A Promessa - Capitulo 12 Parte 2

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Capitulo 12 Parte 2 

- Apenas um encontro. Se vc não gosta, ou me odiar, prometo que te deixo em paz.
- Está bem – falei.
Suas sobrancelhas se ergueram de surpresa.
- Sério?
- Bem, vc não vai desistir até que eu ai com vc, não é?
- Não.
- Então, que escolha tenho eu? Um encontro. Quando?
- Quando está bom para vc?
- Minha babá costuma estar disponível apenas nos fins de semana.
- Que tal na sexta? 
Balançou a cabeça.
- Sim.
- Se a babá estiver livre, que sela na sexta. A que horas?
- Ás sete?
- Sexta as sete. Marcado.
Abriu um largo sorriso.
- Ótimo. – estava preste a sair, então virou-se novamente, - eu não tenho seu endereço.
Retirei uma folha de papel de bloco de pedidos, ao lado do caixa, e rabisquei meu endereço no verso.
- É a casa da porta azul. – entreguei-lhe o papel, ele deu uma olhada, depois o dobrou e colocou no bolso.
- Até lá, então.
Observei-o enquanto partia, depois levei as flores para os fundos.eu era tão louca por flores. Sempre fui. Mesmo assim, não pude deixar de me questionar se havia feito a coisa certa.
Mel permanecia ao lado da prensa de passar, aguardando por mim. Amanda a havia alertado sobre o meu visitante, e as duas observaram a conversa por trás do painel de vidro.
- Agora sei por que vc não queria aparecer em casa no Réveillon.
- Do que vc está falando? – coloquei as flores no balcão atrás da prensa.
- Vc me enganou, garota. Tenho falado para vc subir no cavalo novamente e, esse tempo todo, vc esteve cavalgando um cavalo selvagem.
- Cavalo selvagem?
- Eu vi o sujeito. Por que não me contou sobre ele?
- Não havia nada para contar.
- Nada para contar? Quanto tempo faz que isso está acontecendo?
- Acabamos de nos conhecer. – voltei ao trebelho, colocando um paletó sobre a prensa.
- Onde?
- Em uma loja de conveniência.
- Uau, tudo que consegui ali foi uma coca Diet. Quem tomou a iniciativa?
- Quem vc acha?
- O que ele falou?
- Se quer saber?
- Quero – insistiu.
- Ele me deu uma cabeçada.
- O que?
- Foi um acidente. Deixei cair o meu chiclete.
- Não me importa. Um homem daquele tipo pode me dar cabeçadas de uma ponta a outra do pais. E por que vc não está animada com isso?
- Porque eu não estou animada com isso. Não parece certo.
- Por causa do Fernando?
- Sim, mas é mais do que isso. Quero dizer, olhe para aquele cara.
- Sim, eu o vi. Ele é estonteante. Qual é o problema?
- Vc já se sentou na arquibancada durante um jogo, e alguém vira e acena para vc, e vc sorri e começa a acenar de volta, só para depois perceber que ele está acenando para alguém sentando atrás de vc?  
- Sim.
- É assim que me sinto.
Mel pousou as mãos nos quadris.
- Bem, garota, veja estas flores. Ele definitivamente está acenando para vc.
- Não parece certo.ele é mais jovem, dolorosamente lindo e bacana.
- Que pesadelo...
- Vamos lá, Mel, vc tem de admitir que não faz sentido. 
- Não, é vc que precisa admitir que faz. Por que não pode simplesmente aceitar que alguém possa achá-la desejável?
Franzi as sobrancelhas.
- Não sei. Talvez porque me sinta como uma peça danificada. – voltei para a máquina de passar – se parece bom demais para ser verdade, é porque é.
- Vc é cética demais.
- Só estou tentando ser esperta,para variar.
- Se fugir da felicidade é ser esperta, então eu prefiro ser burra. Antes burra que solitária.
- Bem, sou as duas coisas.
- Apenas de uma chance a ele, Lua. Vc teve um ano difícil. Divirta-se, para variar um pouco. Qual é a pior coisas que poderia acontecer?
Ergui os olhos para ela.
- Eu poderia gostar dele.     
                                                                                     Continua...
Anônimo,  A Promessa do Richard Paul Evans 

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