Certezas - 2ª Temporada - 19º Capítulo

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POV’s Lua Blanco

   Arthur combinou comigo, depois do seu trabalho, me levar até à clínica onde eu irei entregar a minha baixa, em que diz que não posso trabalhar até o final da gravidez, porque ela pode ser considerada de risco.
   Tomei um banho relaxante. Eu estava relaxada, afinal, tinha acabado de fazer amor com Arthur como nunca. Não consigo tirar da cabeça aqueles seus olhos castanhos me olhando, enquanto se preparava para me entrar em mim e fazer-me levar à loucura. Arthur era assim: surpreendente e bom na cama. Adorei cada seu toque, palavra, sussurro, gemido.
   Adoraria ter tomado um banho com ele, mas não foi possível pois ele teve de ir ao trabalho urgentemente.
   Estava no banho, passando o sabonete pelo meu corpo quando me deparo a rir. Como as pessoas mudam né? Arthur está se esforçando tanto e ao mesmo tempo me fazendo querer que realmente me ama. Ele me ama. Sempre me amou. Só que, às vezes na vida, nos deparamos com coisas que não estávamos à espera e reagimos mal. Talvez o problema de Arthur tenha sido assim.

   Coloquei um vestido branco, comportado com um sapato simples combinando. Adorava a cor da minha mala: azul-turquesa. Azul é das minhas cores preferidas. Peguei a minha bolsa e fui para o portão do condomínio esperar por Arthur.
   Estava distraída olhando o celular quando ouço o barulho de um carro. Olho em volta e vejo o cara que à dias me cruzei na rua, o Conor. Ele estava de óculos escuros, ao celular, olhando na minha direção. Ele parou um pouco o carro, distante do meu prédio e depois foi embora. Estranhei. Ele me disse que estava aqui de passagem e que ia embora no dia a seguir. O que fazia ele aqui, então? Talvez eu tivesse confundido os rostos.

   Arthur chegou e fomos em direção à clínica. Enquanto isso, Arthur me contava o progresso do seu trabalho.

- Mas você não tem noção amor. Daqui a uns dias seremos ricos, ricos! – ele falava com entusiasmo enquanto dirigia – O cara, da assessoria, faz milagres.
- Arthur, ninguém faz milagres
- Acredite, ele faz
- Mas o que ele fez?
- Ele fez com que a nossa empresa fosse particionada por uma do Japão e agora outra de Tóquio quer umas maiores encomendas de todos os tempos. Vai render tanto, mas tanto… já estou até imaginando. – ele riu – Vamos poder mudar de casa, comprar tudo o que você quiser para o bebé e…
- Arthur, calma. Olha se isso não é bem assim e…
- Mas vai ser amor, acredita em mim. Vai ser! – ele riu, todo confiante.

   O pessoal que trabalhava comigo se despediu de mim e, da minha parte, houve até choro. Estava realmente emocionada com as palavras deles. Todos me desejavam sorte. Diziam que eu era lutadora, batalhadora e que tudo ia dar certo. Disseram inclusive que iam querer visitas minhas e, se fosse preciso, iriam até me visitar lá em casa.


   De volta a casa, Arthur se preparou para cozinhar. Eu estava com mais desejos e só ele podia satisfazer a minha vontade. Enquanto eu tirava algo da geladeira, ele preparava algo na panela.

- Você está extremamente… sexy! – me encostei na porta da geladeira e olhei para Arthur, que estava de costas para mim no fogão de avental.
- E você está muito safada! A gravidez te deixa assim sempre? você vai passar a ficar mais vezes grávidas
- Nossa, que bobo! – o abracei por trás – Estou muito feliz, sabia? Quer dizer, eu preferia estar trabalhando, mas prefiro mil vezes o nosso bebé com saúde. Outra coisa que me deixa feliz é você…
- Sempre te fiz feliz.
- É. Mas você já me fez sofrer também, lembra?
- Não vamos lembrar isso. Vamos só lembrar as coisas boas, ok? – ele me perguntou
- As coisas más também fazem parte
- Mas eu não quero que lembre disso. – ele pegou a minha mão – Devemos levar só o que é bom, com a gente
- Então eu vou levar você
- Pra onde?
- Pro quarto
- Dona Lua Maria, que safadeza é essa? Juro que não te estou conhecendo! – Arthur gargalhou, cruzou os braços e me encarou
- Desculpa amor, estava brincando
- Ah é? Mas eu não! – enquanto ria, Arthur me pegou ao colo e me colocou em cima da bancada da cozinha. Ao lado estava o molho que era suposto deitar sobre a carne, no formo, e eu estava quase largando Arthur só para prová-lo.
- Ah, não aguento isso! – empurrei Arthur e coloquei um dedo sobre o molho, levando-o à boca de seguida.
- Jura? Me trocou por um molho de carne?
- Te trocaria por bem menos – provoquei
- Lua Maria! – ele me repreendeu – Eu tenho sentimentos! – ele brincava
- Ohw, coitadinho do meu bebé. – voltei a molhar o dedo no molho, passando pela bochecha de Arthur. Ele fez cara de nojo. Mas depois, eu puxei-o para mim, passando lá a língua, me deliciando.
- Porquinha! – Arthur riu – Vou fazer o mesmo em você. – assim ele fez

   Ficamos na brincadeira, até eu sentir uma espécie de nó na garganta. A minha barriga começou a rodar, comecei a ficar zonza, muito mal disposta e corri para o banheiro. Aquele banheiro foi a minha salvação.

- Lua, Lua! – Arthur me chamava. Corri tão rápido e ele veio sempre atrás de mim – Isso são enjoos de grávida?
- São. Se estivesse mais vezes em casa, entenderia sem ser preciso perguntar! – meu humor virou do avesso.

   Esses enjoos dão cabo de mim. Perto as forças, a vontade de sorrir e até viver.
   Passei o rosto por água e fui me arrastando até ao quarto. Arthur vinha de cabeça meia baixa atrás de mim, sentando na beira da cama, até eu me deitar.

- Nunca te vi assim
- Você é surdo? – o encarei, irritada.
- Tenho de ler mais coisas de grávidas. – não falei anda – Em especial a parte do humor delas. Acho que o bebé mexe com os seus hormonais, não é?
- Arthur, vai embora. – pedi delicadamente
- Tudo bem! – ele beijou a minha testa e saiu do quarto.


   Eu tinha adormecido, até sentir novamente aquele cheiro de comer. Arthur vinha com uma bandeja, para o quarto, com o jantar sobre ela. Eu quis matar ele. Será que ele não entende que se enjoa uma vez, enjoa sempre?
   Tapei o nariz e a boca com o lençol e pedi que ele levasse aquilo dali. Ele não estava entendendo nada, mas foi embora. Tive pela do rosto dele. Ele estava fazendo aquela carne, que eu tinha pedido, com tanto carinho.
   A meio da noite, o coitado teve de se levantar para fritar batatas fritas com tomate, como uma vez pedi. Acho que nunca vou enjoar disso.



POV’s Arthur Aguiar

   Chegando ao trabalho, com rosto de morto vivo, encarei o pessoal da empresa impaciente, de um lado para o outro, todos me esperando. O ambiente estava péssimo. Todos andavam de um lado para o outro, com rosto de poucos amigos, com papeis de um lado para o outro. Eu era diferente deles. Estava feliz, pois hoje ia cair na nossa conta o dinheiro da compra que o Japão fez.

- Bom dia! – dei, todo sorridente
- Arthur, eu tenho algo a lhe comunicar… - Mark veio na minha direção, pegando no meu braço, delicadamente, e me levantou para a minha sala – Olha Arthur, é o seguinte. – ele fechou a porta – Fomos enganados.
- Como assim? Quem?
- Nós. Nós fomos enganados.
- Como assim? Porque está dizendo isso? – comecei a pensar nas piores coisas. Comecei a sentir calores e tive de tirar o casaco rápido.
- Lembra da assessoria? O cara novo da assessoria?
- Sim. Ele fez um otimo trabalho e…
- Cara, ele enviou para o Japão o pedido que aquela empresa fez… mas o que ele mandou, estava tudo cheio de defeitos. O pior é que ele pediu primeiro o dinheiro. E adivinha? A empresa de lá fez uma queixa sobre a nossa empresa e temos uma grande quantia a pagar.
- CARALHO! – gritei. – PORRA, COMO PODE SER? NÃO, NÃO, ISSO É UMA BRINCADEIRA! SÓ PODE SER! – gritei de um lado para o outro, impaciente e muito irritado

   Andei pior que louco na minha sala tentando entender como aquilo tinha sido possível. Tinha de haver um culpado e era sem dúvida o desgraçado do assessor. A raiva era tanta que peguei o meu computador e joguei no chão, juntamente com o celular que estava tocando no momento. Ambos se partiram.

- Ellie, Ellie! – gritei o nome dela e não parei de a chamar até ela chegar à minha sala
- Sim, senhor? – ela chegou toda apressada
- Me dê agora a ficha do assessor. Agora!
- Sim senhor! – ela foi correndo buscar
- Calma cara, ela não tem culpa
- E eu por acaso estou dizendo que ela tem culpa? – encarei Mark

   Ellie me trouxe a ficha e eu a abri para ver o nome, pelo menos, do desgraçado que tinha sido contratado à menos de um mês. Conor.

Vamos lá pensar. Lembram do cara que era filho do padrinho do Arthur, que queria ficar com a empresa? Lembram do cara que a Lua conheceu no outro dia? E agora esse assessor? Será a mesma pessoa? Será que tudo faz parte de uma armadilha, para Arthur?

7 comentários:

  1. Gente, que babado! tava td tao lindo, la vem estresse, ow... quero mais :D

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  2. Nossa kkkk posta mais ♡♡♡

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  3. Com certeza é ele a mesma pessoa e se o thur está assim bravo com esse golpe imagine quando ele souber q ele falou com a lua . Leitora nova by:adaline

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  4. Ai curiosa d+... Acho que sim !

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  5. d++ por favorrr maissssssssss

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  6. Sua perfeitaaaa! Eu amoo sua web! Bjinhoos
    By:Rafa

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