Litte Anie - Cap. 87 | 1ª Parte

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Little Anie – 1ª Parte

singularidade(s.f.)
e como se chamam eventos únicos, de
características especiais. é algo que surpreende,
de comportamento imprevisível, mas encantador.
é uma curva infinita que não obedece a regras, é
o que torna alguém diferente de todas as pessoas
que possam ter passado um dia na minha vida.

basicamente, é como eu descrevo o dia em que a
gente se conheceu.
– João Doederlein | @akapoeta

Pov Arthur

Capítulo anterior...

Londres | Sexta-feira, 13 de maio de 2016 – Nove e meia da noite.

– Aconteceu alguma coisa? – Entrei no quarto e Lua estava andando de um lado para o outro.

Ela me assegurou há dias que estava tudo bem quanto a menstruação atrasada. O problema é que já estamos em maio e a menstruação ainda não desceu. E Lua só me disse isso ontem. Fiquei preocupado, mas meus pensamentos não foram muito além de “isso pode ser super normal” ela me garantiu que às vezes falha. Acho que essa apreensão pode estar relacionada a isso.

– Lua? Você me ouviu? – Insisti.
– Está.
– Está?
– Quer dizer... – Ela suspirou. – Sophia me mandou mensagem. – Contou se sentando na cama.
– Achei que fosse sobre a sua menstruação. – Me sentei ao lado dela. – Mas e o que ela quer dessa vez?
– Minha sobrinha vai nascer, Arthur.
– Agora?
– Não exatamente. Ela... ela está com dor.
– Ela só disse isso?
– Não.
– Lua.
– Perguntou se eu ia.
– Quê?
– Você acha que é uma péssima ideia? Ela disse que Micael está mais nervoso que ela. Que queria que eu fosse. A gente já tinha combinado... sei que foi antes de toda essa confusão entre a gente... eu não sei o que responder. – Me disse nervosa.
– Eu também não sei, Lua. – Fui sincero.
– Você vai ficar chateado se eu for?
– Claro que não, Lua. Eu não vou me meter seja qual for a sua decisão. Quanto a isso, você não precisa se preocupar. – Deixei bem claro. Só não queria que todos esses acontecimentos fizessem Lua se sentir mal.
– Quero ir. Minha sobrinha não tem nada a ver com os impulsos da Sophia.
– Isso é verdade. – Sorri de lado.
– Vou dizer que sim. – Lua parecia bem nervosa. – Provavelmente meus pais já devem estar sabendo... já devem estar vindo... minha mãe.
– Ela te preocupa?
– Não quero ter que brigar com ela de novo. No natal foi horrível. Todos os dias foram exaustivos. – Lamentou.
– Eu não vou, Luh. O problema da tua mãe sou eu, meu amor. – Segurei suas duas mãos. – Se você quer ir ficar com a sua irmã, está tudo bem, Lua. Eu nunca vou ficar chateado por conta disso. Ela esteve com você quando a nossa filha nasceu. Eu posso te levar no hospital se você quiser. Até porque, não vou deixar você dirigir sozinha tarde da noite. – Falei e Lua me abraçou.
– Obrigada, meu amor.
– Uhm... de nada, meu anjo. – Lhe dei um beijo nos cabelos. – Quando você quiser ir, é só me avisar. Tudo bem?
– Tudo bem. Ainda vou ligar pra ela. – Me disse ainda abraçada a mim.

As próximas horas, certamente, serão longas.

***

– Não sei se a Mel já está sabendo disso. – Lua se afastou.
– Talvez Micael já tenha falado com ela. – Ponderei e me levantei da cama. – Vou tomar banho.
– Anie deu trabalho?
– Não. Só tive que ler duas histórias, porque a primeira ela já sabia. – Respondi e Lua riu.
– Tá. Eu vou lá falar com a Mel. – Lua se levantou da cama.
– Tudo bem, meu anjo.

Entrei para o banheiro e Lua saiu do quarto.

Pov Lua

Eu não falava com a minha irmã há mais de um mês – desde que ela veio até a minha casa e me disse absurdos. Mas a minha sobrinha não tem nada a ver com isso. Já tínhamos combinado que eu entraria com ela na sala de parto caso, Micael não tivesse coragem suficiente. Ele é fica muito nervoso com tudo que envolve sangue.

Eu não podia negar esse pedido a Sophia. Ela esteve comigo quando foi a minha vez e, cuidou de mim até Arthur voltar para casa – isso também aconteceu quando eu perdi o bebê.

A reação de Arthur não me surpreendeu. Ele é um homem bom e não está ligando para o que a Sophia fez, na verdade, ele não está relacionando esse momento com o que já passou. Gostaria que ele fosse comigo, mas sei que ainda é complicado e que, provavelmente, minha mãe vai dar um jeito de deixa-lo desconfortável.

Dei duas batidas na porta do quarto da Mel e esperei ela responder.

– Pode entrar. – Ouvir ela dizer.
– Licença. – Pedi ao abrir a porta. – O Mika ou a minha irmã já te avisaram?
– Que a minha sobrinha vai nascer? Sim! – Ela sorriu. – Gostaria de estar lá, mas com a minha barriga desse tamanho – ela apontou para a própria barriga – nem tem como. Estou indo no banheiro a cada dez minutos. – Explicou divertida.
– Sophia me pediu para ir. Micael está nervoso.
– Não sei porque não estou surpresa. – Ela riu. – Você vai?
– Sim. Arthur disse que pode me levar.
– Ele vai?
– Não. Quer dizer, não agora. – Suspirei. – É complicado, amiga. Você sabe. E, também, conhece o Arthur. Ele não vai querer causar nenhum desconforto.
– Eu sei. Eu conheço. – Mel sorriu sem mostrar os dentes. – Só vou quando ela já estiver em casa. É melhor. – Ela mudou de assunto.
– Também acho. É importante você não perder mais nenhuma noite de sono. – Contei. – Eles vão entender. Seus pais vêm?
– Sim! Mas devem chegar só pela manhã. Acho que eles só vão voltar para casa depois que o meu bebê nascer. Vão fazer só uma viagem. – Me disse divertida.
– Então eu vou mandar uma mensagem para a Sophia. Meus pais já devem ter chegado. Vou pedir para ela me avisar quando estiver indo para o hospital. Daqui já vou direto para lá.
– Diz que eu estou torcendo muito para que dê tudo certo! E que estou louca para ver a cara da minha sobrinha.
– Digo sim. Eu também estou muito ansiosa para vê-la. – Respirei fundo. – E nervosa. – Admiti.
– Vai dar tudo certo, Luh. Fica tranquila.
– Ei, se você precisar de algo, o Arthur vai estar em casa e as meninas também. É só chamar por eles. – Expliquei.
– Obrigada, amiga. Mas até agora eu estou bem. Não precisa se preocupar. – Garantiu.
– Boa noite.
– Boa noite.

Nos despedimos e eu saí do quarto fechando a porta. Fui até o quarto da minha filha e ela dormia tranquilamente. Lhe dei um beijo nos cabelos e voltei para o meu quarto. Arthur já estava deitado na cama, mas estava acordado.

– Quase você me encontra dormindo. – Me disse. Peguei meu celular e sentei na cama.
– Vou mandar mensagem para a Sophia. – Contei.
– Mel já sabia?
– Sim. Mika já tinha avisado. Os pais deles vêm. Será que vão dormir na casa da Sophia?
– Não tem quarto para todos, querida. – Arthur observou. Lá só tinham três quartos.
– Verdade. O quarto da Sophia e do Mika, o da bebê e só sobra mais um.
– Certamente, alguém vai dormir aqui. Mel está aqui, Lua.
– E tem os meus pais. – Suspirei.
– Deixa para pensar nisso quando realmente for a hora. – Arthur tentou me tranquilizar. – Responde logo a sua irmã e tenta descansar um pouco se ela não for já, já para o hospital.
– Vou fazer isso. – Respondi e mandei uma mensagem para a Sophia.

Mensagem ON

“Oi, Soph. É claro que eu vou. Já tínhamos falado sobre isso. Fica tranquila.”

“Sua bolsa já estourou? Desde que horas você começou a sentir as contrações?”

Fiquei esperando ela me responder.

“Obrigada, Luh.”

“Não.”

“Desde às seis horas. Na verdade, ainda estavam fracas. Achei que fossem só as de treinamento como vinha sendo.”

“Só que elas se intensificaram depois de um tempo. Agora estão ritmadas.”

“De vinte em vinte. O espaço de tempo ainda é longo.”

“Você vem para cá?”

“Nossos pais já estão aqui.”

Me respondeu. Li tudo com atenção.

“Acho melhor encontrar com você no hospital. Muita gente às vezes só atrapalha. Não quero que você fique mais nervosa.”

“Me liga a hora que você estiver indo para o hospital. A gente se encontra lá. Não importa o horário, tudo bem?”

Respondi.

“Tudo bem, Luh. Obrigada.”

“Eu te ligo.”

“Beijos.”

Se despediu.

“Beijos.”

Mandei de volta.

Mensagem OF

– E aí? – Arthur me perguntou.
– Meus pais já estão lá. – Contei. – As contrações estão espaçadas. Acho que vai demorar mais um pouquinho.
– Só de madrugada?
– Por aí... a bolsa dela ainda nem estourou. – Expliquei.
– Uhm... então eu vou dormir. Te aconselho a fazer o mesmo. – Me disse.
– Eu vou fazer. Vou tomar um banho antes. Não precisa me esperar, Arthur. Você parece cansado. – Notei e ele sorriu.
– Anie me cansou. Ela e Bart. – Me disse.
– Imagino. – Dei um selinho nele antes de me levantar da cama.
– Boa noite, linda.
– Boa noite, meu amor.

Arthur me jogou um beijo no ar e eu retribuí.

Caminhei para o banheiro e tomei um banho rápido.

Quando voltei para o quarto, Arthur realmente já estava dormindo. Fui até o closet e separei logo a roupa que eu vestiria para ir ao hospital quando Sophia ligasse. Uma calça comprida jeans, uma blusa manga comprida verde escuro, um sutiã preto de renda e um tênis preto com detalhes de rosas vermelhas.


Vesti uma calcinha e peguei uma camisa do Arthur. Tenho tantas camisolas, mas as camisas dele sempre são mais confortáveis para dormir.

Voltei para a cama e Arthur estava deitado de bruços. Resolvi não acordá-lo, embora gostasse de dormir abraçada com ele. Mas foi só eu me deitar que ele se virou e me abraçou.

– Você demorou. – Ele resmungou. Me abraçou pelo pescoço e colocou uma das pernas no meio das minhas.
– Achei que você estava dormindo. – Falei acariciando as costas dele.
– Eu cochilei... eu acho... – Ele soltou um risinho, mas estava muito cansado.

Não falamos mais nada. Arthur voltou a pegar no sono e eu fiquei acordada por alguns minutos até conseguir adormecer.

Três horas e meia depois...

Não sei que horas eram. Ouvi meu celular tocar e abri meus olhos rapidamente. Arthur tem o sono pesado, ele nem ao menos se mexeu. Estiquei o meu braço e peguei o celular. Era a Sophia.

Ligação ON

– Alô? Sophia? – Falei.
– É o Mika, Lua. Nós já estamos indo para o hospital. – Ele me respondeu. Estava nervoso e falava muito rápido.
– Tudo bem. Tudo bem. – Falei apressada. – Vou me arrumar e já estou indo. Qual é o hospital? – Perguntei ansiosa e ele me disse o nome do hospital. – A bolsa estourou?
– Sim. Há alguns minutos. – Ele me disse agoniado. – É normal está tão nervoso?
– Claro. – Sorri, mesmo que ele não pudesse ver. – É normal, Mika. Só não deixa a Sophia mais nervosa. – Pedi.
– É quase impossível. Vou desligar, Luh.
– Tá. Até mais tarde.

Ligação OF

Encerrei a ligação e coloquei o celular sobre a cama. Arthur seguia dormindo. Comecei a chama-lo.

– Amor, acorda... – Chamei baixinho. – Arthur...
– Já?
– Já. Micael acabou de me ligar. Eles já estão indo para o hospital. – Respondi e Arthur saiu de cima de mim. – Vou no banheiro rapidinho e depois vou trocar de roupa.
– Pega uma calça de moletom pra mim e uma camisa. – Ele se espreguiçou na cama.

Levantei da cama e fui até o banheiro, joguei água no rosto, fiz um coque nos cabelos e depois escovei meus dentes. Saí do banheiro e fui para o closet, vesti minha roupa e peguei as roupas que o Arthur tinha me pedido e levei para ele até a cama.

– Vai ficar aí é? – Joguei as roupas para ele. – Posso pegar um táxi, Arthur.
– Quase quatro horas da manhã, loira? Claro que não. Que tipo de marido você acha que eu sou? – Ele vestiu a calça de moletom e depois levantou da cama. – Vou escovar os meus dentes. – Me avisou.

Calcei meu tênis e depois me passei perfume. Peguei meu celular para checar se não tinha uma nova mensagem da minha irmã ou do Micael.

Arthur voltou do banheiro e vestiu a camisa manga comprida e colocou o relógio.

– Já está pronta, Luh? – Me perguntou.
– Já. – Respondi apressada.

Saímos do quarto e descemos a escada. Arthur abriu a porta de casa e eu fechei. Ele ligou o carro e eu sentei no banco do passageiro.

Eu estava tão ansiosa.

No hospital.

– Chegamos. – Arthur pontuou.

Viemos o caminho todo em silêncio. Não sei se isso é bom ou ruim. Arthur estacionou em frente ao hospital e eu tirei o cinto de segurança.

– Obrigada. – Agradeci.
– Você sabe que não precisa agradecer, meu amor. – Me disse. – Me liga quando quiser voltar pra casa, tá bom? Não importa o horário, vida. Eu venho.
– Tá. – Sorri. – Obrigada, meu amor. – Joguei os braços ao redor do pescoço dele e lhe dei um beijo nos lábios. – Eu te amo, vida.
– Eu te amo também. – Me disse de volta. – Escuta. – Chamou a minha atenção. – Me liga se precisar... tipo, pra qualquer coisa...
– Está tudo bem, Arthur. Não precisa se preocupar. Ok? 
– Vou tentar. – Respondi e Arthur sorriu.
– Boa sorte pra sua irmã, Luh. Espero que dê tudo certo. – Destravei a porta do carro.
– Obrigada. – Agradeci antes de sair.

Arthur ficou me observando entrar no hospital.

No corredor.

Peguei o celular para ligar para o Mika. Queria saber aonde eles estavam. Na recepção não vi nem sinal deles.

Ligação ON

– Mika?
– Oi, Luh. Você já chegou?
– Sim. Quero saber aonde vocês estão.
– No terceiro andar. Quarto número cinco. – Me explicou.
– Tá. Já estou subindo. – Respondi.

Ligação OF

Andei até o elevador e apertei o botão do terceiro andar. Dobrei para a direita e cheguei ao quarto que Micael havia me dito.

Meus pais também estavam lá e Sophia gemia de dor.

– Lua, minha filha. – Meu pai me abraçou. – Que bom te ver. – Ele me deu um beijo na testa. – Que bom que você veio? – Finalizou.
– Estou feliz em te ver também, pai. – Lhe dei um beijo no rosto. – Oi, mãe.
– Oi, filha. – Ela me também me abraçou e me deu um beijo no rosto. – Tudo bem?
– Sim. – Respondi e andei até a cama onde Sophia estava deitada. – E você? Como está? – Acariciei a barriga dela.
– Com dor. Muita dor, Luh. – Ela fez uma careta.
– Já fizeram o toque?
– Sim. Não faz muito tempo. Cinco centímetros ainda. – Ela bufou. – Mas estou quase pedindo anestesia. Que dor!
– Já disse pra ele que vai doer ainda mais. – Minha mãe lembrou.
– Você já decidiu o nome?
– Sim. Lívia. – Sophia sorriu. – Você veio sozinha?
– Arthur me trouxe, mas ele já voltou pra casa. – Respondi.
– Achei que tivesse vindo dirigindo. – Sophia comentou.
– Não... Arthur achou perigoso. – Contei.
– Será que nasce agora de madrugada? – Minha mãe mudou de assunto.
– Olha, eu queria. – Soph respondeu.
– Eu também. – Mika estava, visivelmente, mais nervoso que a minha irmã. – Eu já estou agoniado e tenso. – Ele respirou fundo. – Ainda bem que você veio, Lua. Eu não tenho condições de assistir ao parto. Ainda bem que Sophia não criou expectativas. É por isso que eu não estou me sentindo tão culpado.
– Ora, se Lua não viesse, eu assistiria ao parto. Não sei porque Sophia não quis. Isso não se faz com nenhuma avó! – Minha mãe pontuou magoada. – Já é a segunda neta e vocês escolhem uma a outra e não eu, que sou a mãe de vocês.
– Não é nada pessoa, mãe. – Sophia retrucou.
– Não mesmo. – Afirmei.

Ficamos conversando enquanto as horas passavam. As contrações da Sophia aumentaram e quando a médica entrou no quarto para fazer o toque pela segunda vez – desde que eu cheguei –, nos surpreendemos por ela estar com oito centímetros de dilatação. Certamente, esse foi o momento que Micael ficou ainda mais nervoso.

– Só mais dois centímetros, querida. Você consegue! – A médica a incentivou. – Qualquer coisa é só me chamar.
– Quero acreditar. – Sophia falou entre dentes e a médica saiu do quarto.
– Alguém me dá um pouco de água? – Sophia pediu. – Minha garganta está seca. Nossa, estou suando tanto. – Disse se abanando.

Micael foi pegar um copo d’água para a esposa. Minha mãe começou a fazer massagem nas costas da Sophia, mas o efeito estava sendo ao contrário. Ela estava ficando irritada e pediu que minha mãe parasse.

Eu preferi não me intrometer tanto. Conhecia muito bem a irmã que tinha. Meu pai estava sentado ao meu lado no sofá e mexia no celular.

Cinco e meia da manhã.

As contrações aumentaram e os gritos da Sophia também. A médica voltou ao quarto para fazer novamente o toque e nos avisou que já tinha dez centímetros.

Óbvio que Sophia comemorou. Ela disse que não aguentava mais as dores e que estava ansiosa para ver o rostinho da filha.

– Até então... eu não estava nervosa. – Ouvi Sophia dizer.
– Vai ficar tudo bem, Soph. – Assegurei. – Fica calma. O nervosismo não vai te ajudar em nada. – Garanti acariciando as mãos dela. – Controla a respiração. Isso ajuda bastante. Não fica pensando só na dor. – Pedi.
– Vamos, Sophia? – A médica perguntou animada.
– Vai dar tudo certo, meu amor. – Minha mãe encheu o rosto da Sophia de beijos. – Vou ficar rezando aqui. – Acrescentou e Sophia sorriu, já exausta.
– Boa sorte, meu anjo. – Meu pai depositou um beijo na testa da Sophia. – Estou ansioso para ver o rostinho da minha neta. – Garantiu empolgado. – Eu tenho certeza que vai ser linda.
– Aaah, pai... – Sophia começou a chorar. Micael se aproximou dela e a abraçou.
– Não chora, meu amor. – Pediu calmo ou tentava pelo menos.
– Fica calma, Sophia. – Pedi fazendo carinho no rosto dela.

Depois de alguns minutos os enfermeiros levaram a Sophia e eu fui atrás deles, que ainda iam me entregar a roupa para entrar no centro cirúrgico.

Eu não estava nervosa, eu estava ansiosa!

Vesti a roupa e entrei na sala de cirurgia. Sophia já estava deitada na maca e eu segurei em sua mão.

– Fica calma, Soph. – Sussurrei e ela fechou os olhos assentindo e apertou a minha mão.

Ouvi seu suspiro antes da médica pedir para que Sophia controlasse a respiração e fizesse força.

Uma.

Duas.

Três.

Quatro.

– Você consegue, Soph. Se concentra. – A encorajei.
– Falta bem pouco, Sophia. Não para de fazer força! Vamos, continue...

Cinco.

Seis.

Sete.

Cinco e cinquenta e seis da manhã.

O choro.

– Nasceu! – A médica exclamou.

Senti meu coração se encher de alegria e alívio. Eu estava emocionada e Sophia não parava de chorar.

– Ela é linda, Sophia. – Comentei assim que a médica colocou a bebê sobre o colo dela.
– Oi, meu amor. – Sophia beijou a cabeça da filha. – Você é tão linda, meu anjo. Ela é linda, Lua! – Sophia me olhou.
– Se parece com você. – Sussurrei.

A menininha não parava de chorar. Com certeza, ela também puxou da mãe, a parte escandalosa.

Levaram a pequena Lívia para pesar e medir. Tive que me retirar da sala.

– E aí, minha filha, como ocorreu? Sua irmã está bem? E a bebê? – Minha mãe me perguntou ansiosa.
– Estão bem, mãe. Deu tudo certo. Ela é linda. É a cara da Sophia, Micael. – Contei.
– Aah meu Deus! – Ele se sentou na cadeira que estava no corredor. – Eu nem estou surpreso. Sophia sonhou tanto com essa filha. – Ele começou a chorar e meu pai foi acalmá-lo.

Sábado, 14 de maio de 2016 – Seis e quarenta da manhã.

Sophia já estava no quarto com a pequena Lívia, que não parava de mamar. Ela é a coisinha mais fofa. Tem poucos cabelos – que parecem castanhos. O nariz é parecido com o do Micael. A boca era da Sophia e os olhos também; azuis.

Lívia estava toda de roupinha rosa e uma tiara de lacinhos, também, rosa. Mas isso não é nenhuma surpresa.

Sorri.

Minha sobrinha é linda.

– Posso segura-la? – Perguntei assim que Sophia terminou de dar o mamar. Agora a bebê já estava bem calma.
– Claro, Luh. – Sophia me entregou a bebê. Coloquei a pequena para arrotar, mas ela estava tão interessada em apenas dormir.
– É chorona igual a tia. Sophia foi uma bebê muito calma. – Minha mãe comentou.
– Mas só quando criança. Porque agora adulta, calma é o que menos ela é. – Meu pai ressaltou e apontou para a minha irmã.
– Você era chorão, Micael? – Minha mãe se voltou para Micael.
– Meus pais podem lhe responder mais tarde, dona Emma. – Ele sorriu. Agora já estava, totalmente, calmo e sorridente.
– Pai, tira uma foto da bebê. – Pedi.
– Do seu celular ou do meu? – Meu pai se aproximou da gente.
– Do meu. Tá aqui no meu bolso. – Ele pegou o celular do meu bolso e tirou a foto.
– Olha, ficou linda. – Meu pai me mostrou a foto.
– Muito. – Me apaixonei pela foto.

Fiquei mais alguns minutos com a minha sobrinha no colo e depois dei ela para o Micael – que já estava bastante inquieto querendo segurá-la novamente.

– Acho que já vou. – Comentei. – Estou com tanto sono. – Acrescentei divertida. – E já está tudo tranquilo por aqui.
– Posso te levar, filha. – Meu pai se ofereceu.
– Não precisa, pai. Arthur disse que eu podia ligar quando quisesse voltar para casa. – Respondi.
– Então está tudo bem. É porque está tão cedo... ele deve estar dormindo a essa hora. – Meu pai disse.
– Com certeza ele está dormindo. Aprontou muito com a Anie ontem. – Contei.
– Imagino. – Meu pai sorriu. – Quero vê-la antes de voltar para casa. Estou com tanta saudade daquela garota sapeca.
– Ela vai adorar a surpresa. – Afirmei.
– Quero que ela conheça a prima, Luh. – Sophia comentou.
– Ela vai gostar. Posso leva-la quando vocês já estiverem em casa. É melhor. – Expliquei.
– Sim. – Sophia concordou. – Quero muito vê-las juntas.
– Será que você tem alta amanhã?
– Creio que sim. Está tudo bem com a gente. – Sophia olhou para a filha no colo do pai. – Eu te aviso, Luh.
– Tá ok. – Concordei. – Licença. Vou ligar para o Arthur vir me buscar. – Falei e saí do quarto.

Peguei o celular e cliquei sobre o nome do Arthur. Chamou três vezes até que ele atendesse.

Ligação ON

– Loira?
– Não tem o meu número salvo? – Ironizei.
– Engraçadinha. – Ele retrucou.
– Te acordei?
– Sim. Mas eu disse que podia. – Arthur me lembrou. – Já é para ir te buscar? – Me perguntou baixo.
– Sim.
– Ocorreu tudo bem?
– Sim, Arthur. E ela é linda. Parece tanto com a Sophia. Você precisa ver. Pedi para o meu pai tirar uma foto. Depois eu te mostro. – Contei empolgada.
– É claro que eu vou querer ver. – Eu podia apostar que Arthur sorria. – Parabéns para a Sophia e o Mika.
– Eu vou dizer. – Respondi.
– Já estou indo, tudo bem?
– Tá. Estou te esperando. Quando chegar aqui, me dá um toque.
– Ok, amor.

Ligação OF

Encerramos a ligação, eu guardei o celular e voltei para o quarto.

– Conseguiu falar com ele? – Meu pai perguntou assim que eu entrei no quarto e fechei a porta.
– Sim. Ele já está vindo. Vai me avisar quando chegar. – Respondi. – Aliás, mandou os parabéns pra você e o Mika. – Contei.
– Obrigada. – Sophia agradeceu gentilmente.
– Obrigado. Depois eu falo com ele. – Mika respondeu. – Ele pode vim ver a Lívia. Sabe disso. – Acrescentou e Sophia concordou com um balançar de cabeça.
– Quero falar com ele. – Meu pai contou e eu sorri de lado.

Ele sempre acreditou que o Arthur não tinha feito nada de errado.

– Não me diz que vai querer trazê-lo aqui? – Minha mãe questionou o meu pai.
– A senhora não precisa se preocupar. Arthur só vem me buscar mesmo. – Deixei bem claro. Não queria me estressar com essa história de novo.
– Emma, por favor! Você sabe muito bem que eu não tenho nada contra o Arthur. – Meu pai voltou a dizer.
– Mãe, eu não quero saber de confusão aqui. Por favor! – Sophia pediu.
– Eu não vou brigar. Se ele vier, eu vou embora. Só isso. – Minha mãe ficou revoltada e se sentou novamente no sofá.
– Eu que já vou embora. – Retruquei. – Um beijo, Sophia. – Fui até ela e lhe dei um beijo na testa. – Minha sobrinha é linda! Parabéns!
– Obrigada, Luh. Obrigada por tudo! – Sophia estava emocionada. – Sei que precisamos resolver tantas coisas...
– Outra hora falaremos sobre isso, Sophia.
 – Tchau, Mika. Parabéns pela filha.
– Obrigado, Luh. – Ele me deu um beijo na testa.
– Você sabe que não precisa ir assim... – Minha irmã lembrou.
– É melhor. – Pontuei. – Me liga se precisar de qualquer coisa. – Falei.

Meu pai abriu a porta do quarto e saiu junto comigo.

– Não fica triste, filha. Não gosto de te ver assim. – Ele me abraçou de lado. – Arthur também não vai gostar de te ver chorar. – Ele enxugou algumas lágrimas teimosas. – Você conhece a sua mãe, mas isso não significa que você precise escutar tudo o que ela diz. Você já é adulta o suficiente para acreditar nas suas escolhas. Emma é teimosa!
– Será que ela não vê que assim me machuca também? – Perguntei chateada.
– Eu estou aqui, Luh. Não quero que você sofra mais. Tudo o que aconteceu já foi o suficiente, meu amor. – Meu pai me deu um beijo na testa. – Que tal você sorrir agora?
– Pai!
– Eu prefiro você sorrindo. – Contou de um jeito carinhoso.

Chegamos a entrada do hospital e ficamos aguardando Arthur chegar.

– Vi as fotos em White Bay. Vocês pareciam bem e felizes.
– Foi uma viagem incrível, pai! Nós estamos bem. – Afirmei. – Eu amo muito o Arthur.
– Eu sei, filha. Ele também te ama muito.
– Ele está ainda mais atencioso e carinhoso do que já era. – Contei.
– Isso não me surpreende, Lua. Arthur sempre te tratou bem. Eu gosto de saber disso. Você não merece menos. Sei que é teimosa e um pouquinho assim – mediu com os dedos – geniosa, mas vocês se respeitam e, nenhum casamento ou relacionamento, seja ele qual for, é perfeito. Sempre precisamos melhorar algo em nós mesmos. É bom ter alguém aponte nossas falhas e que nos ajude a mudar, a melhorar, a evoluir... Só quem tem um relacionamento assim, sabe das responsabilidades, filha.
– O senhor tem razão. A gente sempre conversou muito e isso nos ajuda demais. Eu sou a mais teimosa mesmo. – Admiti. – Mas Arthur é um chato! – Acrescentei e meu pai riu.
– Que acabou de chegar.

Meu pai apontou para o carro que tinha parado na frente do hospital. Descemos a escada e Arthur saiu do carro.

– Aah, meu filho, eu estava com saudades de você. – Meu pai abraçou Arthur que, também, retribuiu o gesto.
– Eu também, John! – Eles não se viam há muitos meses. – Como o senhor está?
– Eu estou bem. E você?
– Está tudo maravilhoso agora. – Arthur me olhou e me puxou para um abraço. – E você, loira? Está bem?
– Sim.
– E essa carinha?
– É sono. Estou morrendo de sono. – Respondi.
– Já vamos para casa. – Me respondeu gentilmente e depois voltou a olhar para o meu pai. – Como está se sentindo agora que é vovô pela segunda vez? – Perguntou divertido.
– Feliz! Mais uma mulher. Isso me faz acreditar que essa família é comandada por mulheres.
– Eu concordo. – Arthur me deu um beijo na bochecha.
– Isso não vale. Você e o meu pai sempre quiseram ter um filho homem.
– Mas as mulheres que mandam, minha filha. – Meu pai respondeu. – Sou feliz com você e a sua irmã.
– E eu com a nossa filha. – Arthur disse olhando nos meus olhos.
– E também, ganhei o Arthur, talvez eu tenha mesmo um genro preferido. Mas ninguém, além de nós, precisa saber disso. – Meu pai pontuou e Arthur riu.
– Assim não vale! Eu sinto ciúmes. – Confessei.
– Não precisa sentir ciúmes, minha vida. – Arthur me abraçou mais forte e me deu um selinho. – Te amo.
– Ainda discute quando dizem que é a mais mimada. – Meu pai comentou.
– Eu não sou mimada. – Retruquei.
– Minha teimosa predileta. Vamos para casa? – Arthur perguntou baixo e eu assenti. – Quando o senhor volta para Bibury?
– Vamos ficar uma semana aqui. Falei para a Lua que vou visitar vocês. Estou com saudades da minha neta.
– Nossa, ela vai ficar muito feliz em vê-lo. – Arthur contou. – Vai adorar a surpresa.
– Eu disse a mesma coisa. – Comentei olhando para o Arthur.
– Bom, já vamos. Gostei de vê-lo.
– Eu também, Arthur. – Meu pai sorriu.
– Apareça lá em casa para conversarmos mais.
– Vou aparecer. Podem me esperar. Diga a Anie que mandei muitos beijos e um abraço apertado. Estou com tanta saudade.
– Vamos dizer. – Arthur assegurou. – Vamos, loira?
– Vamos. – Respondi e abracei meu pai. – Tchau, pai. – Lhe dei um beijo na bochecha.
– Tchau, meu amor.

Arthur e meu pai se despediram com um abraço e um aperto de mão. Ele abriu a porta do carro e eu entrei. Depois ele entrou e ligou o carro.

– Está tudo bem mesmo? – Arthur insistiu.
– Sim. Eu já respondi, Arthur.
– É que não parece.
– Eu estou com sono. Eu já disse. – Repeti.
– Tudo bem. Mas sei que não está.

Falou e eu fiquei em silêncio. Eu só queria chagar em casa, tomar um banho e dormir.

Pov Arthur

Não falamos mais nada depois do meu comentário. Lua acabou adormecendo no banco do carro minutos depois. Ela realmente estava com sono.

Estacionei na garagem de casa e tirei o cinto de segurança. Me virei no banco do carro e toquei o rosto dela com a ponta dos dedos.

– Acorda, meu amor. Já chegamos em casa. – Falei baixo. Lua se mexeu.
– Já?
– Sim. – Respondi.
– Você podia me levar no colo. – Lua comentou ainda de olhos fechados.
– Eu podia, mas não é nada fácil tirar você do carro no colo. – Abri a porta do carro.
– Você está me chamando de gorda?
– Iih, lá vem você com essa história. – Saí do quarto e Lua fez o mesmo.
– Você já foi mais romântico. – Ela me disse ao fechar a porta.
– Você quer que eu te leve no colo? É isso, Lua? – Me virei para ela.
– Não. Não quero mais.
– Tudo bem. Não vamos discutir. Vamos entrar... – Segurei Lua pelos ombros. – Você quer beber ou comer alguma coisa? – Perguntei.
– Não. Eu só quero tomar banho e dormir. – Ela me respondeu.
– Tá bom. Então vamos subir.

Subimos a escada e fomos direto para o quarto. Eram sete e dez da manhã.

Lua já chegou tirando a blusa – mas não jogou no chão como eu faço – e foi para o banheiro. Tirei minha roupa e joguei sobre a poltrona e depois deitei na cama.

Lua não demorou no banho. Fiquei esperando ela vir deitar na cama. Depois que saiu do banheiro, ela foi até o closet pegar uma roupa e parou em frente ao espelho. Tirou a toalha e se enxugou, depois ficou se olhando no espelho.

– Lua? Você está nua quase na direção da janela. – Lembrei. Eu tinha aberto as cortinas quando saí para ir busca-la no hospital.
– Você acha que eu estou gorda? – Me perguntou.
– Lua, claro que não. Por que você está achando isso? Alguém te disse alguma coisa? – Indaguei.
– Não, Arthur. – Lua voltou a se olhar de lado no espelho. – Eu estou com estrias aqui. Por que você não me disse?
– E desde quando eu conto ou procuro estrias em você? Por favor, Lua. – Ri. – Vem pra cama. quero dormir também. – Falei e Lua vestiu a calcinha.
– Vamos fazer amor hoje? – Ela caminhou até a cama.
– Agora?
– Não. – Lua deitou na cama. – Mais tarde. – Sorriu.
– É claro que vamos... já fazem uns quatro dias. – Comentei. – Já estou com saudades. – Puxei Lua para o meu colo.
– Vou comprar um creme antiestrias. Sei que é normal, mas isso não quer dizer que eu não possa prevenir.
– Estão te incomodando? – Bocejei.
– Não exatamente, Arthur.
– E é o que então?
– Aaah, quero só evitar que nasçam mais.
– Tudo bem. Então depois você compra um creme ou sei lá... Você nem tem muita estria, Lua. Por que está ligando para isso agora? Nem celulite você tem. Tem quase trinta anos e está ótima. – Comentei e lhe dei um beijo nos cabelos.
– Sabe o causa estria?
– Gravidez, geralmente, causam estrias. Coça, estica a pele... mas você não tem na barriga, Lua.
– É que eu passei muito creme na gravidez... nossa, parece que ainda consigo sentir cheiro de amêndoas. – Lua fez uma careta e eu rir.
– Tem só aqui... – Passei a mão na lateral do começo da coxa dela e depois dei uma palmada no bumbum dela.
– Você disse que não procurava as minhas estrias.
– Eu não procuro, ora. Mas isso não quer dizer que eu não as veja. É diferente. Você quer o quê? Que eu fique falando que vi uma nova estria? Que tipo de homem faz isso, Lua? Você sabe que eu não sou assim, meu amor.
– Uuuhm... – Lua cheirou meu pescoço. – Palmadas causam estrias. – Me disse divertida.
– Mentirosa. – Nós dois rimos. – Você quer se livrar das minhas palmadas?
– Você é atrevido!
– Gooostoosaa!!! – Exclamei puxando Lua para cima de mim. – Você não precisa ligar para isso, meu amor. Eu te amo, minha vida.
– Eu também te amo, Arthur. – Lua me beijou.

Londres | Sábado, 14 de maio de 2016 – Nove e quarenta da manhã.

Acordei e Lua ainda dormia. Ela estava sobre mim e vale ressaltar que, só de calcinha. Anie provavelmente já tinha acordado. Me surpreende é ela ainda não ter vindo nos chamar.

Resolvi acordar Lua. Eu estava com fome e já eram quase dez horas.

– Acorda, minha linda. – Chamei baixo. – Vai dar dez horas, Luh. Estou com fome.
– Anie já acordou?
– Não sei, amor. Mas acho que sim. São quase dez horas. Ela não costuma dormir até esse horário. – Expliquei. – Toma. – Estiquei o braço e peguei minha camisa. – Veste. Se ela aparecer aqui, vai fazer n perguntas de porque você está sem roupa. – Me sentei na cama e vesti um short.
– Por que crianças são cheias de ‘por quês’? – Lua me indagou.
– Não sei. Você não é criança, mas me enche de perguntas.
– Paaaraaa! – Lua me deu um tapa. Ela foi terminando de vestir a camisa que eu havia entregue a ela, quando Anie abriu a porta do quarto.
– Bom dia. – Ela tinha um sorriso muito fofo estampado no rosto.
– Bom dia, amor da minha vida. – Lua pegou a filha no colo. – Você dormiu bem, meu anjinho?
– Dormi, mamãe.
– Que bom, meu amor. Acordou agora?
– Foi. É que eu tô com pleguiçinha. Mas eu também tô com fome, mamãe.
– Bom dia, meu neném. – Lhe dei um beijo demorado na bochecha. – Eu também estou com fome e a sua mãe com preguiça. – Impliquei e Lua me mostrou língua.
– A bebê da tia Soph já nasceu. – Lua contou.
– Já? Quando que ela nasceu? – Anie perguntou curiosa.
– Hoje bem cedinho. A mamãe tem uma foto dela aqui. – Lua pegou o celular e eu me aproximei para ver a menininha. – O nome dela é Lívia. Olha que linda. – Nos mostrou a foto.


A garotinha tem muito da Sophia. Apesar de ser muito bebê, nós já conseguimos ver os traços.

– Sophia deve ter ficado eufórica. A menina é a cara dela. – Comentei.
– Eu te disse.

Ela estava toda de rosa e com uma tiara de lacinho na cabeça.

– Ela é bem pequenininha. – Anie observou. – Por que ela é desse tamanho?
– Porque é bebê. Ela acabou de nascer. Você também era desce tamanho. – Expliquei. – A minha bebê mais linda do mundo. – Acrescentei e peguei Anie no colo.
– Quando é que eu vou ver ela de verdade? – O 'ver ela de verdade' é ver pessoalmente. Apontei para Lua.
– Quando ela for pra casa. Sua tia vai me avisar, meu anjo.
– Ei, e sabe quem te mandou muitos beijos e um abraço bem forte? – Perguntei.
– Eu não, papai. Quem?
– Seu vovô. Ele disse que está com muitas saudades. – Contei.
– Eu também tô com um monte de saudades! – Anie encolheu os ombros e fez uma carinha muito meiga. Senti vontade de apertar.
– Agora vamos tomar café? – Lua mudou de assunto.
– Vaaaaamooos! Quelo panquecas! – Anie disse animada. Nos levantamos da cama.

Três horas da tarde.

Lua foi colocar Anie para dormir. Nos finais de semana as sonecas da tarde são todas dela. E o sono da noite às vezes a gente reveza, não tem uma regra. Quem estiver com mais disposição, coloca Anie para dormir ou quem ela pedir para fazê-la dormir naquela noite.

Hoje, provavelmente, será a Lua. Porque desde que Anie soube que a filha da Sophia nasceu, ela não desgrudou da mãe.

– Arthur? – Lua me chamou assim que chegou ao quarto.
– Uhm...
– Você acredita que a Anie me perguntou se eu ainda ia gostar dela?
– Acredito. Não desgrudou mais de você. – Respondi.
– E olha que o bebê nem é nosso. Agora imagina se fosse? – Lua indagou.
– Ela é ciumenta igual a você.
– Ia ser complicado. – Pensou e deitou ao meu lado. – O que você está fazendo? – Me perguntou distraidamente.
– Nada de tão importante. Só olhando algumas postagens. Você quer alguma coisa?
– Quero. – Ela chegou mais perto e me deu um beijo no pescoço.
– Quer? – Sorri deixando o celular de lado. – Eu lembro mesmo de você ter falando sobre fazermos amor. Quer agora?
– Sim. Você não quer?
– E você acha que eu vou te dizer não? – A encarei. – Eu disse que já estava com saudades. – Lembrei.

Deitei Lua na cama e fiquei sobre ela.

– Você é apressado e atrevido. – Lua puxou, levemente, os meus cabelos.
– Eu não gosto de perder tempo com você. – Falei passando a mão por dentro do vestido dela e tirando a calcinha. – E de tarde a gente sabe que não tem tanto tempo assim. – Acrescentei. Lua sentou na cama e tirou o vestido. – Você é maravilhosa. – Elogiei mordendo o lábio inferior. Também tirei a minha roupa e depois puxei Lua para que ela se deitasse novamente na cama.
– Você é tão gostoso. – Ela sussurrou com os lábios nos meus.
– Você vai sentir o que é gostoso, meu amor. – Falei baixo e penetrei Lua devagar, embora esse não seja o ritmo que eu tenho em mente.
– Uuhm... que ousado! – Lua fechou os olhos e soltou um gemido baixo.

Comecei a me movimentar e senti Lua arranhar minhas costas.

– Não para, Arthur...
– Agora que eu comecei, meu amor. – Respondi. – Vou fazer do seu jeito preferido.
– Mais rápido?
– Sim. Uma delícia.
– Eu te amo. – Lua procurou os meus lábios para beijar.

Acelerei os movimentos e fechei os meus olhos. Lua apertava a minha cintura com as pernas.

Desci meus lábios para os seios dela, ora chupava um ora chupava o outro. Lua arranhava minhas costas enquanto gemia.

– Arth... Arthur...
– Uhm... – Murmurei.
– Aaai... eu não vou aguentar... Arth...
– Não é para aguentar, meu amor.

Colei ainda mais o corpo no dela e intensifiquei as investidas. Lua puxou meu lábio inferior e me apertou mais forte.

Senti nossos corpos tremerem.

– Fazia muito tempo que isso não acontecia de tarde. – Comentei vagamente e Lua me olhou.
– Verdade. Eu nem lembro quando foi a última vez. – Ela sorriu de uma forma preguiçosa.
– Só acontece a noite depois que a Anie dorme ou de manhã, antes dela acordar. – Falei e nós dois acabamos rindo.

Saí de cima dela e deitei ao lado.

– Está tudo bem? – Eu sempre fazia essa mesma pergunta. Lua virou de lado e puxou o lençol para se cobrir até a cintura.
– Bem melhor agora. – Ela passou o dedo indicador sobre os meus lábios. Tentei mordê-lo, mas ela foi mais rápida e o puxou.
– Você trancou a porta? – Franzi o cenho ao perguntar.
– Depois que já fizemos tudo, que você se lembra desse detalhe é? – Ela riu.
– É que você me faz esquecer de tudo bem rapidinho. – Lhe dei um selinho.
– Vida...
– Vida. – Sorri. – Aposto que vai pedir alguma coisa.
– Aai, Arthur... – Lua se fingiu de ofendida.
– O que você quer, loira?
– Só ia perguntar se você vai querer ir na casa da Soph...
– Não sei se é uma boa ideia, Luh. Que tal deixarmos as coisas como estão?
– Você não vai gostar de ver a bebê?
– É claro que eu vou. Não tenho nada contra a criança, Luh. Nem contra a sua irmã. Só não quero ser o responsável pelo clima estranho ou pesado. Você me entende?
– Eu entendo, mas o Mika também ia gostar que você fosse. Ele disse que depois falaria com você.
– Ele me mandou mensagem. – Comentei. – Isso é muito importante pra você? – A encarei.
– Na verdade, não vai mudar nada se você não for, mas se você for, eu vou ficar muito mais feliz. Mas eu também te entendo e não quero que você se sinta mal. – Lua acariciou o meu rosto. – Sexta-feira eu comprei uma roupinha e uma chupeta bem fofa pra ela.
– Eu vi a sacola lá no closet.
– Você abriu? – Me perguntou desconfiada.
– Claro que não, Lua. Eu já imaginava o que seria. – Respondi.
– Você quer ver? – Disse empolgada.
– Pode ser.
– Eu vou buscar. – Lua sorriu e levantou da cama.

Ela correu até o closet e voltou de lá com a sacola em mãos.

– É rosinha.
– Com certeza a sua irmã vai amar. – Garanti ao ver o vestidinho.
– Vem com uma calcinha. Olha que fofa, parece um shortinho. – Lua me mostrou. – E olha a chupeta. Eu achei muito chique. – Lua me entregou.


– Bem princesinha mesmo. – Ri. – Realmente ela vai gostar bastante.
– É fashion. É a cara da Soph. Eu dificilmente compraria uma assim para uma filha nossa. – Lua comentou o que eu já sabia. Devolvi o vestidinho e a chupeta para ela. – Primeiro que a Anie nem usou chupeta. – Lembrou.
– Um outro bebê seria uma outra experiência. – Comentei.
– Já entendi que é um assunto que você não quer tocar. – Lua guardou os presentes com cuidado de volta na sacola.
– Tudo bem, Lua. Nós só estamos conversando. – Pontuei.
– Você vai ficar com essa cara então? – Me questionou.
– Iih... Que cara já? Eu estou normal. – Me defendi.
– Aai tá bom. Eu vou tomar um banho. – Me avisou e levantou da cama.
– Lua, estávamos bem.
– Ainda estamos, Arthur. Eu só disse que vou tomar banho. Algum problema? – Ela ergueu uma sobrancelha de maneira debochada.
– Faz o que você quiser. – Respondi e peguei o controle para ligar a tevê.

Londres | Domingo, 15 de maio de 2016 – Quatro horas da tarde.

Lua e Mel estavam muito empolgadas para ir até a casa da Sophia, que saiu do hospital de manhã com a pequena Lívia.

Anie não estava muito animada, mas estava muito curiosa para ver a prima. E eu ainda não tinha certeza se ia ou não.

– Você já decidiu? – Lua entrou no quarto pela quinta vez; em menos de dez minutos. Sim, eu conferi.
– Vocês já estão prontas?
– Desde cedo, Arthur.
– Tudo bem, eu vou, Lua. Mas vou logo te avisar – Comecei porque ela veio toda contente me abraçar. –, se ficar um clima chato, eu venho embora.
– Eu venho junto com você. Não tem problema. – Lua garantiu e eu segurei na cintura dela.
– Não precisa, loira.
– Precisa sim! Você é a minha família. Você pensa que eu vou achar normal se alguém te destratar na minha frente? Óbvio que não, Arthur. Se você vier embora, eu venho junto. Simples. Eu, você e a nossa filha. Você não precisa me explicar mais nada. – Lua me deu um beijo. – Você é incrível. Eu te amo tanto, meu bem. – Declarou feliz.
– Eu também te amo e só você para me fazer mudar de ideia. – Contei.
– Eu sei. – Lua sorriu.

A visita.

Micael abriu a porta de casa com um sorriso enorme. A primeira pessoa que ele abraçou foi a Mel. Depois ele pegou Anie no colo e encheu de beijos, que foram retribuídos, assim como abraço apertado.

Os pais de Micael e Mel também estava na casa. Acho que tinham acabado de chegar de viagem.

Mel foi recebida por um abraço caloroso dos pais. Depois de todos esses acontecimentos, eu e Lua fomos cumprimentados.

– Parabéns, dude! – Falei pessoalmente ao lhe dar um abraço apertado.
– Obrigado, cara. Estou tão feliz.
– Eu imagino.

A verdade era que eu estava nervoso com em ter que encontrar a qualquer momento com a minha sogra. Eu não quero que ela e Lua discutam novamente.

– Vamos subir. Sophia está no quarto com a bebê. Você quer ver a sua prima, Anie?
– Eu quelo. – Anie respondeu prontamente e segurou uma das mãos da mãe. – Vamos, mamãe?
– Vamos, querida. – Lua respondeu e nós caminhamos para o quarto. Mel veio com os pais.

O quarto da menininha era enorme, mas, por incrível que pareça, não era rosa. Era nude e branco. Cheio de ursos e luzes. O papel de parede era dourado e com estampa provençal. Ainda assim, a cara da Sophia.


– Vovô! – Anie correu para o colo do John. Emma estava sentada em um puff próximo a poltrona que Sophia estava sentada amamentando a bebê.
– Ooow, meu amor! Quantas saudades! – John carregou a neta e a encheu de beijos.

Lua andou até sophia e se abaixou para ver melhor a sobrinha.

– Eu trouxe um presentinho. – Contou e Sophia abriu um sorriso.
– Obrigada, Luh. Já pode me mostrar, você sabe que eu sou curiosa. – Sophia disse e Lua assentiu e logo tirou da sacola o vestidinho e a chupeta.
– Achei a sua cara.
– Aaawn, é muito lindo! Que vestido lindo! Aah... e essa chupeta de princesa? Haha que gracinha. Eu adorei!
– Olá, Sophia. – Falei.
– Oi, Arthur. Que bom que você veio. – Ela sorriu um pouco sem graça e tentou não deixar o clima mais estranho.
– Sua filha é linda, parabéns.
– Obrigada. Você quer segurá-la? – Me perguntou. – Ela é extremamente calma. Só se estressa quando quer mamar.
– A maioria dos bebês se estressam por isso, Sophia. – Lua riu.
– Aaah, eu quero segurar a minha sobrinha. – Mel se aproximou. – Ela é tão linda. A sua cara, Soph. Não que o meu irmão seja feio. – Ela olhou divertida para o Micael.
– Obrigado, irmãzinha. – Mika ironizou e acabamos rindo.

Emma foi abraçar Anie e ignorou, totalmente, a minha presença. Mas assim estava bom. Pelo menos ela não teceu nenhum comentário que me deixasse sem jeito.

Sophia me entregou a filha e Mel fez um bico por querer carrega-la primeiro.

Lívia é muito fofa mesmo. Por que bebês têm o poder de nos deixar extremamente apaixonados por eles?

Com toda a certeza do mundo, eu gostaria de ter mais um filho.

Lua se aproximou de mim.

– Ela é tão linda. – Disse ao passar a costa dos dedos pela cabecinha da sobrinha.
– É. – Concordei. Anie estava distraída. Ela não ia gostar nadinha de ver eu e a Lua babando por um bebê. Do jeito que é ciumenta, ia logo fazer um bico e ficar emburrada.
– Só não vale querer levar para casa. Deu bastante trabalho. – Mika comentou divertido e nós rimos.
– Não vejo a hora de ter o meu assim nós braços. – Mel comentou ansiosa.
– Já está chegando a hora, querida. – Mika lhe deu um beijo na bochecha. – Eu também quero muuuito ver o meu sobrinho.

Lívia abriu os olhos. Eram azuis. Um azul tão lindo.

– Literalmente, só o nariz que é seu, Micael. E talvez, os cabelos. – Comentei.
– Pra você ver. – Ele se aproximou da filha. – E ela gostou de você. Vê se pode? Comigo ela abre um berreiro. Sophia diz que eu não sei segurá-la do jeito que ela gosta. Ela só tem dois dias, como pode querer decidir alguma coisa?
– Mulheres. Pode ir se acostumando. – Sussurrei. E ganhei um tapa de Lua.
– E vocês dois? Não pensam em ter mais filhos? – A mãe de Micael nos perguntou. Lua me olhou como quem diz “Eu não quero responder!”
– Mãe! – Mel lhe chamou a atenção.
– O que foi? Perguntei algo de errado?
– Não. Está tudo bem. Não pensamos em ter mais filhos. – Respondi.
– Mas lá pra frente vocês podem mudar de ideia. – Ela continuou.
– Não pensamos mesmo. – Voltei a dizer. Não queria que Lua ficasse ainda mais desconfortável.
– Eles perderam um bebê ano passado. Por isso não pensam mais. – Emma disse. Nem sabia que ela estava prestando atenção na nossa conversa.
– Mãe! – Sophia exclamou.
– Oh, eu sinto muito. Eu não fazia ideia. Desculpe a indiscrição. – A mulher ficou, visivelmente, sem graça.
– Está tudo bem. Só não queremos falar sobre isso. – Respondi e olhei para a Lua que seguia calada. – O momento é de alegria. – Falei olhando para a menina em meus braços. – Acho que ela vai chorar. – Comentei e entreguei ela para Sophia.
– Agola eu posso ver ela? – Anie perguntou e se aproximou da tia.
– Claro, meu anjo. – Sophia respondeu carinhosamente. – Você pode carregar se quiser. Quer carregar? Pode sentar aqui comigo.
– Eu quelo. Eu posso, mamãe? – Anie olhou para Lua.
– Pode, se a sua tia deixou. – Lua sorriu de lado e eu me aproximei dela. – Está tudo bem, amor. – Ela afirmou baixo.
– Eu sei que não está tudo bem. Mas não quero falar sobre isso aqui. – Lhe dei um beijo na testa.


Continua...

SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA.

N/A: Olá? Boa noite! Espero que estejam bem!

Obrigada pelos comentários no capítulo anterior. Grata pelo carinho de vocês <3

Abriram os links?

Virão o quartinho da bebê e os presentinhos da Lua? <3

Espero que tenham gostado do capítulo. Escrevi com muito carinho. Vão desculpando a demora, mas faço o que posso, tudo bem?

Ps¹: Agora vocês conhecem a mãe do Arthur e os pais da Lua. E aí?! Hahaha

Ps²:Tive um probleminha para inserir a capa da fanfic e 2 gifs que eu usaria no capítulo (na parte hot). Sorry! Não carregou nem um, nem outro.

Um beijo e até breve!

11 comentários:

  1. Ameiiiiiii o capítulo ❤️ ranço da mãe da lua, velha chata ❤️ parabéns Milly pelo capítulo maravilhoso ❤️

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  2. Ahhh Milly,vc como sempre arrasou na postagem! Amo demais essa cumplicidade do Arthur e da Lua,como os dois se entendem com um simples olhar. E o pai da Lua,muito fofo com o Arthur. Agora,estou muito ansiosa para ver no que essa visita na casa da Sophia vai resultar,acho que ainda vai rolar uma conversa entre esses três, Arthur, Lua e Sophia, e tbm tem a mãe da Lua! Kkkkkkkk
    Aiai,muito lindinha a Lívia,esperando para ver a relação da anie com a prima!
    E tem tbm o Nascimento do bebê da mel! Kkkkkk
    Muitos acontecimentos ainda, e eu sempre muito ansiosa pelo desenrolar dessa história que amo!
    Milly você arrasa sempre,muito obrigada por mais esse capítulo maravilhoso! Muito ansiosa e na expectativa para os próximos capítulos!
    Beijossss e até o próximo posto! ❤️😍

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  3. Amei o capítulo Milly você anda se superando aí tô amando os capítulos ansiosa pro próximo já bom sei q não falo muito no grupo mais sempre estou aqui lendo e comentando e achando maravilhoso no capítulo .ass: Noemi

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  4. Simplesmente lindo capítulo
    Tudo tão lindo
    Anciosa pelo próximo ja

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  5. Ameii o capítulo ,gostei da atitude da sophia em relação ao Arthur achei q a maternidade ta fazendo bem pra ela agora falta o da Mel nascer

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  6. Amei o capítulo. Espero que sophia converse com Arthur, e se desculpe!
    Ainda acho que Lua vai acabar ficando grávida, apesar das mínimas chances.
    Anie com ciúmes coisinha mais linda!
    Mãe da Lua está sendo muito chata com o Arthur, sendo que já foi provado que ele não fez nada!!!! E estou ansiosa pra conversar do Arthur e Lua depois dessa visita.
    Esperando pelos próximos capítulos e como sempre, esse foi mais um capítulo incrível! ♡

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  7. Arthur é o marido dos sonhos de qualquer mulher. Super atencioso, romântico entre outras qualidades ( pena q é tudo na ficção). Ainda bem q independente do q aconteceu entre a lua e a Sophia, elas não deixaram isso atrapalhar o companheirismo de irmãs e uma ajudar a outra. Tadinha da Anie toda ciumenta rsrsrs. Eitxaa q dona Emma é uma mulher difícil viu.
    Parabéns Milly muito bom o capítulo amei de ♥️

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  8. Ah atualização maravilhosa...mega fofinha a lívia, daqui a pouco e a vez da mel ter o bebê dela. Ansiosa por mais

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  9. Ahhh Milly, amei a surpresa deste posto! Você sempre arrasando nas suas atualizações! Aiai,amo demais esse casal! Estou bastante ansiosa para ver o que vai acontecer durante os próximos posts! Não acredito que está acabando essa web que tanto amo!
    Espero ver mais atualizações em breve,beijossss!
    Ana Júlia

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  10. Amo essa relação da lua e do Arthur, eu amo esse casal cara...👫🏼
    Queria essa maturidade da lua 😅. Emma é tão desnecessária, ñ gosto de quando ela faz isso, adoro como o John trata o Arthur parece pai e filho💖.A filha da Soph é tão lindinha😍. Já fico imaginando a anie brincando com a livia

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  11. Quero aproveitar esta oportunidade para agradecer muito a um grande lançador de feitiços chamado Dr.Azaka, que trouxe de volta minha felicidade, trazendo de volta meu ex-amante depois de muitos meses de separação e solidão. Com isso estou convencido de que você é enviado a esta palavra para resgatar as pessoas de um desgosto e também a solução para todos os problemas de relacionamento. para aqueles que têm um problema de relacionamento ou outro,por que não contatar o Dr.Azaka em seu email:Azakaspelltemple4@gmail.com

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