Milagres do Amor - Cap. 23º

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Milagres do Amor
Apenas Respire | Parte 1

Pov Narrador

O sol estava escaldante e forte, todos estavam em um barco, razoavelmente grande com cores brancas e vermelhas.

Depois de muita insistência por parte do dono do barco, para levá-los para um passeio relaxante e confortável.

Lua apesar de não estar muito confortável, aceitou o passeio. O vento junto com a maresia batia sem eu rosto, fazendo seu cabelo voar pra trás em uma caricia no peito de Arthur que estava abraçado a ela.

– Tudo bem? Está enjoada? – perguntou ao seu ouvido.
– Sim e não. – disse tentando convencer a si mesma, Arthur apenas riu captando a mentira.
– Eu vou ficar com você – deu um beijo em sua bochecha, Lua assentiu.
– Mano vamos dar um mergulho? – perguntou Chay do outro lado do barco.
– Depois, Lua não está muito confortável – disse rindo e levando uma cotovelada em suas costelas-Ai.
– Que isso Luinha, isso aqui é uma beleza. – disse Chay. – Não precisa ter medo, o Arthur é um bom nadador. Qualquer coisa ele te salva.
– Me diz uma coisa em que ele não é bom Chay – afirma.
– Ele aprendeu comigo né cunhadinha – disse batendo no peito e fazendo bico.
– Para Chay, se fosse assim o Arthur seria ruim em tudo. – disse Mel gargalhando.
– Ah Mula gigante, vai se ferrar – disse fazendo cara feia.
– Olha a boca Chay – ralhou Ricardo.
– Pai, foi ela que começou. – disse emburrado.
– Mel, respeite seu irmão – disse Rita entre risos.
– Tudo bem mãe, eu respeito o bebezão – fez língua pra ele.
– Parecem mais criança esses dois. – diz Ricardo sorrindo.
– Senhor Aguiar, poderia vir aqui um minuto? – chamou o dono do barco de dentro da cabine.
– Pra que? – perguntou rude.
– Para lhe mostrar o mapa, poderíamos mudar de rota e ir para uma praia mais bonita que fica mais adiante.
– Pode ir – disse Lua vendo sua hesitação em deixá-la sozinha, ele assentiu e vai.

Era tudo que Alana estava esperando, se levantou e foi em direção a Lua.

– Então, não nos falamos até hoje não é? – disse dando um sorriso falso em sua direção.
– É sim.
– Prazer, eu sou Alana – estendeu a mão em sua direção.
– Lua – apertou sua mão rapidamente.
– Você mudou meu primo completamente. Ele era diferente. – lançou um olhar para Lua cheio de veneno. – Sabe que era para ele ser meu?
– Como assim? – perguntou Lua confusa.
– Ele é meu primo, mas eu sempre gostei dele, mas ele nunca me olhou de outro maneira – disse com um olhar triste.

Mel começou a prestar atenção nas duas, ela conhecia muito bem sua prima, sabia que ela não dava ponto sem nó.

– Hum…
– Fique tranquila, já superei- mentiu – Você sabe nadar? – perguntou parecendo indiferente.
– Sei. – Está muito calor não? – deu um sorriso macabro em direção a Lua, enquanto se abanava com a própria mão.
– Sim, bastante.
– Olha um golfinho – disse apontando para o mar, fazendo Lua se distrair e olhar para onde ela estava apontando.
– Acho que você não se importa de dar um mergulho não é?

Dizendo isso destravou a mão de Lua que estava segurando no banco e a empurrou para fora do barco, fazendo com que antes de cair batesse a cabeça na borda do barco.

Mel viu tudo abismada, mas somente ela, pois os outros estavam ocupados demais conversando. Ela puxou Chay pela mão e sussurro:

– Chay… Merda – tentou dizer, mas sua respiração estava acelerada – Lua. – disse trêmula.
– O que tem ela? – perguntou alarmado, fazendo com que seus pais e Alexia, que viu tudo, olhassem para sua direção.

Alexia vai em direção à irmã.

– O que você fez?
– Nada, ela apenas estava com calor. – disse dando um sorriso de lado.
– Se acontecer alguma coisa com ela, você está morta – Alexia disse com os olhos arregalados.
– Que nada irmã, relaxa, ninguém viu e ela só vai beber um pouco de água – ri amargamente.

– O que tem ela? – ele repetia com os olhos assustados. – Fala Mula – disse preocupado – Está me assustando. – Fala Mel – pressiona Chay.
– Lua caiu no mar, Alana a empurrou – sussurrou apavorada.
– PARA O BARCO! – grita Chay, fazendo com que o homem parasse imediatamente.
– O que foi, Chay? – perguntou Arthur desconfiado.

Chay debruçou sobre a ponta do barco e nem sinal de Lua, engoliu em seco.

– Lua sabe nadar? – perguntou cauteloso.

Foi como um estalo na cabeça de Arthur que entendeu, olhou em volta do barco e não encontrou Lua.

– Merda.

Ele ficou ao lado de Chay procurando algum sinal de Lua, na imensidão azul em sua frente, não achando nada.

Ele pulou assim mesmo. Ficou alguns segundos em baixo d’água e voltou. Procurou em sua volta, foi ai que viu.

Mais um pouco a sua frente bolinhas em um redemoinho fraco, avisando que alguém estava ali em baixo.

– O que aconteceu? – perguntou Ricardo.
– Lua foi empurrada por Alana. – diz Mel destilando veneno para cima da prima.
– O que? Não fiz isso, ela caiu sozinha. – disse cínica.
– Mel, minha irmã não fez isso, eu estava o tempo todo com ela. E, além disso, a Lua sabe nadar – disse Alexia tentando encobrir a irmã inconsequente.
– Suas mentirosas – disse cuspindo fogo e avançando em direção as duas, mas foi segurada por Chay. – Se alguma coisa acontecer a ela, pode ter certeza que vocês duas vão pagar.
– Isso é verdade? – pergunta Ricardo cauteloso.
– Não tio, eu nunca faria isso. – disse parecendo ofendida.

Ricardo não acreditou muito, mas deixou passar pelo menos por enquanto.

Enquanto isso Arthur mergulhava mais uma vez, e encontrou Lua, desacordada, a puxou pelo braço e imergiu.

Nadou mais um pouco e Chay a pega.

– A coloque deitada ali Chay – disse Ricardo, apontando para o banco longo próximo.

Arthur sai da água com o coração a mil.

Ricardo verificou sua pulsação e seus olhos.

– Não tem pulsação e as pupilas estão muito dilatadas. – disse negativo olhando para Arthur.

Arthur foi para cima de Lua e verificou-o ele mesmo. Trincou os dentes, não havia nada.

Tampou seu nariz e abriu sua boca e soprou, a conhecida respiração boca-a-boca, tentando restabelecer seus movimentos respiratórios. Fez esse procedimento várias vezes, na boca gelada de Lua.

– Continua – disse Ricardo ao seu lado.

Mel tremia e chorava, foi abraçada por Bernardo que tentou acalmá-la.

– Ela vai ficar bem Mel. – sussurrou

Alexia e principalmente Alana começaram a ficar alarmadas, não era para ser assim, Alana só queria dar um pequeno susto em Lua não planejava matá-la.

– Não está adiantando. – disse Arthur aterrorizado.

Sem perder tempo começou a executar a massagem cardíaca, sabendo que as chances de recuperação diminuíam a cada minuto.

A boca de Lua estava roxa assim como suas extremidades, sua pele mais pálida e gelada que o normal, em sua cabeça o sangue escorria devido o ferimento.

– Vamos lá amor respira, respira. – disse Arthur enquanto continuava os movimentos, comprimindo com vigor seu tórax, pressionando o coração de encontro à coluna.

Enquanto Ricardo friccionava seus braços e pernas, estimulando a circulação sanguínea.

De repente Lua começa a tossir e jogar água por sua boca.

– Graças a Deus – diz Arthur abraçando-a e acariciando seus cabelos.

Seu coração parecia que ia pular de tão irregular que estava, o medo que apossou de si quando viu que estava perdendo-a foi irracional, a adrenalina ainda permanecia correndo por suas veias, o impedindo de cair de joelhos.

Lua tremia em seus braços.

– Está tudo bem amor, já passou – tranquilizando ela e a si próprio.
– Toma filho – diz Rita lhe entregando uma toalha, ele a envolve.
– Está se sentindo bem? – pergunta Ricardo – ela apenas assente.
– O que aconteceu? – Pergunta Arthur após alguns minutos esquentando-a.
– Ela caiu. – diz Alana interrompendo-a tentando se livrar.

Lua levanta do peito de Arthur com dificuldade e olha para ela, que tem uma expressão nervosa.

– Não eu... – diz tentando se lembrar, lembra claramente de Alana lhe mostrando um golfinho e depois a empurrando – eu fui…
– Sim, Lua eu estava do seu lado não se lembra? – pergunta falsamente. Lua apenas balança a cabeça confusa.
– Sua safada, você a empurrou, eu vi – explode Mel saindo dos braços de Bernardo.
– O que? – pergunta Arthur alarmado.

Alana arregala os olhos apavorada.

– Oh não, merda – pensa.
– Você está maluca – diz nervosa.
– Maluca? Você vai ver quem é maluca – diz Mel indo em sua direção furiosamente, mas Bernardo a impede desta vez.
– Tudo bem Mel, eu me desequilibrei e cai, só isso – diz fechando os olhos, quando Arthur a encara, fugindo de seus olhos.
– LUA – grita Mel.
– Tudo bem, Mel.

Mel bufa e fuzila Alana com o olhar.

Lua leva a mão até a lateral de sua cabeça e geme de dor.

– O que foi? – pergunta Arthur.

Ele olha sua cabeça e vê o corte sangrando.

– Pai.

Ricardo vai até Lua e examina o corte não muito profundo, mas que não para de sangrar.

– Você tem uma maleta de primeiro socorros ai? – pergunta Ricardo ao dono do barco. – O corte não está muito profundo.

Após o jovem trazer a maleta, Ricardo coloca um liquido estranho em um pedaço de algodão e passa no machucado.

– Ai – Lua protesta.
– Senhor Aguiar, o que devo fazer? Voltar?
– Sim, voltaremos. – disse Arthur sério.
– Desculpe por ter estragado o passeio de vocês – diz Lua triste.
– Que nada Luinha, o importante é que você esteja bem. – diz Chay mostrando suas covinhas que é retribuído por um sorriso fraco por parte de Lua.

Lua sabia que as primas de Arthur não iam muito com a sua cara, agora sabia o motivo, ciúmes. Até ai tudo bem, apesar deles serem primos nada impedia de ficarem juntos, mas Arthur não a quis. Sentia-se mal por isso, mas nada poderia fazer e queria fazer, não abriria mão dele por nada. Nem por sua própria vida, demorou muito para achar quem se importasse verdadeiramente com ela, que a amasse e agora que achou não sairia do seu lado, só se ele não a quisesse mais.

Ele é tudo que ela precisa para continuar vivendo e respirando.

Lua somente não falou que foi empurrada para não gerar mais confusões daquela família linda e unida, conhecia o bastante de Arthur, e sabia que ela arrumaria um jeito de mandá-las embora, não queria isso, não queria a inimizade delas. Porém não tentaria se aproximar, muito menos tentar uma amizade, se ela foi capaz de empurrá-la poderia ser capaz de outras coisas mais.

Seu peito doía, não só pela força que Arthur exerceu ali, mas também pelo tempo que ficou sem ar. Agora se sentia bem e confortável deitada no peito de Arthur, que acariciava suavemente seus cabelos, da raiz até as pontas. Estava ficando cada vez mais sonolenta, se aconchegou mais ao peito dele, inspirando seu perfume gostoso e adormeceu.

Porém logo foi acordada por Arthur.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

Quem aí quer matar a Alana?
Que má, garota idiota. Só odeio ela cada vez mais.
Coitada da Lua...

7 comentários:

  1. Coitada da lua, posta maiss

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  2. Ahh maldita dos infernos essa Alana. Eu ia fazer ela comer miudo na minha mão se eu fosse a Lua.

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  3. Queria empurrar ela na água igual ela fez com a Lua

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  4. Essa garota é ridícula, coitada da Lua! Posta mais

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  5. Ai vontade de Mata essa Alana :@

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  6. manda a recocada da alana para as profundezaskkkkkkk posta maisssss

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