Exchanged For a Game: Capítulo 9

|


Notas da autora: Hi bitches, como estão? Espero que estejam bem e curta o capítulo, criei essa nota só pra avisar que troquei meu user do twitter: @opsskidrauhl_ >> @biscateofdrew . Beijo nos mamilos 

P.O.V’s Lua Blanco
  Acordei com a mesma luz da janela que ficava no alto da parede no quarto, pisquei consecutivas vezes, e caminhei até o banheiro. Abri uma das gavetas que ficavam em baixo da pia, e encontrei uma escova de dente, com um tubo de pasta, eles tinham a consciência que uma prostituta não devia andar com a boca fedida. Meu corpo estava todo dolorido, depois da transa com Arthur, eu fui a obrigada a dar para uns três ou quatro caras. Através do espelho, reparei que eu tinha marcas de dedos no bumbum, e marcas roxas no pescoço, eu estava me sentindo um lixo.  Abri o registro e deixei a água gelada cair por meu corpo, nem ela me fazia relaxar, acho que ninguém relaxa quando sabe que está no território do maior traficante da Califórnia, só de pensar assim, me corre um arrepio dos pelos finos da minha perna até meu último fio de cabelo. Sai do banheiro, e fiquei me perguntando o que eu usaria, porque não é possível que essa boate abra pela manhã. Penteei meus cabelos encaracolados e os prendi em um coque, e sentei-me na cama com a toalha em volta do meu corpo.
  Meu coração se apertou ao pensar em Julie, sentia saudades de brincar com ela e principalmente dos nossos passeios, ela deve achar que eu a abandonei, e me sinto vinte vezes pior do que já estou.
  Ajeitei-me na cama, assim que ouço a porta sendo destrancada, deveria ser Pérola, mas por ela passa uma senhora baixa de pele morena, cabelos castanhos escuros com poucos fios grisalhos, vestida em um avental preto com bordas brancas, segurando uma bandeja.
-Com licença, eu vim tirar roupas do armário para você e trazer seu café da manhã. –ela disse e eu penas assenti. –Escolha uma roupa confortável, pois agora é hora de limpar a boate.
-O QUE? Já não basta eu ter que me prostituir, ainda tenho que servir de empregada? –perguntei e ela engoliu em seco.
-Eu não posso fazer nada para mudar isso, são ordens do Sr. Aguiar. –ela falou baixo, e percebi que ela estava fazendo o trabalho dela, devia ser cozinheira das prostitutas.
-Tudo bem. Abra o armário, por favor. –pedi. –Como se chama? –perguntei curiosa, já que eu ficaria aqui, precisava fazer amizades para me distrair.
-Morgan. –ela respondeu enquanto pegava a chave do armário no bolso de seu avental. –E você? Como se chama?
-Me chamo Lua. –falei e sorri, ela retribuiu.
-Você é muito bonita, como veio parar aqui? –ela perguntou, iniciando um assunto, o qual eu queria fugir.
-Sequestro. Á quanto tempo você trabalha nesse lugar? –perguntei curiosa.
-Sem conversas. –um segurança gordo e rabugento que estava na porta falou.
  Morgan abriu a porta do armário.
-Escolha uma roupa confortável. –ela disse e deu espaço para que eu olhasse para o armário.
  Algumas roupas que havia naquele armário eram bonitas, outras eram vulgares.
-Posso fazer uma perguntinha? –falei baixo para que o segurança não escutasse e ela apenas assentiu. –O Sr. Aguiar dá essas roupas para todas garotas que estão aqui? –perguntei, pois naquele armário havia shorts customizados que custam mais que os normais, e vestidos de marca.
-Não, são apenas para garotas que não são traficadas e não tenham roupas, pois as que são traficadas já trazem uma mala com si. –ela falou baixo, e não fiquei surpresa com o fato de aquele cretino traficar garotas. –Droga, eu falei demais. Não conte para ninguém, por favor. –ela disse nervosa e olhou de soslaio para a porta, e relaxou ao ver o segurança gordo conversando com outro.
-Não se preocupe. –falei e dei um sorriso de conforto para ela.
-Obrigada. –ela falou, apenas assenti e voltei minha atenção para o armário.
  Escolhi um simples short jeans de lavagem clara, camiseta branca, um conjunto de soutien e calcinha brancos, com bolinhas pretas, e peguei um único chinelo que havia no “piso” do guarda-roupa.
-Pronto. –falei e sorri para Morgan.
-Se vista, tome seu café da manhã, e depois vem um dos seguranças ou Pérola, para levar você até o centro da boate. –ela disse baixo, pois sabia que eu estava sendo obrigada a estar nesse lugar. –Até logo!
-Até Morgan! –falei, e ela saiu pela porta acompanhada dos dois armários humanos.
  Caminhei até o banheiro, e me vesti com as peças de roupas, couberam perfeitamente em mim, talvez as garotas de Aguiar, precisam ter as mesmas medidas.
  Voltei para o quarto e na bandeja havia uma maçã, um sanduiche enrolado em um papel de alumínio e um copo com suco de laranja. Morgan era uma ótima cozinheira, se eu sair daqui viva posso a contratar para ser cozinheira na minha própria casa, se eu sair daqui viva. Ouço três batidas na porta, e largo a maçã na bandeja, me posicionando na cama com pernas de índio.
-Vamos! Hora da faxina. –um segurança muito bonito fala, com expressão séria.
  Levanto da cama, e caminho até a porta. Dois seguranças altos me levam até o centro da boate, já havia diversas garotas trabalhando, algumas esfregando o chão com um pano úmido, outras varrendo e assim por diante. Fiquei encarando aquilo, e me dava nojo só de pensar que Aguiar traficou todas essas garotas, que devem ter sonhos e futuros promissores.
-O que você tá esperando? –um dos seguranças perguntou.
-Desculpe. –falei e andei em passos largos até o balcão do bar, onde havia um balde e um pano pendurando em sua borda.
  Assim que me abaixei para esfregar o chão, uma dor insuportável dominou minha coluna, talvez seja o efeito do sexo selvagem com o cara bombadão de ontem á noite, ou na madrugada, tanto faz. De todas as formas o cara acabou comigo. Acho que vou ter que me acostumar com isso, por algum tempo.
  O toc toc do sapato alto vem se aproximando, e eles não são bons sons para os meus ouvidos, Pérola. Ela segurança uma taça com um liquido roxo, aos meus olhos parece ser vinho.
-Nossa! Eu nunca esperei, que a filha do maior empresário da Califórnia, iria limpar o chão que eu piso. –ela falou debochada próxima a mim, permaneci calada. –Não vai falar nada vadia?
-Não vou me rebaixar a você, que precisa humilhas os outros para se sentir melhor. –falei.
-Eu preciso humilhar os outros Lu? Eu não preciso disso, só to te mostrando quem é que manda, e você tem que se colocar no seu lugar. –minha vontade era tacar o balde de água inteiro nela.
-Arthur decidiu ter uma vagina? Até que a plástica não ficou tão ruim. –debochei, me referindo a Pérola.
-Eu não preciso ser Aguiar, pra mandar nisso aqui. Espera, eu sou a garota dele, então eu mando nisso aqui. -ela leu uma risada sínica.
-Você sabia que seu homem vai pra cama com outras mulheres, garota do Aguiar? –consegui ver a expressão irritada de Pérola, me segurei para não rir.
-Por favor, não me diga que ele foi pra cama com você? Olha pra você Lua, você acha mesmo que ele iria querer te comer, tendo isso aqui, -ela deslizou sua mão direita pelo corpo. –disponível para ele a hora que quiser? Não se iluda.
-Sim, ele me procurou, mesmo tendo essa vagina inflável a hora que quiser.Sabe Pérola, ele manda muito bem, olha as marcas roxas no meu pescoço, todas foram dele. –provoquei.
  Ela me olhou com ódio, e jogou o vinho que bebericava no chão, vadia.
  Voltei a limpar o chão, que estava que agora, estava mais sujo. Vi Sophia, chegando no salão, e levantei o braço disfarçadamente para ela. Ela me olhou, e sorriu.
-Oi. –ela disse agachada e com um balde de água próxima a mim.
-Oi, tudo bem? –perguntei.
-Não, meu corpo está doendo muito. –ela fez expressão de dor.
-O meu também. Nós podíamos tentar fugir daqui. –falei baixo.
-Você pirou? Eles nos matam se não der certo. –ela disse no mesmo tom, e nervosa.
-De qualquer forma, vamos sair daqui mortas e acabadas. Você quer sofrer mais, ou prefere tentar?
  Ela tinha um olhar medroso, ela sentia medo assim como eu. Era sofrer ou fugir, e se falhássemos, seriamos mortas. Mortas e desaparecidas, evaporaríamos. 

7 comentários: