Bom, antes de vocês começarem a leitura, eu quero lembrar que esse Capítulo
Especial de Natal, de Little Anie
Boa
leitura!
Beijos...
|
Little
Anie | Especial de Natal
1ª
Parte
Pov
Narrador
24 de Dezembro, 2016.
Arthur
se mexeu na cama, apertando ainda mais o braço envolta da cintura de Lua. A
claridade invadiu o quarto, anunciando que mais um dia tinha chegado. Ele
apertou os olhos e depois os abriu. A mulher ainda dormia tranquilamente.
Aproximou os lábios do pescoço dela, e ali depositou vários beijos. Trilhando
depois, um caminho até o lóbulo da orelha dela.
–
Bom dia... – Ele sussurrou. Lua se encolheu rindo baixinho.
–
Uhm... Bom dia... – Ela disse rouca. Completamente sonolenta.
–
Hora de acordar dona Lua.
–
Aah não! – Reclamou. – Nada disso... ainda é tão cedo.
–
Como sabe, se nem abriu os olhos ainda?
–
Eu posso sentir... – Disse e Arthur riu contra o pescoço dela.
–
Eu sei o que você deve tá sentindo... – Murmurou ele. Colando ainda mais o
corpo ao dela. Lua soltou um suspiro longo.
–
Sim... também sinto... isso... – Gemeu.
–
Vamos fazer amor, Luh? – Arthur disse ainda baixo. Agora as mãos desciam da
cintura de Lua, até a barra da camisola. – Uhm?
–
Só se você pedir mais romântico. – Disse. E colocou a mão sobre a dele que
estava em sua coxa, e puxou até sua cintura.
–
Mas eu fui romântico. – Arthur retrucou.
–
Ora, seja mais romântico. – Lua insistiu ainda de olhos fechados. Arthur lhe
depositou um beijo no ombro.
–
Tá bom, amor... – Aceitou. E subiu a mão até um dos seios da mulher.
–
Eu disse, romântico. – Lua o lembrou pausadamente.
–
Mas você não sabe o que eu vou fazer. – Ele se defendeu, mordendo levemente o
ombro dela.
–
Eu sei o que você vai fazer. – Lua afirmou. E abriu os olhos.
–
Você gosta. – Arthur sussurrou próximo ao ouvido dela. E começou a massagear o
seio que sua mão envolvia. – Sinta. Estou sendo mais romântico, não estou? – Perguntou
sem deixar de massagear. Lua voltou a fechar os olhos e assentiu respondendo a
pergunta dele. Ele aproximou ainda mais os lábios do ouvido de Lua, para lhe
sussurrar seu pedindo – ainda mais – romântico. – Meu anjo – Começou, e
depositou um beijo molhado no pescoço da mulher. – Vamos fazer amor, linda?
Assim, bem lento, e mais romântico, do jeito que você pediu? – Voltou a pedir
em sussurros.
Não
tinha como ela dizer, não. Ela não queria dizer não. Lua jogou as mãos para
trás, passando pela nuca de Arthur, lhe puxando alguns fios de cabelo. Ele entendeu
como um, sim. A atitude dela, e gemeu outra vez com o lábio próximo ao ouvido
dela. A puxou para mais perto, como se tivesse ainda mais algum espaço entre
eles. Subiu outra vez a mão para um dos seios da mulher, e voltou a massageá-lo
como fazia antes. Como ela havia pedido, bem mais romântico do que costumava o
fazer. Distribuiu beijos molhados pelo ombro dela, levando junto a alça da
camisola, que logo caiu para um dos braços, Arthur parou de beijar a esposa, e
sentou-se entre as pernas dela, enquanto a mesma se sentava na cama. Ele se
inclinou, beijando-a novamente nos lábios. Subiu a camisola, até tira-la
completamente. Ele então a puxou para seu colo, fazendo Lua envolver as pernas
ao redor da cintura do mesmo.
–
A gente só tem... meia hora... – Lua conseguiu o lembrar. Antes que perdesse a
falar por alguns minutos. Gemeu mordendo os lábios logo em seguida. Anie ainda
costumava ir ao quarto logo que acordava. E se encontrasse a porta fechada, batia
– esmurrava.
–
Uhum... – Arthur murmurou entretido demais distribuindo beijos pelo colo,
ombro, pescoço e rosto de Lua, para lhe dar uma resposta mais clara.
Ele
então a deitou na cama, lenta e cuidadosamente. Como se fosse a primeira vez
que iriam fazer aquilo.
Lua
estava sensível demais nos últimos dois meses, quando Anie teve a ideia de
pedir a eles, um irmão. Ela estava com quatro anos. E em menos de três meses
completaria cinco anos. O tempo estava passando tão rápido. Era até um pouco
assustador saber que o novo ano, seria seu segundo ano na escola. E que depois,
ela logo deixaria de ser uma criança. E Arthur começava a se preocupar, só de
imaginar quando ela se tornasse uma adolescente. Era sua única filha. Porque
tinha que crescer tão rápido? Sentia falta daquele bebê que chorava alto quando
sentia fome, ou quando lhe negavam algo que ela queria muito.
Voltou
a beijar os lábios da mulher, até senti-la ofegar e lhe puxar os cabelos.
Arthur desceu as mãos pela lateral do corpo de Lua, até chegar no cós da calcinha,
onde empurrou devagar para baixo, e foi descendo os beijos também, passando
pelo queixo dela, pelo pescoço, no vão entre os seios, na barriga, abaixo do
umbigo, mais em baixo... lá, onde as coisas mudavam completamente. Ele lhe
tirou a calcinha, e subiu os beijos, passando pelos pés, e fazendo todo o
caminho de volta, até encontrar os lábios de Lua novamente.
–
Era assim que você queria? – Lhe perguntou mordendo o lábio inferior de Lua, o
puxando ao finalizar a pergunta. E logo olha-la nos olhos.
–
Sim. Assim, Arthur. – Ela respondeu fechando os olhos, agora recebendo o carinho
que ele fazia em seus seios, chupando um, e massageado o outro. Tudo lenta e
carinhosamente. Enquanto ela lhe massageava a nuca, e arqueava as costas, toda
vez que ele mordia um dos seios. Não chegava a doer. Era excitante demais.
Arthur
sorriu ao voltar a olha-la nos olhos. Seus olhos brilhavam, como todas as vezes
que faziam amor. Os dela não deviam estar diferentes. Lua sorriu também, lhe
acariciando o rosto, sentindo ele afastar suas pernas, e ficar totalmente entre
elas, sem dizer nenhuma palavra. Desceu as mãos para a cintura da mesma, e
inclinou o rosto, aproximando novamente do pescoço de a Lua, beijando levemente
o local, ao mesmo tempo que sentia as unhas dela cravarem em suas costas, no
momento em que a penetrava, tão carinhosamente, como ela havia pedido no
começo. Mais romântico.
Gemeu
baixo, se esforçando o máximo para não fazer um barulho mais alto. E ela logo o
seguiu, gemeu tão baixo quanto ele. E mordeu seu ombro, para evitar que um
gemido mais alto também escapasse de sua boca. Fazer aquilo tão lento, era tão
mais intenso. Que ela não queria que ele parasse de fazer.
Fechou
os olhos com mais força, quando sentiu ele marcar mais forte – mas ainda lento –
o ritmo. Saindo completamente, e entrando novamente. Não havia outro homem –
pra ela – melhor naquilo, do que ele. Seu marido. Sua vista escureceu
momentaneamente, quando sentiu ele intensificar o ritmo, mais forte do que
antes. E abraça-la pela cintura, apertando-a contra ele, aproximando os lábios
do ouvido dela.
–
Querida... – Gemeu. – Vou gozar. –
Frisou. Fechando os olhos, apertando-a ainda mais. E Lua sentiu quando o corpo
de Arthur ficou completamente rígido, e apenas ouvia o barulho da respiração de
ambos, e o gemido baixo – e longo – que ele deixou escapar ao chegar ao clímax.
Ela o seguiu.
E
o céu pareceu bem próximo. Quase podiam tocar as estrelas.
Ele
enterrou o rosto no vão do pescoço de Lua, e tentou normalizar a respiração.
Seu coração assim, como o dela, batiam rápido demais. Lua relaxou as pernas, e
deixou que os braços caíssem ao lado de seu corpo. Arthur logo se mexeu, e saiu
– ainda devagar – de dentro dela, lhe dando um selinho. Mas voltou a se deitar
sobre a mulher, e lhe acariciar a cintura, levemente.
–
A gente precisa fazer isso mais vezes... Assim, desse jeito. – Ele sussurrou, e
beijou a bochecha da mesma, que sorriu, tentando se espreguiçar. O que era
quase impossível, com Arthur em cima dela. Mas ela não pediu para que ele
saísse.
–
Uhum... – Murmurou cansada demais parar dar uma outra resposta.
–
Uhum... – Ele a imitou. E mordeu o lábio da esposa com um pouco mais de força. –
Amo você, linda. – Disse baixo. Lua o mirou.
–
Eu também amo você. – Lhe falou também. E olhou para o relógio logo em seguida.
– Você tem que vestir uma roupa em 5 minutos. – O lembrou. Arthur bufou, e
distribuiu beijos cálidos, seguidos de mordidas por todo colo de Lua. Ela
arqueou a costa, gemendo baixo. – Não... Não comece. – Pediu baixinho. Ele riu,
e parou com as provocações.
–
Vou parar só porque faltam 3 minutos. – Falou saindo de cima dela. – Anie poderia
acordar mais tarde, não acha? – Perguntou fazendo uma careta.
–
Não. Se não seria quase impossível fazê-la ir pra escola toda manhã. – Lua
explicou. E Arthur encontrou a cueca do outro lado da cama, e logo a vestiu.
–
Vendo por esse lado. – Ele deu de ombros e voltou a deitar sobre ela, após
cobri-la até a cintura com o lençol.
–
Pra onde você jogou minha camisola? – Lua perguntou. Arthur passou os lábios
pelo pescoço e rosto dela, antes de responder:
–
Não lembro, amor... – Beijou uma das bochechas dela. – Provavelmente, deve tá
no chão. – Riu.
–
Pega pra mim?
–
Folgada... – Retrucou. – Você podia ficar assim... – A mirou.
–
E o que eu ia responder quando Anie me perguntasse, o porquê de eu estar sem
roupas?
–
Ora, diz que estava com calor...
–
Aham... Muito boa essa resposta. – Disse irônica. – Se toda mulher que sentisse
calor, andasse nua por aí... – Arthur a interrompeu.
–
Os maridos não perderiam tempo tirando as roupas delas. – Sorriu ao terminar de
falar. E beijou os lábios de Lua.
–
Arthuuuuur...
–
Tá, tá bom. Parei. – Desistiu de provoca-la.
–
Então pega minha camisola, amor?
–
Vou pegar. – Revirou os olhos se sentando na cama.
Correu
os olhos por ali, para ver se encontrava a peça de roupa. A viu ao pé da
poltrona, e se levantou, indo até lá. Pegou a roupa e deu para Lua. Que
agradeceu lhe jogando um beijo no ar. Pegou a camisola e logo a vestiu. Um
minuto depois, a porta foi aberta, e Anie caminhou até a cama dos pais. A
menina ficava cada dia mais linda. Era indiscutível os traços cada vez mais
vivos de Arthur nela. Os olhos tinham o mesmo brilho que os dele. No fundo era
impossível Lua não se sentir enciumada. Sua filha puxara apenas seu gênio, forte
– e na maioria das vezes, bipolar. – Quanto mais ela crescia, mais curiosa
ficava.
Os
cabelos pretos, e lisos, cortado acima da cintura, não tinha nenhum fio fora do
lugar, como se ela não tivesse acordado naquele instante. Ela vestia um pijama
amarelo, com vários ursinhos dorminhocos, descansando nas nuvens. Sorriu para
os pais ao chegar perto da cama. Arthur a ajudou subir na mesma, e ela jogou os
braços ao redor do pescoço da mãe, recebendo um beijo carinhoso da mesma. E um
carinho nos cabelos, que o pai acabara de fazer.
–
Bom dia, meu amor. – Lua disse, lhe enchendo de beijos.
–
Bom dia, mamãe. – Respondeu baixo, com o rosto ainda enterrado no pescoço da
mãe.
–
Eei, e o papai não vai ganhar bom dia,
não? – Arthur perguntou cutucando-a. Anie virou o rosto para olha-lo. Lhe deu
um sorriso antes de lhe dizer:
–
Bom dia, papai. – Falou. E Arthur se inclinou para lhe dar um beijo na
bochecha.
–
Bom dia, amor. – Ele afastou alguns fios de cabelo que caiam sobre o rosto da
garota. – Dormiu bem? – Perguntou e Anie assentiu.
–
Mamãe?
–
Uhm...
–
Quando o papai Noel vai deixar meu presente? – Perguntou ansiosa, olhando
fixamente para a mãe.
–
Só a noite, amor... Ainda não é natal. – Explicou.
–
Vou ver ele?
–
Não. Ele só deixa os presentes, quando as crianças dormem. – Arthur respondeu e
a menina o olhou.
–
Por que, papai?
–
Porque sim, filha...
–
Mas eu quero ver ele. – Insistiu.
Como
explicariam para uma criança, que papai Noel não existe? E que os presentes
deixados nos quartos, próximos a cama, eram os próprios pais que compravam e
colocavam lá? A magia do natal acabaria.
–
Mas se você ficar acordada, o papai Noel não deixará seu presente. – Arthur
avisou.
–
Mas ele vai deixar, papai?
–
Só se você foi uma boa menina durante o ano. Você acha que foi, meu anjo? – Perguntou
a ela.
Que
com um sorriso sapeca, assentiu. Fazendo os pais rirem. Tinha aprontado todas
durante o ano. E Arthur ouviu de Emma:
Que quanto mais os filhos cresciam,
mais trabalho davam.
Anie
não fazia nenhum esforço para dizer que aquilo não era verdade.
–
Então você vai ganhar.
–
O que eu pedi na carta?
–
Sim, amor... lembra que colocamos na caixinha? Ele veio pegar quando você
adormeceu. – Disse. Na verdade, ele tinha pego a carta.
Arthur
tinha ajudado a filha com uma carta de natal. E ela havia pedido um urso
enorme, branco. Que havia visto no Shopping. Por sorte, ele sabia exatamente
qual era. Já tinha comprado, e o presente estava na casa de Sophia. Depois ele
daria um jeito de ir até lá, sem a filha saber. E trazer o presente.
Arthur
tinha comprado uma bicicleta, presente dele – e não do papai Noel, como Anie
acharia que o urso fosse – para a filha, ela já tinha falado o quanto queria
uma bicicleta vermelha com rodinhas, porque ela não sabia andar, sem elas
ainda. Passou duas semanas repetindo o mesmo pedido.
Lua
havia comprado uma coleção de DVD's de vários filmes que a filha amava, junto
alguns livros de histórias infantis. A garota amava que os pais lessem
histórias para ela. Lua não poderia escolher um presente melhor. Gostava de
saber que Anie adorava livros. Embora ainda não soubesse ler.
–
Lembro. Tá bom. – Ela sorriu e pulou para o colo do pai. – E eu vou ganhar
minha bicicleta, papai? – Perguntou encarando-o.
–
Não sei... – Respondeu dando de ombros. – Não tenho tanta certeza que você se
comportou bem esse ano. – Disse olhando-a também.
–
Me comportei sim. – Ela mesma confirmou. O que o fez rir.
–
Então você só vai ficar sabendo quando chegarmos a casa do tio Harry. – Ele a
avisou.
Mesmo
relutante – e morrendo de curiosidade, como toda criança daquela idade, e em
especial, naquele dia. – Anie concordou com um aceno de cabeça.
Eles
passariam a noite de natal, na casa de Harry. Todos eles, inclusive a mãe e o
pai de Lua e Sophia. A mãe do Harry. Sophia, Micael e a pequena Lívia, de
apenas 7 meses. Mel, Chay e pequeno Ethan, que havia completado 7 meses, quatro
dias antes – Sim, ele e a prima haviam nascido no mesmo mês. Ela, uma semana
antes dele. – Marie, a atual namorada de Harry, já estavam juntos a 5 meses, e
não é que o relacionamento estava durando?! E outros amigos próximos a eles,
como John (empresário e produtor da banda) e Grace, sua esposa, junto com as
filhas do casal Julia e Katherine.
Carla
e Carol haviam ido passar o natal com a mãe, como sempre faziam. Voltariam
apenas na segunda semana de janeiro. Já que Lua, Arthur e Anie, passariam ano
novo em Sydney, Austrália. Junto com Harry e Marie. Assistiriam ao show pirotécnico
da queima de fogos, na baía de Sydney, em um navio e Anie estava eufórica com a
novidade. Era a primeira vez que ela viajaria com os pais pra fora de Londres.
–
Então vamos tomar um banho agora, amor? – Lua perguntou se sentando na cama,
ciente de que estava somente de camisola. E pedia internamente para que a
calcinha não estivesse a mostra no chão do quarto. Arthur passou o braço ao
redor da cintura da mulher, impedindo que ela se levantasse da cama.
–
Não, Luh... Fica aqui mais um pouco. – Pediu baixo, enquanto segurava a filha
com o outro braço.
–
Nada disso. Você também tem que levantar e ir tomar banho. – Lua disse
segurando a risada. – Vamos, Arthur! Me largue! – Ela bateu no braço dele, para
que o marido a soltasse.
–
Lua, tá frio. Caramba! Muito frio, embora minutos atrás estivesse pegando
fogo... – Lua o interrompeu.
–
Pode parar! Pode, pode... – Tapou a boca dele com uma das mãos. – Sua filha tá
aqui. – Ela bateu nele com a mão livre.
–
Ei, ei... – Ele tentou se esquivar. – Eu... Eu não falei nada demais... Lua! –
Exclamou rindo.
–
Vem filha! – Lua pegou a menina no colo. – Vamos tomar banho. – Completou.
–
Tá, eu deixo vocês irem tomar banho primeiro. – Arthur retrucou divertido.
–
É claro que a gente vai primeiro! – Lua exclamou óbvia. E lhe lançou um olhar
de “E tente provar ao contrário...”
–
Pelo visto eu só mando mesmo na hora do vamos
ver... – Comentou.
–
Nem sempre. – Lua retrucou.
–
Ainda tem isso... Nem sempre. – Ele
lamentou. O que fez Lua rir.
–
Vamos ver o que, papai? – Anie perguntou curiosa, e completamente inocente do
sentindo que as palavras do pai soaram em provocações para a mãe.
–
Ver as estrelas... Eu literalmente vi
estrelas. – Falou enterrando o rosto entre as cobertas. Lua balançou a cabeça
negando, e Anie riu vendo o pai lançar a elas, um sorriso lindo. – Não demora,
amor. Tô com fome. – Reclamou.
–
Eu também tô com fome, mamãe. – Anie comentou.
–
Vou fazer alguma coisa gostosa pra gente comer, tá linda? – Anie assentiu.
–
E que Deus olhe por nós, né filha? – Arthur zoou. Fazendo a filha rir, mas logo
abraçar a mãe.
Lua
não era boa na cozinha, e disso todos sabiam. Mas ela vinha se esforçando
bastante para que pelo menos, a filha não morresse de fome quando Carla
viajasse. Havia comprado até uns livros de receita, o que fez Arthur lhe encher
o saco, com o tanto de piadas que fez sobre isso. O que sempre acabava com ela
extremamente irritada e zangada, e sem fazer receita alguma, na maioria das
vezes. E ele lhe pedindo mil desculpas. E prometendo que não zoaria mais. Mas
isso durava até ele vê-la com os livros em mãos novamente. E começava tudo de
novo.
–
Se você começar, vai ficar com fome! – Lua avisou. Arthur segurou o riso, e lhe
jogou um beijo.
–
Não vou começar, amor. Desculpa. – Pediu sincero. – Mas eu tô com fome. – Ele
se levantou. – Vou tomar banho no outro banheiro. – Disse passando por elas,
para pegar a toalha. – Não demorem! – Pediu saindo do quarto. E Lua entrou no
banheiro com Anie.
*
–
Filha? – Lua gritou da cozinha.
–
Oi, mamãe. – A menina respondeu. Estava sentada no sofá, assistindo TV. Arthur
descia a escada, jogando vários beijos para a filha, que fechou os olhos, como
sempre fazia, para logo depois, jogar beijos para o pai também.
–
Você quer comer waffle? – Perguntou ao ver que Anie adentrava a cozinha.
–
Quero. – Respondeu puxando uma cadeira para se sentar.
–
Waffle? Olha só, amor... Tá evoluindo! – Riu se sentando ao lado da filha. –
Daqui a pouco tá virando uma chefe de cozinha. – Finalizou dando um leve
empurrãozinho na filha. – Né, amor? – A menina assentiu lentamente.
–
Não começa. Ou eu não vou fazer mais nada. E vocês vão ficar sem tomar café.
Pronto! – Disse indo pegar os ovos e a farinha.
–
Você vai fazer isso até com a sua filha? – Arthur perguntou fingindo
incredulidade.
–
Se ela continuar concordando com você, sim. E tenho certeza que você não
deixará ela com fome. – Concluiu fitando os dois.
–
Ao contrário de você, não. – Ele abriu um largo sorriso – provocativo.
–
Você podia fechar essa boca por um tempo, e vim me ajudar, que tal? – Sugeriu.
–
Em que eu poderia ajudá-la, por exemplo?
–
Uhm... Podia pegar o leite... – Lua disse entretida misturando os outros
ingredientes.
–
Isso eu prefiro fazer mais tarde... – A voz carregada da mais pura provocação.
E Lua teve vontade de socá-lo. – Só eu, e você. – Finalizou, lhe beijando o
ombro.
–
Sai. Daqui. – Lua pediu pausadamente. E Arthur riu.
–
Parei, Luh. Sério. Tá aqui. – Ele colocou o leite sobre o balcão. – Quer mais
alguma coisa?
–
Não. Obrigada. – Disse por fim.
Arthur
se afastou, indo para a sala. Já tinha começado a irritar a mulher, e era
melhor parar, ou iam acabar discutindo. Mas vê-la fazendo uma receita, era bem
engraçado. Ela falava e xingava sozinha quando não dava certo. E nessas horas,
era melhor ele ficar bem longe mesmo, para a segurança de todos.
Quase
45min. depois Lua chamou os dois para tomarem café, e não é que o waffle,
tinha ficado bom. E Arthur foi obrigado a retirar o que disse, e elogiar a
mulher.
A
manhã passou voando, e Arthur ajudou Lua a preparar o almoço, já que com a
véspera de natal, o trânsito não ajudava muito para que saíssem de casa, para
almoçar fora. Fizeram um arroz de forno, e Arthur teve que aceitar as piadas da
esposa, porque de tanto implicar com ela, acabou esquecendo o arroz no fogo, e
quase o deixou queimar. Mas no final, tudo deu certo, e para a surpresa de
todos – eles nunca haviam feito um arroz de forno na vida – a comida estava
cheirosa, e o mais importante, deliciosa.
*
A
tarde tinha chegado. Anie estava com a mãe na sala assistindo a um programa de
auditório, que falava sobre o natal, e tinha um papai Noel. Lua sentiu falta de
Arthur quando olhou para o outro sofá, e o marido não estava. Talvez ele
tivesse ido dormir. Anie seguia rindo das coisas engraçadas que passava na TV. E
Lua já sentia suas costas doerem, resultado da posição que se encontrava
deitada no sofá.
Era
perto das 18h30, quando Lua se levantou do sofá, deixando a filha ainda
assistindo o programa. E foi para o quarto, onde Arthur não estava. Entrou no
banheiro, e também estava vazio. Desceu os degraus da escada e foi para o
escritório, onde o encontrou deitado no sofá, fitando o tento, longe demais
para perceber a presença dela ali.
Lua
caminhou até o sofá, e se abaixou, levando uma das mãos até o rosto de Arthur,
que se espantou ao vê-la ali.
–
Aconteceu alguma coisa? – Lua perguntou calma, enquanto contornava o rosto dele
com a ponta dos dedos.
–
Não. Por que tá e perguntando isso? – Sorriu beijando a mão dela, quando a
mesma passou pelos lábios dele. Lua deu de ombros.
–
Sei lá... Está quieto, e meio looonge... – Ela continuou com a voz calma,
prolongado a última palavra.
–
Hey, eu já zoei o que pude, com você hoje. – Ele a lembrou. Lua riu.
–
Eu sei, e não é disso que tô sentindo falta não...
–
Aah! Pensei que era. – Fingiu lamentar. Recebendo um tapa da mulher.
–
Você só gosta de me bater. – Reclamou fazendo bico.
–
Coitadinho dele... Ooh... – Lua ironizou.
–
Vem aqui... – Ele a chamou, e Lua se apoiou com os joelhos no chão, e inclinou
o corpo sobre o do marido, deixando o rosto próximo ao dele. Arthur levou uma
das mãos para a cintura da mulher, e a outra ele subiu para a nuca dela. Lua
segurou os braços de Arthur com as mãos, apertando-as cada vez que ele
aproximava ainda mais os lábios dos dela. – Daqui a algumas horas é natal. –
Sussurrou e Lua assentiu. – Esse ano a gente vai passar junto... – Continuou,
agora roçando os lábios nos dela. – Completamente junto... Você me entende? –
Perguntou baixo.
–
Eu entendo, amor...
–
Era nisso que eu estava pensando. Há um ano, achei que tinha perdido tudo. –
Ele lhe deu um selinho. – Mas agora você está aqui de novo. – Sorriu. E Lua o
beijou. – Vocês. – Corrigiu.
–
Estamos. – Lua disse ao ouvir que Anie acabara de entrar no escritório.
–
Sim, estão. – Ele jogou um beijo pra filha, que sonolenta, nem retribuiu. Se
aproximou da mãe e sentou-se em seu colo, colocando a cabeça sobre o ombro da
mesma, que levou as mãos, lhe acariciando os cabelos.
–
O que a mamãe falou hein? Eu disse que era pra dormir a tarde. Agora está com
sono, e já quase na hora de tomar banho, para se arrumar.
–
Quero dormir... – A garotinha bocejou. – Só um pouquinho, mamãe. – Pediu. O que
fez Arthur soltar um riso baixinho.
–
Vem aqui, meu anjo. – Ele a chamou. Ele se levantou, deitando no sofá junto com
o pai. – Durma, ok? Depois a gente te chama. – Ele lhe depositou um beijo na
testa da filha.
–
E você vai acordar sem manha, tá bom? – Lua disse.
–
Tá bom, mamãe. – Anie concordou. E logo em seguida, fechou os olhos, em
menos de 5 minutos, já havia adormecido.
–
Não quis dormir de jeito nenhum mais cedo. Falei que ela ficaria com sono mais
tarde. – Lua comentou com Arthur, enquanto observava a filha adormecida.
–
Ainda é cedo... Da tempo dela tirar um bom cochilo. – Arthur disse baixo. –
Luh?
–
Uhm...
–
Eu ainda nem vi que roupa vou vestir. – Lua o mirou.
–
Não acredito, Arthur! – Falou com uma voz de repreensão. – Depois você fala que
sou eu quem demoro.
–
Você podia escolher.
–
Depois não reclame. – O avisou.
–
Eu nunca reclamo. Você tem bom gosto. – Respondeu simplesmente. E Lua se
levantou.
–
Vou lá escolher então...
–
Também vou. – Ele disse se levantando devagar, com a filha no colo. E logo
chegaram ao quarto. Arthur colocou a menina na cama, ela se ajeitou, fazendo um
bico fofo depois de encontrar a posição certa para dormir. Fazendo os pais
rirem baixinho. – Esse bico dela é a coisa mais fofa, amor. – Arthur comentou.
–
Acho que alguém o faz também... – Lua comentou distraidamente.
–
Também acho que alguém o faz. Só que esse alguém não é nada inocente, como a
minha filha é. – Arthur pontuou. E abraçou a esposa por trás. Arrancando um
riso divertido dela. – E você? Já sabe qual roupa usar?
–
Já.
–
E qual vai ser?
–
Segredo. Mas você vai amar. – Comentou fazendo mistério.
–
Eu sempre amo, linda. Você sempre arruma um jeito de me matar um pouco mais do
coração, cada vez que fica vestida pra
matar. – Frisou. Beijando a
mulher no pescoço.
–
É?
–
É. – Afirmou se afastando dela. Para que Lua escolhesse uma roupa para ele.
–
Aah! – Lua exclamou feliz, ao avistar um de seus biquínis, que na visão de
Arthur, eram pequenos demais. E na dela, normais. – Mal posso acreditar que
depois de Sydney, vamos para o Caribe. – Disse feliz. – Vai ser a melhor viagem
que poderíamos fazer, você não acha? – Ela se virou para olha-lo.
–
Claro que sim. Mas... – Ele fez uma careta. E Lua o encarou.
–
Mas? Aah, Arthur! Vão ser os melhores três dias de nossas vidas. – Revirou os
olhos. – O que pode dar errado?
–
Só de pensar em Caribe, me lembro de praia... – Lua o interrompeu.
–
Óbvio. E é por isso que estamos indo pra lá. Dãã...
–
Como eu ia dizendo – Ele enfatizou. – O que me faz lembrar de seus biquínis...
o que me leva a ficar morrendo de ciúmes. Lua! – Exclamou fazendo um bico.
–
Aah! Nem começa. Nem. Começa. – Repetiu pausadamente. – Todas as mulheres vão
estar de biquínis. E eu duvido que você não vá olhar se uma gostosona passar do
teu lado. D-u-v-i-d-o!
–
É diferente. Você é minha mulher. E os outros vão olhar. – Reclamou.
–
E daí?
–
E daí? Lua, e daí que eu não quero, ora...
–
Me poupe, Arthur. Acho que vou comprar um biquíni novo. – Comentou.
–
Podia comprar um maiô. Eu não me importaria. Ou um biquíni maior. – Sugeriu.
–
Pois é, mas eu não vou comprar. Odeio marcas grandes, e você sabe... – O
lembrou distraidamente.
–
Não diz isso... – Ele fingiu desespero. – Me faz lembrar o quão irresistível
você fica. Ainda mais irresistível. –
Frisou. Virando-a de frente pra ele. – Não quero que outro homem pense isso ao
ver você com um biquíni minúsculo, e fio dental pra completar meu ciúme. –
Falou. Fazendo Lua segurar o riso.
–
Deixa de ser bobo... Você vai tá lá, e sei que não vai tirar os olhos de mim. –
Ela lhe deu um selinho, mordendo o lábio inferior dele depois. – E isso me
deixa feliz. E além do mais, eles vão só olhar... e você vai poder tirar o
biquíni depois, quando estivermos sozinhos. – Ela sussurrou próximo ao ouvido
dele. O que fez Arthur aperta-la contra o corpo dele.
–
Vou?
–
Aham... E depois vai ver se a marca ficou... uhm... pequena... – Continuou
surrando. Fazendo Arthur se arrepiar.
–
Aah, Luh! Não faz isso comigo. – Ele gemeu. E Lua soltou um riso baixo.
–
Mas agora, você vai se acalmar. Que eu vou procurar uma roupa, e depois tomar
um banho. Que 20h30 a gente sai daqui. Ok?
–
A gente pode tomar banho junto?
–
Não. Porque você não vai querer tomar só
– Enfatizou – banho. Você poderia tomar logo um. Ouvi dizer que banho frio
ajuda. – Comentou
–
Não no meu caso. – Ele debochou. – O que me ajuda é você, sem roupa, na cama
comigo. Só isso ajuda, amor. – Falou com a voz rouca. Extremamente sexy.
Fazendo Lua se arrepiar só com aquelas palavras.
–
Que pena então... – Ela tentou se manter firme. E Arthur riu.
–
Pra nós dois né? Ou você acha que essa resposta vai me convencer de que você
não tá excitada? – Perguntou baixinho.
–
Não estou. Pronto.
–
Aham... Não mesmo? – Ele se aproximou dela. Vendo seus pêlos se eriçarem. –
Acho que você está mentindo. – Murmurou lentamente.
–
Hoje você tá impossível! – Exclamou se afastando dele.
–
Tô mesmo. Admito. Mas ok, não vou mais provocar você e vou tomar banho e tá?
–
Tá.
–
Não esquece de ver minha roupa. – A lembrou caminhando para fora do closet.
E
Lua voltou a procurar uma roupa para o marido. Arthur não demorou mais de
20min. no banho, e logo apareceu com uma toalha enrolada na cintura, e os
cabelos pingado água, jogados para trás. Encontrou a mulher sentada no pequeno
sofá que ficava no closet, distraída demais para reparar que ele havia acabado
de entrar ali.
–
Achou? – Perguntou baixo. Despertando-a de qualquer devaneio que ela estivesse
tendo naquele momento.
–
Sim. – Ela respondeu. E apontou para a peça de roupa ao lado. Que ele não tinha
notado.
–
Obrigada. – Ele agradeceu, pegando a roupa logo depois. – Eu gostei. –
Comentou, tirando a toalha e vestindo a cueca, Lua o encarou. Sem vergonha. Pensou. E lindo. – O que foi? – Arthur perguntou
ao ver que a mulher o olhava fixamente.
–
Apenas observando o quão sem vergonha meu marido é... – Ela respondeu sorrindo
ao finalizar a resposta.
–
E eu deveria ter vergonha por quê? Se você já viu tudo... – Disse
distraidamente, vestindo a calça comprida preta, que ela havia escolhido. –
Ficou constrangida? – Perguntou divertido.
–
Como você mesmo disse, eu já vi tudo. Não, não fiquei constrangida. Isso não
tem mais esse efeito em mim. – Se levantou jogando um beijo no ar para o
marido. Que soltou uma gargalhada.
–
Desdenha mais não vivem sem. – Pontuou se gabando. O que fez Lua rir, parando
ao lado da porta e o encarando.
–
Eu vivo, mas já você... – Fingiu lamentar, fazendo um bico. – Eu acho que não,
né? – Negou com a cabeça. – Isso é lamentável, Aguiar.
–
Sim. Bastante lamentável, e não só pra mim, linda. – Disse sério, colocando o
cinto. Lua riu alto.
–
Você se acha! – Exclamou.
–
Eu posso. – Ele deu de ombros.
–
Eu vou acordar a minha filha, antes que a gente se atrase.
Lua
mudou de assunto, antes que a conversa se intensificasse mais e mais. Arthur
assentiu, com um sorriso presunçoso nos lábios. E seguiu Lua de volta para o
quarto. Ela andou até a cama, sentou-se na mesma, e se inclinou, beijando
levemente a bochecha da filha.
–
Amor, acorda. – Falou baixinho. E a menina se mexeu, e abriu lentamente os
olhos. – O que a mamãe disse?
–
Eu já acordei, mamãe... – Anie murmurou sonolenta. Arthur sorriu sentando na
cama, já vestido, faltava apenas calçar os sapatos.
–
Hey, dorminhoca! Se você não se espertar, acho que vai ficar... – Cutucou a
menina, que se encolheu no colo da mãe.
–
Vou não, né mamãe? – Perguntou dengosa, enterrando o rosto no pescoço da mãe.
–
Não, filha. A mamãe não vai deixar você. – Afirmou. E a menina se mexeu no colo
dela, virando o rosto para o olhar para Arthur. E lhe mostrou língua, logo em
seguida. Fazendo todos rirem.
–
Eeeei mocinha... – Ele começou a fazer cócegas na filha.
–
Minha mamãe não vai me deixar. – Ela quase
cantarolou, ao mesmo tempo que tenta se livrar das torturantes cócegas que o
pai lhe fazia.
–
Vai deixar sim... Lá lá lá... Ela tá mentindo pra você. – Ele retrucou
implicante, se divertido com o bico zangado que Anie sustentava. – E ela vai
comigo e você vai ficar...
–
Vai não.
–
Vai sim.
–
Não!
–
Sim!
–
Mamãe...
–
Seu pai é muito implicante, amor. – Lua falou se levantando com a filha no
colo.
–
Hey, Anie! – Ele a chamou. A menina se virou para olha-lo. – A sua mamãe – Ele frisou a última palavra –
Vai comigo.
–
Não dê ouvidos a ele, hoje seu pai tá pior do que uma criança de dois anos,
IMPLICANTE! – Gritou.
–
EU POSSO GARANTIR QUE MAIS TARDE VOU SER TUDO, QUERIDA. MENOS UMA CRIANÇA, E
VOCÊ VAI LITERALMENTE, CALAR A BOCA! – Ele gritou de volta, rindo logo em
seguida.
Lua
demorou quase 30min. no banheiro, banhando Anie e tomando banho também. Enrolou
a filha em uma toalha, e depois pegou uma, se enrolando também. Quando saiu, do
banheiro, Arthur estava deitado na cama, assistindo TV. E rindo de alguma bobagem
que o apresentador falava.
–
Falta menos de 1h, linda. Bem menos. – Arthur lembrou a esposa, mas sem tirar
os olhos da TV.
–
E você nem calçou os sapatos ainda. – Lua o repreendeu. – Olha a camisa, por que
desabotoou?
–
Gasto menos de 10min. para abotoar a camisa e calçar os sapatos. – O avisou. –
Já você, ainda tem que vestir a Anie, se vestir, arrumar o cabelo da Anie,
arrumar o seu cabelo, calçar o sapato dela, calçar o seu. Se maquiar, meu Deus,
isso demora, e como demora. – Foi numerando nos dedos enquanto falava. – E
ainda tem a audácia de vim dar indireta de que talvez vamos nos atrasar, por
minha causa? Oh’ nem vem, Luh. – Ele a encarou com aquele sorriso que a tirava
do sério, e não era no bom sentido. Lua mostrou a língua para o mesmo e saiu,
indo para o quarto da filha.
O
vestido da menina estava em cima da cama, era vermelho, longo, e um pouco
rodado, tinha um laço na frente. E Lua riu ao vê-lo. Podia se dizer que era
quase raro ver Anie vestida assim, mas o vestido era lindo. Ela não podia
negar. Tinham comprado no início do mês, e própria garotinha, tinha o
escolhido. Despois de aceitar que não podia usar uma bermuda jeans, camiseta e
um all star, na noite de Natal. Quando todos estariam impecavelmente vestidos
para um jantar.
A
sapatilha era preta, com um laço da mesma cor, na ponta. Sem dúvidas, a menina
ficaria – ainda mais – linda vestida com ele. Lua a enxugou, e lhe vestiu a
roupa, junto com a meia calça rosa-bebe. Lhe calçou a sapatinha. E penteou os
cabelos da filha.
–
Vou fazer uma trança, tá meu anjo? – Lua perguntou para a menina, que assentiu
balançando freneticamente a cabeça. – Uhm... Que tal uma assim? – Perguntou
pegando os cabelos da menina, e colocando para o lado. Mostrando que faria uma
trança de lado.
–
Mamãe?
–
Oi, filha. – Lua virou a menina de frente para ela, e esperou que ela começasse
a falar.
–
Faz uma igual em você também... – Pediu brincando com os dedos.
–
Uma o que, amor?
–
Uma trança. – Esclareceu. E Lua sorriu.
–
Aaah! Você quer que eu vá com o peteado igual a você é? – Puxou a filha para um
abraço. – Hein? Hein? – Cutucou a menina, lhe enchendo de beijos logo depois.
–
Paaaaraaaaa, maaaaamãããee... – A menina gritou divertida.
–
LUUUH! VEM AQUI, AMOR! – Ouviu Arthur gritar. Ele não tinha nem se dado o
trabalho de sair do quarto.
–
ESPERA UM POUCO! – Lua gritou de volta. – Vem, meu amor. Deixa eu fazer a
trança então. – Ela virou a menina de costas pra ela. – Depois você vai esperar
eu e seu pai, sentadinha lá na sala, ok? – Disse e a menina concordou. – Não
quero que você amasse esse vestido e muito menos, suje. Quero ele impecável pelo
menos até as 23h, ok? – Sofreu só de imaginar que talvez ele não durasse limpo
nem até as 21h.
–
Tá bom, mamãe.
–
Que bom. – Falou terminando a trança, e prendeu com uma liga fina, preta e
depois prendeu com um grampinho em formato de coração. – Pronto, amor. Agora vá
lá pra sala, que eu me arrumar agora, tá? – Disse e Anie concordou, saindo do
quarto com a mãe.
Lua
caminhou para o quarto, e Anie desceu a escada indo para a sala, como a mãe
havia mandado. Arthur estava sentado na cama, inclinado para a frente, calçando
os sapatos.
–
O que você queria? – Perguntou fechando a porta do quarto. Arthur levantou a
cabeça para olha-la.
–
Liguei para a Sophia, vou deixar vocês na casa do Harry, e vou na casa dela.
Pego o presente e venho deixar aqui em casa, depois volto para encontrar vocês,
tá? – Disse.
–
Ok. Mas a Anie vai querer ir, você sabe. – Lua falou tirando a toalha enquanto
caminhava para o closet. Abriu uma das gavetas e pegou uma lingerie azul
escura. Da cor do vestido longo e sapato de salto, que usaria aquela noite.
–
Eu quase perdi a linha de raciocínio aqui, mas ok. – Arthur comentou. – Então,
voltando ao assunto... Eu vou dizer que irei buscar os seus pais, o que não
deixa de ser verdade. – Deu de ombros e se levantou. Lua voltou para o quarto.
–
Fecha aqui, Arthur. – Pediu se virando para ele. Arthur se aproximou da mulher,
para fechar o fecho do sutiã.
–
Uhm... – Murmurou. – Minha especialidade e abri-lo. – Disse rindo, ao depositar
um beijo no ombro nu da esposa.
–
No momento, quero que faça esse esforço. – Riu tirando as mãos dele de sua
cintura. – Agora eu vou me arrumar. – Lua lhe jogou um beijo no ar.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
N/A: Sei que não importa quantas desculpas
eu peça aqui, vai fazer vocês não quererem me maaaataaar. Mas sério, eu passei
as últimas duas semanas tentando terminar as duas fic’s de natal, a tempo. Só
que não funcionou, e eu me enrolei toda. Acabei ficando sem tempo, porque tinha
que ajeitar umas coisas aqui (que não tinham nada a ver com fics) E a Brenda, sabe o quanto eu realmente tentei
acabar a tempo, e sei que daqui a menos de 23h (para alguns) já é 2016. Mas pra
mim, ainda é dia 30. E dezembro ainda não acabou, e a intenção é que importa
né?
Eu espero que vocês tenham gostado,
como viram, é a 1ª Parte. Sério, foi (e está sendo) escrita com muuuuuito carinho, e
eu me diverti muito escrevendo-a e espero que se divirtam também.
O que acharam do look da Little Anie, hein? Eu amei!
O que acharam do look da Little Anie, hein? Eu amei!
Bom, não me abandonem, tá? Eu
amo vocês.
E espero que 2016 resolva meus problemas com as datas e horas hahaha porque eu
sofro com isso.
Me
desculpem,
mais uma vez. E não esqueça, falta a 2ª Parte. Digam o que acharam dessa
primeira.
Beijos...
Ahhhhh que lindo vaca, ainda não tinha lido algumas partes que tu postou agora. Sério, estou viciada já, ta ficando maravilhosa e um amorzinho <3 Você sabe o quanto, eu amo Little Anie, e ter um capítulo especial assim de natal, eu fico mais apaixonada ainda!!! *-* Vou te matar um dia, por me viciar tanto em suas fics kkkkk brincadeira amiga
ResponderExcluirVerdade, eu entendo você e sei o quanto você ficou agarrada, tentando terminar de escrever as fics de Natal. Não se preocupe com isso. A hora que você postar é essa mesmo, mana.
Enfim, já estou a espera da Segunda Parte. E como você já sabe, eu estou AMANDO!!!!!
Obrigada, amiga linda. Vulgo, vaca S2 haha...
ExcluirSei sim, amiga. e o quanto és viciada também haha Mas confesso, amo saber que gostam tanto dessa história assim. (porque eu tô demais apegada da conta com ela, e quando penso no The End, dói o coração. Choremos!)Esse especial tá acabando comigo em todos os sentidos haha eu amo, me emociono, acho mó graça, e (emoji de carinha pervertida nas partes hots e provocações) Deixa em of'
Oooou, vaca (quem diz tu mesmo) Se me matar, não lerá mais fics minhas, bjs haha E ah! Não tenho culpa haha S2
Pois é, eu tentei... mas não deu tempo... MAS vou tentar a todo custo postar a segunda hoje! E vou conseguir, amém! \Q/ Aaawn! Que bom, o que importa é vocês gostarem. E a demora valer a pena.
Beijos...
Amei realmente um capítulo muito especial <3
ResponderExcluirObrigada! Fico feliz que tenha gostado dessa 1ª Parte, Gaby!
ExcluirBeijos...
Lindos posta maiss
ResponderExcluirObrigada... Vou postar!
ExcluirLittle Anie já é apaixonante, vc vem e posta um especial ainda *--*. Entendo que deve ser difícil escrever, tem hora que a criatividade não vem de jeito nenhum.. Já quero a segunda parte :)
ResponderExcluirHelena
Ooow, Helena. Muito Obrigada! Eu também estou apaixonada na fic em si, e essa ideia de Capítulo especial só fez eu me apegar ainda mais a essa história.
ExcluirSim, porque nem todos os dias são bons. E a gente tem outras coisas para fazer, para se preocupar. E eu estava escrevendo duas fis ao mesmo tempo, e isso deu uma confusão danada, porque eu me atrapalhei e atrasou tudo.
Já, já eu posto :D
Beijos!
Simplesmente perfeito.Muito provocadora a Lua,não?hahahah
ResponderExcluirHaha os dois amam se provocar, essa é a verdade. Obrigaaadaa!!!
ExcluirBeijos!
Lindooooooooooooooo, Arthur e Lua como sempre fofos, e Anie essa fofura em criança.
ResponderExcluirObrigada, Silvia! :D Arthur e Lua são uns amores <3 Aaah e Anie, nossa as vezes acho que ela quase existe, de tão fofa que é (chego a esquecer que ela é fruto da minha imaginação haha)
ExcluirBeijos!
Super perfeito,rsrs,anciosa pra segunda parte,
ResponderExcluirObrigada, Anna. Já, já eu posto a 2ª Parte.
ExcluirBeijos!
Perfeito milly esse capítulo,as provocações entre eles são as melhores e torna o capítulo engraçado e a Anie é a coisa mais fofa e eu amei o look dela pra falar a verdade eu amo tudo nessa o web,com certeza é a melhor de todas!!!
ResponderExcluirParabéns
Carol
Muito obrigada, Carol :D
ExcluirHahaha as provocação, amooo escrevê-las. Ri muito ao decorrer dessa história. Me diverti bastante com esse capítulo. E pelo visto, vocês também, e isso me deixa feliz! Anie é a criança mais fofa, nossa... TÔ a p e g a a a d a a ! Nessa fic demais <3 O look é a coisa mais linda, eu amei também.
Ooow! Muito obrigada, fico feliz em saber disso.
Beijos!
Lindossss de maisssssssas!!! Amooo essa web!!anciosa pelo próximo, vai posta o look da lua?
ResponderExcluirObrigada. Já poste a 2 Parte! Vou sim.
Excluir