A Promessa - Capitulo 25 Parte 3

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Capitulo 25 Parte 3

Estava quase histérica e cega de tanto chorar enquanto dirigia até o apartamento dele. Por sorte, o acaso me levara até lá havia poucos dias, pois até então eu não saberia como contatá-lo. Minha mente reviu nossa última conversa. Era isso o que ele quis dizer como ‘’ grande negócio – uma aposta certa’’, que estava prestes a fechar? Ele me manipulara como se eu fosse um violino Stradivarius.
Estacionei o carro na frente da casa, enfiando a dianteira do automóvel em um monte de neve, e saí. Procurei seu carro, mas, como era de esperar, ele não estava lá. Nevara durante a noite e a neve sobre o caminho de cimento que conduzia ao seu apartamento não havia sido removida. Pude distinguir pegadas saindo de lá.
Segui-as escada abaixo, até o apartamento. Não havia campainha, e então esmurrei a porta.
- Arthur! Abra!
Bati novamente, e em seguida verifiquei a maçaneta, e descobri que estava destrancada. Abri a porta. Sob a tênue luz das frestas da janela, não pude acreditar no que vi.
A sala estava vazia. A única mobília era um colchão fino no chão, no canto da sala, com uma almofada de sofá e um cobertor de lã.
- Arthur! – gritei. 
Acendi a lâmpada, um único globo descoberto sobre a pia da cozinha, e caminhei pela casa.
No banheiro, havia o balcão de ladrilho uma embalagem de creme de barbear barato e uma lamina descartável, perto de um desodorante, uma barra de sabonete e um tubo de xampu. Fui até o quarto. Nãoh avia mobília, apenas duas caixas de papelão – uma estava vazia e, na outra, havia algumas cuecas brancas e dois pares de meias. Abri o guarda-roupa. Dentro, em um cabide, havia apenas uma camisa, a camisa de flanela vermelha que ele usara em nosso encontro na fazenda, e provavelmente a abandonara. Voltei para a cozinha. A geladeira guardava uma garrafa de leite quase vazia, duas latas de Coca-Cola, e um sanduíche de salame mofado em um dos lados. As despensas estavam vazias, excetos por uma caixa de uvas-passas e outra de cereais.
Ao lado do fogão, havia um cesto de lixo cheio. Entornei no chão da cozinha. o conteúdo consistia basicamente de embalagens de fast-food e latas vazias de soda limonada. Vasculhei aquilo, na esperança de encontrar algo que me desse uma pista do lugar para onde ele fora. Acabei encontrando um pedaço de papel dobrado, e rabiscadas á tinta estavam as palavras ‘’U de U, Beta. Todd Fey, 292-9145. Identidade falsa’’.
Engasguei. Eu nem ao menos sabia seu verdadeiro nome. Enfiei o bilhete no bolso da calça, e bati a porta ao sair do apartamento.
Subi os degraus até a porta de frente da casa e toquei a campainha. Dois minutos depois a porta se abriu e um homem idoso apareceu. Era baixo, tinha barba cinzenta e irregular, e me olhava com uma expressão irritada.
- Nada de procuradores – resmungou.
- Estou á procura do homem para quem você alugava o andar de baixo.
- Não sei nada sobre ele. – E começou a fechar a porta. 
- Espere – falei, empurrando a porta. – Ele me roubou, você pode fala comigo ou chamarei a polícia e você terá de falar com eles.
Franziu as sobrancelhas, mas pareceu assustado com minha ameaça.
- O que você quer?
- Você o viu sair essa manhã? 
- Não vi nada.
- Você tem o endereço dele?
Ele me encarou como se eu fosse uma idiota.
- o endereço dele é este aqui.
- Quero dizer, talvez houvesse outro endereço em seu cheque, quando ele pagava o aluguel.
- Ele sempre pagava em dinheiro. É tudo que sei. Ele roubou você? Chame a polícia. Ele sempre pagou o aluguel, é tudo que sei. – Fechou a porta e a trancou.

                                                                                      Continua....

Capítulo dedicado a Kesia. Obrigado por acompanhar! ;) 

2 comentários:

  1. Haha obrigada. Posta mais um por favor, estou amando essa web cada vez mais! E saiba que eu vou comentar sempre, eu sei que isso é importante para vocês, um comentario faz diferença. Obrigada por dedicar esse capitulo para mim, e menina, para de me deixar curiosa hahaha Ass: Kesia.

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