Ugly Love (A Brenda não se responsabiliza pelo capítulo)
Capítulo 23:
Pov. Lua
Eu estou tentando
escutar Chay falar sobre sua conversa com a mãe, mas tudo que eu posso pensar é
sobre o fato que Arthur vai estar em casa a qualquer minuto. Faz dez dias desde
que ele esteve em casa, e isso o maior tempo que nós passamos sem nos ver desde
as semanas que nós passamos sem nos falar.
—
Você já disse pro Arthur? —
Chay pergunta.
—
Falei pra ele o que?
Chay olha pra mim.
—
Que você está se mudando. —
Ele aponta para o pegador de
panelas no canto perto de mim.
Eu jogo o pegador de
panelas pra ele e balanço minha cabeça.
—
Eu não falo com ele desde a semana
passada. Eu provavelmente contarei hoje à noite.
Honestamente, eu quis
contar pra ele que eu encontrei meu apartamento a semana toda, mas isso
envolveria ou ligar ou mandar mensagem pra ele, duas coisas que nós não
fazemos. As únicas vezes que nós nos mandamos mensagens são quando nós estamos
em casa. Eu acho que nós fazemos isso porque nos ajudar a manter nossos
limites. Não é como se a mudança fosse uma grande coisa. Eu só estou me mudando
para algumas quadras de distância. Eu encontrei um apartamento que é perto do
trabalho e da faculdade. Não é definitivamente um arranha-céus no centro da
cidade, mas eu o amei. Eu me pergunto, no entanto, como isso irá afetar as
coisas entre nós. Eu acho que esse é um dos motivos que eu não mencionei que
estava procurando pelo meu próprio apartamento. Há um medo atrás da minha mente
de que não estar do outro lado do corredor dele tornará isso muito
inconveniente, e ele terminará o que quer que esteja acontecendo entre nós.
Chay e eu olhamos assim
que a porta do apartamento abre e há uma rápida batida nela. Eu olho pra Chay,
e ele vira seus olhos. Ele ainda está se adaptando. Arthur entra na cozinha, e
eu vejo o sorriso que ele quer espalhar pelo seu rosto quando ele me vê, mas
ele detém isso quando ele vê Chay.
—
O que você está cozinhando? —
Arthur pergunta pra ele. Ele se
inclina contra a parede e cruza seus braços contra seu peito, mas seus olhos
estão passeando pelas minhas pernas. Eles param quando ele vê que eu estou
vestindo uma saia, e então ele sorri na minha direção. Felizmente, Chay ainda
está olhando pro fogão.
—
Jantar. — Chay diz com uma voz cortante. Ele vai levar um tempo
para se adaptar.
Arthur olha pra mim
novamente e me encara por alguns segundos.
—
Ei, Luh. — ele diz.
Eu sorrio.
—
Ei.
—
Como foram as provas do semestre? —
Seus olhos estão em tudo lugar
menos no meu rosto.
—
Boas. — eu digo.
Ele balbucia, Você está
bonita.
Eu sorrio e desejo mais
do que tudo que Chay não estivesse parado aqui nesse momento, porque está
levando tudo que eu tenho não jogar meus braços em Arthur e beijá-lo.
Chay sabe por que
Arthur está aqui. Arthur e eu apenas tentamos respeitar o fato que Chay ainda
não gosta do que está acontecendo entre nós, então nós mantemos isso atrás de
portas fechadas.
Arthur está mastigando
o lado de dentro da sua bochecha, mexendo na manga da sua camisa, olhando pra mim.
Está silencioso na cozinha, e Chay ainda não se virou para cumprimentá-lo.
Arthurparece que está a ponto de explodir.
—
Foda-se isso. —
ele diz, deslizando pela cozinha na
minha direção. Ele pega meu rosto em suas mãos e me beija, com força, na frente
do Chay. Ele está me beijando. Na frente do Chay. Não analise isso, Lua. Ele
está me puxando, me arrastando pra fora da cozinha. Pelo que eu sei, Chay ainda
está olhando para o fogão, tentando o seu melhor para nos ignorar. Ainda se
adaptando.
Nós chegamos à sala de
estar, e Arthur separa sua boca da minha.
—
Eu não fui capaz de pensar em nada
mais hoje. — ele
diz. — Não
mesmo.
—
Nem eu.
Ele me puxa pela mão em
direção à porta. Eu o sigo. Ele abre a porta, caminha pro seu apartamento, e
tira suas chaves do seu bolso. Sua bagagem ainda está fora no corredor.
—
Por que sua bagagem está aqui?
Arthur empurra abrindo
sua porta do apartamento.
—
Eu não estive em casa ainda. —
ele diz. Ele se vira e agarra suas
coisas no corredor, então ele segura a porta aberta pra mim.
—
Você foi ao meu apartamento
primeiro?
Ele acena, então joga
sua mochila no sofá e empurra sua mala contra a parede.
—
Sim. — ele diz. Ele agarra minha mão e me puxa pra ele. —
Eu disse pra você, Luh. Não pensei
em mais nada. — Ele
sorri e abaixa sua cabeça para me beijar.
Eu sorrio.
—
Aw, você sentiu minha falta. —
eu digo provocando.
Ele se afasta. Você
poderia pensar que eu disse pra ele que o amava pelo jeito que seu corpo fica
tenso.
—
Relaxa. — eu digo. — Você tem permissão em sentir a minha falta, Arthur.
Isso não quebra suas regras.
Ele volta alguns
passos.
—
Você está com sede? —
ele pergunta, mudando de assunto
como ele sempre faz. Ele se vira e anda em direção à cozinha, mas tudo nele já
mudou. Seu comportamento, seu sorriso, seu entusiasmo por finalmente me ver
depois de dez dias. Eu fico na sala de estar e vejo tudo desmoronar. Fui
atingida por um choque de realidade, mas parece mais como um meteoro. Esse
homem não pode nem sequer admitir que sentiu minha falta. Eu tenho esperança de
que se eu for devagar o suficiente com ele,
ele vai finalmente
romper o que quer que esteja segurando ele. Os últimos meses inteiros, eu
estive supondo que talvez ele apenas não pudesse lidar com o modo que as coisas
se desenvolveram entre nós e ele precisava de tempo, mas está claro agora. Não
é ele. Sou eu. Eu sou quem não pode ligar com essa coisa entre nós.
—
Você está bem? —
Arthur diz da cozinha. Ele caminha
pra fora da vida obstruída pelos armários então ele pode me ver. Ele espera que
eu responda pra ele, mas eu não posso.
—
Você sentiu minha falta, Arthur?
E lá vem a armadura de
novo, protegendo-o. Ele olha pra longe e volta pra cozinha.
—
Nós não dizemos coisas como essa,
Lua. — ele
diz. A rigidez está de volta na sua voz.
Ele está falando sério?
—
Nós não? — Eu dou uns poucos passos em direção à cozinha. —
Arthur. É uma frase comum. Isso não
significa compromisso. Isso nem sequer significa amor. Amigos dizem isso pra
amigos.
Ele se inclina contra o
bar na cozinha e calmamente olha pra mim.
—
Mas nós nunca fomos amigos. E eu
não quero quebrar sua única regra dando pra você falsa esperança, então eu não
estou dizendo isso.
Eu não posso explicar o
que aconteceu comigo, porque eu não sei. Mas é como se cada pequena coisa que
ele já disse e fez que me machucou, entala tudo de uma só vez. Eu quero gritar
com ele. Eu quero odiá-lo. Eu quero sabe o que diabos aconteceu que o fez capaz
de dizer coisas que podem me machucar mais do que quaisquer outras palavras já
chegaram perto de fazer. Eu estou cansada de patinar na água. Eu estou cansada
de fingir que não está me matando querer saber tudo sobre ele. Eu estou cansada
de fingir que ele não está em todo lugar. Tudo. Minha única coisa.
—
O que ela fez com você? —
eu sussurro.
—
Não. — ele diz. A palavra é um aviso. Uma ameaça.
Eu estou tão cansada de
ver a dor nos seus olhos e não saber a razão disso. Eu estou cansada de não
saber que palavras estão fora dos limites com ele.
—
Me diz.
Ele olha pra longe de
mim.
—
Vá pra casa, Lua. —
Ele se vira e agarra a borda do
balcão, soltando sua cabeça entre seus ombros.
—
Vá se foder. —
Eu me viro e saio da cozinha.
Quando eu alcanço a sala de estar, eu o escuto vindo atrás de mim, então eu
acelero. Eu vou até a porta da frente e a abro, mas sua mão encontra a porta
acima da minha cabeça, e ele a bate com um chute. Eu aperto meus olhos com
força, me preparando para suas palavras me matarem completamente, porque eu sei
que elas irão.
Seu rosto está bem
perto do meu ouvido, e seu peito está pressionado contra as minhas costas.
—
É isso que nós estamos fazendo,
Luh. Fodendo. Eu deixei claro desde o primeiro dia.
Eu sorrio, porque eu
não sei mais o que fazer. Eu me viro e olho pra ele. Ele não se afasta, e ele
está tão mais intimidador nesse momento do que eu já vi antes.
—
Você acha que deixou isso claro? —
eu pergunto pra ele. —
Você é tão cheio de mentiras,
Arthur.
Ele ainda não se move,
mas sua mandíbula está tensa.
—
Como eu não me fiz claro? Duas
regras. Pode ser mais simples do que isso?
Eu rio incredulamente,
então faço tudo sair do meu peito de uma só vez.
—
Há uma diferença enorme entre foder
alguém e fazer amor com alguém. Você não fode comigo faz mais de um mês. Toda
vez que você esteve dentro de mim, você estava fazendo amor comigo. Eu posso
ver isso pelo modo que você olha pra mim. Você sente a minha falta quando nós
não estamos juntos. Você pensa em mim todo o tempo. Você não pode nem esperar
dez segundos para andar até sua própria porta antes de ir me ver. Então não se
atreva a tentar me dizer que você foi claro comigo desde o primeiro dia, porque
você é o maldito homem mais complexo que eu já conheci.
Eu respiro. Eu respiro
pela primeira vez no que parece um mês. Ele pode fazer o que ele quiser com
tudo isso. Eu cansei de tentar.
Ele respira
controladamente enquanto ele se afasta vários passos de mim. Ele estremece e se
vira como se ele não quisesse que eu leia as emoções que estão obviamente
presentes em algum lugar dentro dele. Suas mãos agarram sua nuca com força, e
ele permanece nessa posição por um minuto sem se mover. Ele começa a soprar
depois de respirar controladamente, como se ele estivesse fazendo tudo em seu
poder para se controlar e não chorar. Meu coração começa a doer quando eu
percebo o que está acontecendo. Ele está quebrando.
—
Oh, Deus! — ele sussurra. Sua voz está completamente cheia de dor.
— O que
eu estou fazendo com você, Lua?
Ele caminha até a
parede e cai contra ela, então desliza até o chão. Seus joelhos levantam e ele
descansa seus cotovelos neles, cobrindo seu rosto com suas mãos para parar suas
emoções. Seus ombros começam a tremer, mas ele não está fazendo nenhum som.
Ele está chorando.
Arthur Aguiar está chorando. É o mesmo choro de cortar o coração que veio dele
na noite que eu o conheci. Esse homem feito, essa parede de intimidação, esta
armadura sólida, está ruindo completamente bem na frente dos meus olhos.
—
Arthur? —
eu sussurro. Minha voz é fraca
comparada com seu enorme silêncio. Eu ando até ele e me ajoelho na sua frente.
Eu envolvo meu braço em volta dos seus ombros e abaixo minha cabeça para ele.
Eu não pergunto de novo pra ele o que está errado, porque agora eu estou
aterrorizada para saber.
Pov. Arthur
6 anos antes
Lisa ama Clayton. Meu
pai ama Clayton. Clayton une as famílias. Ele já é meu herói, e ele só tem dois
dias. Um pouco depois que meu pai e Lisa saem, Micael chega. Ele diz que não
quer segurar Clayton, mas Rachel o faz segurar.
Ele está desconfortável, porque ele nunca segurou um bebê antes, mas ele
o segura.
—
Graças a Deus que ele parece com a
Rachel. — Micael diz.
Eu concordo com ele.
Micael pergunta pra Rachel se eu já disse pra ela o que eu falei pra ele depois
de conhecê-la.
Eu não sei sobre o que
ele está falando. Micael sorri.
—
Depois que ele levou você para a
aula naquele primeiro dia, ele tirou uma foto sua de onde ele estava sentado. —
Micael diz pra ele. —
Ele me mandou uma mensagem e disse.
“Ela vai ter todos os meus filhos."
Rachel olha pra mim. Eu
dou de ombros. Eu estou constrangido. Rachel ama que eu disse isso pro Micael.
Eu amo que Micael disse isso pra ela.
O médico entra e diz
que nós podemos ir pra casa agora. Micael me ajuda a levar tudo pro carro e o
coloca na saída. Antes que eu volte pro quarto da Rachel, Micael toca no meu
ombro. Eu me viro e olho pra ele. Eu tenho o pressentimento que ele quer me dar
os parabéns mas ao invés disso, ele apenas me abraça. Parece estranho, mas não
é. Eu gosto que ele esteja orgulhoso de mim.
Isso faz eu me sentir
bem. Como se eu estivesse fazendo isso certo.
Micael vai embora. E
nós também. Eu e Rachel e Clayton. Minha família. Eu quero Rachel no banco da
frente comigo, mas eu amo que ela está na parte de trás com ele. Eu amo o
quanto ela o ama.
Eu amo que eu estou
atraído por ela ainda mais agora que ela é mãe, eu quero beijá-la. Eu quero
dizer pra ela de novo que eu a amo, mas eu acho que eu digo muito isso pra ela.
Eu não quero nunca que ela fique cansada de ouvir isso.
—
Obrigada por esse bebê. —
ela me diz do assento de trás. —
Ele é lindo.
Eu sorrio.
—
Você é responsável pela parte
bonita, Rachel. A única coisa que ele conseguiu de mim foram sua bolas.
Rachel sorri. Rachel
sorri muito.
—
Oh, meu Deus, eu sei. —
ela diz. — Elas são tão grandes.
Nós dois rimos das
bolas grandes do nosso filho. Ela suspira.
—
Descanse. — eu digo pra ela. — Você não dorme há dois dias.
Eu a vejo sorrindo pelo
retrovisor.
—
Mas eu não posso parar de olhar pra
ele. — ela
sussurra.
Eu não posso parar de
olhar pra você, Rachel. Mas eu paro, porque o tráfego no sentido contrário está
mais brilhante do que deveria ser. Minhas mãos seguram o volante. Muito
brilhante. Eu sempre ouvi que sua vida passa diante dos seus olhos nos momentos
antes de você morrer. Em um sentido, isso é verdade. No entanto, isso não vem
até você em sequência ou mesmo numa ordem aleatória. É apenas uma imagem que
gruda na sua cabeça e se torna tudo que você sente e tudo que você vê. Não é
sua vida real que passa na frente dos seus olhos. O que passa diante dos seus
olhos são as pessoas que são a sua vida, Rachel e Clayton.
Tudo que vejo são eles
dois – minha vida inteira – passando diante dos meus olhos. O barulho se torna
tudo. Tudo. Dentro de mim, dentro de mim, através de mim, Debaixo de mim, sobre
mim.
RACHEL, RACHEL, RACHEL.
Eu não consigo achá-la.
CLAYTON, CLAYTON,
CLAYTON.
Eu estou molhado. Está
frio. Minha cabeça dói. Meus braços doem. Eu não posso vê-la, eu não posso
vê-la, eu não posso vê-la, eu não posso vê-lo.
Silêncio. Silêncio.
Silêncio.
SILÊNCIO ENSURDECEDOR.
—
Arthur!
Eu abro meus olhos.
Está molhado, está molhado, tem água, está molhado. Água dentro do carro. Eu
desafivelo meu cinto de segurança e me viro. Suas mãos estão na sua cadeirinha.
—
Arthur, me ajude! Está preso!
Eu tento.
Eu tento de novo. Mas
ela precisa sair também. Ela precisa sair também. Eu chuto a minha janela e
quebro o vidro. Eu vi isso em um filme uma vez. Tenho certeza que existe uma
saída antes que haja muita pressão na janela.
—
Rachel, saia! Eu tiro ele!
Ela me diz que não. Ela
não vai parar de tentar tirá-lo. Eu vou tirá-lo, Rachel. Ela não pode sair. Seu
cinto de segurança está preso. Está
muito apertado. Eu deixo de lado o banco do carro e alcanço o cinto de
segurança. Minhas mãos estão debaixo da água quando eu o encontro.
—
Tira ele primeiro! —
ela grita. —
Tira ele daqui primeiro! —
Eu não posso.
Eles estão presos. Você
está presa, Rachel. Oh, Deus. Eu estou assustado. Rachel está assustada. A água
está em todo lugar. Eu não posso mais vê-lo. Eu não posso vê-la. Eu não posso
escutá-lo. Eu alcanço o seu cinto de segurança de novo. Eu tiro ele dela. Eu
agarro suas mãos. Sua janela não está quebrada. A minha está. Eu a puxo pra
frente. Ela está lutando comigo. Ela está lutando comigo. Ela para de lutar
comigo.
Lute comigo, Rachel.
Lute comigo. Se mexa. Alguém está chegando pela minha janela.
—
Me dê a mão dela! —
eu o escuto gritar.
A água está vindo pela
minha janela agora. Todo o banco de trás está na água. Tudo está na água. Eu
dou pra ele a mão da Rachel. Ele me ajuda a tirá-la. Tudo é água. Eu tento
encontrá-lo. Eu não posso respirar. Eu tento encontrá-lo. Eu não posso
respirar. Eu tento salvá-lo.
Eu quero ser o seu
herói. Eu não posso respirar. Então eu apenas paro.
Silêncio. Silêncio.
Silêncio. Silêncio.
Silêncio. Silêncio.
Silêncio. Silêncio. Silêncio.
SILÊNCIO ENSURDECEDOR.
Eu cubro meus ouvidos
com minhas mãos. Eu cubro meu coração com uma armadura. Eu tusso até que eu
posso respirar de novo. Eu abro meus olhos. Nós estamos em um barco. Eu olho ao
redor. Nós estamos em um lago. Eu trago minha mão para meu queixo. Minha mão
está vermelha. Coberta de sangue vermelho como o cabelo da Rachel.
Rachel. Eu a encontro.
Clayton. Eu não
encontro Clayton.
Eu me levanto e me movo
pra beira do barco. Eu preciso encontrá-lo. Alguém me para. Alguém me puxa de
volta. Alguém não me deixa ir. Alguém está me dizendo que é muito tarde. Alguém
está me dizendo que sente muito. Alguém está me dizendo que nós não podemos
tirá-lo. Alguém está me dizendo que nós caímos da ponte depois do impacto.
Alguém está me dizendo que ele sente muito. Eu me movo pra Rachel ao invés
disso. Eu tento segurá-la, mas ela não me deixa. Ela está gritando. Soluçando.
Chorando. LAMENTANDO. Ela me bate. Ela me chuta. Ela diz que eu deveria ter
salvado ele. Mas eu tentei salvar os dois, Rachel.
—
Você deveria ter salvado ele,
Arthur. — ela
chora.
Você deveria ter
salvado ele. Você deveria ter salvado ele. Eu deveria ter salvado ELE. Ela está
gritando. Soluçando. Chorando. LAMENTANDO. Eu a abraço mesmo assim. Eu deixo
ela me bater. Eu deixo ela me odiar. Rachel me odeia. Eu a abraço mesmo
assim. Rachel chora, mas ela está
calada. Ela está chorando tanto que sua garganta não pode nem fazer barulho.
Seu corpo está chorando, mas sua voz não está.
Arruinados. Arruinados.
ARRUINADOS.
Eu choro com ela. Eu
choro e eu choro e eu choro e eu choro e nós choramos e nós choramos e nós
choramos.
Arruinados.
A água está em tudo
agora. Eu olho pra Rachel. Eu só vejo água. Eu fecho meus olhos. Eu só vejo
água. Eu olho para o céu. Eu só vejo água.
Dói tanto. Eu nunca
soube que um coração poderia segurar o peso do mundo inteiro. Eu não faço mais
a vida da Rachel melhor. Eu arruinei você, Rachel. Minha família. Eu e você e
Clayton.
ARRUINADOS.
Você não pode me amar
depois disso, Rachel.
N/A: Como eu disse no começo, eu não me responsabilizo pelo capítulo.
Vocês pediram tanto e agora está ai, o GRANDE SEGREDO DO ARTHUR. Avisei que os capítulos seriam um pouco tensos, e não para por aí, se preparem para sofrer mais um pouquinho nos próximos...
Ps: Eu não tenho aula hoje, porém, daqui a pouco vou assistir EuroCopa. Vocês querem mais capítulo depois do jogo?
Me contem o que acharam, COMENTEM AÍ!!!
Espertinha vc né kkkkk já tirou o seu.. Mas q cap f#$@. Imagina qnd Lua disser q vai se mudar, Arthur meu lindo kk tome logo uma atitude com essa mulher.. Brenda (vulgo uma parada ai kkkkkk "intimidade é um problema, de dinheiro mas n de ela" kkkk) sempre arrasando.. bjoss
ResponderExcluirRafa
Eu ja imaginava que teria morte.meu deus tadinho do Arthur.as vezes ele me da muita raiva mais isso tudo que ele tem e sofre é por causa do passado
ResponderExcluirCris
Tadinho do thur , perder um filho é a pior dor do mundo
ResponderExcluirNossa a Lua arrasou nas palavras 👏👏👏,tadinho do Thur 😢😢😢
ResponderExcluirLua falou tudo que tinha pra falar, mas agora também fez o Arthur sofrer mais e se fechar. Tomara que ela consiga fazer ele se abrir.. Não imaginava que Clayton poderia morrer, com apenas 2 dias de vida.. Queremos mais!!
ResponderExcluirHelena
MEU DEUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS, LUA FALOU TUDO QUE TINHA QUE FALAR E SOLTAR AS RÉDEAS MESMO
ResponderExcluirCARA, EU TINHA CERTEZA QUE TINHA MORTE ENVOLVIDA
tadinho do Arthur, Brendaaaaaaaaaaaaa assim vc me mata
ResponderExcluirCACAUxx
Eu jurava que a Rachel morria também !! Bem, errei com o meu palpite. Ansiosa esperando o próximo.
ResponderExcluircogitei a possibilidade de ter morte e os dois tivesse morrido, meu deus aonde deve estar Rachel?
ResponderExcluirgrande duvida, Lua solta os bofes e depois desmorona só de ver Arthur chorando, ok eu também desmoronaria sdfsalk
xxBabi
Gente a que capitulo,eu já imaginava que tinha morte no meio,mais cara que trágico
ResponderExcluirChorei com o Arthur
Não sei o que comenta! Mas tenho certeza q o Arthur carrega essa culpa. Só resta saber se a Rachel seguiu enfrente ou o Arthur preferido se afasta.
ResponderExcluirArthur sempre quebrando aos poucos o coração da Lua!! Tadinha da Lua e do Thur também,deve carregar a dor de não ter salvado seu filho.
ResponderExcluir