. Nunca vi igual. – Me disse. – Por isso que as pessoas não entendem.
–
Às vezes tenho a sensação de que você me conhece melhor que eu mesma. –
Confessei.
–
E eu tenho a sensação de que você me conhece melhor que eu mesmo. – Arthur
repetiu. – Quando foi que isso aconteceu?
–
Quando você foi comigo na minha primeira consulta à ginecologista. – Respondi
rindo junto com Arthur que acabou concordando.
–
Seu nervosismo não mudou nada. – Arthur observou, apertando minha cintura
levemente.
–
Vou tomar banho. – Avisei lhe dando um selinho.
–
Tá. A consulta é às nove. – Arthur me lembrou. Ele tinha visto a mensagem que
tinha chegado mais cedo da clínica.
–
Tá.
Levantei
da cama e fui direto para o banheiro sentindo a mirada de Arthur nas minhas
costas nuas.
–
Aposto que deve estar admirando meu bumbum. – Provoquei lhe lançando uma mirada
sobre os ombros.
–
Sempre que você deixa à mostra. – Admitiu. – Vou tomar banho com você. – Arthur
levantou-se da cama.
–
Só se... – Comecei, mas ele me interrompeu ao me abraçar por trás.
–
Eu me comportar ou for só banho?
–
Aai... é que eu não consigo resistir.
–
Huuuum... eu sei! – Ele cheirou meu pescoço. – Vou fazer só o que você quiser. –
Deixou claro e me virou de frente pra ele.
–
Aí que tá. Eu quero! – Admiti e Arthur riu alto. – Você é linda... e muito
safada! – Sussurrou ao pé do meu ouvido.
–
Você gosta. Não pode negar.
–
Só posso concordar. – Respondeu e eu assegurei. Arthur me deu um selinho e me
soltou. – Vou tirar a barba, o que acha?
–
Não, Arthur! – Exclamei. – Você tá tão sexy de barba, meu amor. Com cara de
homem.
–
Com cara de homem é? Quer dizer que eu não tenho cara de homem sem barba, Lua
Blanco? – Arthur ergueu as sobrancelhas e eu comecei a rir.
–
Eu não disse isso... – Respondi lhe dando vários beijos no rosto.
–
Mas foi isso que eu ouvi. – Arthur apertou meu nariz. – Vamos tomar banho ou
vamos acabar nos atrasando.
–
Não sei se você percebeu...
–
Sim. Percebi logo quando falou do bumbum e depois que queria transar. Porque
sei que não está com cabeça pra isso. – Arthur me puxou para um abraço e beijou
minha testa. – Não precisa disso, Lua. Estou com você, meu anjo.
–
Eu sei que está, Arthur. Obrigada!
–
Te amo. Agora vamos tomar banho.
Arthur
me puxou para debaixo do chuveiro. Eu queria demorar tudo o que eu nunca
demorei no banho, mas não era o momento certo para isso. Ele saiu primeiro que
eu, e disse que se caso eu demorasse, ele viria me buscar.
Quando
cheguei ao closet, Arthur já estava vestido. Agora ele calçava só os sapatos.
–
Demorou, hein?! – Comentou e eu apenas concordei balançando com a cabeça e
dando um meio sorriso. – Já te disse várias vezes que é só uma consulta, Lua.
–
Eu sei, Arthur. Mas não posso evitar ficar nervosa. Estou pensando nos exames
também. Você sabe!
–
Sem estresse, loira. Sem estresse. – Me pediu.
–
Desculpa. – Falei e fui procurar minha roupa. – Fecha aqui. – Pedi me virando
de costas para que Arthur fechasse o fecho do meu sutiã.
–
Sou especialista em abrir.
–
Eu sei. – Rir junto com ele.
Terminei
de vestir minha roupa e calçar meus sapatos. Penteei meus cabelos, passei base,
pó compacto, rímel e batom. Arthur já havia descido para tomar café e já fazia
mais de meia hora que eu encarava o espelho.
–
Lua? Você já está pronta? – Ouvi Arthur perguntar. – Lua?
–
Oi.
–
Já são oito e vinte.
–
Vamos.
–
Você não vai tomar café?
–
Não. Eu não vou conseguir comer nada.
–
Luuuh...
–
Por favor, Arthur. – Pedi.
–
Tudo bem, não vou insistir. Pega a sua bolsa... já pegou aqueles exames? – Me
lembrou.
–
Sim. Estão na bolsa. – Respondi.
–
Ok. Vou pegar minha carteira e a chave do carro.
–
Anie ainda não acordou?
–
Por incrível que pareça, não. Já fui vê-la.
–
Vou dar uma olhadinha nela antes de irmos. – Avisei e saí do quarto.
–
Vou te esperar no carro.
***
Saímos
de casa oito e meia. Anie ainda não tinha acordado, lhe dei um beijo antes de
sair de casa. Por mais que fosse outono, o sol tinha resolvido aparecer nessa
segunda-feira.
–
Será que vamos nos atrasar?
–
Acho que não, Lua. O trânsito está tranquilo.
–
Você acha que ela vai pedir pra você fazer exames também?
–
Você tá se preocupando com isso também?
–
Não chega a ser uma preocupação. Porque você sabe que não precisa fazer,
Arthur.
–
Por que não? Se for eliminar essa dúvida, eu posso fazer sem problemas. –
Arthur me respondeu tranquilamente. Virei o rosto para a janela e acabei
fixando meu olhar nos carros que passavam.
–
Sou eu, Arthur.
–
Faz quase três meses que você fala isso.
–
Se eu te pedir uma coisa, você faz?
–
O que você quiser. – Arthur respondeu ao estacionar o carro em frente a
clínica.
–
Não quero voltar pra casa depois da consulta. – Comecei. – A gente pode ir a
outro lugar?
–
Claro. Onde você quiser. – Arthur me puxou para um abraço. – Te amo. – Disse e
beijou minha bochecha. – Vamos?
–
Vamos. – Respondi. – Eu acho. – Acrescentei.
–
Estou com você, Luh. Se isso faz alguma diferença.
–
Você sabe que faz, Arthur.
–
É que as vezes não parece.
–
Só estou nervosa. Você tá cansado de saber.
–
Vamos logo. Não quero discutir com você hoje. – Arthur deixou bem claro.
–
Nem eu. – Retruquei. Mesmo sabendo que era eu quem havia começado.
Saímos
do carro e atravessamos a rua e antes de pisarmos na calçada da clínica, Arthur
procurou pela minha mão. Eu me sentia segura dessa forma e gostava de pensar
que ele sabia disso.
–
Você me faz perder a paciência mais rápido que a nossa filha. – Arthur
comentou.
–
Eu sei. – Admiti tentando conter o riso.
–
Eu sei que sabe. Só gosto de te lembrar. – Esclareceu.
–
Nunca esqueço. – Comentei antes de soltar a minha mão da dele e ir falar com a
moça da recepção. – Bom dia.
–
Bom dia.
–
Eu marquei uma consulta pra hoje às nove horas, com a doutora Eliza.
–
Seu nome completo, por favor.
–
Lua Abrahão Blanco.
–
A doutora Eliza já começou as consultas. Está atendendo por ordem de chegada. A
não ser que senhora tenha prioridade.
–
Não tenho. – Respondi.
–
A senhora é a terceira, pode aguardar sentada aqui. Tudo bem? Irão chamar a
senhora.
–
Tudo bem, obrigada.
–
De nada. Tenha um bom dia.
–
Igualmente. – Respondi e segui para a sala de espera, Arthur veio atrás de mim.
–
Você quer uma água?
–
Não, Arthur. Obrigada. – Falei me sentando em uma das cadeiras.
–
Você está mais tranquila?
–
Não se você continuar me fazendo perguntas.
–
Parece que agora eu quem estou nervoso.
–
Sim. Estou percebendo.
–
Eliza já conhece você a bastante tempo.
–
Sim, há dez anos.
–
É muito tempo, loira.
–
Você não está falando dela. – Pontuei.
–
Não. Estou falando de nós.
–
É você quem quer água? – Brinquei e Arthur riu.
–
Não, engraçadinha.
–
Você não é um bom acompanhante.
–
Agora que você me diz isso? Dez anos depois?
–
Mas é o único que eu tenho.
–
Estou aqui por falta de opções? É isso, Blanco?
–
Não que eu queria ter outras opções. – Respondi dando-lhe um beijo no canto da
boca e Arthur sorriu.
– Lua Blanco, Katharina
Wolies, Ely Markes. – Nossos nomes foram chamados.
–
Me senti como se tivesse perdida.
–
Eu pediria pra chamarem seu nome. – Arthur me disse rindo baixinho.
–
É a sua cara isso. – Retruquei e me levantei junto com ele e fomos até o
corredor que ficava a sala da doutora.
–
Eu sempre me esqueço que além de ginecologista ela é obstetra. – Arthur
comentou ao ver duas mulheres grávidas. Uma já estava lá quando chegamos, a
outra foi chamada junto comigo.
–
Elas sempre ficam te olhando.
–
Sou o único homem aqui, Lua.
Era
engraçado, mas isso sempre acontecia. Até nas consultas da Anie com a pediatra.
As mulheres sempre encaravam Arthur como se ele estar ali fosse muito estranho.
–
Mas acho que ela estão olhando pra sua roupa.
–
A tá e o que tem a minha roupa? – Indaguei e Arthur me encarou.
–
Sexy sem ser vulgar. – Respondeu baixo. E eu acabei dando um beliscão nele. –
Eu só respondi o que você me perguntou. Não tenho culpa se você é gostosa.
–
Arthur fala baixo ou eu vou te matar.
–
Eu estou praticamente sussurrando. – Ele se defendeu.
–
Se você falar sacanagem lá, eu vou te bater.
–
É uma coisa séria, Lua. Não vou falar sacanagem. Até parece que você não me
conhece.
–
Eu estou falando justamente porque eu te conheço. – Falei e Arthur me encarou
com a cara cínica.
–
Estou falando sério, Luh.
–
Eu também.
A
mulher que estava no consultório logo saiu e eu entrei com Arthur.
–
Bom dia, Eliza.
–
Bom dia, Lua. Bom dia, Arthur.
–
Bom dia. – Arthur respondeu.
–
Eu até fiquei surpresa quando vi seu nome. Você costuma marcar consultas só no
fim do ano.
–
É... é que andou acontecendo umas coisas... – Comecei.
–
Que coisas?
–
Eu perdi um bebê em agosto, Eliza.
–
Eu sinto muito, Lua. O que aconteceu?
–
Foi um aborto espontâneo. E pra começar, eu nem sabia que estava grávida.
Depois disso, eu fiz uns exames que o médico pediu e ele falou que eu não
poderia mais engravidar. Mas a verdade é que nem eu e nem Arthur prestamos
muita atenção ao que ele falou depois de nos dar essa notícia. Eu não sei... eu
não sei... quero fazer outros exames.
–
Você está com os exames aí?
–
Sim. – Respondi e tirei os exames da bolsa e os entreguei a ela.
–
Deixa eu ver... – Ela ficou analisando os exames por alguns longos minutos. –
Você não fez esses exames aqui?
–
Não. A Mel me levou pra emergência. Arthur não estava em Londres. Fiz os exames
no hospital.
–
Lua, você já tem uma filha. Vocês já
tem uma filha. Não posso concordar com o resultado desse exame que afirma que
você é infértil, mesmo depois do aborto. Mas eu posso dizer a vocês que o
doutor George, acabou se equivocando ao dar o resultado desses exames. A biópsia
do endométrio, só pode ser realizada no vigésimo quarto dia do ciclo menstrual.
Você teve um aborto, esse exame não deveria ter sido realizado. O resultado
dele não pode ser considerado. Não sei se vocês estão me entendendo. – Eliza
nos encarou.
–
Mas se esses resultados estivessem errados, eu já teria engravidado. Eu parei
com as pílulas e a gente nem tá se prevenindo. – Olhei para Arthur, mas ele
estava tão sério, que eu não conseguia saber o que ele estava pensando.
–
Da primeira vez demorou também. Eu acompanhei vocês. Estavam tentando?
–
Não. – Respondi. – Não colocamos expectativas dessa vez.
–
Estaria correto pedir a histerossalpingografia hoje, dois meses depois do
acontecido. O seu útero naquele momento não estava em condições de ser
avaliado. Eu posso estar dando esperanças a vocês.
–
Acho que está. – Arthur falou baixou.
–
Me escutem, podemos refazer esses exames e eu posso pedir novos exames.
–
Quais seriam os outros? – Indaguei.
–
Além da biópsia e da histerossalpingografia, eu posso pedir a histerossonografia
e também dosagem hormonal e ultrassom transvaginal, esses dois últimos serão
acompanhados no seu ciclo menstrual. Você já menstruou esse mês?
–
Não. Mas como sempre foi regulado, você sabe. Era pra ter vindo dia vinte e
quatro.
–
O médico disse que é normal não descer alguns meses depois de um aborto. Se
passe de três meses, era pra ela procurar um médico. – Arthur explicou como eu
havia dito a ele.
–
Sim. Isso acontece. – Eliza afirmou. – Mas eu já posso pedir a histerossalpingografia,
histerossonografia e a ultrassom transvaginal para avaliar o útero, as
trompas... A biópsia, a dosagem hormonal e novamente outra ultrassom
transvaginal podem ficar para mês que vem. Vamos fazer o acompanhamento do seu
ciclo. Alguns você já sabe.
–
Sim. – Afirmei.
–
Se esses exames derem normais...
–
Arthur, podem haver alterações, mas posso garantir, levando em conta todo o
acompanhamento que já venho fazendo com a Lua ao longo desses anos de que uma
infertilidade cem por cento, sem chance de uma nova gravidez usando todos os
métodos e falo aqui da fertilização in vitro e da inseminação artificial, está
praticamente descartada.
–
Ainda temos chances? – Arthur perguntou, enquanto eu ainda tentava processar
essa última resposta de Eliza.
–
Só não posso afirmar quantas. Não vai ser um processo fácil. Os dois precisam
estar preparados.
–
Preciso fazer algum exame?
–
Não podemos descartar essa possibilidade. Só os exames. Um teste pós-coito por
exemplo, pra saber da incompatibilidade entre os óvulos e espermatozoides. Eu
não pediria a vocês.
–
A gente teria que transar aqui?
–
Arthur! – Quase gritei completamente constrangida. Eliza riu.
–
O que foi? O nome é bem sugestivo.
–
Não deixa de ser. Você está certo.
–
Da última vez que fizemos isso, você não falou desse exame.
–
A clínica começou a fazer esse exame recentemente. Mas não necessariamente
vocês transariam aqui. Mas teriam que transar em algum outro lugar. Teriam que
estar alguns dias sem transar...
–
Ainda bem que esse exame não é necessário. – Arthur ressaltou. E eu neguei com
a cabeça. – Pode continuar, Eliza.
–
Seria analisado o muco colhido após a relação sexual. Essa abstinência sexual é
necessária para que haja uma coleta considerável desse muco e claro, do
comportamento dos espermatozoides. Eu posso pedir um espermograma novamente pra
você.
–
Já disse que pra ele que o problema não está nele. Mas você conhece ele. –
Falei ao encarar Arthur.
–
E eu já disse pra ela que posso fazer os exames sem problemas se for pra
descartar qualquer dúvida. Mas você conhece ela.
–
Conheço muito bem os dois. Eu posso marcar logo os três primeiros exames?
–
Sim. Quanto mais rápido, melhor. – Respondi e Arthur concordou.
–
Ok. Vou fazer uma ligação para ver as datas disponíveis.
Minutos
depois...
–
Os três estão disponíveis para amanhã e os resultados estarão prontos na sexta.
Daí só dia dez de novembro. Só duas vezes no mês que fazemos esses exames.
–
Pode marcar pra amanhã. Não vou aguentar ficar esperando. Fico pensando um
monte de coisas.
–
Imagino. Mas tenta relaxar. Vamos fazer de tudo, certo?
–
Certo. Obrigada, Eliza.
–
De nada, Lua. A moça da recepção irá lhe mandar uma mensagem com o horário de
amanhã, ok?
–
Ok. Vou aguardar.
–
Tchau, Arthur.
–
Tchau, Eliza. E obrigada. – Ele sorriu.
–
De nada. Tenham um bom dia.
–
Você também. – Eu e Arthur falamos juntos.
Saímos
do consultório com um sorriso no rosto.
–
Eu disse pra você relaxar. Você deveria me ouvir de vez em quando. – Arthur
comentou.
–
Eu ainda estou nervosa. Mas estou feliz e isso me deixa com medo.
–
Estou feliz, Lua. E acredito que teremos um bebê, embora demore. O que você
acha?
–
Prefiro esperar os resultados.
–
Te amo mesmo assim. – Arthur me puxou para um abraço de lado.
–
Aonde você vai me levar?
–
Gostaria de levar para um motel, mas você me mataria se isso acontecesse. – Respondeu
e eu lhe dei um tapa.
–
Eu estou falando sério, Arthur.
–
Vamos ao shopping, Lua. Lá a gente decide o que fazer.
–
Quero um milk-shake.
–
Ok.
***
–
Vamos entrar nessa loja?
–
Lua? Você disse que ia esperar o resultado dos exames. E agora quer entrar em
uma loja de bebês?
–
Não é pra mim, Arthur. Quero comprar um presente para o bebê da Sophia e para o
nosso afilhado.
–
Aaah... já concorda comigo que é um menino?
–
Você tá mundo perguntador hoje, eu hein! Vem... – O puxei para a loja.
Fiquei
admirandos os tênis de bebês e imaginando que Sophia ia pirar se eu desse um de
tachinha que estava namorando na prateleira... a se coubesse nos pés da Anie.
–
Lua? Você nem sabe se é menina ou menino.
–
Sophia está segura de que é uma menina. E você convicto de que é um menino. –
Dei de ombros.
–
Eu estou adorando provocar vocês, meu amor. Mas eu não tenho certeza de nada.
–
Eu te com conheço, Arthur.
–
Aaaarg! Vamos logo, Luh. Escolhe aí...
–
Você tá muito impaciente pra quem concordou em sair comigo.
–
Tá. Desculpa, meu amor. Escolha aí com calma. Vou me sentar ali.
–
Nem inventa! Fica aqui comigo, me ajuda a escolher.
–
Aah, Luh.
–
Você tem bom gosto, Arthur. Por isso gosto de sair com você.
–
Mais cedo você disse que eu era a sua única opção.
–
Me lembro de ter falado também que eu não quero ter outras opções.
–
Tá, eu fico. Só porque você tá implorando.
–
Hahaha... tá. – Soltei um riso irônico. – O que você achou dessa sapatilha
cinza? Está tão lindinha.
–
Sim, para uma filha que seria nossa, Lua. Soph gosta de rosa, muito rosa.
–
Eu posso levar esse rosa também. Gostei dele! É um sapatinho bem fofo de laço e
renda, além de rosa é claro.
–
Tá bom, os dois estão lindos, querida.
–
Vou levar então. – Falei pegando os dois sapatos. – Olha, Arthur.
–
O quê?
–
Aqui não vende coisas só de bebês. Olha... – Apontei para outras prateleiras
com sapatos bem maiores para crianças do tamanho da Anie. – Ai meu Deus! Olha
esse tênis vermelho escuro. – Falei pegando-o. Arthur riu.
–
É a sua cara e a cara da Anie, Lua.
–
Vou levar para o nosso bebê. Ela vai adorar.
–
Com certeza.
–
Vamos ver agora para o filho da Mel.
–
Lua, pode ser uma menina.
–
Até a Mel acha que é um menino, de tanto que você já falou isso.
–
Olha esse conjuntinho... Tá muito menininho estiloso.
–
Principalmente porque é cinza.
– Ah,
Arthur, para!
– Vou levar esses bodys também. Adorei que são de ancoras.
Peguei as peças de roupas e Arthur os sapatos e fomos até o
caixa. Ele queria pagar, mas como os presentes eram meus, eu não deixei e
paguei a conta. Saímos da loja e Arthur foi comprar o milk-shake que eu havia
pedido a ele ainda no hospital.
– Olha que relógio maneiro, Lua. – Ele apontou para um
relógio azul, com detalhes prateados e amarelo que estava na vitrine.
– Você fala de mim por conta dos sapatos e eu falo de você
por conta dos relógios.
– Mesmo assim você me dá relógios e eu te dou sapatos. – Arthur
sorriu.
– É. – Concordei. – Vamos entrar.
Entramos na loja e Arthur experimentou o relógio e resolveu
comprar. Depois fomos até a praça de alimentação e pedimos hambúrguer com
batata-frita e refrigerante.
Continua...
SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA!
N/A: BOOAA NOOITE! Olá? Estão surpresas? Hahaha
Essa
semana eu estou sem aula, então resolvi atualizar a fic. Não comentei nada lá
no grupo porque eu poderia não conseguir, mas graças a Deus, deu certo!! Quem
gostou aí comenta!!!! Hahaha
Abriram os links? Gostaram dos looks e dos
presentinhos? A essa altura quem leu o especial de natal já sabe que os bebês
de Sophia e Mel são respectivamente menina e menino, certo?
A
esperança de vocês também cresceu junto com a da Lua e do Arthur depois dessa
consulta? E aí, o que esperam? Comentem tá?!
Um super beijo e até a próxima atualização.
Ahhhhhh ! Nem acredito que agora há uma chance da lua ter um bebê ❤️❤️❤️❤️❤️
ResponderExcluirAwn esse capítulo esta demais, mais um arraso milly *___* que saudade que eu estava de ler essa web
ResponderExcluirAmo o companheirismo desses dois, estou torcendo demais pra que eles possam ter um outro filho, vai ser um sonho tanto pra eles quanto pra mim, mas já sei que vai ser difícil essa processo deles de tentar engravidar, infelizmente
Amei os links *___* a Anie vai amar o tênis
Parabéns milly, arrasando como sempre
Caroline
Aaaaaah, Graças a Deus que existe uma possibilidade da Lua engravidar ���� tomare que dê tudo certo e ela engravide de gêmeos logo ��
ResponderExcluirIsso vai deixar ansiosa. Tão bom que vai ter alguma chance da lua ter um bebê.
ResponderExcluirQue capítulo foi esse Brasiillll. Milly sua linda a esperança é a última q morre, ainda bem q vc sempre nos da esperanças. Esse Arthur é o melhor marido do mundo, pena que é apenas na ficção. Obrigada milly pela surpresa Xx Adaline
ResponderExcluirAmei! Esse capítulo tá muito lindo!
ResponderExcluirAaaaah������
ResponderExcluirJá quero o próximo capítulo
Simplesmente apaixonada por essa web,estava morrendo de saudades de ler,todo dia venho aqui ver de vc ja atualizou.E minha esperança so aumentou com essa consulta,ja quero ver outro baby luar,😍.Não li o especial de Natal,onde posso lê-lo?
ResponderExcluirBoa tarde! Muito obrigada, Dani. Fico muito feliz em saber disso! 💕😍
ResponderExcluirBom, quanto ao especial de natal, você pode encontrá-lo no link abaixo. Eu dividir ele em 2 partes.
1 parte:
http://web-luar-amoryfoto.blogspot.com/2015/12/little-anie-capitulo-especial-1-parte.html#more
2 parte:
http://web-luar-amoryfoto.blogspot.com/2015/12/little-anie-capitulo-especial-final.html
Depois você me diz aqui se conseguiu lê-lo. Beijos! 😘
Bom dia ,Milly,por nada.😍
ExcluirConseguir ler o especial de Natal e amei,muito lindo os looks,maravilhosos,e Anie como sempre um grude com o pai.😍
Ja to ansiosa pra mais.❤