O tempo cura tudo - 25º Capítulo

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POV NARRADOR

Depois de duas semanas trocando simples beijos, mas nada muito cúmplice, Lua acha que é hora de por um ponto final no que realmente anda acontecendo.

- Esta coisa de ficar não é para mim Arthur. É o seguinte, ou você me ama ou não me ama. Se decida! Eu não vou ficar sofrendo deste jeito
- Você sabe perfeitamente o que eu sinto. Mas porque nao continuar assim? Está tão bom! – ele puxou ela pela cintura
- Não tenho culpa de você ser um jovem com modernices! – Lua se chegou para o lado  - Ou estamos juntos, ou não estamos. Esta coisa de você me pegar durante a noite, fazermos amor e na manhã seguinte fazer como se nada tivesse acontecido, não dá!
- Quer o que? Me obrigar a ter algo com você? – ele se exaltou
- Te obrigar? Que eu saiba, se você me ama tanto quanto diz, se me namorar não significa que seja obrigação
- Eu quero ser livre Lua!
- Ah quer? – ela colocou as mãos na cintura – Pois muito bem. A partir de hoje você é livre. Parabéns, seja feliz e saia do meu quarto. Vá pra sala ou pra casa da outra
- Que outra? Não viaja!
- Você é que vai viajar, não é. Saia do meu quarto! – ordenou

Seria o fim? Ou um começo de tudo?

Por seis exactos meses eles se afastaram. Arthur dormia no sofá, trabalhava durante o dia e à noite ficava a brincava com o filho Guilherme, já grandinho. Lua começou a trabalhar na empresa onde ela trabalhava antes. Conheceu novas pessoas e foi através dessas pessoas que conseguiu novos cargos de trabalho. A cada mês que passa, é recompensada no trabalho e qualquer dia passa a ser gerente da empresa, o que será muito bom pra ela.

- Vou sair hoje. Preciso que fique com o Guilherme
- Impossível! – disse Arthur se levantando do sofá e tirando a sua blusa – Eu vou sair com a galera. Hoje o Flamengo joga, esqueceu?
- O que é mais importante? Um jogo idiota de futebol ou o seu filho?
- E porque você não fica com ele?
- Eu disse que vou sair.
- E onde vai?
- E desde quando eu te devo explicação?
- Eu não posso perder o jogo. Chamamos uma babá
- Eu não quero o meu filho com desconhecidos. Assista o jogo em casa
- Não tem a mesma adrenalina, você sabe! Fique em casa você. Eu vou tomar banho. – ele correu pró banheiro
- Mas o seu pai é muito safado, não é não? – Lua olhou para Guilherme, no seu colo

Vestida Lua já estava. Pronta para jantar é que não, ainda por cima com o dono da empresa em que trabalha. Então, correu para o quarto e aproveitou a demora que Arthur no banho para se arranjar e ficar minimamente apresentável. 
Com um vestido com algumas taxas preto, um salto alto preto também e uma bolsa simples, Lua saiu de casa para jantar silenciosamente. Deixou Guilherme no sofá, sentadinho direitinho com um bilhete “Cuide de mim papai, a mamãe saiu. beijo”. O Arthur ia ficar puto!

- LUA, CADÊ OS MEUS TENIS? – Arthur gritava saindo do banho, só de toalha – AQUELES AZUIS, NÃO SABE? – ele andava pela casa e estranha tav silencio. Olhou para o quarto, para a cozinha e de seguida para a sala.
- Cucu! – Guilherme disse ao ver o pai. “cucu” deve ser das poucas palavras estranhas que ele sabe dizer
- Eu não acredito nisso! – ele pegou o bilhete que Guilherme tinha, leu e jogou contra o chão em modo de raiva – Sua mãe tem o que no lugar do cérebro? Grama por acaso? Ahh, mas que mulher provocadora eu hein? E agora? Eu preciso de ir ver o jogo! Te levo ou te deixo? – ele falava com o filho que lhe olhava de forma estranha. O Guilherme estava louco para pegar o cabelo do Arthur e puxar – Ahh, vem pró meu colo. Vamos procurar a agenda.

Às 20horas da noite, como o combinado, Lua foi até ao restaurante que Lucas apontou como sendo o melhor de todos. Estacionou o seu carro ao lado de um grande carrão e concluiu de imediato que aquilo só podia ser o seu. 
Ao entrar no restaurante, reparou na finura que aquilo tinha. Tudo muito arrumado, tudo muito decorado e iluminado. Cheio de pessoas, de vida e muito glamour. 

- Aqui Lua. – meu deus! Que homem era aquele mesmo? Que corpo é aquele? E aquele sorriso? É coisa de deus, mesmo. Lucas se levantou da mesa, e chamou Lua à atenção. A loira foi até lá. Ambos se cumprimentaram e ele puxou a cadeira para ela se sentar.

- Está muito linda. – ele sorriu – Pensei que ia trazer o seu filho Guilherme. Adoro ele, é muito fofo.
- Ele ficou com o pai – sorriu Lua
- Eu adoro crianças. Quando eu tiver uma mulher que nem você, vou encher a casa deles – ambos riram. Lua ficou envergonhada
- O seu dia vai chegar. Você vai encontrar uma mulher à sua altura
- Não sei se vou… muitas só se interessam pelo meu dinheiro, não por mim
- Isso é normal acontecer.
- Acho que você foi das únicas mulheres que se aproximou de mim sem ser pelo meu dinheiro, espero eu
- Claro que não. Eu não sou desse tipo de pessoas. 
- Ainda bem. Mas bom, passemos ao que realmente te interessa. – ele sorriu – Eu te chamei aqui porque tenho uma proposta para você.
- Que proposta? – perguntou entusiasmada
- Que tal você ser a gerente da minha empresa? – ele sorriu, colocando as mãos sobre a mesa e esperando uma resposta da Lua.

Depois daquele agradável jantar, continuaram a conversa. Lucas tentava convencer Lua a aceitar aquele cargo de trabalho pois iria ser mais dinheiro que ela ia ganhar. Mas ela ainda nao tinha a certeza de nada.

Chegando em casa, estranho ouvir o barulho do aspirador. O que estaria Arthur tramando?

- Quem é você? – Lua gritou depois de ver uma mulher com o Guilherme ao colo, com o telefone segurado ao ombro e passando o aspirador no chão da sala.

Hoje tem twitcam do Guga e do Arthur às 18horas. Fiquem atentas e assistam ;)

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