Little Anie - Cap. 80 | 4ª Parte - Final

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Little Anie | 4ª Parte - Final 

< ON >

Pov Lua

Capítulo anterior... (link foto do insta que esqueci de postar. Clique e veja)

Peguei meu celular para checar se tinha alguma mensagem e Arthur me abraçou, descansando a cabeça em meu ombro, colocou uma das pernas sobre as minhas e uma das mãos ele apertou a parte de cima de um dos meus seios e puxou um pouco a camisa. Coloquei uma de minhas mãos sobre o rosto dele, Arthur estava de olhos fechados e eu aproveitei para tirar uma foto.

– Você vai dormir, amor?
– Não, Luh.
– Olha que marido ousado você é. – Comentei e Arthur abriu os olhos e viu a foto.
– Uhm... – Ele sorriu. – Eu não estou fazendo nada de errado. – Completou e eu o olhei. Arthur acabou me beijando.
– Vou colocar na legenda: Bom dia. – Comentei, já digitando.


– O dia começou muito bom mesmo. – Arthur ressaltou.

< OF >

Pov Lua

Capítulo anterior...

– Três e vinte e dois. Não sei quem é o louco que está perturbando uma hora dessas! – Reclamei irritada. Arthur se levantou. – Você não vai abrir a porta assim. – Falei e Arthur vestiu uma calça de moletom e uma camiseta.
– Eu vou ver antes, Lua. Calma! – Pediu, calçando os chilenos.
– Eu vou com você. – Falei e saí do quarto com ele. Mel também ia saindo do quarto dela.
– Quem será? Acordei achando que estava sonhando.
– Eu também. – Revirei os olhos.
– Deve ser algo grave. – Arthur comentou e chegamos à sala.
MEL! ABRE ESSA PORTA!
– Ah não! Essa hora não. – Mel passou as mãos pelos cabelos.
– Chay! – Falei e Arthur andou até a porta.

Continua...

***

Sexta-feira | 23 de Outubro de 2015 – Madrugada.

– Ele só aparece aqui bêbado! Ele só quer conversar com você bêbado, amiga! – Exclamei.

Caramba! É madrugada!

– Lua, fica calma! – Arthur me pediu ao parar e olhar para trás.
– Arthur? Eu não sei se é uma boa ideia abrir essa porta. – Mel falou preocupada.
– Se eu não abrir, ele vai continuar gritando e batendo na porta. – Arthur respondeu e destrancou a porta.
– Que droga! – Mel bufou.
– Ei, cara! Tá tarde. – Arthur reclamou.
– Eu quero falar com a minha mulher. – Chay já não gritava mais, e falou devagar, devia ter consciência de que estava completamente bêbado.
– Não podia esperar amanhecer? – Arthur indagou. – As pessoas costumam dormir de madrugada.
– Eu... não...
– Você é exceção! – Exclamei e Arthur me encarou.
– Oi, Lua. Como você tá?
– Bastante irritada, e você?
– Bêbado. – Me respondeu rindo, revirei os olhos.
– Ah, sério? Quase nem notei. – Falei irônica e Arthur me pedia com os olhos para que eu não continuasse.
– É que eu finjo bem. – Ele ainda ria.
– Que tal você voltar para casa? – Arthur sugeriu, antes que eu retrucasse.
– Todos nós sabemos, e é por isso que você está aqui agora. – Pontuei. E ele parou de rir.
– Onde Mel está?
– O que você quer, Chay? – Ela lhe perguntou ao descer o último degrau da escada.
– Vamos voltar para casa. – Disse ele e Mel suspirou. Arthur estava em pé perto da porta, e eu estava perto da escada, Mel estava um pouco à minha frente.
– Você está completamente bêbado, amanhã nem vai lembrar o que falou. E eu não vou a lugar nenhum. – Finalizou.
– Não é lugar nenhum. É nossa casa! – Exclamou ele.
– Não é mais nossa casa, Chay. É melhor você ir embora, outra hora a gente conversa.
 – DEPOIS VOCÊ DIZ QUE EU NÃO QUERO CONVERSAR!
– Não grita! – Falamos os três juntos.
– Chay, eu levo você em casa. – Arthur se dispôs. – É melhor.
– Ele veio dirigindo? – Indaguei.
– Logicamente. – Arthur respondeu e olhou para a rua. – É, ele veio. – Assegurou.
– Ouve o Arthur, Chay. Vai com ele pra casa.
– Você acabou de dizer que não era nossa casa.
– Chay, você está bêbado. Por favor! – Mel passou as mãos pelo rosto. – Outro dia a gente conversa.
– Você promete? – Perguntou. – Por que você não quer voltar pra casa? – Completou.
– A gente tem muito o que conversar, Chay. E com você nessa condição é completamente difícil. Não complique mais as coisas entre nós. – Mel pediu falando devagar. Ela estava bastante nervosa, eu não podia dizer nada referente ao bebê para que ela se acalmasse.
– Vamos, Chay. – Arthur o chamou impaciente. – Quando você estiver sóbrio, vocês conversam.
– MAS EU QUERO CONVERSAR AGORA.
– Não grita! Já é a segunda vez que você aparece aqui nesse estado! – Falei irritada. – Não vê que assim as coisas só pioram entre vocês?
– Você não sabe de nada! – Ele retrucou.
– Pelo menos eu não bato na porta da casa dos outros em plena madrugada pra perturbar! – Reclamei.
– Chay, vai embora. – Mel pediu outra vez.
– Só se você for comigo.
– Ela não vai com você a lugar nenhum! – Falei e Arthur me encarou.
– Lua, por favor.
– Olha o estado dele! – Apontei para Chay.
– Eu estou bem.
– Bem mal. – Completei.
– Eu já disse que não vou a lugar nenhum, Chay. – Mel repetiu. – Quando você estiver melhor, me liga. E a gente conversa, pronto.
– Eu não quero conversar por ligação.
– A gente marca em algum lugar.
– Na nossa casa?
– Em algum lugar, Chay. Precisamos conversar sobre muita coisa ainda. – Mel deixou claro.
– Eu vim aqui pra buscar você.
– Não foi em uma boa hora, Chay. É madrugada e você está completamente bêbado.
 – Estou bem, Mel. Sei conversar...
– Desse jeito não, Chay. Por favor, vai embora. Você está sendo inconveniente. Já vai dar quatro horas.
– A Lua está fazendo sua cabeça!
– VOCÊ TÁ É LOUCO! – Gritei irritada. – Mel já é bem grandinha pra decidir o que fazer da vida dela.
– Mas foi você quem começou. – Me acusou outra vez.
– A tá, tá, tá... – Seria em vão discutir com ele desse jeito. Eu só perderia o meu tempo.
– Chay, é melhor você parar. Da outra vez as coisas se complicaram mais. – Arthur o lembrou cauteloso. – Vem, eu te levo em casa.
– Eu tô de carro.
– Eu sei. Eu dirijo.
– E vai voltar como?
– Pego um táxi, não tem problema. – Arthur respondeu e andou até mim. – Pega a minha carteira, por favor. – Pediu baixo.
– E por que você não vai? – Perguntei e virei o rosto. Arthur tocou meu queixo com a ponta do dedo e fez com que eu o olhasse.
– Porque eu não estou nem doido deixar vocês três sozinhos aqui. – Respondeu e eu sorri sem mostrar os dentes e fui pegar a carteira.
– Mel...
– Chay, outra hora, é sério. Essa sua atitude não ajudou em nada.

***

Quando voltei, Mel estava sentada no quarto degrau da escada. Arthur estava sentado no braço do sofá e Chay estava em pé perto da porta que estava entreaberta.

– Toma. – Falei entregando a carteira para Arthur.
– Obrigado. – Ele agradeceu e levantou-se. Arthur estava visivelmente irritado. Mas estava bastante controlado. O silêncio na sala estava deixando o clima extremamente pesado. – Não precisa esperar acordada. – Me avisou baixo.
– Até parece que eu vou conseguir dormir. – Respondi. E ele sorriu de lado.
– Boba. – Falou negando com a cabeça, antes de andar até Chay. – Vamos?
– Não era o que eu queria.
– Outra hora vocês conversam, e vai ser melhor. – Arthur aconselhou e os dois saíram de casa.
– Desculpa por isso, Luh. – Mel pediu assim que me sentei ao lado dela na escada.
– Você não tem culpa de nada. Não foi você quem mandou ele vim aqui.
– Eu não fazia ideia de que ele estava bebendo tanto.
– Talvez seja a culpa falando mais alto. Mas amanhã você pode perguntar ao Arthur, ele deve saber como Chay anda levando a vida.
– Mas eles nem estão se encontrando tanto desde que tiraram esses dias de folga.
– Mas devem se falar, sei lá. – Dei de ombros e depois abracei Mel. – Sei que deve estar sendo muito difícil, amiga.
– Está... – Mel encostou a cabeça em meu ombro. – Nunca pensei que fosse passar por essa situação.
– A gente nunca pensa tanta coisa, amiga.
– Será que Arthur vai querer falar?
– Hoje não. Ele já estava irritado.
– Imagino. – Mel concordou.
– Eu o conheço, Mel. Arthur sabe como ninguém fingir que está calmo.
– Vocês não merecem passar por essas situações. Chay sempre acusa você.
– Nem você merece. E quanto a Chay, não estou nem aí, o máximo que ele consegue é me irritar com essas atitudes dele. Só me acusa bêbado e quando está sóbrio, não procura conversar. Nem com você e nem comigo. Apesar de que comigo o problema é bem menor. – Deixei claro.
– Mamãe... – Ouvimos a voz de Anie perto da escada.
– Estou aqui, meu amor. O que foi?
– Cadê meu papai? – Perguntou descendo os degraus devagar.
– Meu Deus! Mas já acorda perguntando por esse pai. – Brinquei. E ela esfregou os olhinhos. – Desce com cuidado, filha.
– É que ele não tá no quarto e nem a senhola, mas a senhola tá aqui.
– Aaawn... – Mel deixou escapar.
– Vem aqui, neném. – Lhe chamei para que sentasse em meu colo.
– O que vocês tão fazendo aqui? Não dormilam?
– A gente acordou rapidinho, mas já vamos dormir.
– Mas e o meu papai?
– Ele saiu, filha. Mas já tá voltando.
– Então vou espelar ele.
– Vai esperar é? – Perguntei ajeitando a pequena em meu colo. Anie me abraçou pelo pescoço.
– Vou. – Assegurou encostando o rosto em meu peito.
– Vai nada... – Mel a cutucou rindo. – Está caindo de sono.
– Mas eu não vou dormir, titia.
– Duvido. – Mel insistiu.
– Mamãe?
– Oi, meu amor.
– Por que vocês tavam glitando? – Anie perguntou e Mel me encarou.
– Gritando? Ninguém estava gritando. Você deve ter tido um pesadelo, filha.
– Selá?
– Provavelmente, meu anjo.
– Selá que meu papai vai demolar muito?
– Não sei, amor. – Respondi. – Você não quer ir no banheiro?
– Não. Eu já fiz xixi, mamãe. E sozinha.
– Sozinha? – Insisti e Anie assegurou. – Parabéns, amor. – Lhe dei um beijo na testa e comecei a me balançar para o lado. Não sei quantos minutos fiquei fazendo isso, mas notei que Anie tinha se acomodado. – Dormiu...
– Sim. – Mel assegurou. – Não estava se aguentando em pé, mas queria esperar o pai.
– Pra você ver. – Sorri tirando alguns fios de cabelo que caiam no rosto de Anie. – Eu até tento não me importar, mas a gente sente ciúmes mesmo assim. – Admiti. Mel sorriu compreensiva.
– Eu sei, amiga. Eu também morreria de ciúmes. Acho que vou querer o amor do meu filho só pra mim. – Brincou. E eu rir baixo.
– Quando ele chegar, a primeira coisa que vai fazer é perguntar o por que dela estar aqui. – Comentei.

***

Quase uma hora depois, Arthur abriu a porta e entrou em casa. Eu já estava preocupada. Mel cochilava ao meu lado, e eu já tinha perdido as contas de quantas vezes havia mandado ela ir se deitar. Ele fechou a porta e caminhou até nós; que ainda estávamos sentadas na escada.

– Por que Anie está aqui? – Me perguntou com o cenho franzido e passou o dedo indicador pela bochecha da filha. Anie sorriu involuntariamente e Arthur fez o mesmo.
– Não disse?! – Falei olhando para Mel que assentiu e Arthur me olhou confuso.
– Disse o quê?
– Que essa seria exatamente a sua primeira pergunta. – Esclareci e ele sorriu.
– E vocês? Por que ainda estão aqui? Não disse para irem dormir?
– Eu falei que não ia conseguir dormir e também mandei a Mel ir, mas como você pode ver, ela não me obedeceu.
– Teimosas! Isso que vocês são. – Arthur disse tentando parecer sério.
– E como foi lá? – Mel perguntou curiosa.
– A casa está uma bagunça. Se você vê, nem vai acreditar.
– Meu Deus! Mas você pelo menos sabe se ele está dormindo em casa todas as noites?
– Olha, Mel... isso eu não sei. De verdade, mas me parece que sim. Eu tive que praticamente dar banho nele. – Foi impossível segurarmos o riso e Arthur revirou os olhos. – Ah, isso vocês acham engraçado né?
– Não consigo imaginar – Comentei rindo.
– Você ajudou ele a tirar a roupa? – Mel indagou entre risos.
– Isso ele fez sozinho. Que pergunta! O que a gente não faz pelos amigos. – Arthur acrescentou. – Vamos dormir que é. Já deve ser umas cinco horas. Você quer ajuda pra levar, engraçadinha? – Perguntou para Mel que balançou a cabeça. Arthur acabou estendendo a mão para que ela segurasse e se levantasse.
– Desculpa por esse transtorno, Arthur.
– Não é sua culpa, Mel. – Arthur garantiu. – Vá descansar, que vamos fazer o mesmo. Estou morrendo de dor de cabeça.
– Bom descanso pra vocês.
– Pra você também. – Eu e Arthur falamos juntos.
– E você, vai querer ajuda?
– Claro. Ou você acha que vou conseguir me levantar com Anie no colo?! – Respondi óbvia. Arthur sorriu.
– Um cavalinho...
– Sim, sempre que você faz perguntas óbvias. – Retruquei.
– Me dá aqui o meu bebê. – Arthur falou pegando Anie com cuidado. – Ela acordou com a confusão?
– Acho que não. Disse que queria fazer xixi e quando chegou ao quarto, não encontrou nenhum de nós.
– Papai?
– Sim, sou eu, meu anjinho. Pode voltar a dormir. – Arthur lhe deu um beijo na bochecha. – Quer ajuda?
– Seria bom, olha... estou quase travada aqui. – Comentei. Meus joelhos já estavam doendo.
– O nome disso é velhice.
– Ha ha ha...
– Vem, loira. – Arthur estendeu a mão para me ajudar a levantar.

Subimos a escada, e fomos até o quarto de Anie. Arthur a deitou com cuidado na cama e eu a embrulhei. Saímos e eu fechei a porta com cuidado.

Quando chegamos ao nosso quarto, Arthur foi até o banheiro e eu me sentei na cama.

– A casa está uma zona?
– Eu diria que beirando a isso. Mel vai pirar quando vê. Acho que ele dispensou a empregada. – Arthur voltou para o quarto.
– Você sabe o que eu acho disso tudo... – Comecei quando Arthur deitou-se na cama. E eu podia adivinhar que ele tinha revirado os olhos.
– Não, querida. Eu não sei exatamente, mas posso adivinhar. Só que agora, eu quero dormir. – Disse me olhando.
– Mas eu quero falar!
– De manhã, Lua. De manhã. Poxa, eu tive que sair de casa e ir deixar Chay. Como eu já disse, eu estou com dor de cabeça. – Reclamou. – E eu nem tive culpa de nada.
– Não estou dizendo que você tem culpa.
– Mas é o que está parecendo.
– É que ele escolhe sempre as piores horas para querer conversar com Mel. Isso não faz bem pra ela.
– Ninguém mandou ele vim aqui. Querida, já são cinco horas da manhã.
– Arthur, eu só acho...
– Posso colocar a mão na sua boca ou te beijar pra ver se assim você para de falar?
– Você tá sendo grosso.
– Eu estou te dando opções. Que tal a gente dormir e de manhã você fala tudo o que tem pra falar?
– Não quero falar de manhã. – Falei emburrada e Arthur me puxou pela cintura.
– Creeedooo... você tá parecendo aquelas garotinhas birrentas.
– Não sou uma garotinha.
– Uhm... – Arthur cheirou meu pescoço. – Você tem razão, garotinhas não fazem o que você faz. – Pontuou me fazendo rir.
– Você é muito safado, Arthur.
– Sou nada, loira. Vem, vamos dormir, enquanto consegui te domar.
– Você não conseguiu nada. E está de castigo.
– A TÁ! – Arthur debochou.
– Antes você escutava o que eu tinha pra falar.
– Mas eu escuto, meu amor.
– Agora não.
– Hoje não. E não generalize. – Me pediu. – Você quase nunca dar o braço a torcer, Lua.
– Quando estou certa, não dou mesmo.
– Você sempre acha que está certa.
– É porque eu sempre estou mesmo.
– Uhum... e vamos dormir quando?
– Não estou com seus olhos.
– Mas está falando sem parar. – Arthur me disse e eu acabei virando de costas para ele, que acabou me abraçando por trás. – Vou deixar de te chamar de loira, Luh, bebê, Blanco, cheiro, vida, amor, pra te chamar de birrenta ou emburrada ou teimosa. Qual você prefere? – Brincou mordendo o lóbulo da minha orelha ao finalizar a pergunta. E eu tentei segurar o riso. – Hein, querida? Olha, ainda tem o querida.
– Não prefiro nenhum, Arthur. E não era você que já ia dormir?
– Meu Deus! Você é a mulher mais difícil do mundo! – Ele exclamou me apertando no abraço.
– E você o homem mais insistente do mundo! Por isso que a gente dá certo.
– Verdade. Eu não desisto de você.
– E eu te aturo.
– Hahaha até parece... – Arthur beijou minha bochecha. – Bom dia, Lua.
– Bom dia, Arthur.

***

Quando acordei pela manhã, Arthur não estava mais na cama. Rolei para o lado dele na cama e me espreguicei, bocejando logo em seguida.

– Wow... Bom dia, baby. – Ele disse caminhando em minha direção, apertou minha coxa antes de me dar um selinho. – Já está mais calma?
– Você se quer saber se ainda está de castigo?
– Olha, olha... achei que estava brincando.
– Pois eu não estava, baby. – Apertei suas bochechas.
– Ah, Lua! Para! – Arthur roçou os lábios no meu pescoço. – Quero fazer amor com você. – Ele continuou passando os lábios pela extensão do meu pescoço.
– Se você continuar fazendo desse jeito, as coisas só vão ficar mais complicadas pra você. – O lembrei.
– Você tá de sacanagem, Lua.
– Não estou mesmo. – Assegurei.
– Como você pode negar amor para o seu marido?
– Aaai! Que dramático.
– Estou falando sério. Eu sou um marido tão maravilhoso pra você.
– E convencido.
– Não sou maravilhoso? Tudo de bom?
– E gostoso.
– E gostoso. – Arthur repetiu. E nós acabamos rindo. – Para de garça, loira.
– Não estou fazendo graça.
– Tá bom, então vamos levantar pra tomar café. – Disse me soltando e sentando-se na cama.
– Eu vou ficar de preguiça na cama, Arthur. – Comentei. – Está tão frio.
– Está chuviscando. – Ele me contou. E só então eu reparei que ele vestia uma calça preta de moletom e uma camisa branca.
– Você melhorou da dor de cabeça?
– Sim. Era sono, meu amor. – Arthur me respondeu. – Não vai levantar mesmo?
– Agora não. – Respondi e Arthur assentiu.
– Tudo bem. Vou tomar café então.

Arthur se levantou da cama e saiu do quarto deixando a porta encostada. Puxei o lençol para me cobrir, e fechei os olhos. A cama estava tão quentinha, que acabei adormecendo outra vez.

Quando acordei novamente, as cortinas estavam fechadas, e o quarto completamente escuro. Talvez a chuva tivesse engrossado. Empurrei o lençol para o lado, e me sentei na cama. Arthur abriu a porta do quarto.

– Aah... acordou foi? Eu já estava ficando preocupado. – Arthur comentou divertido e se aproximou.
– A chuva engrossou?
– Sim. Mas já parou.
– Foi você quem fechou as cortinas?
– Sim. Quem mais se preocuparia tanto assim com você, hein?
– Aaawn... obrigada. – Agradeci colocando meus braços em volta da cintura dele. – Assim eu não resisto, meu amor.
– Mas não é para resistir mesmo. – Arthur disse, deitando-se devagar sobre mim na cama.
– Sabe de uma coisa? – Perguntei mexendo em seus cabelos e Arthur negou balançando a cabeça. – Eu viveria o resto da minha vida com você numa ilha deserta. – Contei e Arthur sorriu.
– Eu também viveria, apesar de você me irritar muito.
– Eu não irrito tanto você quanto você me irrita. – Pontuei.
– Aaaaah... irrita, loira. Mas eu não consigo me imaginar sem você. – Falou e puxou meu lábio inferior. – Te amo tanto.
– Esse amor é recíproco, baby. – Falei.
– Eu sei. – Ele roçou os lábios nos meus antes de iniciar o beijo. – Eu beijaria você o dia inteirinho. – Disse após o beijo.
– Eu ia adorar. – Respondi.
– Eu sei que ia. – Arthur sorriu e se afastou.
– Vou tomar banho. Anie já acordou?
– Faz tempo. Está brincando de lego com a Mel e a Carol.
– Você conversou com Mel?
– Sobre ontem? – Perguntou. E assenti. – Não.
– Tá bom... Vou tomar banho. – Falei novamente. E Arthur me ajudou a levantar da cama.
– Vou lá pra sala. – Me avisou.
– Ok. – Lhe joguei um beijo no ar.

Arthur saiu do quarto e eu fui para o banheiro. Tomei um banho rápido, e embora a temperatura da água estivesse quentinha, eu estava sentindo muito frio. Quando terminei de tomar banho, escovei meus dentes e depois sequei meus cabelos e fui para o closet. Procurei um moletom e depois que o achei, me vesti e sai do quarto. Ele era cinza, a blusa com capuz e manga curta.

Anie estava sentada no chão da sala com Mel e Carol ao seu lado. As três estavam montando o castelo de lego da Frozen que Harry havia dado para a afilhada.

– Bom dia!
– Bom dia quase tarde né? – Mel comentou divertida.
– O clima está ótimo para ficar na cama até tarde. – Me defendi.
– Ei, mocinha? Não vai falar com a mamãe?
– Bom dia, mamãe. Você demolou a acordar.
– Eu sei, seu pai me encheu o saco também.
– Ei! – Arthur chamou a minha atenção.
– Eu quelia ir no parque.
– Não quer mais?
– Eu ainda quelo.
– Agora sim. – Lhe pisquei um olho.
– Essa menina está quase se mudando para o parque, eu hein. – Arthur comentou.
– Quelo levar a Flozen pra passear.
– Ah, claro. – Arthur concordou e eu rir indo para a cozinha. Ele ia começar a implicar com a pequena e eu estava com fome.

Almoçamos e lá pelas três horas da tarde, Anie começou a insistir que queria ir ao parque. O clima ainda estava frio, mas não estava chovendo. O céu estava completamente cinza e branco. Arthur estava completamente disposto a ficar em casa. Ele estava quase fazendo do sofá, a cama dele. Ele já tinha implicado com Anie o suficiente para que eu me metesse no meio e tirasse o controle da televisão das mãos dele.

– Maaamããe...
– Oi, filha.
– Vamos passear.
– Amor, está frio lá fora.
– Mas a gente leva roupa de flio. – Era incrível como quando ela queria sair, ela arrumava solução para tudo.
– Sua mãe não quer ir, Anie. – Arthur comentou. Ele tinha voltado a colocar no canal de jogo de basquete.
– Diz pla ela ir, papai. Por favor...
– E quem disse que eu obedeço seu pai, mocinha? Isso quem tem que fazer é a senhorita. – Pincelei seu nariz.
– Tá respondido, Anie. – Arthur falou e voltou a olhar para a tevê.
– Vamos, Mel? – Convidei. Mel estava mexendo no celular e me encarou, fazendo Arthur soltar uma gargalhada.
– É sério, Lua?
– Depois vocês falam que eu sou preguiçosa, sedentária e blá blá blá...
– Ei, eu nunca disse isso.
– Ela está falando diretamente para mim, Mel. – Arthur explicou.
– Tá, eu vou vestir um moletom. Senão vou congelar quando pisar fora de casa. – Mel disse se levantando e indo para o quarto dela.
– A gente vai, mamãe?
– Vamos, sua danadinha. Vem, você precisa colocar uma roupa mais quentinha.

Fui até o quarto com Anie e procurei um moletom da Minnie para ela. Ele era cinza com desenho da Minnie na blusa e na calça. Peguei um tênis rosa bebê com detalhes dourados que combinava com a cor do laço da Minnie e ajudei Anie a calça-lo.


Depois fui até meu quarto pegar um tênis que também combinasse com a minha roupa; o moletom também cinza, só que num tom mais escuro, peguei um tênis da coca-cola cinza e detalhes rosa. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo e passei um batom.


– Cadê a titia?
– Já deve tá descendo, querida. – Respondi assim que cheguei perto do sofá que Anie estava sentada. Agora o ursinho Pooh dominava a tevê. – Uhm... já implicaram de novo? – Apontei para a televisão assim que me sentei perto de Arthur no sofá; ele estava deitado e colocou um dos braços em volta da minha cintura.
– Não. Eu não sou de implicar com crianças.
– A tá. – Respondi ironicamente e Arthur começou a passar os dedos pela minha barriga, ele tinha colocado a mão para dentro da minha blusa.
– Isso tudo é um frio?
– Até você tá com frio, tá quase morando nesse sofá. – Retruquei.
– Só um pouquinho. – Ele disse divertido. – Você fica tão sexy de moletom. – Acrescentou.
– Você diz isso quando eu estou com roupa ou sem roupa. Assim fica difícil eu acreditar na minha sensualidade. – Comentei e Arthur riu baixinho.
– Não tenho culpa se você é sexy de qualquer jeito. – Ele me disse. – Até parece que você é insegura quanto a isso. – Completou.
– Você não deixa. – Falei e o olhei.
– Não mesmo. – Ele concordou e beijou minha cintura. – Fica comigo aqui.
– Você quer me fazer escolher entre ficar aqui com você ou levar nossa filha pra passear? – Indaguei e Arthur apertou minha cintura levemente.
– Eu não seria tão mal. – Respondeu. – Até porque você escolheria a nossa filha.
– Uuuhm... – Beijei sua bochecha. – Fico com você na volta.
– Vou cobrar. – Ressaltou.
– Não vou esquecer.
– E do castigo?
– Você sabia que era brincadeira, baby.
– Baby... só porque tá frio.
– Quer clima melhor que esse? – Perguntei e Arthur negou com a cabeça.
– Por que o Pooh gosta de mel?
– Você faz tanta pergunta difícil, bebê. – Arthur respondeu e Anie fez uma careta pronta para retrucar, mas Mel apareceu na sala e Anie esqueceu do desenho.
– Vamos, mamãe?
– Vamos. – Respondi.

Mel vestia um moletom todo preto, e a blusa era de manga comprida. E o tênis era da coca-cola, também preto.


– Você leva dinheiro, Luh?
– Eu sou mãe só da Anie, querida.
– Lua é muito mão fechada, Mel.
– Eu vou rever o que eu disse sobre ficar com você na volta. – Comentei vagamente. E Mel e Arthur riram alto.
– Tchau, filha.
– Tchau, papai. – Anie foi correndo abraçar o pai.

***

– Mamãe?
– Oi, meu anjo.
– Mas ainda não tem neve. A Frozen gosta de neve. – A pequena comentou e Mel segurou o riso. Estávamos no outono, o clima era frio, mas só o que caia eram as folhas das árvores.
– Vai demorar um pouquinho para cair a neve, meu amor.
– É. Pode comer algodão-doce?
– Pode. Você vai querer, Mel?
– Eu quero.
– Vou comprar pra mim também. Nossa... faz tempo que não como algodão-doce.
– Vamos tirar foto, Anie?
– Quelo algodão amalelo.
– Quero rosa.
– Quando não é a Soph, é você Mel. – Comentei e fui até o vendedor de algodão-doce enquanto Mel ficou tirando fotos com Anie.
– Cuidado com a Flozen, mamãe. – Anie apontou para a boneca que ela tinha colocado “sentada” no banco.
– Ah, claro. A Frozen.
– O vento frio até parou, né Luh?
– Sim. Ainda bem. Eu pensei que ia congelar quando fui tomar banho.
– Eu não tô com flio. – Anie comentou.
– Disso eu já sabia, filha. Só você pra querer passear com esse clima.
– O meu papai que tá com mais flio. – Anie observou.
– Sim. – Concordei.
– Seu pai é friento. – Mel disse divertida.
– É. Por isso ele não quis vim. – Anie concordou nos fazendo rir.

Ficamos no parque até umas cinco e quinze da tarde. O ar voltou a ficar gelado, e decidimos voltar para casa, eu não queria que Anie ficasse resfriada. Passamos em frente a uma padaria e ela me fez comprar doces: um pra mim, um pro papai, um pra senhola, um pra Carol, um pra tia Mel e um pra Carla. Palavras dela.

Continua...

SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA.

N/A: Boa noite, leitores! Tudo bem? Espero que sim.

Tive uma folguinha que deu para dar uma atualizada aqui na fanfic! Quem ficou feliz aí? \o/ hahaha Espero que gostem. O próximo capítulo vai ser o capítulo que Lua vai à consulta. Eu só não sei quando postarei.

Comentem sobre o capítulo. Esclareçam suas dúvidas. Façam perguntas haha

Viram os links dos looks? Gostaram?

Ps: No início deste capítulo, eu postei o link da foto que a Lua postou no capítulo anterior (que eu esqueci de disponibilizar o link no capítulo anterior). Por esse motivo, eu o trouxe nessa atualização. Veja a foto <3

Comentem, gente! Isso é muito importante.

Uma boa semana a todos!
Beijos e até o próximo capítulo!

10 comentários:

  1. Ahh Deus que casal ❤❤🔥
    Chay sempre fazendo besteira, conversem logoo.
    Anie sempre um amorzinho!!
    Ahh quero essa consulta, espero que dê tudo certo, e eles possam ter um baby. Depois de tudo eles merecem.

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  2. Amei,amei,amei.Cada vez melhor Milly,Parabéns.E Anie uma fofa, linda..❤❤❤

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  3. Amei,amei,amei. Cada vez melhor Milly,Parabéns.E Anie uma fofa, linda.❤❤❤ Deh Lima..

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  4. Toda a espera vale a pena, vc sempre arrasa Milly, cada capítulo é melhor que o outro. Amo tanto essa família e a mel junto com eles *___*. Eu peguei um ranço do chay, a mel não merece isso que ele fez com ela mas acho que ele merece saber que vai ser pai, mesmo sendo um completo idiota.
    Já estou ansiosa para o próximo capítulo e ao mesmo tempo apreensiva em relação a consulta da Lua, medo kk eles já sofreram tanto com a perda do filho, que me dá um medo só de pensar que tudo vai desmoronar e que eles vão se separar, aí milly vai ser demais pro meu coração kk
    Arrasou como sempre, não vejo a hora de ler o próximo *___*
    Caroline

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  5. Menina não sabe o quanto eu tava ansiosa por atualização hahaha acho que reli a web umas duas vezes pra acabar com ansiedade de capítulo novo, e você como sempre nunca decepciona, pode demorar mas quando tem capítulo novo é sempre bem pensado e tudo tão gostoso de ler, ahhh gostaria de deixar uma sugestão ou desejo haha não sei se já leu ou ouviu falar de cinquenta tons de cinza enfim você poderia incluir cenas patecidas nas partes quentes ( tirando a parte de bater pvr haha ) tipo a fantasia do Arthur com a lingerie vermelha haha falando nisso estou ansiosa pra essa fantasia se realizar, o capítulo tá maravilhoso como toda a web, cada dia mais apaixonada pela Anie e a relação da Lua e do Arthur tá muito iti malia ♥️ ps: não sei se vai lembrar mas tive que comentar no anônimo pq a conta minha mesmo não tava indo.
    Ass: Natasha

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  6. Você como sempre arrasou no capítulo! já ansiosa pro próximo ❤��
    Ass: Lily

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  7. Fico cada vez mais apaixonada por essas fotos q vc coloca, me deixa mais iluida pq eu acabo fantadiando a historia mais real do q ela pode ser kkkkk. Chay esta sendo um babaca, só faz merda. Tadinha da Mel )=
    Anie é uma amorzinho, cada dia mais apaixonada por ela e pelo pai dela rsrsrsrsrs. Vc sempre esta de parabéns milly, topada toda
    Xx Adaline

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  8. Depois de um tempo consegui ler e pfvr atualiza logo pfvr

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