15 dias para confessar - Prisão

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Pov Narrador

     As investigações demoraram cerca de duas horas e, nesse espaço de tempo, os médicos estavam impedidos de entrar nos vestiários ou salas de trabalho. O chefe pedia paciência e que nada temessem. Provavelmente iriam procurar e não iam encontrar nada. 

     O corpo docente permaneceu na cantina do hospital. Falavam de assuntos banais e por vezes comentavam o que se estava a passar. 

- Com que então o suspeito está entre vocês? - Gaspar apareceu assim que Louis se levantou para ir atender uma chamada.
- Desde quando o empregado se senta à mesa com os clientes?
- A partir do momento em que não há clientes para atender.
- Mas eu não te dei essa permissão. Podes levantar-te. - Pediu Arthur. 
- Não sabia que agora descontrolavas-te por tão pouco. Estás aí já todo irritado com meia dúzia de palavras. O casamento fez-te mal?
- Não ouses falar do que não sabes. E levanta-te. Não te digo nem mais uma vez. 
- Olhem só. O senhor doutor está a perceber o controlo. - Gaspar gargalhou. 

     Arthur fechou os olhos e respirou fundo. Não ia dar o que Gaspar tanto queria. Não lhe ia dar o privilégio de lhe bater para depois ficar mal visto perante todo o hospital. 
     Gaspar acabou por desistir de provocar Arthur assim que viu Louis a chegar com o telemóvel na mão. 

- Está tudo bem?
- Não. - Respondeu. - Só preciso de ir trabalhar para aliviar este stress. 

     Louis decidiu não dizer mais nada pois notou a irritação no amigo. 

     Pouco depois, os inspectores saíram dos gabinetes nos quais trabalhavam à procura de pistas e foram falar com o chefe do departamento. Entretanto, todos voltaram ao seu trabalho. 

     Arthur estava na sua sala de trabalho. Tinha acabado de atender uma paciente e preparava-se para chamar a próxima. Eis que a polícia entra pela sua sala a dentro, sem lhe pedir licença ou coisa do género. Arthur levanta-se e preparar-se para reclamar e questionar o que ali se estava a passar, mas nem teve tempo para isso visto que um dos guardas o agarrou pelos braços e prendeu-o. 

- Mas o que é isto? Estão loucos? Soltem-me! Eu não fiz nada.
- Isso é o que todos dizem. - Disse o inspector enquanto tirava anotações no seu bloco de notas - Agora entendo a sua irritação de à pouco. Estava com medo de ser apanhado?
- Vocês estão a cometer uma injustiça. O que raio encontraram para me fazerem isto?
- Aquela história de que os médicos salvam vidas era para quê mesmo? Para voltarmos as costas e não encontrarmos o que escondia no seu vestiário?
- O que eu escondia? Eu não escondia nada! Eu não tenho nada a esconder! - Arthur gritou um tanto irritado. 
- Você está preso pelo assassinato daquelas mulheres inocentes. 
- Vocês estão loucos. Eu não fiz nada disso! - Arthur tentou se debater mas em vão. 

     Os berros tanto de Arthur como dos polícias chamaram à atenção de todos os que estavam presentes naquele hospital. Todos se dirigiram para perto da sala do Arthur para ver o que ali se estava a passar. Ficaram mais chocados quando viram que o médico em quem tanto confiavam estava a ser preso (in)justamente. 
     Os boatos deste e daquele percorreram os corredores e espalharam-se pelo hospital inteiro em menos de uma hora. A notícia caiu como uma bomba nas redes sociais e demais meios informativos. A população local mostrava-se chocada. 


     Na empresa em que Lua trabalha, a notícia chegou duas horas depois. Anna foi quem se encarregou de contar a notícia a Lua. Ela trabalhava no seu escritório quando Anna pediu licença para entrar. Lua levantou-se para receber a amiga e dar-lhe uma novidade.

- Anna, tomei a grande decisão: vou contar ao Arthur hoje. Achas que ele vai gostar? Ultimamente tem andado meio nervoso por causa do trabalho e tudo isso, mas acho que esta notícia vai trazer alguma paz a todos nós. - Lua dizia aquilo com uma energia imensa. Anna sentiu um aperto no coração. Não sabia como lhe contar aquilo. 
- Lua, senta-te. - Anna pediu, puxando a amiga para as cadeiras em que normalmente recebe os seus clientes. - Passaram umas notícias por aqui... com certeza não viste por estares em meio de tantas papeladas. Mas tu sabes como são as redes sociais, nem sempre dizem a verdade e...
- O que é que aconteceu? - A expressão no rosto de Lua  mudou automaticamente.
- O assassino daquelas mulheres mortas com aquelas picadas foi preso... 
- A sério? Mas isso é bom, certo? Assim o Arthur vai parar de me chatear com a história de que devo andar sempre com alguém quando saiu do trabalho...
- Lua... - Anna segurou a mão de Kim. - O assassino... ou pelo menos suspeito... é um dos médicos do hospital. - Lua ficou branca com o que ouviu. - Eles prenderam o Arthur... 

     Lua sentiu uma aflição enorme dentro de si. O seu coração estava tão apertado assim como a sua barriga que andava de um lado para o outro. Começou a transpirar instantaneamente e começou a ter leves falhas de tudo o que via à sua frente.

     Levantou-se e andou até à sua garrafa de água. Meteu as mãos sobre a mesa, fechou os olhos e quanto os abriu deixou as lágrimas transbordarem. Pegou na sua garrafa de água e bebeu para que aquela aflição saísse do seu corpo. Em vão. Nada resultava.
     Anna andou até si, colocou as mãos sobre os seus braços e fez movimentos verticais, tentando acalmar a amiga.

- Ouve... pode ser apenas suspeito... eles podem estar errados. Tu conheces o Arthur mais que ninguém e só tu podes dizer se ele é culpado ou não... 
- Isto não faz sentido, Anna... não faz! - Disse Kim de cara lavada - Ele é médico... ele salva pessoas. Não as mata! - Lua tentava se expressar mas os nervos tomavam conta de si. - Isto é impossível, isto é um pesadelo... - Lua deu a volta à secretária e pegou na sua mala. - Eu tenho de ir... eu tenho de ir ver ele... ele está... inocente. - Lua engoliu seco. - Ele não é culpado, não é!
- Eu sei. Eu vou contigo! - Anna agarrou a mão da amiga e as duas saíram da sala. 


     A saída de Lua do seu escritório foi um tanto polémica. As pessoas encaravam-na de cima a baixo. Umas, preocupas com o seu estado, outras, julgando-a pois já sabiam a razão por ela estar assim. Afinal, a Lua Maria Blanco de Aguiar é uma advogada tão cheia de si e não notou que tem um assassino dentro de casa? Um assassino com o qual vive à já anos suficientes para perceber o que ele é capaz? 

     Anna conduziu até à esquadra em que Arthur estava. Entretanto, Lua recebeu uma chamada em que lhe pediam que se dirige-se até ao local onde Arthur estava o mais rápido possível, a pedido dele.

(...)

Notas finais:

Será mesmo Ashton o assassino? Eu avisei que esta segunda parte seria legal!

Daqui a duas horas eu ainda estarei disposta a postar qualquer coisa, julgo eu, se tiver alguns comentários, ok? Caso contrário, fica para amanhã.

PS: não morram de coração.




11 comentários:

  1. Isso é pura maldade kkk poste o resto :(

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  2. Gente vou ter um infarto mulher posta logo ele precisa ser inocentado logo saber do bebe :/

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  3. Já adivinhava que você iria fazer isto KKKK.
    Posta mais por favor.

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  4. Já adivinhava que você iria fazer isto KKKK.
    Posta mais por favor.

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  5. Ai que menina má essa kkkk justo ele bichinho prende logo o assasino pelo amor de Deus posta mais ?

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  6. Tadinho do Arthur foi preso injustamente ;(

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  7. Tomara que ele saia logo...
    Necessitada de mais ;)

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  8. Ele tem Q sair dessa na qual ele ser assasino

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