Amor de Tribunal – Capítulo 6

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Capítulo 6:

Lua= E aí, está gostando? – puxou papo.
Arthur= Estou. – aproximou-se dela. – Eles são bem animados.
Lua= Mica até demais. – vendo o amigo que estava bêbado.
Arthur= Sô cuida dele. – sorriu pra ela.
Lua= Com certeza. – retribuiu o sorriso. – E o Chay se encarrega da Mel. – vendo a amiga, que também estava “alegre”.
Arthur= E você? – encarando-a. – Precisa de alguém que te ajude?
Lua= Não sei. – corando levemente. – Pode ser que eu precise.
Arthur= Há chances? – aproximando seu rosto.
Lua= Sim. – correspondendo a aproximação. – E relativamente altas.
Arthur= Agora? – colocando uma das mãos sobre o rosto dela, que assentiu e fechou os olhos.

Mas antes que os lábios se tocassem, um grito ecoou no local. Era uma das mesas, onde alguns amigos jogavam baralho, e haviam dito em alto e bom som: truco.
Lua afastou-se com o impacto, jogou o cabelo pra trás, um pouco desconsertada. Não sabia o que falar, o clima havia ficado visivelmente afetado.

Lua= Eu acho que já vou. – mordendo os próprios lábios.
Arthur= Já? – achando estanho. – Se for, deixa que eu te levo.
Lua= Ah… – buscando palavras. – Não precisa, imagina. Já dei trabalho demais.
Arthur= Luinha, eu te trouxe, eu te levo. – sorriu. – Você não me dá trabalho, de jeito nenhum.
Lua= Thur, sou sua advogada. – séria e extremamente sem graça.
Arthur= E? – sem entender nada.
Lua= O que quase aconteceu… – voltando a morder os próprios lábios. – Não seria bom se tivesse acontecido, eu não posso me envolver.
Arthur= Porque não? – buscando encará-la, mas ela fugia. – Eu pensei que não tivesse namorado.
Lua= Não tenho. – tensa. – Mas você é meu cliente, e… Olha, não é nada contra você, mas não posso.
Arthur= Isso não vai mudar nada. – segurando o rosto dela.
Lua= Thur, por favor. – mirando o chão.
Arthur= Não pretendo desistir do que estou sentindo. – ele abriu um pequeno sorriso pra ela.
Lua= Eu tenho que ir. – levantando-se.
Arthur= Eu te levo. – rapidamente a acompanhou e segurou um de seus braços.
Lua= Certo, então eu vou avisar o pessoal e a gente já vai, pode ser? – sem graça. – Já volto.

Arthur ficou pensando se deveria tentar um beijo, ou se era melhor deixar tudo como estava. Bom, se não fosse o grito, com certeza teriam ficado, mas sabia que agora ela iria ficar ressentida.
Depois que falou com os amigos, Lua foi embora com Arthur, e diferentemente da ida, a volta foi praticamente calada. O máximo que aconteceu, foram algumas trocas de olhares, mas nada que durasse muito tempo.

Arthur= Está entregue. – disse, assim que parou em frente a casa dela.
Lua= Obrigada. – tentou se acalmar. – Espero que tenha gostado.
Arthur= Foi ótimo. – a encarou. – Só pelo fato de você estar lá.
Lua= Thur… – ela corou.
Arthur= Queria um copo de água. – mentiu. – Será que posso entrar?
Lua= Claro. – mordeu os próprios lábios. – Claro que pode.
Arthur= Obrigado. – desligou o carro. – Eu abro pra você, pode deixar. – saindo e dando a volta para abrir a porta pra ela.
Lua= Obrigada. – sorriu para ele, que estendeu a mão a ela.
Arthur= É a primeira vez que vou a sua casa sem estar com a ideia de discutir um processo. – sorriu de lado, e ela concordou.
Lua= Nunca dei tanta liberdade há um cliente, antes. – ela riu, e abriu a porta de casa. – Pode entrar.
Arthur= Obrigado. – ele sorriu, entrando no local.
Lua= Então… – deixando a bolsa em cima do sofá. – Você quer uma água, não é?
Arthur= Não, não precisa. – aproximando-se dela. – Estou bem.
Lua= Mas não disse… – encostando-se no sofá, ao ver que ele se aproximava.
Arthur= Luinha, queria falar sobre àquela hora no bar, você sabe, não é? – aproximando-se. – Eu ainda tenho chances?
Lua= Thur, por favor, eu já disse… – parando de falar ao ver que ele continuava a se aproximar.
Arthur= Não me deu nenhuma razão plausível. – colocando uma das mãos no rosto dela.
Lua= Eu sei, mas… – sem jeito.
Arthur= Uma chance… – cheirando o pescoço dela. – Só isso.
Lua= Você sabe que não é boa ideia. – fechando os olhos.
Arthur= Eu sei que quero estar com você. – beijando a bochecha dela.
Lua= Tem certeza? – voltando a abrir os olhos.
Arthur= Poucas foram às vezes em que eu tive tanta certeza na minha vida. – sorriu pra ela.
Lua= Então se certifique que ninguém vai gritar. – sorriu, colocando as mãos nos ombros dele, demonstrando que havia cedido.
Arthur= Ninguém vai. – encostando suas testas.
Lua= Não dê tempo para que eu me arrependa. – sorriu discretamente, e o encarou.

E assim, os lábios foram se aproximando pouco a pouco, enquanto os olhos também se fechavam lentamente. Quando ele sentiu os lábios dela sobre os dele, não demorou, e a envolveu num beijo. Um beijo que havia demorado mais de uma semana pra acontecer, um beijo que ele já desejava, e que por muito tempo, ela pareceu negar.
O outro braço dele logo envolveu a cintura dela, apertando-a com sutileza, enquanto os braços da morena rodearam o pescoço dele. Tinham química, e isso estava sendo provado no momento. Os lábios se moviam em um ritmo frenético, as mãos de Thur subiam e desciam pelas costas dela, traçando um caminho desde os ombros, até a cintura. Enquanto isso, os dedinhos da morena enrolavam os fios de cabelo dele, enquanto uma de suas mãos fixava-se no pescoço de Arthur, massageando a região.
Cessaram o beijo, separaram os lábios, e se encararam. Ele encostou a testa na dela, sorrindo abertamente, para logo depois, beijar o rosto dela, distribuindo alguns beijos pela bochecha.

Arthur= Sabia que eu te adoro? – buscando os olhos dela.
Lua= Vem. – ela o puxou, fazendo com que se sentassem no sofá, um de frente para o outro. – Acho bom nós dois conversarmos.
Arthur= O que? – admirando-a.
Lua= É que… – sem graça. – Não sei o que falar, sabe? Faz tempo que não…
Arthur= Que não sai com alguém? – tranquilo, ela assentiu.
Lua= É, então… – tensa. – Não sei o que falar, eu…
Arthur= Não precisa falar nada. – segurou uma das mãos dela. – Só o que você quiser, claro.
Lua= Tá… – ela mordeu os próprios lábios, denunciando a tensão.
Arthur= Vem cá. – puxando-a para mais perto de si. – Tudo bem?
Lua= Está. – ela o olhou por um tempo.
Arthur= Você é linda. – colocou uma mecha do cabelo dela pra trás.
Lua= E você é perfeito. – passando os braços pelo pescoço dele, e o puxando para um beijo.

Ele não escondeu a felicidade ao ver que a iniciativa havia sido dela, que agora brincava com os lábios dele, provocando-o de modo sutil. Era uma grande vitória ver que ela havia realmente cedido, e que aparentemente, não estavam com tanto receio de se envolver com ele.
Até que o telefone tocou, e aos poucos, eles separaram os lábios. Lua franziu o cenho, imaginando quem poderia ser àquela hora, e depois ficou a mirar Thur, como se ele pudesse lhe dizer a resposta.

Arthur= Eu não sei. – sorriu, vendo que ela também parecia não identificar quem era. – Acho melhor atender.
Sophia= Eu aposto que estão de amasso. – falando, pois tanta foi a demora da morena, que caiu na secretaria eletrônica. – Apenas lembre-se, sua Morena Safada, que tem dedo meu nisso ai. Sim, porque eu te incentivei a dar uns amassos, viu? – rindo. – E depois, vê se liga pra me contar se ele beija bem. Amo você, beijos da Loira e da Morena também, porque ela está aqui me enchendo a paciência.




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