Little Anie | 5ª Parte
Pov Lua
Quando a manhã chegou, abri os olhos. E
senti os braços de Arthur em volta da minha cintura. Ele dormia profundamente.
Sua respiração estava ritmada. Me acomodei nos braços dele novamente e
descansei minha cabeça em seu ombro.
Era quinta-feira, e Harry havia dito
que vinha a nossa casa. Eu teria que levar Anie ao balé. A pequena ainda não
tinha se acordado. Porque não havia pintado no quarto.
Respirei fundo, e fechei os olhos por
alguns minutos. Eu me sentia vazia, mesmo estando cercada pelo amor daqueles
dois. Era apenas um sentimento que ninguém podia mudar, e eu não podia ignorar.
Arthur se mexeu, e apertou os braços em
volta de mim. O senti roçar os lábios em meu pescoço, e logo depois, depositou
um beijo ali.
– Bom dia, querida. – Sussurrou beijando minha bochecha.
– Bom dia. – Respondi me virando e
ficando de frente para ele. – Dormiu bem? –
– A melhor noite depois das últimas
duas semanas... – Respondeu beijando meus lábios.
– Uuuhm... que interessante. – Murmurei
distribuindo beijos seguidos de mordidinhas pelo pescoço dele. – É bom saber
disso, Sr. Aguiar. – Completei.
– Pode. Pode. Pode ir parando. Tesão a
essa hora da manhã e banho frio não cola, Blanco. – Me avisou. Tentando se
desviar das minhas provocações.
– Estou sendo carinhosa. – Fingi estar
magoada. E ele riu.
– Carinhosa? Só se eu não te
conhecesse. – Completou me jogando um beijo no ar. – Acho melhor você ir
acordar sua filha. Ela tem aula de balé. – Comentou ao olhar para o relógio.
– Agora é só minha filha? – Cerrei os
olhos e Arthur assentiu se aproximando novamente de mim. – E você? Não vai?
– Não. Não quero discutir com você de
novo por causa daquela mulher. – Explicou ao me abraçar.
– A gente não vai discutir. Eu gosto
quando você vai com a gente. – Comentei retribuindo o abraço.
– A gente vai, Lua. Eu sei, e não
quero. – Depositou um beijo em meu ombro. – Ei?
– Oi.
– Harry vem hoje...
– Sim. Mas acho que só lá pelas 10h. –
Supus.
– Uhum... Ele não acorda tão cedo
também.
– Caramba! – Exclamei batendo em minha
testa.
– O que foi já? – Arthur me perguntou
confuso.
– A roupa da Anie. Tenho que levá-la
para experimentar no sábado, só que sábado era para estarmos em Manchester. –
Lembrei. Arthur me olhou. – Mas isso já estava decido desde quando mandei
fazer. – Finalizei.
– E agora? – Ele me perguntou.
– A gente pode ir no sábado. Só que
mais tarde. – Mordi os lábios esperando a resposta dele.
– A gente combinou de ir na sexta. – Me
disse.
– Eu sei, Arthur. Desculpa. Acabei
esquecendo. – Me defendi. – Sua mãe vai entender. – Completei.
– Com certeza. – Concordou.
– Só uma coisa que vou ter que
esperar... – Comecei.
– Que coisa? – Perguntou curioso.
– O sermão dela para você. – Ri.
Arthur revirou os olhos.
– Ha ha ha... Ai nossa, que engraçada
você. Tô quase morrendo de rir por dentro. – Ele disse sem humor fazendo uma cara
entediada, e sem graça.
– Ai, você nem sabe brincar. – Reclamei
bufando. – Seu ridículo!
– Mas olha só? Ama me xingar. Não tô
dizendo... Cadê o respeito, Lua? – Se fez de ofendido.
– Arthur, eu vou bater em você. –
Avisei fazendo-o rir.
– Acho que quero apanhar. – Ele mordeu
os lábios, me encarando. – Quem sabe assim eu não deixo de ser trouxa, e paro
de ficar insistindo, hein? – Completou em um tom sério. Ele não estava mais
brincando.
– Acho melhor a gente parar.
– Você que começou, Luh.
– Você é um chato. – Retruquei. – Mas
eu te amo. – Choraminguei me jogando sobre ele.
– E quem não ama? – Perguntou
convencido.
– Não culpo elas por quererem você.
– Não?
– Eu culpo você. – Falei.
– Eeei... – Ele disse rindo. – Eu?
– Sim, quem manda ser gostoso e provocador?
Pensa que eu não sei?
– Luh, eu nem provoco ninguém. – Ele
abanou o ar. – Quer dizer, só você. – Ele deu uma piscadela. – E tão bom
provocar você. Meu Deus! Só de lembrar me dá um negócio.
– No meio das pernas, aposto. – Revirei
os olhos. E Arthur me puxou para cima dele.
– Ei, para de falar assim. Desse jeito
parece que só quero transar com você. Isso me deixa mal, ver que você pensa
isso. Não é isso, Luh. Você sabe. Quer que eu pare de tirar essas brincadeiras?
– Ele falava calmo, mas me olhava tão sério que me senti mal também.
– Não. Não. Não. Me desculpa, amor.
Desculpa. – Pedi distribuindo beijos pelo rosto dele.
– Você é mais que uma esposa, Luh... –
Começou. E senti meu coração acelerar. – Você é uma amiga, minha melhor amiga.
Sempre foi, e você sabe disso. Você é uma mulher maravilhosa. Uma advogada
linda e inteligente. Você odeia depender dos outros. É toda independente... e
eu me sinto orgulhoso de ver você sendo assim, e de tê-la junto a mim. Não
quero que pense essas coisas sobre o sentimento que tenho por você. Porque é
uma coisa tão forte, que eu não consigo explicar. Você foi a única mulher que
me apoiou em todas as escolhas que fiz até hoje, depois que nos conhecemos. E
continua me apoiando. Não acho que seja só amor... eu não sei querida, talvez seja um sentimento além
desse... eu não consigo descrever. – Finalizou. E eu enterrei o rosto no
pescoço dele, abraçando-o apertado. Enquanto tentava acalmar as batidas do meu
coração, depois das palavras de Arthur.
– Assim você acaba comigo. – Murmurei.
– Não. Não quero acabar com você,
amor... É só a verdade. Às vezes parece que você esquece. Isso me irrita. –
Respondeu beijando minha testa.
– Mãããeee! Acorda, a gente vai se
atrasar. – Anie chegou abrindo a porta do quarto.
– Adeus privacidade. – Arthur retrucou.
– Você acabou de acordar também.
– Eu sei papai. – Ela revirou os olhos
entediada.
– Bom dia, dona Anie. – Falei alto,
chamando sua atenção. – Onde ficou a educação, hein?
– Acho que de baixo do edredom, não foi
filha? – Arthur riu.
– Eu esqueci, mamãe. Bom dia! – Ela
sorriu sapeca.
– Uhm, agora sim é uma mocinha educada.
– Comentei.
– E cadê o bom dia do papai? – Arthur
cobrou.
– Bom dia, papai. – Ela o abraçou
enquanto recebia um beijo de bom dia do pai.
– Dormiu bem?
– Sim, papai. Você vai com a gente hoje
de novo?
– Não meu anjinho.
– Por que?
– Porque eu vou me ocupar com outra
coisa, filha. – Ele explicou carinhosamente. Anie não entenderia os motivos do
pai.
– Mais importante do que eu? – Ela
perguntou triste.
– Não, amor. Nada é mais importante que
você, filha. Eu só não posso ir hoje. Tudo bem? – Ele sorriu depositando um
beijo em cada bochecha da pequena. – Ei?
– Tá bom. – Anie fez um bico. E deitou
a cabeça no colo do pai. – Você vai, mamãe?
– Vou sim, filha... – Me inclinei para
depositar um beijo na testa dela. – Aai, que dengo... – A puxei para meu
colo. – Não fique triste, eu vou estar lá, amor. – Assegurei.
– Eu sei, mamãe... mas eu queria que
meu papai também fosse. – Murmurou.
– Aah, filha... – Arthur reclamou. –
Assim não vale, não quero te ver desse jeito.
– Eu entendi, papai...
– Tá bom, então... a mamãe vai estar
com você, meu anjo. Essa linda. A mamãe é linda, não é. – Ele perguntou para a
Anie. Que me olhou sorrindo.
– Sim, minha mamãe é linda. – Ela me
deu um beijo no rosto.
– Ela é minha...
– Não, pai. Eu já falei que é só minha.
Plonto. Chega! – Exclamou toda séria. Fazendo Arthur rir.
– Eu cheguei primeiro. – Arthur me
abraçou apertado.
– Mamãe, fala pra ele que não. – Ela me
pediu.
– Eu amo os dois, pronto. Seu pai é um
irritante, filha. Ama implicar com você. – Expliquei.
– Eu sei. Mas ele quer tomar você de
mim. Não vou deixar. – Retrucou.
– Aaah que fofa... acho que vou morder
essas bochechas. – Arthur riu puxando a filha para o colo dele. – Me promete
uma coisa?
– O quê? – Anie perguntou baixo. Arthur
sorriu.
– Promete que quando crescer vai ser
igual a sua mamãe? Uma pessoa maravilhosa.
– Mas eu sou igual a você, papai. – Ela
franziu o cenho confusa.
– Eu amo você. – Arthur apertou a filha
nos braços e começou a rir. – Depois a gente volta a falar sobre isso. Eu amo
vocês duas. – Ele me puxou para junto deles.
– Nós também te amamos. – Afirmei lhe
dando um selinho. – Mas agora, essa mocinha tem que tomar banho. – Falei baixo.
Apertando levemente o nariz de Anie. – Vamos?
– Tem que tomar banho?
– Sim. Ou você vai querer ir com essa
preguicinha para a aula, hein? – Cutuquei-a. Anie soltou uma gargalhada, e
abraçou Arthur mais forte.
– Não tenho preguicinha. – Ela
continuou rindo.
– Então vamos logo tomar um banho.
– De banheira?
– Não. Você é muito sapeca. Vem logo...
– Me levantei da cama.
– Vai logo, filha. – Arthur disse
soltando a pequena, e ela engatinhou até onde eu estava.
– Quero ir no colo. – Anie piscou os
olhinhos pidona. E eu quis aperta-la em meus braços.
– Tá bom, vem... – Anie se jogou em meu
colo, e eu andei até o banheiro com ela.
– A água tá fria, mamãe. – Disse assim
que a coloquei sentada sobre a bancada.
– Que fria, filha. Se você ainda nem
tomou banho. – Cerrei os olhos encarando-a. – Como sabe?
– Eu sei, mãe... – Ela fez manha
enquanto me abraçava.
– Levanta os braços, deixa eu tirar sua
blusa. – Pedi e Anie o fez.
– Mãe?
– Uhm...
– Quando eu vou para a escolinha? –
Perguntou enquanto eu a colocava no chão.
– Não vai demorar muito, filha. – Respondi.
Era setembro, faltavam apenas 4 meses
para que fevereiro chegasse. E dia 12 de março, Anie completaria 4 aninhos. Por
que o tempo tinha que passar tão rápido?
– Mas quando? – Insistiu ela.
– Por que você quer tanto ir para a
escola, hein? – Perguntei ligando o chuveiro.
– Aaaii, mamãe! Está gelada a água. –
Anie falou dando pulinhos.
– Não está, Anie. E não grite. –
Ralhei.
– Porque acho que é legal na escola. –
Disse ainda pulando.
– Você vai escorregar. Não pule. –
Avisei. – Daqui há alguns meses você vai, filha. – Falei pegando o shampoo.
Pov Arthur
Eu acabei cochilando enquanto Lua e
Anie tomavam banho. Porque me acordei com Anie pulando em cima de mim e
gritando “Acorda, papai!”, e batendo
palmas.
– Aaaniee... – Falei sonolento,
segurando-a para que ela não caísse. – Cadê a sua mãe? Não pula, filha. – Pedi.
– Luh, cadê você? – Chamei. – Para, filha! Já acordei. – Falei um pouco alto.
– Minha mamãe está se arrumando. – Anie
respondeu caindo para o outro lado da cama, e logo me abraçou. – Pai? – Me
chamou baixo.
– Oi.
– Não fique zangado comigo. – Pediu
baixo, me dando um beijo na bochecha.
– Não estou zangado, filha. – Beijei
seus cabelos. – Luh? – Chamei outra vez. – Tem certeza que sua mãe está aqui?
– Sim, papai. Ela tá se arrumando. – A
pequena assegurou.
– Por que você tá me ignorando? –
Gritei alto, e Anie riu.
– A mamãe disse que não vai demorar
para eu ir para a escolinha. – Comentou e me olhou. – É papai? – Finalizou.
– Acho que sim, filha. – Respondi.
Eu ainda não havia conversado com Lua
sobre esse assunto. Mas Anie já ia fazer 4 anos, e já estava na hora dela
começar a frequentar a escola. E isso me obrigava a pensar que ela estava
crescendo, sim.
– Minha mamãe falou que sim.
– Então sim, pequena.
– Vamos, filha? – Lua se aproximou da
cama.
– Por que você estava me ignorando? –
Perguntei baixo enquanto Lua se abaixava para me dar um beijo.
– Eu não ignorei, você. – Ela retrucou,
me dando um beijo. – Se Harry, aparecer. Peça para ele esperar, tá?
– É claro que ele vai esperar, Luh. – Revirei
os olhos.
– Vamos, amor?
– Sim, mamãe. Tchau, pai.
– Tchau, filha... – Me despedi dela com
um beijo na testa. – Luh, eu amo você. – Gritei assim que a vi andar até a
porta.
– Eu sei, amor. Eu sei... – Ela riu e
virou-se para me olhar, e jogou um beijo no ar.
– Você não vai dizer que me ama?
– Você sabe que eu amo, Arthur. –
Sorriu.
Era 8h30min quando Lua e Anie saíram de
casa, e eu voltei a dormir. Me acordei as 9h45min, com Carol me chamando. Que
Harry estava em casa.
– Bom dia, flor do dia. – O ouvir dizer
assim que desci a escada.
– Querida, você por aqui? Sentiu
saudades foi? – Zombei.
– Muitas saudades. Não quer ver?
– Dispenso, querida. – Ele riu.
– Você dorme muito, Arthur. – Reclamou
ele.
– Eu tenho que aproveitar quando Anie
não está. – Expliquei.
– Anie, sei... Desculpa sua só para não
dizer que é Lua quem cansa você. – Disse ele, me fazendo rir alto.
– Ah, Harry... Você não sabe da missa a
metade. – Comentei me levantando.
– O que isso quer dizer?
– Que você não precisa saber. – Ergui
uma sobrancelha, e ele riu.
– Lua fez greve. – Comentou baixo me
seguindo até a cozinha. – É fácil descobrir vendo a cara de vocês quando elas
fazem isso. Ainda bem que eu não sofro com essas coisas... É uma das boas
qualidades de ser solteiro. – Completou com uma risada e eu fiz careta.
– Harry! – Ouvi Mel falar e preferi não
responder Harry.
–Oi, Mel. Tudo bem? Eu queria falar com
você também. – Ele sorriu carinhosamente.
– Tudo indo. – Ela o abraçou forte.
– Bom dia, Mel.
– Bom dia, Arthur.
– Arthur?
– Oi, Harry. – Falei me sentando a
mesa.
– Por que você não foi?
– Eu e Lua sempre brigamos quando
encontramos uma mulher lá. – Respondi pegando a jarra de suco, mas era de
maracujá. – Carla?
– Oi, Arthur.
– Não tem outro suco?
– Tem de uva, quer?
– Sim.
– Que mulher? – Harry perguntou
curioso.
– Uma oferecida, Lua está certa. – Mel
comentou comendo uma fatia de bolo.
– Então... A mãe de uma colega de Anie.
– Arrasando corações até no balé da
filha? – Ergueu uma sobrancelha. – Arthur, você não vale nada.
– “Arrasando corações” que coisa gay,
Harry. E quem não vale nada é você. – Retruquei.
– Lua vai demorar?
– Ela volta lá pelas 10h. – Respondi.
– Como vai o bebê, Mel?
– Bem, ele anda se comportando. – Ela
sorriu.
– Nós até fizemos uma aposta. – Falei.
– Que tipo de aposta?
– Eu apostei que irá ser um menino, e
elas, uma menina. – Harry me olhou divertido.
– Se você não acertar dessa vez, vou
ter certeza de que tua intuição é uma das piores que existe.
– Não vou errar. E Mel vai ter que dar
o sapatinho de menina que ela comprou, para a filha do Mika. – Falei.
– A mãe acha que é uma menina, seu
idiota. E você ainda aposta com ela? – Ele negou com a cabeça.
– Ela não acha, só está se divertido ao
me contrariar. – Retruquei. – Ela e a Luh, que ama fazer isso.
– Anie que deve estar amando essa
aposta toda. Eu até consigo ver aquele bico zangado dela. – Ele riu.
– É só no começo, logo ela se acostuma.
– Falei distraidamente.
*
– Tiiiitiiioooo... – Anie gritou saindo
correndo para o colo de Harry.
– Oi, princesa. Que saudades, minha
linda. – Ele carregou a pequena e a girou no ar, fazendo a menina soltar
aqueles gritinhos animados. – Titio trouxe um presente incrível para você. –
Comentou indo até o sofá com Anie.
– Eu já até me acostumei a ser
esquecida. – Lua comentou caminhando até o sofá onde eu estava.
– Ei, eu nunca vou esquecer de você. –
Falei abrindo os braços para abraça-la.
– Seei... – Ela me abraçou. – Oi,
amiga. – Sorriu olhando para Mel.
– Oi.
– Você anda muito carente, Lua...
Arthur não está fazendo o serviço direito? – Disse Harry, mordendo os lábios
para segurar o riso.
– A culpa não é minha se ela está
assim. – Falei e ganhei um tapa de Lua. – Ooow!
– Aqui, linda. Espero que goste. –
Harry falou entregando uma caixa a Anie que sorriu animada.
– Obrigada, titio. – Ela agradeceu lhe
dando um beijo na bochecha.
– Ah amor, não precisa agradecer.
– Posso abrir?
– Claro. – Ele sorriu tão animado
quanto ela. E Anie começou a rasgar o papel do presente.
– UAAU! – A pequena abriu a boca e
soltou um grito. – É lindo, titio. Olha mamãe, é de montar. – Ela mostrou para
Lua. – Titia, é da Elsa, olha. – Agora foi a vez dela mostrar para Mel.
– Que lindo, filha. – Lua sorriu.
– É lindo mesmo, Anie. – Mel comentou.
– É o castelo da Elsa, amor... – Harry
lhe explicou. – Vamos montar depois?
– Vamos. – Anie concordou. Era uma
castelo de lego.
– Sinto que alguém está tentando roubar
minha filha. Você não vai conseguir, Harry. – Avisei.
– Velho ciumento, que feio, Arthur. –
Ele disse fazendo todos rirem.
– Eu não sou velho, seu idiota.
– Quase 30 anos...
– Você não fica atrás, se esqueceu foi?
– Retruquei e Lua virou meu rosto me dando um selinho.
– Shh... – Sussurrou.
– Agora com toda licença, vou roubar
sua mulher. – Ele riu provocando.
– Nem nos teus melhores sonhos. – Falei
erguendo uma sobrancelha. E Lua se levantou indo abraçar Harry. – Vem aqui,
filha. – Chamei Anie que andou até mim, e eu a coloquei em meu colo.
– Olha papai, é lindo. – Ela me mostrou
as peças do brinquedo. – Essa é a Elsa, olha o Olaf. – Sorriu segurando o
bonequinho de neve. – Papai, o que é isso?
– É um trenó, filha.
– Ata, um tlenó. – Ela repetiu trocando
o “r” pelo “l” como geralmente fazia, e eu lhe dei um beijo na bochecha. – Como
foi a aula?
– Legal! – Exclamou. – Eu comi sorvete
de morango.
– E não trouxe nenhum pouco para o
papai?
– Desculpa, papai. Mas eu não sabia que
você queria. – Ela fez uma carinha triste.
– Tá bom, papai desculpa. – Falei.
Pov Lua
– Como você está? – Harry falou assim
que me abraçou.
– Estou indo... – Murmurei.
– Tudo vai ficar bem, Luh. Você vai
ver. – Disse firme.
– Eu sei... É o que todos estão
dizendo.
– E nós estamos certos. – Ele riu.
– Quero acreditar.
– Você que sempre pode contar com as
pessoas que te amam. – Me disse.
– Sei sim. E fico feliz e aliviada com
isso.
– Você não vai mais passar por isso...
– Não mesmo. – Afirmei triste, mesmo
sabendo que Harry não se referia ao problema de eu não poder mais engravidar.
– Harry, você não acha que já passou da
hora de soltar a minha mulher? –
Ouvimos Arthur perguntar com aquela voz séria que ele sabia fingir muito bem, e
dar ênfase nas duas últimas palavras.
– Não é para ficar com ciúmes, papai. –
Anie murmurou abraçando-o.
– Olha quem fala, a pessoa mais
ciumenta depois da Lua, é claro. – Ele retrucou cutucando-a.
– Ouve a Anie. – Harry me soltou. –
Você não vai me contar?
– Deixa pra lá... – Respirei fundo. –
Não quero ficar repetindo essa história. Você entende, não é?
– Claro. – Ele sorriu carinhosamente. –
Tudo bem, mas você sabe que quando precisar, eu estou aqui.
– Sei sim, amor. – Soltei a mão dele, e
voltei a me sentar no sofá onde Arthur estava.
– Olha, papai... Você vai ser a Anna,
tá? E eu a Elsa. – Anie chamou a atenção do pai, e eu a encarei.
– Porque eu não posso ser o Olaf,
filha? – Arthur perguntou pegando a boneca.
– Que linda essa Anna, versão Arthur.
Até combina. – Harry gargalhou.
– Combina com a tua cara, Harry. Por
que você não diz para o seu tio ser a Anna, filha?
– Porque não papai, quelo que a Anna
seja você. – Ela o olhou. – Tio Harry vai ser o Olaf. – Completou.
– Injusto isso. – Reclamou ele. – Não
quero mais brincar.
– É siiiiim, papai... Vamos. Vamos... –
Pediu abraçando-o. – Vai ser legal.
– Quero ter uma filha igual a Anie. –
Harry comentou.
– Minha filha é exclusiva, Harry. E vai
ser meio impossível já que você precisaria de uma mãe igual a Luh, e um pai
lindo com eu. – Arthur se gabou.
– No jeito, seu idiota. Não na
aparência. A pessoa nem pode falar seus sonhos hoje em dia.
– Me surpreende saber que você quer ter
um filho. – Mel comentou.
– Eu ia falar isso. – Comentei também.
– Até parece que eu não posso ter.
– Ter você não pode mesmo, Harry. Agora
fazer é outra coisa. – Arthur riu.
– Não falamos isso. – Me defendi.
– Tá vendo? Por isso que eu não falo
nada. – Disse magoado. E Mel o abraçou.
– Estamos brincando.
– Arthur não está. Ele está rindo. –
Harry apontou para o mesmo.
– Você chega a ser mais ridículo do que
eu. – Arthur riu.
– Anie vai ficar no canto quando ganhar
um irmão. – Harry retrucou, e eu acabei rindo da cara que Anie fez ao
encara-lo.
– Não vou não. Meu papai disse que não.
– Ela mostrou língua e logo escondeu o
Rosto no pescoço do pai.
– Vai sim. Sou eu quem está dizendo. Eu
adivinho as coisas. – Harry insistiu se divertindo.
– Não. Não. Não. Não... – A pequena
cantarolou.
– Siiiiiiiim...
– É mentila, não é papai. – Ela
perguntou baixo para Arthur.
– É sim, meu amor.
– Olha aí, titio. Meu papai disse que é
mentila.
– Mas eu não minto.
– Nem meu papai. – Anie assegurou e
abraçou Arthur novamente.
– Filha, vamos tomar um banhinho para
almoçar, hein? – Perguntei me aproximando dos dois.
– Ah não, mamãe. Deixa eu blincar primeiro.
– Pediu.
– Depois do almoço você pode brincar
até cansar. Mas agora tem que tomar um banho. Vamos?
– Papai?
– Obedece a sua mãe, Anie tá? – Arthur
murmurou com o rosto próximo ao da filha.
– Tá bom. – Ela disse chateada por ter
sido contrariada.
– Isso, agora vai lá tomar um banho.
– Tem que ser agora?
– Sim, filha. Agora! – Arthur afirmou.
Anie suspirou e assentiu me olhando com um bico.
– Não fique zangada. Vai querer virar
um cascão é?
– Não mamãe.
– Um porquinha?
– Também não.
– Mas é isso que vai acontecer se você não
tomar banho. – Falei.
– Mais eu vou sim tomar banho.
– Então vamos logo. – Me levantei do
sofá. – Vem filha. – Anie ficou em pé no colo do pai e depois pulou para meu
colo. – Nossa, você tá ficando pesada hein mocinha?
– Não, tô não. – Ela balançou a cabeça
negativamente e riu.
– Eu não demoro. – Falei subindo para o
quarto.
Pov Arthur
Anie desceu a escada 15min depois, e já
havia se passado 20min, e nada de Lua descer. Eu estava morrendo de fome, e já
iria dar 12h15. Era melhor eu ir atrás dela.
– Vou atrás da Luh. Estou morrendo de
fome. – Falei me levantado do sofá.
– A cozinha fica aqui embaixo, Arthur. –
Harry comentou rindo.
– Idiota. – Retruquei ouvindo rir.
Subi os degraus e entrei no quarto,
encontrando-a sentada na cama, mirando as mãos sobre as coxas. Caminhei devagar
até ela.
– Ei, o que aconteceu? – Ela levantou a
cabeça para me olhar.
– Nada.
– Você demorou.
– Desculpa. Eu já estava indo.
– Luh?
– Não é nada, Arthur. Não se preocupe. –
Assegurou e respirou fundo. – Por que as pessoas sempre falam que da próxima vez
vai dar certo?
– Porque elas não sabem que não haverá próxima
vez, querida. – Murmurei,
abraçando-a. – Não fique assim. A gente já conversou sobre isso.
– Eu não quero contar, mas não quero
ficar ouvindo as mesmas coisas sempre.
– Não precisa contar. Eu já te falei. É
um assunto nosso... Ah Luh, são coisas que as pessoas sempre falam para
amenizar a tristeza. – Expliquei. – Um jeito que encontram de dar força.
– Eu sei...
– Então... – Falei me deitando na cama
e puxando Lua. – Não fique triste. – Beijei seus lábios. – Vamos almoçar? –
Perguntei puxando uma das pernas dela para cima de mim.
– Arthur...
– Eu também estou com fome de comer
comida, Luh. – Expliquei e ela me deu um leve tapa.
– Engraçadinho. – Retrucou. – Vou só
vestir minha roupa. – Se levantou. Vestia apenas uma lingerie. Fechei os olhos
sabendo que não provaria daquela tentação.
Continua...
Se
leu, comente! Não custa nada.
N/A: Oi? Sei que falei que postaria quinta-feira,
mas como viram, não deu. Mas cá estou e espero que tenham gostado do capitulo.
Escrevi com muito carinho <3 – 11 páginas
e meia do word só para recompensar a espera (o normal é de 7 a 8). Gostaram?
Obrigada meninas, pelas melhoras que me
desejaram. E obrigada por me entenderem :D
Harry é uma comédia, não acham? Kkkkkkk
E Arthur nem é ciumento – Nem sei pra quem Anie puxou. Já que Lua não fica atrás.
PS¹: Eu tô sentindo
falta dos meus leitores interagindo – comentando – aqui :( Gente,
voltem tá? É muito importante saber o
que estão achando – E gratificante também <3.
PS²: Não sei se vou conseguir atualizar
amanhã.
Feliz LuAr Day <3
Bom domingo, e Feliz Páscoa!
Beijos e até o próximo capítulo.
Amooo o essaaaa webb.... Esses 3 são ótimos.. Lua deveria contar, já q ela não gosta q falem q na próxima vão dar certo!! Ansiosaaaa pelo próximo!!
ResponderExcluirEsses 3 são muito ciumentos, mas são lindos juntos. Anie é cada capítulo mais fofa e mais engraçada, querendo que o Arthur seja a Anna hahahahaha. Lua tem que esperar, demora mas a dor vai passar, tem que ter paciencia e ser forte, com a ajuda do Arthur e a companhia da Anie sla vai conseguir e vai dar tudo certo !!
ResponderExcluirHelena
Quando é que a Lua vai deixar de torturar o Thur em ?
ResponderExcluirTão linda essa família... Deus podia fazer um milagre e dar a benção de terem outros filhos novamente.
ResponderExcluirAmo o Harry kkkkkk Os capítulos mais engraçados é os que ele está fazendo parte...
ResponderExcluirmais ssss
ResponderExcluirAdoro a web! Mt bom! Posta mais
ResponderExcluirO Harry é uma comédia kkkk família linda,que fofo o Arthur falando da lua*___* lindo!!!Amei Milly desculpa não ter comentado no capítulo anterior, estou fazendo faculdade e tá corrido,mais eu estou amando a web você está de parabéns como sempre!!!
ResponderExcluirCarol
O Arthur diz que Anie puxou a Lua no quesito ciúmes kkkk ,mais ele esta se saindo um ótimo ciumento kkk.
ResponderExcluirEstou amando a web!! Só acho que o Arthur se declara mais pra Lua do que ela para ele!! Queria ela sendo mais romântica, mais to adorado!! ♥♥
ResponderExcluirOwm familia linda!! Mais acho que Lua ta muito no banho maria com Arthur, esta na hora dela reagir pq se não fica dificil pra Arthur tbm :/
ResponderExcluirAnie é a coisa mais fofa que existe ♡
Esta perfeita a cada dia a fic Milly *---* ;*
Milly quando as coisas vão voltar ao "normal"?
ResponderExcluirA web está cada dia melhor, eu estou amando. Ansiosa pelos próximos capítulos. Beijo Milly
ResponderExcluirA Lua deveria se declarar mais para o Arthur, ser mais romântica.
ResponderExcluirA web está incrível ����