Mini web: Compromisso? NÃO VAI DAR!

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POV LUA

“O casamento é a união espiritual, física e emocional de um homem com uma mulher. Isso é o que chamamos de casamento. Casamento onde não houve sexo, deve ser anulado, porque sem sexo não houve casamento. O casamento reflecte uma promessa de um futuro a dois; O casamento reflecte um sinal de compromisso; O casamento significa um “nós; O casamento dá vida; O casamento é um investimento; O casamento significa amor e família; O casamento implica sexo mais satisfatório;"

Casar pra quê? Pra se tornar escrava daquela pessoa que dizia nos amar? Casar para sermos traímos e humilhados no dia do nosso próprio casamento?

A ideia de casar nunca foi bem aceite por mim. Mas se eu não me casasse com ele, meu pai morreria de coração por já não ter um sócio para a sua fazenda, que seria o meu sogro.

“FLASH BACK ON”

Estávamos na nossa festa de casamento. Havíamos nos beijado tanto que tive de ir trocar a minha maquilhagem. Quando chego à festa, onde todo o mundo bebia e dançava, fui até à minha madrinha do casamento, Dani, perguntar pelo Pedro, meu noivo.

- Cadê o sedução?
- Saiu ainda à pouco daqui. Ele recebeu uma mensagem e foi para lá – apontou para a porta dos fundos do hotel 
- Será que recebeu uma má noticia?
- Eu não sei. Não será melhor você ir vê-lo?
- Não sei… talvez.
- Eu melhor eu ir lá. Toma conta da festa – eu ri

Peguei no meu super grande vestido pelas pontas e atravessei o salão de festa até às portas dos fundos. Aquela porta era difícil de abrir mas com um empurrão e um chigamento, ela abriu. Olhei em volta e não vi o Pedro lá, por isso fui andando até à cozinha do hotel. Ouvi uns barulhos, pareciam panelas a caírem no chão e de seguida ouvi uns gemidos estranhos.

- Quer ver que os cozinheiros tiraram folga para transarem no meio da cozinha? – ri baixo, não queria que eles percebessem a minha presença ali. Não dava para ver, então espreitei por aquelas janelas de vidro, que mesmo assim batia um reflexo. Vi umas roupas pretas, uma roupa de empregada jogava no chão e umas vozes…
- Vai Pedro, vai Pedro… - a garota gemia assim. Perai… Pedro? 

Andei mais um pouco, abri a porta devagar e entrei. Me deparei com a pior cena da minha vida. O meu noivo estava transando em cima do balcão da cozinha com uma das empregadas de lá. Ele estava sentado, com ela por cima. Estava nua, enquanto ele apenas tinha as calças um pouco a baixo da cintura. Que vagabunda era aquela? Pior! Que FDP era aquele com quem eu me tinha casado?

- Vai, vai… - ambos gemiam
- VÃO MAS É PARA A CASA DO CARALH*! – gritei. Eu estava chocada, completamente sem chão. Chorava aos prantos e a minha maquilhagem estava toda borrada, de novo, mas isso é o de menos – DESILUSÃO, DESILUSÃO! VAGABUNDA! – a garota pegou o seu vestido de empregada e colocou sobre o seu corpo. Eu rasguei o meu vestido para poder correr atrás dela e puxar aqueles seus cabelos. Enchi o rosto dela de tapas, até ser impedida pelo Pedro que me agarrou pela cintura
- PÁRA LUA! EU POSSO EXPLICAR! – ele gritava. Eu me acalmei, me virei e dei um soco na cara dele. Eu não sei onde fui buscar forças para tanto, mas a verdade é que eu consegui – FICOU LOUCA?
- Louco vai ficar você quando o meu pai te colocar as mãos em cima e ainda te matar, filho da mãe.

FLASH BACK

Passados três meses, ainda continuou com aquele trauma a compromissos.
Apesar de já ter mudado de país, de vida, de trabalho e até de visual, aquelas imagens não saem da minha cabeça. 
Quando eu vejo um casal feliz na rua, sussurro logo “terminem logo o que têm. Só estão se iludindo”. Porque compromisso é assim mesmo. Uma ilusão. Algo que nunca será forte e eficaz para sempre. Algo que nunca vai ser igual como o inicio da relação. Porque no inicio da relação, agente pensa “porra, como ele é perfeito”; “cara, ele é tão fofo comigo”; “pow, me engravida. Quero ser sua pra sempre”. Eu confesso que pensava assim, pensava que a nossa história ia ser eterna e linda, bem romântica, mas me enganei completamente.

- Se manda amiga. Tá encalhada à dias! – ela falava como se fosse fácil. A Cris trabalha no mesmo hospital que eu. Adorei lhe conhecer e virei sua melhor amiga, assim como ela a minha, pelo facto de ela não se relacionar com ninguém. Ela é da mesma opinião que eu, quanto aos casamentos e namoros
- Olha quem fala! – encarei ela
- A miga, uma coisa é você estar pegando uns ai e outros aqui. Outra coisa completamente diferente, é você estar sem sexo à mais de três meses
- eu vivo bem sem sexo! – ela me encarou – AHHH, não vivo não! Eu to carente…
- Balada, hoje, às 9horas. Te pego aqui. Usa aquele seu vestido vermelho com taxas sabe? E aquele sapato alto que eu amo. E claro, capricha na maquilhagem. – ela piscou o olho e saiu do meu apê

Ela queria o que? Que eu virasse prostituta?
Mas mesmo assim, fiz o que ela me pediu. Queria encontrar um cara legal, que me desse uns pegas hoje mas que amanhã já não quisesse saber de mim, porque eu também não vou querer saber dele.

Aquela boate era sempre a mesma coisa. Musica alta, loucura e muita bebida à mistura. A garotada delirava com as coisas que lá aconteciam. Quem entra aqui virgem, sai não virgem, se é que me entendem. Mas não, isto não é lugar de put*s. pelo menos eu não uso este lugar para esse fim.

- Vem, vou te apresentar uns amigos – Cris me puxava pelo braço até uma mesa de garotos. Eu acho que eles estavam mais interessados nas minhas pernas do que propriamente em me conhecer.
- Oi loirinha linda. – disse um agarrado ao copo de vodka – E ai, quer dançar?
- Não… estou bem assim. – dei um sorriso falso. Depois de tanta falsidade na minha vida, dar um sorriso falso era uma coisa que eu fazia com facilidade. 

Passou um empregado da boate, com uns sunga vestida, um lenço e uma bandeja na mão com vários copos. Passou por mim, me olhando de cima a baixo, e parou pra fazer o seu trabalho.

- Quer alguma coisa? – quase comi ele com os olhos
- Quero sim… - mordi o lábio
- O que?
- Você na minha cama… - disse baixo. Eu era atrevida, mas não tanto assim – Um drink ou algo assim, você escolhe
- Trago já. – ele mandou um sorriso

Alguém foi mais rápido e me trouxe uma bebida afrodisíaca. É daquelas que desperta um certo desejo, entende?

- Vem dançar? – o garoto dos olhos castanhos me pergunto. Garoto não… homem! Me lançou aquele sorrisão e um olhar que me fez tremer
- Vou. – sorri, peguei a bebida e a mão dele
- Aêêê, se deu bem. – me encorajou a Cris, que deu risada
- Já volto… ou não. – rimos as duas

Fomos pró meio da pista. Bebi um pouco daquilo que ele me trouxe e senti logo uns calores estranhos e uma vontade louca de lhe beijar. Eu já tinha ouvido falar destas bebidas. Elas são um perigo.

- Por acaso fez de propósito quando escolheu a bebida?
- Me deixa adivinhar… - ele sorriu de lado – É a sua preferida?
- Não… eu nunca tinha experimentado, mas adorei. – ri e mandei os meus braços em volta do pescoço dele. Ele pegou a minha cintura, fazendo os nossos corpos bater 
- E está sentindo?
- Desejo?
- Sim…
- Estou! – ri, quando confessei – Espero que não se importe quando eu arrancar a sua camisa aqui mesmo
- É isso que eu quero linda. – ele me beijou. Não esperava tal coisa da parte dele. Passamos a noite inteira entre beijos e mãos passeando por onde não deviam.

No caminho de volta para casa, Cris não parava de me irritar com o que aconteceu nesta noite.

- Vai falar que ele não era gato?
- Sim, ele era gato, gatissimo! Mas já passou, já era, já… - suspirei – Já te contei como ele beija bem?
- Ele é bem safado. Não parava de apertar a sua bunda
- Mas eu também te vi lá com um garoto
- Acho que ele se chamava Matheus, mas nem me lembro mais – rimos as duas – Ficou com algo dele?
- Não. Nem o nome e muito menos o numero – ela riu de mim, até de mais
- Tem a certeza? Olha que eu não teria tanta certeza disso… - ela continuou rindo
- O que quer dizer com isso?
- Você tem uma marca no pescoço
- Ahh não! – reclamei

No dia seguinte, tinha de estar bem cedo no hospital pata trabalhar. Como se não bastasse, eu tinha um colega novo de trabalho, mas a minha paciência de lhe explicar todas coisas de novo eram mínimas ou nenhumas mesmo.

- Pronta para conhecer o novo nerd? – disse Cris
- Aposto que deve ser gay
- Aposto que é gordo e baixo
- O que tem contra as pessoas baixas?
- Nada, pelo contrário… - ela me encarou – Eu sou baixa, lembra?
- Eu também – rimos de novo – Balada hoje?
- Mas de novo?
- Até parece que você não quer! – encarei ela
- Tá… querer até quero, mas hoje não vou pegar ninguém! – cruzou os braços
- Da outra vez você disse isso e acabou na…
- NÃO SE ATREVA A DIZER TÁ? – ela falou alto do dia em que foi para a cama com um homem casado e depois os dois foram flagrado pra mulher dele
- Vamos lá ao trabalho antes que… - comecei a andar sem olhar para os lados e acabei me cruzando com ele… 

Eu vou postar terça e quarta capitulos desta mini web e da "O tempo cura tudo"
Terça eu saiu cedo da escola e quarta não tenho aulas ahahah 

Gostaram da primeira parte da mini web?

7 comentários:

  1. adooooooooooooooooooooooooooooro
    ass Sophia

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  2. amei o jeito da Lua, irreverente

    Ana

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  3. Ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Posta Mais hojeeeeeeeeeeeeeeeeeee pfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf

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