Little Anie - Cap. 72 | 5ª Parte

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Little Anie | 5ª Parte

Pov Lua

Quando a manhã chegou, abri os olhos. E senti os braços de Arthur em volta da minha cintura. Ele dormia profundamente. Sua respiração estava ritmada. Me acomodei nos braços dele novamente e descansei minha cabeça em seu ombro.

Era quinta-feira, e Harry havia dito que vinha a nossa casa. Eu teria que levar Anie ao balé. A pequena ainda não tinha se acordado. Porque não havia pintado no quarto.

Respirei fundo, e fechei os olhos por alguns minutos. Eu me sentia vazia, mesmo estando cercada pelo amor daqueles dois. Era apenas um sentimento que ninguém podia mudar, e eu não podia ignorar.

Arthur se mexeu, e apertou os braços em volta de mim. O senti roçar os lábios em meu pescoço, e logo depois, depositou um beijo ali.

– Bom dia, querida. – Sussurrou beijando minha bochecha.
– Bom dia. – Respondi me virando e ficando de frente para ele. – Dormiu bem? –
– A melhor noite depois das últimas duas semanas... – Respondeu beijando meus lábios.
– Uuuhm... que interessante. – Murmurei distribuindo beijos seguidos de mordidinhas pelo pescoço dele. – É bom saber disso, Sr. Aguiar. – Completei.
– Pode. Pode. Pode ir parando. Tesão a essa hora da manhã e banho frio não cola, Blanco. – Me avisou. Tentando se desviar das minhas provocações.
– Estou sendo carinhosa. – Fingi estar magoada. E ele riu.
– Carinhosa? Só se eu não te conhecesse. – Completou me jogando um beijo no ar. – Acho melhor você ir acordar sua filha. Ela tem aula de balé. – Comentou ao olhar para o relógio.
– Agora é só minha filha? – Cerrei os olhos e Arthur assentiu se aproximando novamente de mim. – E você? Não vai?
– Não. Não quero discutir com você de novo por causa daquela mulher. – Explicou ao me abraçar.
– A gente não vai discutir. Eu gosto quando você vai com a gente. – Comentei retribuindo o abraço.
– A gente vai, Lua. Eu sei, e não quero. – Depositou um beijo em meu ombro. – Ei?
– Oi.
– Harry vem hoje...
– Sim. Mas acho que só lá pelas 10h. – Supus.
– Uhum... Ele não acorda tão cedo também.
– Caramba! – Exclamei batendo em minha testa.
– O que foi já? – Arthur me perguntou confuso.
– A roupa da Anie. Tenho que levá-la para experimentar no sábado, só que sábado era para estarmos em Manchester. – Lembrei. Arthur me olhou. – Mas isso já estava decido desde quando mandei fazer. – Finalizei.
– E agora? – Ele me perguntou.
– A gente pode ir no sábado. Só que mais tarde. – Mordi os lábios esperando a resposta dele.
– A gente combinou de ir na sexta. – Me disse.
– Eu sei, Arthur. Desculpa. Acabei esquecendo. – Me defendi. – Sua mãe vai entender. – Completei.
– Com certeza. – Concordou.
– Só uma coisa que vou ter que esperar... – Comecei.
– Que coisa? – Perguntou curioso.
– O sermão dela para você. – Ri. Arthur revirou os olhos.
– Ha ha ha... Ai nossa, que engraçada você. Tô quase morrendo de rir por dentro. – Ele disse sem humor fazendo uma cara entediada, e sem graça.
– Ai, você nem sabe brincar. – Reclamei bufando. – Seu ridículo!
– Mas olha só? Ama me xingar. Não tô dizendo... Cadê o respeito, Lua? – Se fez de ofendido.
– Arthur, eu vou bater em você. – Avisei fazendo-o rir.
– Acho que quero apanhar. – Ele mordeu os lábios, me encarando. – Quem sabe assim eu não deixo de ser trouxa, e paro de ficar insistindo, hein? – Completou em um tom sério. Ele não estava mais brincando.
– Acho melhor a gente parar.
– Você que começou, Luh.
– Você é um chato. – Retruquei. – Mas eu te amo. – Choraminguei me jogando sobre ele.
– E quem não ama? – Perguntou convencido.
– Não culpo elas por quererem você.
– Não?
– Eu culpo você. – Falei.
– Eeei... – Ele disse rindo. – Eu?
– Sim, quem manda ser gostoso e provocador? Pensa que eu não sei?
– Luh, eu nem provoco ninguém. – Ele abanou o ar. – Quer dizer, só você. – Ele deu uma piscadela. – E tão bom provocar você. Meu Deus! Só de lembrar me dá um negócio.
– No meio das pernas, aposto. – Revirei os olhos. E Arthur me puxou para cima dele.
– Ei, para de falar assim. Desse jeito parece que só quero transar com você. Isso me deixa mal, ver que você pensa isso. Não é isso, Luh. Você sabe. Quer que eu pare de tirar essas brincadeiras? – Ele falava calmo, mas me olhava tão sério que me senti mal também.
– Não. Não. Não. Me desculpa, amor. Desculpa. – Pedi distribuindo beijos pelo rosto dele.
– Você é mais que uma esposa, Luh... – Começou. E senti meu coração acelerar. – Você é uma amiga, minha melhor amiga. Sempre foi, e você sabe disso. Você é uma mulher maravilhosa. Uma advogada linda e inteligente. Você odeia depender dos outros. É toda independente... e eu me sinto orgulhoso de ver você sendo assim, e de tê-la junto a mim. Não quero que pense essas coisas sobre o sentimento que tenho por você. Porque é uma coisa tão forte, que eu não consigo explicar. Você foi a única mulher que me apoiou em todas as escolhas que fiz até hoje, depois que nos conhecemos. E continua me apoiando. Não acho que seja só amor... eu não sei querida, talvez seja um sentimento além desse... eu não consigo descrever. – Finalizou. E eu enterrei o rosto no pescoço dele, abraçando-o apertado. Enquanto tentava acalmar as batidas do meu coração, depois das palavras de Arthur.
– Assim você acaba comigo. – Murmurei.
– Não. Não quero acabar com você, amor... É só a verdade. Às vezes parece que você esquece. Isso me irrita. – Respondeu beijando minha testa.
– Mãããeee! Acorda, a gente vai se atrasar. – Anie chegou abrindo a porta do quarto.
– Adeus privacidade. – Arthur retrucou. – Você acabou de acordar também.
– Eu sei papai. – Ela revirou os olhos entediada.
– Bom dia, dona Anie. – Falei alto, chamando sua atenção. – Onde ficou a educação, hein?
– Acho que de baixo do edredom, não foi filha? – Arthur riu.
– Eu esqueci, mamãe. Bom dia! – Ela sorriu sapeca.
– Uhm, agora sim é uma mocinha educada. – Comentei.
– E cadê o bom dia do papai? – Arthur cobrou.
– Bom dia, papai. – Ela o abraçou enquanto recebia um beijo de bom dia do pai.
– Dormiu bem?
– Sim, papai. Você vai com a gente hoje de novo?
– Não meu anjinho.
– Por que?
– Porque eu vou me ocupar com outra coisa, filha. – Ele explicou carinhosamente. Anie não entenderia os motivos do pai.
– Mais importante do que eu? – Ela perguntou triste.
– Não, amor. Nada é mais importante que você, filha. Eu só não posso ir hoje. Tudo bem? – Ele sorriu depositando um beijo em cada bochecha da pequena. – Ei?
– Tá bom. – Anie fez um bico. E deitou a cabeça no colo do pai. – Você vai, mamãe?
– Vou sim, filha... – Me inclinei para depositar um beijo na testa dela.  – Aai, que dengo... – A puxei para meu colo. – Não fique triste, eu vou estar lá, amor. – Assegurei.
– Eu sei, mamãe... mas eu queria que meu papai também fosse. – Murmurou.
– Aah, filha... – Arthur reclamou. – Assim não vale, não quero te ver desse jeito.
– Eu entendi, papai...
– Tá bom, então... a mamãe vai estar com você, meu anjo. Essa linda. A mamãe é linda, não é. – Ele perguntou para a Anie. Que me olhou sorrindo.
– Sim, minha mamãe é linda. – Ela me deu um beijo no rosto.
– Ela é minha...
– Não, pai. Eu já falei que é só minha. Plonto. Chega! – Exclamou toda séria. Fazendo Arthur rir.
– Eu cheguei primeiro. – Arthur me abraçou apertado.
– Mamãe, fala pra ele que não. – Ela me pediu.
– Eu amo os dois, pronto. Seu pai é um irritante, filha. Ama implicar com você. – Expliquei.
– Eu sei. Mas ele quer tomar você de mim. Não vou deixar. – Retrucou.
– Aaah que fofa... acho que vou morder essas bochechas. – Arthur riu puxando a filha para o colo dele. – Me promete uma coisa?
– O quê? – Anie perguntou baixo. Arthur sorriu.
– Promete que quando crescer vai ser igual a sua mamãe? Uma pessoa maravilhosa.
– Mas eu sou igual a você, papai. – Ela franziu o cenho confusa.
– Eu amo você. – Arthur apertou a filha nos braços e começou a rir. – Depois a gente volta a falar sobre isso. Eu amo vocês duas. – Ele me puxou para junto deles.
– Nós também te amamos. – Afirmei lhe dando um selinho. – Mas agora, essa mocinha tem que tomar banho. – Falei baixo. Apertando levemente o nariz de Anie. – Vamos?
– Tem que tomar banho?
– Sim. Ou você vai querer ir com essa preguicinha para a aula, hein? – Cutuquei-a. Anie soltou uma gargalhada, e abraçou Arthur mais forte.
– Não tenho preguicinha. – Ela continuou rindo.
– Então vamos logo tomar um banho.
– De banheira?
– Não. Você é muito sapeca. Vem logo... – Me levantei da cama.
– Vai logo, filha. – Arthur disse soltando a pequena, e ela engatinhou até onde eu estava.
– Quero ir no colo. – Anie piscou os olhinhos pidona. E eu quis aperta-la em meus braços.
– Tá bom, vem... – Anie se jogou em meu colo, e eu andei até o banheiro com ela.
– A água tá fria, mamãe. – Disse assim que a coloquei sentada sobre a bancada.
– Que fria, filha. Se você ainda nem tomou banho. – Cerrei os olhos encarando-a. – Como sabe?
– Eu sei, mãe... – Ela fez manha enquanto me abraçava.
– Levanta os braços, deixa eu tirar sua blusa. – Pedi e Anie o fez.
– Mãe?
– Uhm...
– Quando eu vou para a escolinha? – Perguntou enquanto eu a colocava no chão.
– Não vai demorar muito, filha. – Respondi.

Era setembro, faltavam apenas 4 meses para que fevereiro chegasse. E dia 12 de março, Anie completaria 4 aninhos. Por que o tempo tinha que passar tão rápido?

– Mas quando? – Insistiu ela.
– Por que você quer tanto ir para a escola, hein? – Perguntei ligando o chuveiro.
– Aaaii, mamãe! Está gelada a água. – Anie falou dando pulinhos.
– Não está, Anie. E não grite. – Ralhei.
– Porque acho que é legal na escola. – Disse ainda pulando.
– Você vai escorregar. Não pule. – Avisei. – Daqui há alguns meses você vai, filha. – Falei pegando o shampoo.

Pov Arthur

Eu acabei cochilando enquanto Lua e Anie tomavam banho. Porque me acordei com Anie pulando em cima de mim e gritando “Acorda, papai!”, e batendo palmas.

– Aaaniee... – Falei sonolento, segurando-a para que ela não caísse. – Cadê a sua mãe? Não pula, filha. – Pedi. – Luh, cadê você? – Chamei. – Para, filha! Já acordei. – Falei um pouco alto.
– Minha mamãe está se arrumando. – Anie respondeu caindo para o outro lado da cama, e logo me abraçou. – Pai? – Me chamou baixo.
– Oi.
– Não fique zangado comigo. – Pediu baixo, me dando um beijo na bochecha.
– Não estou zangado, filha. – Beijei seus cabelos. – Luh? – Chamei outra vez. – Tem certeza que sua mãe está aqui?
– Sim, papai. Ela tá se arrumando. – A pequena assegurou.
– Por que você tá me ignorando? – Gritei alto, e Anie riu.
– A mamãe disse que não vai demorar para eu ir para a escolinha. – Comentou e me olhou. – É papai? – Finalizou.
– Acho que sim, filha. – Respondi.

Eu ainda não havia conversado com Lua sobre esse assunto. Mas Anie já ia fazer 4 anos, e já estava na hora dela começar a frequentar a escola. E isso me obrigava a pensar que ela estava crescendo, sim.

– Minha mamãe falou que sim.
– Então sim, pequena.
– Vamos, filha? – Lua se aproximou da cama.
– Por que você estava me ignorando? – Perguntei baixo enquanto Lua se abaixava para me dar um beijo.
– Eu não ignorei, você. – Ela retrucou, me dando um beijo. – Se Harry, aparecer. Peça para ele esperar, tá?
– É claro que ele vai esperar, Luh. – Revirei os olhos.
– Vamos, amor?
– Sim, mamãe. Tchau, pai.
– Tchau, filha... – Me despedi dela com um beijo na testa. – Luh, eu amo você. – Gritei assim que a vi andar até a porta.
– Eu sei, amor. Eu sei... – Ela riu e virou-se para me olhar, e jogou um beijo no ar.
– Você não vai dizer que me ama?
– Você sabe que eu amo, Arthur. – Sorriu.

Era 8h30min quando Lua e Anie saíram de casa, e eu voltei a dormir. Me acordei as 9h45min, com Carol me chamando. Que Harry estava em casa.

– Bom dia, flor do dia. – O ouvir dizer assim que desci a escada.
– Querida, você por aqui? Sentiu saudades foi? – Zombei.
– Muitas saudades. Não quer ver?
– Dispenso, querida. – Ele riu.
– Você dorme muito, Arthur. – Reclamou ele.
– Eu tenho que aproveitar quando Anie não está. – Expliquei.
– Anie, sei... Desculpa sua só para não dizer que é Lua quem cansa você. – Disse ele, me fazendo rir alto.
– Ah, Harry... Você não sabe da missa a metade. – Comentei me levantando.
– O que isso quer dizer?
– Que você não precisa saber. – Ergui uma sobrancelha, e ele riu.
– Lua fez greve. – Comentou baixo me seguindo até a cozinha. – É fácil descobrir vendo a cara de vocês quando elas fazem isso. Ainda bem que eu não sofro com essas coisas... É uma das boas qualidades de ser solteiro. – Completou com uma risada e eu fiz careta.
– Harry! – Ouvi Mel falar e preferi não responder Harry.
–Oi, Mel. Tudo bem? Eu queria falar com você também. – Ele sorriu carinhosamente.
– Tudo indo. – Ela o abraçou forte.
– Bom dia, Mel.
– Bom dia, Arthur.
– Arthur?
– Oi, Harry. – Falei me sentando a mesa.
– Por que você não foi?
– Eu e Lua sempre brigamos quando encontramos uma mulher lá. – Respondi pegando a jarra de suco, mas era de maracujá. – Carla?
– Oi, Arthur.
– Não tem outro suco?
– Tem de uva, quer?
– Sim.
– Que mulher? – Harry perguntou curioso.
– Uma oferecida, Lua está certa. – Mel comentou comendo uma fatia de bolo.
– Então... A mãe de uma colega de Anie.
– Arrasando corações até no balé da filha? – Ergueu uma sobrancelha. – Arthur, você não vale nada.
– “Arrasando corações” que coisa gay, Harry. E quem não vale nada é você. – Retruquei.
– Lua vai demorar?
– Ela volta lá pelas 10h. – Respondi.
– Como vai o bebê, Mel?
– Bem, ele anda se comportando. – Ela sorriu.
– Nós até fizemos uma aposta. – Falei.
– Que tipo de aposta?
– Eu apostei que irá ser um menino, e elas, uma menina. – Harry me olhou divertido.
– Se você não acertar dessa vez, vou ter certeza de que tua intuição é uma das piores que existe.
– Não vou errar. E Mel vai ter que dar o sapatinho de menina que ela comprou, para a filha do Mika. – Falei.
– A mãe acha que é uma menina, seu idiota. E você ainda aposta com ela? – Ele negou com a cabeça.
– Ela não acha, só está se divertido ao me contrariar. – Retruquei. – Ela e a Luh, que ama fazer isso.
– Anie que deve estar amando essa aposta toda. Eu até consigo ver aquele bico zangado dela. – Ele riu.
– É só no começo, logo ela se acostuma. – Falei distraidamente.

*

– Tiiiitiiioooo... – Anie gritou saindo correndo para o colo de Harry.
– Oi, princesa. Que saudades, minha linda. – Ele carregou a pequena e a girou no ar, fazendo a menina soltar aqueles gritinhos animados. – Titio trouxe um presente incrível para você. – Comentou indo até o sofá com Anie.
– Eu já até me acostumei a ser esquecida. – Lua comentou caminhando até o sofá onde eu estava.
– Ei, eu nunca vou esquecer de você. – Falei abrindo os braços para abraça-la.
– Seei... – Ela me abraçou. – Oi, amiga. – Sorriu olhando para Mel.
– Oi.
– Você anda muito carente, Lua... Arthur não está fazendo o serviço direito? – Disse Harry, mordendo os lábios para segurar o riso.
– A culpa não é minha se ela está assim. – Falei e ganhei um tapa de Lua. – Ooow!
– Aqui, linda. Espero que goste. – Harry falou entregando uma caixa a Anie que sorriu animada.
– Obrigada, titio. – Ela agradeceu lhe dando um beijo na bochecha.
– Ah amor, não precisa agradecer.
– Posso abrir?
– Claro. – Ele sorriu tão animado quanto ela. E Anie começou a rasgar o papel do presente.
– UAAU! – A pequena abriu a boca e soltou um grito. – É lindo, titio. Olha mamãe, é de montar. – Ela mostrou para Lua. – Titia, é da Elsa, olha. – Agora foi a vez dela mostrar para Mel.
– Que lindo, filha. – Lua sorriu.
– É lindo mesmo, Anie. – Mel comentou.
– É o castelo da Elsa, amor... – Harry lhe explicou. – Vamos montar depois?
– Vamos. – Anie concordou. Era uma castelo de lego.


– Sinto que alguém está tentando roubar minha filha. Você não vai conseguir, Harry. – Avisei.
– Velho ciumento, que feio, Arthur. – Ele disse fazendo todos rirem.
– Eu não sou velho, seu idiota.
– Quase 30 anos...
– Você não fica atrás, se esqueceu foi? – Retruquei e Lua virou meu rosto me dando um selinho.
– Shh... – Sussurrou.
– Agora com toda licença, vou roubar sua mulher. – Ele riu provocando.
– Nem nos teus melhores sonhos. – Falei erguendo uma sobrancelha. E Lua se levantou indo abraçar Harry. – Vem aqui, filha. – Chamei Anie que andou até mim, e eu a coloquei em meu colo.
– Olha papai, é lindo. – Ela me mostrou as peças do brinquedo. – Essa é a Elsa, olha o Olaf. – Sorriu segurando o bonequinho de neve. – Papai, o que é isso?
– É um trenó, filha.
– Ata, um tlenó. – Ela repetiu trocando o “r” pelo “l” como geralmente fazia, e eu lhe dei um beijo na bochecha. – Como foi a aula?
– Legal! – Exclamou. – Eu comi sorvete de morango.
– E não trouxe nenhum pouco para o papai?
– Desculpa, papai. Mas eu não sabia que você queria. – Ela fez uma carinha triste.
– Tá bom, papai desculpa. – Falei.

Pov Lua

– Como você está? – Harry falou assim que me abraçou.
– Estou indo... – Murmurei.
– Tudo vai ficar bem, Luh. Você vai ver. – Disse firme.
– Eu sei... É o que todos estão dizendo.
– E nós estamos certos. – Ele riu.
– Quero acreditar.
– Você que sempre pode contar com as pessoas que te amam. – Me disse.
– Sei sim. E fico feliz e aliviada com isso.
– Você não vai mais passar por isso...
– Não mesmo. – Afirmei triste, mesmo sabendo que Harry não se referia ao problema de eu não poder mais engravidar.
– Harry, você não acha que já passou da hora de soltar a minha mulher? – Ouvimos Arthur perguntar com aquela voz séria que ele sabia fingir muito bem, e dar ênfase nas duas últimas palavras.
– Não é para ficar com ciúmes, papai. – Anie murmurou abraçando-o.
– Olha quem fala, a pessoa mais ciumenta depois da Lua, é claro. – Ele retrucou cutucando-a.
– Ouve a Anie. – Harry me soltou. – Você não vai me contar?
– Deixa pra lá... – Respirei fundo. – Não quero ficar repetindo essa história. Você entende, não é?
– Claro. – Ele sorriu carinhosamente. – Tudo bem, mas você sabe que quando precisar, eu estou aqui.
– Sei sim, amor. – Soltei a mão dele, e voltei a me sentar no sofá onde Arthur estava.
– Olha, papai... Você vai ser a Anna, tá? E eu a Elsa. – Anie chamou a atenção do pai, e eu a encarei.
– Porque eu não posso ser o Olaf, filha? – Arthur perguntou pegando a boneca.
– Que linda essa Anna, versão Arthur. Até combina. – Harry gargalhou.
– Combina com a tua cara, Harry. Por que você não diz para o seu tio ser a Anna, filha?
– Porque não papai, quelo que a Anna seja você. – Ela o olhou. – Tio Harry vai ser o Olaf. – Completou.
– Injusto isso. – Reclamou ele. – Não quero mais brincar.
– É siiiiim, papai... Vamos. Vamos... – Pediu abraçando-o. – Vai ser legal.
– Quero ter uma filha igual a Anie. – Harry comentou.
– Minha filha é exclusiva, Harry. E vai ser meio impossível já que você precisaria de uma mãe igual a Luh, e um pai lindo com eu. – Arthur se gabou.
– No jeito, seu idiota. Não na aparência. A pessoa nem pode falar seus sonhos hoje em dia.
– Me surpreende saber que você quer ter um filho. – Mel comentou.
– Eu ia falar isso. – Comentei também.
– Até parece que eu não posso ter.
– Ter você não pode mesmo, Harry. Agora fazer é outra coisa. – Arthur riu.
– Não falamos isso. – Me defendi.
– Tá vendo? Por isso que eu não falo nada. – Disse magoado. E Mel o abraçou.
– Estamos brincando.
– Arthur não está. Ele está rindo. – Harry apontou para o mesmo.
– Você chega a ser mais ridículo do que eu. – Arthur riu.
– Anie vai ficar no canto quando ganhar um irmão. – Harry retrucou, e eu acabei rindo da cara que Anie fez ao encara-lo.
– Não vou não. Meu papai disse que não. – Ela mostrou língua e logo escondeu o
Rosto no pescoço do pai.
– Vai sim. Sou eu quem está dizendo. Eu adivinho as coisas. – Harry insistiu se divertindo.
– Não. Não. Não. Não... – A pequena cantarolou.
– Siiiiiiiim...
– É mentila, não é papai. – Ela perguntou baixo para Arthur.
– É sim, meu amor.
– Olha aí, titio. Meu papai disse que é mentila.
– Mas eu não minto.
– Nem meu papai. – Anie assegurou e abraçou Arthur novamente.
– Filha, vamos tomar um banhinho para almoçar, hein? – Perguntei me aproximando dos dois.
– Ah não, mamãe. Deixa eu blincar primeiro. – Pediu.
– Depois do almoço você pode brincar até cansar. Mas agora tem que tomar um banho. Vamos?
– Papai?
– Obedece a sua mãe, Anie tá? – Arthur murmurou com o rosto próximo ao da filha.
– Tá bom. – Ela disse chateada por ter sido contrariada.
– Isso, agora vai lá tomar um banho.
– Tem que ser agora?
– Sim, filha. Agora! – Arthur afirmou. Anie suspirou e assentiu me olhando com um bico.
– Não fique zangada. Vai querer virar um cascão é?
– Não mamãe.
– Um porquinha?
– Também não.
– Mas é isso que vai acontecer se você não tomar banho. – Falei.
– Mais eu vou sim tomar banho.
– Então vamos logo. – Me levantei do sofá. – Vem filha. – Anie ficou em pé no colo do pai e depois pulou para meu colo. – Nossa, você tá ficando pesada hein mocinha?
– Não, tô não. – Ela balançou a cabeça negativamente e riu.
– Eu não demoro. – Falei subindo para o quarto.

Pov Arthur

Anie desceu a escada 15min depois, e já havia se passado 20min, e nada de Lua descer. Eu estava morrendo de fome, e já iria dar 12h15. Era melhor eu ir atrás dela.

– Vou atrás da Luh. Estou morrendo de fome. – Falei me levantado do sofá.
– A cozinha fica aqui embaixo, Arthur. – Harry comentou rindo.
– Idiota. – Retruquei ouvindo rir.

Subi os degraus e entrei no quarto, encontrando-a sentada na cama, mirando as mãos sobre as coxas. Caminhei devagar até ela.

– Ei, o que aconteceu? – Ela levantou a cabeça para me olhar.
– Nada.
– Você demorou.
– Desculpa. Eu já estava indo.
– Luh?
– Não é nada, Arthur. Não se preocupe. – Assegurou e respirou fundo. – Por que as pessoas sempre falam que da próxima vez vai dar certo?
– Porque elas não sabem que não haverá próxima vez, querida. – Murmurei, abraçando-a. – Não fique assim. A gente já conversou sobre isso.
– Eu não quero contar, mas não quero ficar ouvindo as mesmas coisas sempre.
– Não precisa contar. Eu já te falei. É um assunto nosso... Ah Luh, são coisas que as pessoas sempre falam para amenizar a tristeza. – Expliquei. – Um jeito que encontram de dar força.
– Eu sei...
– Então... – Falei me deitando na cama e puxando Lua. – Não fique triste. – Beijei seus lábios. – Vamos almoçar? – Perguntei puxando uma das pernas dela para cima de mim.
– Arthur...
– Eu também estou com fome de comer comida, Luh. – Expliquei e ela me deu um leve tapa.
– Engraçadinho. – Retrucou. – Vou só vestir minha roupa. – Se levantou. Vestia apenas uma lingerie. Fechei os olhos sabendo que não provaria daquela tentação.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/A: Oi? Sei que falei que postaria quinta-feira, mas como viram, não deu. Mas cá estou e espero que tenham gostado do capitulo. Escrevi com muito carinho <3 – 11 páginas e meia do word só para recompensar a espera (o normal é de 7 a 8). Gostaram?

Obrigada meninas, pelas melhoras que me desejaram. E obrigada por me entenderem :D

Harry é uma comédia, não acham? Kkkkkkk E Arthur nem é ciumento – Nem sei pra quem Anie puxou. Já que Lua não fica atrás.

PS¹: Eu tô sentindo falta dos meus leitores interagindo – comentando – aqui :( Gente, voltem tá?  É muito importante saber o que estão achando – E gratificante também <3.

PS²: Não sei se vou conseguir atualizar amanhã.

Feliz LuAr Day <3

Bom domingo, e Feliz Páscoa!

Beijos e até o próximo capítulo.

14 comentários:

  1. Amooo o essaaaa webb.... Esses 3 são ótimos.. Lua deveria contar, já q ela não gosta q falem q na próxima vão dar certo!! Ansiosaaaa pelo próximo!!

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  2. Esses 3 são muito ciumentos, mas são lindos juntos. Anie é cada capítulo mais fofa e mais engraçada, querendo que o Arthur seja a Anna hahahahaha. Lua tem que esperar, demora mas a dor vai passar, tem que ter paciencia e ser forte, com a ajuda do Arthur e a companhia da Anie sla vai conseguir e vai dar tudo certo !!
    Helena

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  3. Quando é que a Lua vai deixar de torturar o Thur em ?

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  4. Tão linda essa família... Deus podia fazer um milagre e dar a benção de terem outros filhos novamente.

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  5. Amo o Harry kkkkkk Os capítulos mais engraçados é os que ele está fazendo parte...

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  6. Adoro a web! Mt bom! Posta mais

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  7. O Harry é uma comédia kkkk família linda,que fofo o Arthur falando da lua*___* lindo!!!Amei Milly desculpa não ter comentado no capítulo anterior, estou fazendo faculdade e tá corrido,mais eu estou amando a web você está de parabéns como sempre!!!
    Carol

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  8. O Arthur diz que Anie puxou a Lua no quesito ciúmes kkkk ,mais ele esta se saindo um ótimo ciumento kkk.

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  9. Estou amando a web!! Só acho que o Arthur se declara mais pra Lua do que ela para ele!! Queria ela sendo mais romântica, mais to adorado!! ♥♥

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  10. Owm familia linda!! Mais acho que Lua ta muito no banho maria com Arthur, esta na hora dela reagir pq se não fica dificil pra Arthur tbm :/
    Anie é a coisa mais fofa que existe ♡
    Esta perfeita a cada dia a fic Milly *---* ;*

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  11. Milly quando as coisas vão voltar ao "normal"?

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  12. A web está cada dia melhor, eu estou amando. Ansiosa pelos próximos capítulos. Beijo Milly

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  13. A Lua deveria se declarar mais para o Arthur, ser mais romântica.
    A web está incrível ����

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