
Little Anie | 2ª Parte
E oh, é difícil agora
Com o tempo, vai dar tudo certo
Ser humano é amar
Mesmo quando for demais
Não estou pronta para desistir
[...]
Ah, você está tão longe agora
Tão longe dos meus braços agora
[...]
Ser humano é amar
Mesmo quando for demais
Não há motivo para desistir
Não desista
– Sai feat. Labrinth | To Be Human
Pov
Lua
Londres
| Sábado, 20 de fevereiro de 2016 – Oito e meia da manhã.
Meus olhos estavam pesados demais e
minha cabeça doía. Meu Deus, e como doía. Levei as mãos até meus olhos e os
esfreguei. Lembrei que Arthur virá buscar Anie para passar o final de semana
com ele em Liverpool; é a terceira vez que ele a leva para lá. Mas ele não
disse o horário que virá e eu não quero ter que me levantar agora. Me parece
tão cedo.
Eu não faço ideia da hora que cheguei
em casa. Me lembro vagamente de ter encontrado com o Arthur e com o Harry no
bar, mas não sei qual dos dois me trouxe para casa. Puxei o lençol para me
cobrir direito e bocejei. Eu ainda estou com tanto sono.
Acordei com leves batidas na porta e,
com certeza, não é a Anie; ela nunca bate na porta para entrar no quarto. Abri
meus olhos vagarosamente e antes que eu sequer pensasse em falar algo, a porta
foi aberta; era o Arthur.
– O que você está fazendo aqui? –
Perguntei confusa e ele fechou a porta.
– Calma, Lua. Eu não vou te agarrar. –
Ele sorriu. – A não ser que você queira. – Acrescentou e eu continuei o
encarando séria. – É brincadeira. Relaxa. – Explicou.
– Eu não acordo de bom humor. – O
lembrei.
– Eu sei. Só vim pegar a minha camisa
do Chelsea. Ele vai jogar contra o Liverpool hoje a tarde. Vou levar a Anie
para assistir ao jogo. – Ele explicou e eu continuei o encarando. Como
não falei nada, Arthur deu meia volta e foi para o closet.
– Anie já acordou? – Perguntei depois
de alguns minutos e Arthur demorou mais alguns para me responder.
– Carol foi acordá-la. – Respondeu
saindo do closet.
– Pega essa camisa pra mim, por favor? –
Pedi apontando para a poltrona e Arthur esticou o braço para pegar a camisa e
depois andou até a cama para me entregar.
– Não me diz que estar nua?
– Isso não é da sua conta. – Retruquei
puxando a camisa da mão dele. Esperei que Arthur saísse do quarto, mas ele
permaneceu perto da cama me encarando.
– Como você acordou? Está tudo bem? –
Arthur puxou um outro assunto. Mas eu não estava afim de papo. Minha cabeça
doía tanto.
– Até você me acordar estava tudo ótimo.
– Respondi.
– Iih... aposto que não lembra de nada
sobre ontem.
– Nem vem, Arthur. – Comecei. – Você
sempre gostou de fazer esse tipo de brincadeira comigo quando eu acordo no
outro dia depois de beber. – Completei.
– Que brincadeira já? Você que sempre
achou que eu inventava as coisas que você fazia. – Ele justificou. – Não
lembra que me pediu para transar ontem?
– Mas que mentira. – Retruquei mesmo
sabendo que provavelmente eu deva ter falado muita bobagem bêbada.
– Mentira? Por que eu mentiria?
– E a gente transou? – Perguntei curiosa.
Só faltava essa.
– Claro que não. Você estava bêbada. –
Arthur explicou. – Se estivéssemos transado, provavelmente, eu teria acordado
nessa cama junto com você.
– Graças a Deus! – Exclamei aliviada. Não
fiz tanta besteira assim. Pensei.
– Que não transamos? – Arthur
questionou.
– Que eu estava bêbada.
– É. – Arthur pontuou. – Se você me
pedir isso agora, eu com certeza não te negarei, loira. – Ele afirmou.
– Com certeza eu não vou pedir. –
Respondi e Arthur sorriu.
– Tem medo é? – Ele me provocou.
– É você quem deveria ter. – Respondi
convencida.
– Eu me garanto, baby. – Ele disse
pretensioso. – Não tenho porque temer.
– Você se acha. – Resmunguei. – Sai
logo desse quarto. Preciso vestir minha roupa para ir ver a Anie.
– E desde quando seria uma novidade eu
ver você vestir roupa? – Arthur me indagou, mas caminhou para a porta.
– Hoje a situação é bem diferente e
você não vai ficar me vendo nua.
– A é? Pois ontem você sugeriu que eu
te banhasse.
– Mas pelo visto você se recusou. –
Falei e Arthur sorriu.
– Foi um convite tentador, Lua. – Ele
admitiu.
– Eu imagino que tenha sido mesmo. – Me
sentei na cama ainda me cobrindo com o lençol. – Você vai sair ou não?
– Já estou saindo. Só não demora muito,
Lua. Pretendo sair com a Anie daqui antes das dez. – Arthur me avisou. – Você
sabia que eu viria. – Acrescentou.
– É você quem está se atrasando. –
Respondi.
– Vou esperar você no quarto da Anie. –
Arthur falou e fechou a porta.
Revirei os olhos e levantei da cama.
Peguei a camisa que eu havia pedido ao Arthur e vestir. Segui para o banheiro e
joguei água no rosto e depois escovei os meus dentes.
Quando cheguei ao quarto da Anie,
Arthur estava sentado na cama e Anie deitada enrolada com um roupão.
– Então a gente vai assistir um jogo de
verdade? Sem ver na televisão? – A pequena indagou ansiosa e Arthur assentiu
balançando a cabeça.
– Sim. Em um estádio e vai ser muito
legal. Você vai adorar, bebê. – Arthur garantiu e Anie riu sapeca.
Será a primeira vez dela em um estádio.
Arthur já tinha levado Anie mais de uma vez para ver jogos de basquete do
Warriors – ele ama esse time, basquete e ama também que Anie goste dos mesmos
esportes que ele.
– Eu quelo ir logo ver então... – Ela
pediu.
– Nós vamos. Deixa só a sua mãe vim te
arrumar. – Arthur respondeu.
– Já cheguei. – Falei e Arthur me
olhou. Anie só levantou a cabeça para me olhar e depois sorriu e voltou a
deitar a cabeça no travesseiro.
– Não me diz que está deitada de cabelo
molhado no travesseiro, filha? – Perguntei caminhando até a cama.
– Eu avisei que você não ia gostar nada
de ver isso. – Arthur ressaltou e Anie escondeu o rosto entre as mãozinhas.
– Vem, levanta. Vou escolher uma roupa
pra você vestir. Cadê a Carol? Ela não estava banhando você? – Perguntei e Anie
balançou a cabeça confirmando.
– Pedi que ela fosse fazer o mingau da
Anie. Você disse que já vinha. – Arthur explicou e eu assenti. – Pega a camisa
dela do Chelsea. – Me lembrou.
Ele havia comprado ano passado uma
camisa do Chelsea para ele e uma para a filha. O que mudava eram apenas os
nomes e os números atrás da camisa; na dele estava oitenta e sete, o ano que
ele nasceu e, na dela estava doze, o ano que ela nasceu.
– O meu papai disse que a gente vai
assistir o jogo de verdade, mamãe.
– Eu sei, meu anjo. Seu pai já me
contou.
– Eu tô muito feliz, mamãe.
– Eu imagino, filha. – Falei e sorrir.
Anie se pôs ao meu lado opinando sobre
qual roupa ela gostaria de vestir. Escolheu uma calça comprida jeans, uma blusa
cinza de manga comprida estampada com flores coloridas, e um tênis cinza com
branco.
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Aproveitei para pegar logo a camisa de
time dela e um shortinho branco.
– Eu vou colocar mais uma calça
comprida pra ela na mala. – Avisei. – Se estiver fazendo frio você coloca a
camisa com a calça jeans, senão, você colocar o shortinho, tá?
– Tá, Lua. – Arthur respondeu.
– O tênis ela usa esse mesmo. Vou colocar
só uma sandália pra caso ela implique para não querer usar o tênis.
– Posso escolher uma bolsa? Duas! –
Anie me perguntou. Eu tinha acabado de ajudá-la a vestir a blusa.
– Se você for usar. – Respondi.
– Põe um casaco também. – Arthur pediu.
– Amarra o meu cabelo, mamãe?
– Só um momento, filha. – Pedi.
– Quelo a bolsa do lelógio da bela da
fera.
– Tá. A mamãe já vai pegar, querida.
– Eu vou esperar você lá na sala, meu
anjo.
– Não, papai! Eu já vou descer. – Anie
disse e estendeu a mãozinha para que o pai esperasse. – Plonto, papai! Já tô
plonta. – Anie sorriu e se pôs em pé em frente ao Arthur, que sorriu e pegou na
mão da filha.
– Vou terminar de arrumar sua mala.
– Não precisa colocar toalha de banho,
Lua. – Arthur me avisou.
– Quelo na minha mala da flozen, mamãe.
– Anie pediu.
– Põe numa mochila, Lua. – Arthur
mandou. – É sempre eu que puxo aquela mala, filha. – Arthur reclamou.
Eu me afastei para não rir na frente
dele e caminhei até o banheiro da Anie para pegar as coisas de higiene dela e
quando voltei para o quarto, os dois não estavam mais lá.
Peguei uma bolsa grande rosa de lado
para colocar as coisas que eu havia separado; um pijama, mais algumas roupas de
sair, uma sandalinha e as coisas de higiene. Peguei duas bolsinhas; uma para
Anie levar agora e outra para ela levar ao jogo como ela tinha me pedido.
Arrumei toda a bolsa e deixei sobre a
cama. Eu passaria o final de semana sozinha; seria até melhor assim, já que a
minha filha não estaria comigo. Anie sempre fazia uma falta enorme e eu
entendo, perfeitamente, o que Arthur sente quando tem que deixar Anie em casa e
voltar para Liverpool.
Pov
Arthur
– Já mamãe? – Anie perguntou ao olhar
para a porta; Lua tinha acabado de chegar na cozinha.
– Já, meu anjo. E você? Já acabou de
tomar café?
– Eu tô comendo uma fluta, mamãe. –
Anie mostrou a maçã para a Lua.
– Uhm... isso é muito, filha. – Lua
sorriu.
– Eu já arrumei as coisas dela e
coloquei dentro de uma bolsa. Na mochila não ia caber por conta das coisas de
higiene dela. – Lua me explicou e eu assenti.
– Leva a minha mamadeila! – Anie
exclamou e nós acabamos rindo. – Pla mim tomar o meu mingau. – Explicou.
– Tudo bem, vou pegar sua mamadeira. –
Lua assegurou.
– Obligada, mamãe. – Anie sorriu.
Eu subi até o quarto alguns minutos
depois e peguei a bolsa que Lua havia separado com as roupas da Anie; os
documentos dela estavam ao lado dentro de uma pasta, os peguei e saí do quarto.
Anie estava sentada no sofá com uma barbie sereia nas mãos.
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– Vá se despedi da sua mãe que já
vamos. – Avisei e Anie me encarou.
– Quelo a minha bolsa de lelógio. – Ela
me pediu e eu lhe entreguei a pequena bolsa.
– Já? – Lua perguntou ao chegar à sala.
– Já, mamãe. – Anie respondeu e andou
até ela. – Eu vou sentir muita saudade, mamãe. – Confessou. Lua lhe abraçou e
lhe deu um beijo demorado na bochecha.
– Eu também vou sentir muitas saudades,
meu amor. – Lua assegurou. – Eu amo muito você, tá?
– Tá. Eu também amo muito você, mamãe.
– Até amanhã, filha. – Lua lhe deu
outro beijo na bochecha. – E se comporte, por favor. – Pediu em seguida. – Você
pegou a pasta com os documentos dela? Eu tinha deixado do lado da bolsa. – Lua
perguntou e apontou para a bolsa.
– Eu peguei. – Respondi.
– Tudo bem então. – Lua respirou fundo.
– Você vai levar essa boneca, filha?
– Sim, mamãe. – Anie respondeu e olhou
para a boneca. – Ela vai assistir o jogo comigo. – Explicou e eu
sorrir de lado assim como, a Lua.
– Vem, filha. – A chamei.
Já eram quase dez horas da manhã.
Chegaríamos depois do almoço em Liverpool. Eu certamente terei que fazer uma
parada em algum restaurante para almoçar com Anie.
– Qualquer coisa você pode ligar,
Arthur. – Lua avisou como se eu já não soubesse.
– Eu sei. Fica tranquila. – Falei.
– Não deixa ela tomar sorvete. – Me
pediu mais baixo. – Eu sei que o inverno já está quase acabando, mas ela pode
ficar resfriada. Eu sei que você sabe disso também. É só pra lembrar mesmo. –
Lua justificou.
– Pode deixar, Lua. Toda vez você me lembra
disso. Eu não esqueci. – Assegurei.
– Desculpa, Arthur. É que...
– Eu sei. Não precisa se desculpar.
– Tchau, filha.
– Tchau, mamãe. – Anie lhe jogou um
beijo e Lua logo retribuiu.
Coloquei Anie na cadeirinha e depois
sentei no banco do motorista. A viagem será longa. Anie começou a dar tchau
para a mãe assim que liguei o carro.
Pov
Lua
Londres
– Onze e quarenta da manhã.
Eu dei o final de semana de folga para
as meninas. Mel não estava em casa – agora ela passa bastante tempo na casa do
irmão. Ela tem muito assunto para conversar com a Sophia e paciência também.
Coisa que, ultimamente, eu não estou tendo – e não chegaria tão cedo. Nem é
meio dia ainda.
Eu fiquei tentando me lembrar da noite
passada, mas tudo que vinha na minha mente eram flashs incompletos. Eu
não devo ter feito algo que eu possa vir a me arrepender; ter pedido para
transar com Arthur não foi algo tão grave, até porque, nós nem chegamos a
transar. Então continuamos na mesma.
Minha cabeça parou de doer assim que eu
comi, depois que Arthur saiu com a nossa filha. Eu já queria que amanhã
chegasse logo. Com certeza, Anie vai se divertir muito hoje. Ela ama quando
Arthur a leva para fazer algo que ele também gosta muito. Ela deve se sentir
uma pessoa muito importante – e de fato ela é –, porque era assim que eu me
sentia quando compartilhava momentos com meu pai.
A campainha tocou e eu levei um susto.
Eu não estou esperando ninguém. Fiquei me perguntando que teve a ideia de vir
me incomodar uma hora dessas; nem almoço eu me dei o trabalho de fazer. Deixei
passar alguns segundos, mas logo a campainha voltou a tocar e a minha única
alternativa era ir ver quem era. Caminhei até a porta e nem me surpreendi, se
não fosse a minha irmã, com certeza seria o Harry a essa hora.
– E aí, loira? Bom dia! – Ele disse
sorridente.
– Ai, mas só podia ser você mesmo. –
Pontuei. – Bom dia. – Dei passagem para que ele entrasse.
– Nossa, mas isso é jeito de receber
visitas? – Ele questionou divertido.
– Hoje é sábado, Harry e já são quase
meio dia. – Respondi e fechei a porta.
– Você está sozinha? – Ele me ignorou.
– Sim.
– E a Mel?
– Ela está indo para a casa do Mika.
Ela e Sophia tem bastante assuntos em comum. – Expliquei e Harry sorriu de
lado.
– Faz tempo que Arthur saiu com a
pequena?
– Quase duas horas. – Me sentei no
sofá. – Você só veio me interrogar? – Agora foi a minha vez de perguntar.
– Claro que não, loira. – Ele se sentou
ao meu lado. – Vim ver como você está. Ontem foi engraçado. – Ele riu.
– Por favor. Até você? Já basta o
Arthur. – Revirei os olhos.
– Então vocês conversaram?
– Ele me disse algumas coisas que eu
fiz. – Respondi.
– Você ficou toda irritada ontem só
porque eu atrapalhei o beijo de vocês... achei que já íamos comemorar que vocês
tinham se acertado, mas foi só um beijo mesmo.
– Um beijo? Que beijo já? – Perguntei
um pouco alto. Arthur não me falou nada sobre beijo. Pensei.
– Ora, não me diz que Arthur não falou
do beijo pra você? Fui ao banheiro e quando voltei, vocês estavam lá. – Harry
encolheu os ombros. – Eu só disse que não podia mais deixar vocês sozinhos. –
Ele contou tentando segurar o riso. Passei as mãos pelo rosto e suspirei.
– Arthur não me falou nada disso. – Comentei.
– Você não está inventando?
– Claro que não, Lua. – Harry garantiu.
– Ele demorou a chegar na tua casa?
– Não. Por que você está preocupada?
– Porque eu só lembro de coisas vagas. –
Confessei e Harry riu alto.
– Você acha que Arthur te agarrou foi?
– Não. Lógico que não. Você é idiota! –
Exclamei.
– Querida, você representa mais perigo
pra ele, do que ele pra você. Todos nós sabemos disso, Lua.
– Eu pedi pra gente transar, Harry. Eu
não podia ter feito isso.
– Teria sido pior se você tivesse
pedido a outra pessoa.
– Eu sei. Arthur é muito... – Fiquei
procurando a palavra.
– Careta. – Harry riu.
– Não fala assim dele. – O empurrei com
o ombro.
– Você está o defendendo agora? – Harry
perguntou fingindo surpresa.
– Não é questão de defender. – Comecei.
– Gosto que ele seja assim. Não acho que é um defeito. – Justifiquei.
– Eu estou brincando, sua boba. Arthur
sempre foi assim. Sabemos.
– Sim. – Concordei baixo. – Mas o que
deu em você para aparecer aqui hoje?
– Eu já disse que vim ver como você
estava. É tão difícil de acreditar?
– Não. Eu só não esperava.
– Mas foi uma visita surpresa. Você não
tinha que esperar mesmo.
– Nem fiz almoço, Harry.
– Eu estaria surpreso se você tivesse
feito. – Ele me encarou com uma sobrancelha erguida.
– Eu não acredito que vou ter que
aguentar você o sábado inteiro. – Suspirei e me levantei do sofá.
– Onde você vai? – Harry indagou e veio
atrás de mim.
– Ver o que eu posso fazer pra gente
comer.
– Não precisa se dar ao trabalho, querida.
Não sei se confio muito em você na cozinha.
– Se eu pegar uma faca acho bom você
não confiar mesmo. – Comentei distraidamente.
– Credo, Luh. Você nem sabe brincar.
– E você tem medo é?
– Claro. Você não é normal. – Ele
respondeu e eu rir alto.
– Nem sei por onde começar. – Confessei
ao abrir a geladeira.
– E cadê as meninas?
– Dei folga.
– E nem pensou que precisaria comer? –
Harry me provocou.
– Eu vou fingir que nem escutei isso. –
Retruquei. – Você quer comer macarrão ao molho branco? Não que a sua resposta
vá contar muito. Porque é o que eu vou fazer.
– E por que você me perguntou?
– Para ser educada. – Respondi e Harry
se sentou em um dos bancos em frente a bancada.
– A gente podia sair depois, Luh. O que
você acha? – Harry sugeriu.
– Depois a gente ver isso, Judd. –
Respondi.
– Esse seu depois eu já sei que é um
não. – Ele reclamou.
– Arthur disse que ia levar a Anie para
ver o jogo do Chelsea. Achei que tivesse te convidado também. – Comentei.
– Eu sei. Ele me contou. Escolhi vim te
ver. – Harry sorriu.
– Obrigada. – Agradeci lhe jogando um
beijo. – Você está o ajudando?
– Em relação a quê?
– A tudo, Harry.
– Aah... ajudo no que ele pede. – Harry
encolheu os ombros. – Por quê?
– Conta as coisas que a gente conversa?
– Isso não, Luh. Não que o Arthur tenha
algum problema caso eu fale pra você sobre o que eu e ele conversamos.
– Eu sei que não. – Coloquei o macarrão
no fogo. – Sinto saudades dele, Harry.
– Eu imagino que sim, loira. Ele também
sente muitas saudades de você. – Ele assegurou.
– Eu sei. Ele também não tem problemas
em me falar sobre isso. – Sorrir de lado.
– Já você...
– Não posso parecer fraca, Harry.
– Você esqueceu que ele te conhece mais
do que qualquer pessoa?
– Não. Mas se eu não falar, não vou me
cobrar depois. – Esclareci.
– Mulheres. – Harry pontuou.
– Sabe... eu estive pensando há alguns
dias se as intromissões da Sophia estão atrapalhando ainda mais vocês dois.
– Eu não ligo, Harry. De verdade.
Sophia acha que sabe mais do meu casamento do que eu.
– Porque o Arthur se incomoda.
– Arthur não suporta se meter na vida
dos outros e por isso não gosta que as pessoas se metam na dele também.
– Não entendo o que ela pensa que está
fazendo.
– Ela acha que vai dar a resposta
final. Sendo que o casamento nem é dela. Mas não quero falar sobre isso. Senão,
vou me irritar. – Avisei.
– Tudo bem, querida.
Pov
Arthur
Liverpool
– Três horas da tarde.
– Papai? Papai? – Anie me chamava.
– Estou aqui na cozinha, filha. –
Respondi.
– Papai, que holas que a gente vai ver
o jogo? – Me perguntou ansiosa.
– Deixa só eu terminar de fazer esse
brigadeiro pra gente comer quando chegar, tá? Aí eu te banho, te arrumo e
depois eu vou tomar o meu banho e me arrumar, daí a gente vai ver o jogo. Ainda
está um pouco cedo. – Expliquei.
– Uuuhm... bigadeilo! Eu amo bigadeilo!
– Eu sei e foi só por isso que eu vim
fazer. – Apertei suas bochechas.
Terminei de fazer o brigadeiro e
coloquei na geladeira. Anie tinha voltado para a sala para terminar de assistir
o desenho que ela havia me pedido para colocar.
– Já terminei, filha. Vem tomar banho. –
A chamei.
– Eu vou com que roupa?
– A sua mãe já separou. Ela disse que
era pra eu vestir calça comprida em você só se estivesse frio, mas não está.
Então você vai usar o short que ela mandou. – Respondi.
– Então tá papai. – Anie caminhou para
o banheiro. – É pra lavar o cabelo?
– Sim. Sua mãe mandou o shampoo. Vou
buscar. Por favor, nada de pular. Você pode cair. – Avisei.
Anie não demorou no banho. A ajudei a
lavar os cabelos e tirar o sabão. Depois lhe entreguei a toalha e ela mesmo se
enrolou.
– Cuidado para não escorregar, filha.
– Eu não vou coler, papai.
– Eu vou acreditar em você. – Respondi
e Anie riu.
Peguei as roupas sujas que ela tinha
deixado sobre a tampa do vaso, fechei o box do banheiro, tampei o shampoo e a
saboneteira dela e saí do banheiro fechando a porta.
– Não, Anie. – Pedi. – Você vai
bagunçar tudo. Deixa que eu tiro as roupas, filha.
– Quelo a minha bolsa e o meu lelógio,
papai.
– Eu vou te dar. Calma. Vamos primeiro
vestir a sua roupa, ok?
– Tá, papai.
Tirei de dentro da mochila a camisa
dela do Chelsea e o shortinho branco que a Lua havia separado. Anie não me deu
trabalho para vesti-la. Calcei o seu tênis e penteei seus cabelos.
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– Agora você vai me esperar lá na sala.
Sentada no sofá, enquanto eu tomo banho, tá?
– Tá, papai. – Anie saiu do quarto e eu
fui tomar banho.
Quando saí do banho, vestir uma bermuda
na cor vinho, a minha camisa do time, calcei um sapatênis preto e peguei um
relógio. Depois penteei meus cabelos e me passei perfume. Fui até a mochila da
Anie e peguei o relógio dela e o perfume.
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– Filha, olha aqui o seu relógio. –
Falei e Anie estendeu o bracinho para que eu o colocasse. – Agora vamos passar
perfume.
– Da blanca de neve. – Anie me disse.
– Sim. Cheiro de maçã. – Comentei.
– É maçã da blanca de neve.
– Isso. – Concordei. – Vamos?
– Vamos, papai.
– Você já pegou a bolsa?
– Eu já. – Anie me mostrou a bolsa
preta com formato de ‘jaqueta de couro’.
Saímos de casa quatro horas da tarde. O
estádio Anfield não fica tão longe de casa; demoraríamos apenas uns trinta
minutos para chegar até lá e o jogo está marcado para começar às cinco horas da
tarde.
Quando chegamos em frente ao estádio,
pudemos ver muitos torcedores dos dois times e Anie bateu palmas. Li no site do
time que os ingressos estão esgotados há semanas.
– Parece que você gostou de ver tanta
gente.
– É. Eu gostei, papai. – Anie afirmou e
eu lhe tirei da cadeirinha depois que achei uma vaga e consegui estacionar o
carro.
– Vamos então...
– Quelo refigelante, papai.
– Pode ser suco? – Sugerir.
– Tááá... de uva então.
– De uva. Vamos ver se tem. – Respondi.
– E batata-flita.
– Tá.
Compramos dois sucos e duas porções de
batatas-fritas. Achamos nossos lugares e eu me sentei com Anie. Ela não esperou
o jogo começar para poder comer e com certeza, depois comeria as minhas batatas
também. Eu conheço muito bem a filha que tenho.
O jogo começou e Anie estava muito
empolgada. Fiquei feliz em saber que ela não tinha esquecido o hino do time. O
primeiro gol foi do Chelsea, e Anie gritou bastante e me abraçou na mesma
intensidade. Eu estava feliz em vê-la tão feliz daquela maneira. O segundo gol
foi do Liverpool e ela ficou muito irritada; e isso me fez lembrar da mãe dela.
O terceiro foi do Chelsea, e o jogo terminou em 2x1.
Anie me perguntou quando será o próximo
jogo e isso me fez rir. O próximo jogo não será em Liverpool e eu não faço
ideia de como dizer isso para ela. O jogo será na próxima quarta-feira, em
Manchester. Não posso ir com Anie a Manchester no meio da semana e esse,
também, nem é o acertado entre eu e a Lua.
Liverpool
| Sábado, 20 de fevereiro de 2016 – Sete e dez da noite.
Tínhamos acabado de sair do estacionamento
do Anfield. Anie estava com a boneca dela nas mãos e falava sozinha. Ela estava
a coisinha mais fofa com esse look. Eu sinto vontade de aperta-la sempre que a
olho.
– Eu tô com fome, papai.
– Já estamos indo para casa, meu anjo.
Os restaurantes que ficam aqui perto fecham cedo demais. – Expliquei.
– Tá bom então. A gente pode comer
pizza?
– Vou pedir. – Sorrir enquanto a olhava
pelo retrovisor e Anie me jogou um beijo.
*
A pizza não demorou nem meia horar para
chegar; depois que chegamos em casa. Anie comeu quase três fatias. Eu fiz suco,
me esforço bastante para não dar refrigerante a ela aos finais de semana que
ela passa comigo.
Anie já tinha tomado banho. Fiz questão
que ela tomasse assim que chegamos do jogo. Caso contrário, ela faria uma cena
para não tomar banho depois que comesse. Agora estava jogada no sofá assistindo
desenho.
Aproveitei para ir tomar o meu banho e
depois vestir meu pijama. A noite estava um pouco fria, não tanto como, como
certeza, deve estar em Londres.
Anie ainda estava na mesma posição e
cochilava. Certamente, ela não demoraria nem quinze minutos para dormir.
– Papai?
– Oi, meu amor.
– Liga pla minha mamãe.
– Já vou ligar, querida. – Falei e fui
pegar o celular no quarto.
Pov
Lua
Londres
| Sábado, 20 de fevereiro de 2016 – Oito horas da noite.
– Só mais uma e eu ganho! – Harry
comemorou. Estávamos jogando cartas.
– Eu vou ganhar. – Afirmei. Tínhamos
pedido pizza e refrigerante. Agora Harry estava quase acabando com uma das
garrafas de uísque do Arthur.
– Vamos ver, loira. – Ele riu.
– Você vai ver mesmo. – Falei e joguei
as cartas sobre a mesa.
– EI! ISSO NÃO VALE. VOCÊ ROUBOU. SÓ
PODE! – Harry exclamou. – Não me lembro de você ser tão boa assim nesse jogo.
– Eu sou é ótima! – Falei convencida e
logo meu celular começou a tocar. – Deve ser a Anie.
Ligação
ON
– Alô?
– Oi, mamãe.
– Oi, meu bebê. Como você está?
– Tô com saudade, mamãe. Eu tô com
sono, mamãe. Eu já tô quase dormindo. Foi muito legal o jogo. Eu adolei! Eu
comi batata-flita e pizza. Uuuuuhmm... tava uma delícia. – Anie me contou e eu
a ouvir bocejar.
– A mamãe também está morrendo de
saudades, filha. Mas estou tão feliz que você tenha adorado o seu dia, meu
amor. A mamãe imagina que você esteja quase dormindo mesmo. Ah! Adivinha quem
está aqui? Seu tio Harry, meu amor. Você ia gostar bastante de ganhar dele nos
jogos. Porque ele é péssimo nisso.
– EEEIII! – Harry resmungou alto.
– Anie dormiu, Lua. – Ouvir Arthur
dizer um tanto sério.
– Ah! – Exclamei. – Ela deve estar
realmente muito cansada. – Falei.
–Sim, está. Amanhã eu a levo
depois do almoço.
– Tudo bem, Arthur. – Falei mordendo o
lábio inferior.
– Então tá. Tchau. – Ele se despediu.
– Tchau. – Falei e ele encerrou a
ligação.
Ligação
OF
– Acho que o Arthur não gostou muito de
saber que você está aqui. – Brinquei e Harry fez uma careta.
– Mas isso pode ser verdade
mesmo. Ele tem aqueles pensamentos de que você me conta coisas que não
conta pra ele e tals.
– É. Ele diz que não sente ciúmes, mas
morre de ciúmes da gente. – Comentei.
– Ainda bem que ele não é agressivo. –
Harry disse divertido.
– Não. Ele só fica muito irritado
quando está enciumado. – Contei. – Mas se irrita comigo e não com
você. – Enfatizei e Harry acabou rindo.
– Por que tão rápida a ligação?
– Anie dormiu. – Rir. – Ela deve ter aproveitado
muito o passeio. – Completei.
– Vamos mais uma rodada então? Antes de
eu ir embora. – Ele mudou de assunto.
– Nãããooo... – O puxei pelo braço. –
Dorme aqui hoje? Tem um quarto de hóspedes desocupado. – Falei. – Mel só vem
amanhã da casa do Mika. Não quero ficar sozinha aqui.
– Tem medo é? Achei que você fosse
corajosa. – Ele me provocou.
– Essa casa é muito grande e eu tenho
medo sim de ficar aqui sozinha. – Admitir o fazendo rir ainda mais.
– Vou pensar no seu caso...
– Nãããoo, Harry! Não acredito que você
marcou algo com a Britney. Você está aqui desde cedo. – Resmunguei.
– Não tem mais a Britney, Luh.
– Como assim? – Perguntei surpresa. Eu
não a conhecia, mas eles já estavam juntos há meses que eu cheguei a achar que
duraria mais.
– Terminamos, ora. – Ele deu de ombros.
– Não me diga que esperava que fôssemos casar? Por favor, Blanco. – Harry
ergueu as sobrancelhas.
– Não. Só achei que fosse durar mais.
Eu nem a conheci.
– Parou de dar certo quando ela começou
a me cobrar as coisas. Você sabe... esse negócio que existe nos relacionamentos
sérios. – Ele explicou tentando soar descontraído. – Eu não gosto disso, Lua.
– Tipo fidelidade? – Brinquei.
– Tipo amor, responsabilidades,
compromisso...
– Até quando você vai fugir de tudo
isso?
– Nunca fugi de nada. Só não procuro. –
Ele me encarou. – Engraçadinha... você sabe que eu não fico com mais de uma
pessoa ao mesmo tempo.
– Eu não sei é de mais nada. –
Respondi.
– Não costumo falar dos meus términos.
– Eu sei que não, Harry. É que eu
lembrei agora que durante o dia você não falou com mais ninguém.
– Ei, eu não sou tão solitário quanto
pareço. – Ele riu alto.
– Eu sei que não. Você deve ter uma
agenda lotada de contatos. – Retruquei. – E por um acaso você acha que eu sou?
– Você não tem uma agenda lotada de
contatos que nem eu. – Ele brincou e eu lhe dei um soco.
Londres
| Domingo, 21 de fevereiro de 2016 – Três hora da tarde.
Mel chegou perto das dez horas da
manhã. Eu tinha, praticamente, acabado de acordar. Harry tinha feito o café e
ela acabou tomando café conosco. Jogamos vídeo game e eu, automaticamente,
lembrei do Arthur. Ele adora jogar vídeo game e eu estou sentindo até falta de
brigar com ele por conta disso.
Almoçamos estrogonofe que Mel havia
feito. Estava delicioso. Agora estamos jogadas no sofá; e Harry no chão. Ele
insistiu para que assistíssemos um filme, mas para ser sincera, eu nem estou
prestando atenção. A campainha começou a tocar e eu me levantei do sofá para
abrir a porta. Provavelmente era o Arthur com a Anie. Ele disse que viria
depois do almoço.
– Boa tarde. – Arthur ainda estava
sério e agora eu pude comprovar.
– Boa tarde. – Respondi e Anie correu
para o meu colo.
– MAMÃE! – Ela exclamou ao meu abraçar.
– Eu senti muita saudade.
– Oh, meu neném... a mamãe também
estava com saudades. – Confessei e lhe enchi de beijos. – O quanto você curtiu
o seu final de semana?
– Um montão assim, mamãe... – Anie
esticou os bracinhos.
– Aaah! Isso é maravilhoso, neném. –
Lhe dei outro beijo e a coloquei no chão. Arthur fechou a porta do carro e
andou em nossa direção; ele havia voltado para buscar a mochila com as coisas
da nossa filha.
– Aqui está a mochila dela. – Me
entregou. – Só quando já estávamos na estrada que ela lembrou que tinha deixado
aquelas bolsinhas lá no apartamento. Eu não ia voltar só para pegá-las, mas
ainda essa semana eu trago. Devo vir aqui na quarta-feira. – Ele me explicou.
– Tudo bem, Arthur. Você não vai querer
entrar? – Perguntei.
– Não. Não. Obrigado. – Ele agradeceu
completamente distante.
– Aconteceu alguma coisa? – Indaguei
curiosa.
– Não que eu saiba. – Arthur respondeu
automaticamente.
– Papai!
– Sim, querida? – Ele olhou para a
pequena.
– Diz pla minha mamãe! – Anie pediu
ansiosa. – Por favor.
– Pedir o quê? – Perguntei.
– Passamos em frente a um circo e Anie
quer muito ir lá. Falei que podia leva-la na quarta-feira. – Arthur começou.
– Tudo bem, Arthur. Você sabe que pode
sair com a nossa filha sempre que quiser.
– Esclareci outra vez.
– Eu sei, Lua. Mas nem é sobre isso.
– E é sobre o quê? – Perguntei confusa.
– Quelo ir com você e o meu papai. –
Anie mesmo respondeu. – Eu pedi plo meu papai. Ele disse que ia falar com a
senhola. Mas palece que ele ia esquecer.
– Anie revirou olhos, tal atitude fez
Arthur balançar a cabeça negativamente.
– Eu não disse o dia que falaria. –
Arthur se defendeu.
– Mas o senhor disse que a gente ia. –
Anie o lembrou.
– Nós vamos, filha. Calma. – Arthur
pediu paciente e depois se voltou para mim. – Anie quer que vamos os três, Lua.
Era sobre isso que falei que ia conversar com você. – Arthur me contou.
– Aaah... – Murmurei sem saber o que
mais dizer.
– Era isso. – Arthur suspirou. – Você
decide se quer ir. – Ele sorriu de lado. – De qualquer forma, quarta-feira eu
virei aqui. – Avisou. – Vem aqui, Anie. – Ele chamou a filha e Anie andou até
ele. – Eu já vou, tá?
– Tá. – Ela respondeu baixo e o abraçou
apertado.
– Esse final foi muito clichê. – Ouvi
Mel falar. Provavelmente o filme havia terminado. – Quem está aí, Luh? Você tá
demorando demais. – Ela comentou e andou até a porta. – Eeei... por que você
não entrou?
– Eu convidei. – Respondi.
– Eu já estou indo, Mel. – Arthur
sorriu. Anie ainda o abraçava.
– A gente podia fazer algo... sei lá...
– Mel começou.
– Outro dia talvez, Mel. Como você
está?
– Bem e você?
– Estou bem também. – Ele respondeu e
logo olhou para a filha.
– O Harry está aqui. – Ela contou e
Arthur me olhou.
– Eu já imaginava.
– Então entra. – Mel respondeu óbvia.
– Eu sabia que era você. Estava
esperando você entrar. – Harry comentou divertido, mas Arthur não estava no clima
e permaneceu sério.
– Eu já vou embora. – Ele respondeu
outra vez.
– Pra Liverpool? – Harry indagou e
Arthur só assentiu.
– Mas ficamos de ir naquele lugar hoje
a noite. Você esqueceu? – Harry questionou.
– Não. Mas podemos ir outro dia. –
Arthur voltou a olhar para Anie que nos observava. – Adorei nosso final de
semana, meu anjo.
– Eu também, papai. – Anie o beijou na
bochecha e Arthur sorriu.
Eles se despediram e Arthur nos disse
um ‘até logo’ antes de ir embora. Fechei a porta e coloquei a mochila da Anie
sobre o sofá.
– Isso foi estranho. Por que ele está
assim? – Harry perguntou confuso.
– Ele só está chateado com algo. –
Falei. Embora eu soubesse com o quê, preferir não dar continuidade com o
assunto. – Como foi a viagem? – Me voltei para Anie. Ela tinha acabado de tirar
os sapatos.
– Foi muito legal. Eu adolei o jogo!
Comemos pizza... eu já falei, mamãe. – Ela me lembrou.
– E o que vocês fizeram hoje de manhã?
– Papai me levou pla passear no parque
de lá, mas ele não me deixou tomar sorvete. Só compou pipoca, mamãe.
– Você não podia tomar sorvete mesmo. –
Contei e Anie concordou. Arthur tinha vestido nela o vestido jeans.
– Eu só quelia agola que a gente fosse
no circo, mamãe.
– Seu pai disse que a gente pode
decidir isso depois. – Falei. – Vamos tomar banho?
– Mas a senhola vai queler ir?
– Querer eu não quero, filha. Não gosto
de circo. Mas posso fazer um esforço. A gente ver isso na quarta-feira quando o
seu pai vier. – Expliquei.
– Você não gosta é de nada. – Harry
riu.
– Só o Arthur para gostar desses
programas mesmo. – Comentei vagamente.
– Ainda bem que ele é o pai então...
– É. Anie não vai ter o que reclamar da
infância dela. – Acrescentei.
– Circo é legal, Luh.
– Eu não acho graça com palhaços, Mel.
– Mas tem outras atrações, amiga. – Mel
continuou.
– Eu gosto de circo. – Anie contou.
– Eu sei, meu anjo. E é só porque você
gosta que eu faço a maioria das coisas que você pede. – Confessei e ela sorriu.
– Tá... então eu vou tomar banho. – Ela
disse e subimos para o quarto.
Pov
Arthur
Londres
| Quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016 – Dez horas da manhã.
Cheguei em Londres por volta das dez
horas da manhã. Eu havia falado com Anie na segunda e na terça-feira e ela me
cobrou todos esses dias a nossa ida ao circo. Mas eu ainda não tinha falado com
a Lua sobre a resposta dela quanto a esse convite.
Faríamos um show no sábado, em
Manchester. E é por esse motivo que eu quero sair para passear com a Anie na
quarta-feira e leva-la ao balé também. Os shows estão previstos para serem
pausados no fim de março. Dezembro e janeiro foram os meses que eu mais me
senti exausto – física e emocionalmente.
Não consegui ir domingo com Harry ao
pub, como havíamos combinado semana passada. Eu fiquei irritado em saber e
vê-lo com a Lua em casa. Sei que eles são amigos, mas o fato de estarmos
separados me deixa bastante inseguro em relação a qualquer tipo de
relacionamento dela e seja ele com qualquer pessoa.
Até o fato da Sophia estar tentado
fazer da minha relação com a minha filha e até do pouco que ainda resta com a
Lua um inferno, me deixa completamente irritado e abalado. Penso que uma hora
ou outra ela irá conseguir. Porque não sei como a Lua estar lidando com essas
questões.
Ontem chegou em casa uma
correspondência, uma conta na verdade. Uma conta que seria da Lua e não minha.
Dividimos tudo relacionado a nossa filha, isso desde o começo; porque Lua
sempre quis que fosse dessa maneira que ela julga ser justa. Porque nós dois
temos essa responsabilidade. Mas essa conta chegou em Liverpool e, eu sei que
não foi Lua quem a mandou.
Em janeiro eu paguei o plano de saúde,
a escola de balé e a conta de energia. Lua não deixou que eu pagasse a conta do
supermercado por eu não estar mais morando em casa. Esse mês seria dela a
mensalidade do balé e a conta de energia. Mas elas foram parar na minha caixa
de correspondências. Eu não gostaria de ter que discutir com ela a respeito
desse assunto. Porém, é necessário.
Toquei a campainha de casa e aguardei
que alguém viesse abrir a porta – desde janeiro que eu havia deixado a cópia da
minha chave em uma das gavetas do escritório.
– Arthur? – Carla abriu a porta e franziu o cenho. –
Bom dia. Achei que só viria a tarde. Lua já tinha nos avisado. – Explicou.
– Não lembro de ter falado o horário
que viria. – Comentei. – Bom dia.
– Entra. Anie vai adorar a surpresa. –
Ela sorriu de lado.
– Lua foi para o trabalho? – Perguntei.
– Sim. Mas ela disse que voltaria cedo.
Comentou que vocês iam ao circo. Alguma coisa assim... não entendi bem. Ela
saiu apressada.
– Tudo bem. Vou ficar por aqui com Anie
e depois vou leva-la ao balé. – Avisei. – Se Lua chegar antes, pede para ela me
ligar.
– Acho que ela vai chegar antes da Anie
sair para o balé.
– PAAAPAAI! – Anie exclamou e correu em
minha direção. A peguei no colo.
– Olá, meu bebê. – Lhe dei um beijo na
bochecha. – Como você está?
– Eu tô bem, papai. – Anie sorriu e me
abraçou pelo pescoço. – Eu já tava com saudades, papai.
– Oh, meu bebê... – Lhe dei outro beijo
na bochecha. – O papai também estava com saudades.
– A gente vai no circo? Minha mamãe
disse que tudo bem... mas ela não gosta de circo. Mesmo assim disse que tááá
ela vai. – Anie sorriu sem mostrar os dentes e segurou meu rosto com as duas
mãozinhas.
– Então parece que vamos ao circo. –
Respondi e Anie me abraçou outra vez. – Ei, eu trouxe as bolsas que você
esqueceu lá no apartamento.
– Obligada, papai.
Três
e vinte da tarde.
– Lua acabou de ligar. Ela disse que já
está chegando e que não é para você levar Anie ao balé. Porque senão, vai ficar
muito tarde.
– Tudo bem, Carol. Obrigado por avisar.
– Agradeci e permaneci sentado no sofá observando Anie brincar no chão com algumas
bonecas. Ela já tinha tomado banho e só estávamos esperando dar a hora para que
ela vestisse a roupa do balé.
– Não vou mais pla aula de balé? – Ela
me perguntou sem me olhar.
– Não. Sua mãe mandou avisar. –
Respondi.
– Por que?
– Porque vamos sair, filha.
– Aaah! É verdade. Mas,
papai? A gente não ia depois da aula? – Agora ela me olhava confusa.
– Eu pensei que sim, Anie. Mas sua mãe
pensou de outra maneira, amor. – Expliquei.
– Tá. Pelo menos papai, a gente vai
sair né?
– É. – Sorrir com o seu comentário.
– Selá que minha mamãe vai demolar
então?
– Acho que não, filha. Ela disse que já
estava chegando. – Terminei de responder e a porta foi aberta.
– Minha mamãe já chegou. – Anie
comemorou batendo palmas.
– Boa tarde, meu amor. – Lua sorriu
para a nossa filha e a pequena lhe jogou um beijo. – Boa tarde, Arthur.
– Boa tarde, Lua. – Respondi. – Eu só
vou tomar um banho. Não faço ideia dos horários dos espetáculos. – Lua
explicou.
– Nem eu, Lua. – Afirmei.
– Mas como tenho trabalho amanhã,
prefiro que a gente vá cedo.
– Entendo. Eu também gostaria de falar
com você sobre um outro assunto. – Comentei.
– Assunto sério? Não quero falar sobre
nossa situação agora, Arthur. Acho que isso vai acabar com esse clima de certa
tranquilidade. Você concorda?
– Concordo. Mas também não é sobre
isso. Eu não ia gostar de brigar com você agora. Aliás, não gosto em nenhum
momento. – Respondi.
– Tá bom. Você quer conversar aqui?
– A sós, Lua. – Esclareci.
– Vou chamar a Carol para trocar a
roupa da Anie. – Lua avisou e foi para a cozinha.
*
– Ei? – Lua chamou a atenção da nossa
família. – Carol já está vindo para te arrumar.
– Posso escolher minha roupa? – Anie se
levantou do chão e caminhou até Lua.
– Já avisei a ela para escolher um
casaco, uma calça e um tênis. Está frio lá fora, filha. – Lua explicou.
– Mas eu posso escolher qual então?
– Pode, amor. Vou conversar com seu pai
antes.
– Não vão bligar, por favor.
– Ninguém vai brigar, filha. – Assegurei
e Lua concordou.
– Tááá... – Anie respondeu e eu subi a
escada com Lua. Anie subiu atrás da gente, mas entrou no quarto dela.
– O que aconteceu? – Lua indagou assim
que eu fechei a porta. – Você me deixou preocupada.
– Chegou isso aqui lá no apartamento.
Eu sei que não foi você quem mandou, mas eu gostaria de saber quem foi. –
Entreguei o envelope para a Lua.
– Não tenho boas recordações de
recebimento e abertura de envelope, Arthur. – Lua comentou e me olhou
rapidamente antes de abrir o envelope.
– Eu não teria nenhum problema em pagar
essas contas, Lua. Você sabe. Mas sei que você ia ficar muito chateada se eu te
escondesse isso.
– É claro que eu ficaria chateada. Que
bom que você sabe disso. Como essas contas foram parar lá? Eu não mandei, Arthur.
– Eu sei que não, Lua. E eu também
gostaria de saber quem mandou. As pessoas não sabem meu endereço de lá, Lua. Só
você e o Harry. – Falei.
– Eu não faria isso, Arthur. Que
atitude idiota! Sendo que foi eu que pedi para que dividíssemos as contas.
– Não estou te acusando.
– As correspondências chegaram na
segunda. Carla me avisou. Eu vi todas e senti falta dessas contas. Porque elas
sempre chegam juntas. Mas só achei que tinham atrasado mesmo.
– Chegou no apartamento na terça. Eu
fiquei surpreso. Até porque, o endereço está daqui.
– Espera... – Lua ficou pensando e
depois andou até o banheiro. Voltou de lá com o cabelo preso em um coque. –
Acho que eu sei quem foi, Arthur. Só não sei como descobriu o seu endereço. –
Lua começou. – Sophia veio aqui na segunda-feira. Quando cheguei do trabalho
ela ainda estava aqui.
– Por que ela faria isso? Estou me
sentindo incomodado com esse tipo de situação que a Sophia está fazendo questão
de criar. Não sei como você está lidando com isso.
– Estou tentando ignorar, Arthur. Nem
eu estou suportando. Já brigamos algumas vezes. Parece que a traída foi ela. –
Lua disse visivelmente inconformada.
– Eu não te trair. Vou falar isso
sempre! – Retruquei.
– Vou falar com ela a respeito disso,
Arthur. Desculpa.
– Não precisa se desculpar. Só quis te
falar porque você ia querer saber.
– Você fez bem. Mas eu preciso falar
com a Sophia. Ela não tem nenhum direito de estar fazendo isso.
– Sei que aquela notícia era tudo o que
as pessoas não esperavam, inclusive, você. Mas de uma hora pra outra parece que
desde sempre eu fui uma pessoa que te fiz mal. E isso não está vindo de você.
Está vindo de outras pessoas que eu achei que me ajudariam ao invés de tentar
acabar com o que eu estou tentando reconquistar. Está vindo da minha mãe também,
Lua. – Desabafei. – Eu estou me sentindo perdido e sozinho. Eu gostaria tanto
que você acreditasse em mim... sei que é difícil dado ao que você viu. Agora
parece que além de tentar provar pra você que tudo não passou de uma armação,
eu vou ter que provar, também, para outras pessoas.
– Eu todo dia tento não te odiar por
ter acabado com a nossa relação, Arthur. Não vou mentir que não estou torcendo
para você prove que tudo foi armação. – Lua confessou. – Porque eu também sinto
a sua falta. Se você provar para mim, você não vai precisar provar para mais
ninguém. – Ela deixou claro e eu me senti aliviado. Me aproximei dela e segurei
seu rosto com as duas mãos.
– E eu todo dia peço para que você
acredite em mim. Eu jamais seria capaz de brincar com você. Eu jamais seria
capaz de acabar com o nosso casamento, Lua. Eu te amo. – Acariciei suas
bochechas com o polegar.
– Eu também te amo, Arthur. – Lua me
puxou pela cintura. – Eu sei que você não é esse tipo de cara. E é justamente
isso que me fazia te admirar tanto. – Contou baixo.
– E por que você acreditou tão rápido
naquela infeliz, que nem me deu a chance de me defender? – Indaguei magoado.
– Aquelas fotos foram a gota d’água. Eu
já estava tão cheia das mensagens... das provocações... nós dois já vínhamos
brigando por qualquer coisinha, Arthur. E você ainda me escondia as coisas. –
Lua suspirou.
– Eu só não queria que brigássemos
mais, loira.
– Mas as coisas só foram piorando. Você
sempre soube que esconder as coisas nunca nos ajudou em nada. Sempre brigávamos
quando isso acontecia. – Lua lembrou. – Cheguei a pensar que você estava
decepcionado comigo e que por isso havia ido atrás dela.
– Por que eu estaria decepcionado, Lua?
– Por tanta coisa que eu havia feito,
Arthur e por outras que eu... você sabe... eu falhei também. – Lua abaixou o olhar.
– Já conversamos sobre isso. Talvez não
tanto quanto devêssemos, mas... – Suspirei. – Você não falhou em nada. –
Pontuei. – Essas coisas acontecem... muitas mulheres passam por esse tipo de problema.
Eu sei que fiquei sem chão no começo e que gritei e te culpei. Mas me arrependi
tanto. Te pedi desculpas. Aquilo não foi fingimento. Foi sincero, Lua. Eu
jamais continuaria te culpando. Imagino que pra você tenha sido mil vezes pior.
– Você não consegue imaginar, Arthur.
Não existem números. – Lua fungou. – Isso não poderia ter acontecido comigo. Eu
sou saudável. Eu me cuido. Faço todos os exames. Vou à ginecologista com
frequência. Por que aconteceu?
– Ei... essas complicações nada tiveram
a ver com a sua saúde. Eu sei o quanto você é cuidadosa com tudo isso. –
Esclareci. – Você caiu, querida e a gravidez estava no início. A gente sabe que
todo início de gestação precisa de cuidados. E você nem sabia que estava
grávida. Então está tudo bem. Você não precisa se culpar.
– Mas eu me culpo. Não consigo fazer
diferente. – Lua falou e eu a puxei para um abraço e depois lhe dei um beijo na
testa.
– Ei? – A chamei baixo. – Eu não
procurei por ela. Não tinha porque eu fazer isso. Eu já tinha tudo com você,
meu amor. – Declarei e Lua me encarou.
– Eu sei que sou ótima nisso, Arthur.
– Sim, loira. Você é ótima. –
Concordei. A abracei outra vez e acabei rindo da sua falta de modéstia. – O
sexo com você sempre foi incrível. – Contei. – Mas eu não estou falando só
disso. – Esclareci. – Eu estou falando de amizade, de cumplicidade, de respeito
e tantas outras coisas, Lua. – Expliquei. – Que sempre foram incríveis também,
porque eram todas com você.
– Ai, Arthur... por que você transou
com aquela vadia?
– Eu não transei com ela, Lua.
– Eu nem consigo imaginar... sinto
tanta raiva, tanta revolta.
– Shhh... – Coloquei o dedo indicador
sobre seus lábios. – Não tem o que imaginar, Lua. Porque eu não transei com
mais ninguém além de você.
– Como você pode ter tanta certeza?
Você estava bêbado. Você mesmo admitiu. – Lua me acusou.
– Ela teria aproveitado mais se isso
realmente tivesse acontecido. Você acha que ela guardaria as fotos? É claro que
não. Ela teria aproveitado para te mandar também. Lua, se isso tivesse
acontecido de verdade, Kate, provavelmente, teria engravidado. Você sabe que
existiriam grandes chances disso acontecer. Ela não ia sequer pensar em algum
método para evitar e estaria me atormentado até agora. No entanto, ela
simplesmente sumiu! Eu não sei o que ela pensa que ganhou armando tudo isso.
Embora você ainda insista em não acreditar em mim.
– Eu jamais aceitaria que você tivesse
um filho fora, Arthur. – Lua enfatizou. – Isso seria demais. A não ser é claro,
que quando eu tivesse te conhecido ele já existisse. Mas sei que você não
engravidou nenhuma das suas ex-namoradas.
– Só existe a nossa filha, Lua e mais
nenhum filho. Por favor... quando Harry me falou dessa possibilidade, eu fiquei
nervoso. Porque eu já sabia que você nunca aceitaria.
– Seria lembrar todos os dias que você
havia me traído. Admiro pessoas que são maduras o suficiente para aceitarem
esse tipo de coisa. Mas você me conhece. Então eu não precisaria me explicar.
Eu nunca mais ia querer olhar pra você. Sei que não é bom sentir ódio, mas... –
Suspirou. – vai explicar isso pra quem sente. – Lua revirou os olhos e eu senti
vontade de rir.
– Não diga bobagem.
– Você sabe que não é nenhuma bobagem. –
Me lembrou.
– Eu nunca vou conseguir te odiar, Lua.
– Eu já te odiei... agora só estou com
raiva. – Ela foi sincera e eu adoro isso.
– Eu entendo. – Respondi e acariciei
seu rosto outra vez.
– Mas a gente já consegue conversar. –
Ela sorriu sem mostrar os dentes.
– Eu sempre soube que conseguiríamos manter
uma relação de respeito independente de qualquer coisa. Porque a gente sempre
se respeitou, Lua. – Falei e aproximei meus lábios dos dela.
– A gente não devia fazer isso... – Ela
me avisou baixinho, mas não fez nenhum movimento para se afastar.
– Eu não estou fazendo nada. –
Murmurei.
– Mas vai fazer... eu te conheço. – Ela
retrucou.
– Só se você quiser... se não quiser, é
só me afastar. – Sussurrei ainda com os lábios próximos aos seus. Lua suspirou,
mas não se moveu. – Você sabe que eu não vou forçar nada, querida.
– Eu sei. – Lua respondeu quase que
automaticamente. – O problema...
– Há um problema? – Indaguei.
– Vários. – Lua pontuou. – E um deles é
que eu quero também. – Confessou ao abrir os olhos e me encarar.
– Não é um dos problemas mais graves.
Só... arriscado. Mas parece que gostamos de um pouco de perigo mesmo. –
Respondi tocando meus lábios nos dela e Lua abriu a boca para iniciarmos o
beijo.
Eu não conseguiria apenas beijá-la sem
que as minhas mãos se atrevessem a passear pelo seu corpo; e isso não demorou a
acontecer. Bastou Lua me puxar pela nuca para que eu segurasse uma de suas
coxas um pouco mais para cima e apertasse sua cintura no caminho até a cama.
Lua deitou sobre mim na cama sem cessar
o beijo. Desci o zíper do seu vestido até a cintura e Lua não reclamou da minha
ousadia; talvez eu devesse imaginar que ela só me faria parar quando eu já
estivesse prestes a, literalmente, perder ainda mais o controle.
Eu comecei a passar minhas mãos pelas
suas costas por dentro do vestido e Lua gemeu entre o beijo puxando meu lábio
inferior em seguida. Confesso que adoro essas mordidinhas que ela me dá.
Apertei sua coxa e quase gemi quando Lua tirou uma de minhas mãos da bainha do
vestido que eu tinha começado a puxar para cima. Depois ela se afastou e
espalmou as mãos no meu peito. Reclamei com um murmúrio.
– Você já quer tirar a minha roupa?
Achei que fosse só um beijo. – Ela falou ao me encarar.
– Eu poderia pedir desculpas se
realmente estivesse arrependido. – Comecei. – Mas não estou. – Confessei. –
Além do mais, eu sei que você pararia bem na hora. – Acrescentei.
– Já disse que não vamos transar assim.
– Ela voltou a me lembrar e distribuiu alguns beijos em meu pescoço.
– Eu sei. – Assegurei. – Só queria
ajudar você a tirar a roupa antes do banho. – Justifiquei e Lua riu contra o
meu pescoço.
– A tá. – Ela sussurrou e voltou a me
olhar. – Mas você me lembrou que eu preciso tomar banho. Então é melhor você ir
ver se a nossa filha já está arrumada. – Comentou.
– Lua! – Exclamei frustrado.
– O quê? Viemos parar na cama, Arthur. –
Lua falou como se eu não soubesse. – E você quase tirou a minha roupa. – Ela
não estava brava. Ela estava me provocando.
– Exagerada. Só abrir o zíper do seu
vestido.
– E passou a mão no meu bumbum. – Me
acusou prendendo o riso ao olhar minha expressão.
– Eu gostaria de fazer outras coisas
além disso, Lua. Pode ter certeza. – Falei sincero.
– Eu sei. Eu estou sentindo, Arthur. É
por isso que você deve me esperar lá na sala. – Lua passou o dedo indicador
pela minha barriga; ela estava sentada sobre mim que permaneci deitado de
costas na cama.
– Você vai se arrepender de estar
brincando comigo desse jeito. – Ameacei e Lua jogou a cabeça para trás e deu
uma risada. Amo essa risada.
– Eu não tenho medo. Você sabe. – Ela
sussurrou em meu ouvido antes de morder o lóbulo da minha orelha.
Ela voltou a posição anterior e puxou o
vestido para cima e o tirou.
– Você realmente quer que eu não faça
nada? – Perguntei irônico e Lua assentiu. Ela estava ainda mais linda do que da
última vez que a vi quase sem roupa.
– Você precisa aprender a se controlar.
– Eu o que, Lua Blanco? – Questionei. –
Você está de sacanagem. – Reclamei e ela negou balançando a cabeça.
– Me ajuda aqui. – Pediu levando uma de
minhas mãos até o feixe do seu sutiã; minha outra mão estava em sua coxa.
– Lua, Lua... – Falei, mas não recusei
o pedido. – Você sabe que assim as coisas complicam. – Avisei.
– Sei que é tentador...
– Você não faz ideia. – Abri o feixe do
sutiã e Lua o tirou. A vontade de tocar seus seios estava quase ultrapassando
meu controle e Lua sorriu.
– Você não me engana. – Lua comentou ao
sair de cima de mim.
– Do que você está falando? – Franzi o
cenho.
– Está louco para que eu ceda. – Ela
explicou.
– Aah, mas disso você já sabe. –
Pontuei.
– Mas eu não vou ceder. – Lua saiu de
cima de mim. – Precisamos resolver muitas questões antes de voltarmos a perder
o controle. Você sabe que isso é fundamental para que a gente realmente ponha
os pingos nos i's.
– Eu sei. Concordo com você. – Passei
minhas mãos pelo rosto e me sentei na cama. – Não quero que a gente fique ignorando
as coisas. Isso nunca funcionou com a gente. Acabamos nos machucando todas as
vezes.
– Isso é verdade. – Lua pegou a toalha
de banho. Levantei da cama e caminhei até ela. Segurei o seu rosto com as duas
mãos. – Quando eu te olho, percebo o quanto você cresceu como mulher. Eu gosto
do que eu vejo, Lua.
– Você também cresceu. Só precisa parar
de achar que as pessoas não vão ter coragem de te machucar. As pessoas não são
tão boas quanto você.
– Você sempre tem razão. – Concordei e
Lua sorriu. – Vou te esperar lá embaixo.
– Tudo bem. Vê se Anie já está pronta.
– Estou surpreso que ela não tenha
vindo até aqui... já estamos aqui há um bom tempo. – Lembrei.
– É verdade. Inclusive, eu já devia ter
me arrumado.
– Eu vou deixar você fazer isso. –
Assegurei e lhe dei um selinho antes de deixar o quarto.
Eu sentia como se as coisas estivessem
voltando ao normal. Me senti dentro de um momento em que eu tinha feito as
pazes com a Lua e que minutos depois eu voltaria a irrita-la.
Mas sei que era apenas eu pensamento
que eu havia me apegado. Ainda estávamos distantes de fazer as pazes – e perder
o controle como ela mesmo havia dito.
Encontrei com Anie no corredor. Ela
estava toda de roupa azul e segurava uma jaqueta de couro bege com detalhes
dourados. O tênis era azul, também, com detalhes dourados. Ela não tirava mais
do braço aquele relógio que havia ganhado de presente da minha mão.
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Eu vestia uma calça de moletom na cor
preta com listas vermelhas nas laterais, uma camiseta branca e uma jaqueta nas
cores vinho, preto e cinza. Meu tênis também era de cor cinza. E eu usava um
relógio preto.
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– Você está tão linda, meu anjo. –
Falei e Anie correu para o meu colo.
– Obligada, papai. – Agradeceu ao
segurar meu rosto com as duas mãos. – Cadê a minha mamãe? – Perguntou e olhou
para a porta do quarto.
– Está tomando banho, filha. – Respondi
e Anie voltou a me encarar.
– Vocês bligalam?
– Não. Não brigamos, filha. Só íamos
conversar, lembra?
– É que as vezes vocês bligam mesmo
indo conversar.
– É... você tem razão. Mas dessa vez só
conversamos mesmo. Pode ficar tranquila. – Assegurei.
– Tá. Minha mamãe vai demolar?
– Talvez só um pouco e nem é bom
apressarmos ela. – Lembrei. – Você sabe que ela fica irritada com isso.
– Minha mamãe só é um pouco estlessada.
Não bliga mais com ela, papai. Ela ama você. – Anie contou baixinho.
– Eu também amo a sua mãe e amo você.
Amo muito vocês duas. E é a sua mãe que ama uma briga.
– Mas é porque o senhor irrita a minha
mamãe. – Anie prendeu o riso.
– Aah, sua espertinha! – Exclamei. – E
vocês não me irritam nadinha, não é? – Perguntei e Anie negou balançando a
cabeça.
– Quelo ir logo no circo! – Anie mudou
de assunto e eu sorrir indo com ela para a sala.
– Nós já vamos. Deixa só a sua mãe se
arrumar. – Respondi e sentei com Anie no sofá.
Pov
Lua
Entrei no banheiro assim que Arthur
saiu do quarto. Eu não parava de pensar no que tinha acontecido minutos atrás.
Meu corpo inteiro estava quente e eu agradecia por Arthur ser bem mais
controlado do que eu. Se ele fosse um pouco mais insistente, talvez ainda
estivéssemos na cama e, provavelmente, não só nos beijando.
Eu estava excitada e me lembrei do que
fazíamos quando estávamos juntos. Senti saudades. Na verdade, eu estava com
saudades desde quando o mandei ir embora. Mas há coisas que não podemos
ignorar. Eu estava magoada, mas ainda o amava tanto. Sei que isso demoraria a
mudar.
Depois que me acalmei, lembrei da nossa
conversa antes de começarmos a falar de nós e me senti tão irritada com o que a
minha irmã havia feito. Sophia está ultrapassando todos os limites. O modo como
eu e Arthur lidamos com a nossa vida não é da conta de ninguém e Sophia não
consegue entender isso. As pessoas sempre questionaram o modo como nós dois
dividimos nossas responsabilidades e eu nunca consegui entender o porquê. Já
que não é nada de outro mundo.
Sequei meus cabelos rapidamente antes
de ir procurar uma roupa para vestir. O clima está frio e eu gosto tanto de
vestir moletom que acabei escolhendo uma calça de moletom na cor cinza com
lista branca nas laterais, uma camiseta preta e uma blusa que é par da calça.
Calcei um tênis preto com branco e rosas vermelhas nas laterais. Voltei para o
banheiro e amarrei os meus cabelos, quando saí, peguei uma bolsinha de lado
preta, o meu relógio da mesma cor e fui para sala atrás do Arthur e da Anie.
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– Vamos? – Perguntei assim que terminei
de descer a escada. Os dois assistiam tevê e me olharam rapidamente. Anie
sorriu e levantou do sofá e correu em minha direção.
– Vamos, mamãe. Eu já tava ansiosa. –
Contou e eu sorrir.
– Já estou pronta. – Avisei e Arthur
desligou a televisão e deixou o controle sobre a mesinha de centro.
– Então vamos. – Ele respondeu. Arthur
estava com um meio sorriso, mas não comentou mais nada e andamos em silencio
até o carro, mas eu não me sentia incomodada.
– Selá que tem mágica, papai? – Anie
perguntou curiosa quando terminei de colocar o sinto de segurança nela. Arthur
tinha acabado de sentar no banco do motorista. Fiquei indecisa de sentava ou
não no bando do passageiro ao lado dele ou se me sentava no bando de trás.
Parecia bobagem, ainda mais depois do que aconteceu mais cedo. Arthur percebeu
e sorriu negando com a cabeça antes de responder a pergunta que Anie havia
feito.
– Com certeza, pequena.
– UAU! Vai ser muito legal. – Anie
disse animada.
– Vai ser sim, filha. – Arthur afirmou
e eu suspirei antes de me sentar ao lado dele. – Você estava escolhendo na
sorte que lugar sentar? – Ele me provocou antes de olhar para trás e sair com o
carro da garagem.
– Não seja idiota. – Retruquei e ele
riu.
– Não seja você, uma boba, querida. –
Ele disse baixo e me olhou rapidamente.
*
– Uuuaau! Que legal! É bem glandão o
circo, papai. Quelo pipoca. – Anie logo pediu.
– Você vai querer alguma coisa, Lua? –
Arthur me perguntou tirando a carteira do bolso.
– Não. Obrigada. – Respondi.
– Vem comigo, filha. – Arthur a
convidou. – Vamos comprar os ingressos antes de comprarmos a pipoca. –
Explicou.
– Tá, papai. Vamos. Eu tô ansiosa. A
senhola vem, mamãe?
– Vou ficar por aqui. – Falei. A fila
estava um pouco grande e eu acabei me sentando em um banco em frente ao
carrinho de algodão-doce. Tinha muita criança. E minutos depois começaram a
anunciar que em trinta minutos começaria o próximo espetáculo.
– Quelo algodão-doce depois também! –
Anie exclamou quando Arthur lhe entregou um balde médio de pipoca. – Do
amalelo! – Ela escolheu.
– Vamos? Ou você quer que eu traga o
espetáculo para cá? – Arthur me provocou.
– Não seria uma má ideia. – Respondi
antes de revirar os olhos e Arthur estendeu uma das mãos para que eu segurasse.
– Vamos, não precisa ficar tão
desanimada. Circo é legal. – Arthur comentou. Ele estava super empolgado igual
todas as crianças que estavam ali.
– Eu não gosto de palhaços. –
Resmunguei.
– Nesse circo não têm só palhaços. Têm
apresentações diferentes. – Arthur explicou e eu segurei em sua mão para me
levantar do banco.
– Por favor, só não me diz que comprou
lugares na frente.
– Não. Sei que você não ia gostar. –
Agora foi a vez dele de revirar os olhos. – Anie? Não corra. – Arthur a chamou.
– Eu não tô colendo, papai. Só andando
rápido. – A pequena respondeu de uma forma extremamente engraçada e nós
acabamos rindo.
– Literalmente é sua filha, Lua.
– Com toda certeza. – Concordei.
Achamos nossos lugares e Anie sentou-se
do lado do Arthur e eu acabei sentando do outro lado.
O espetáculo não demorou para começar.
As crianças não faziam nenhum barulho, todos estavam vidrados nas apresentações,
tinha: perna de pau, mão a mão, contorcionismo, malabares, acrobacias, tinha
pirâmide humana – gostei bastante dessa apresentação –, tinha tecido e
trapézio, número com fogo, número de mágica e palhaço – que não poderia faltar.
Anie estava feliz, eu podia notar pelo
seu olhar encantado. Isso me deixava bastante feliz também. Ela riu muito na
apresentação dos palhaços. Arthur não estava diferente dela, ele gosta dessas
coisas. Arthur é tão sensível que as vezes eu esqueço que sabe me irritar na
mesma intensidade.
– O que você achou? – Arthur me
perguntou quando começamos a caminhar para a saída.
– Só gostei da pirâmide humana. –
Respondi.
– Ei, os truques de mágicas foram
legais! Bem originais.
– Não vem me dizer que você acreditou
naquilo, Arthur? Por favor... – Comentei.
– Não é essa a questão, Luh. Eu ia
gostar de saber fazer aqui. – Ele me disse e depois riu. – O que foi?
– Você é estranho. Ainda não tinha me
dado conta.
– Eu também gostei do mágico. Gostei da
parte da água que não caiu. Por que, papai?
– Eu não faço ideia, filha. Mas a sua
mãe deve ter uma explicação para isso. Segundo ela, essas coisas não são reais.
– Arthur respondeu.
– Anie não precisa saber disso agora. –
Retruquei e Arthur apertou a minha bochecha.
– Mas eu vi! – Anie exclamou.
– Seu pai só está brincando, filha.
Você sabe que ele adora me irritar. – Expliquei e Anie o encarou com as duas
mãos na cintura.
– Eu já disse, papai que não é pla
irritar minha mamãe. – Ela pontuou e eu o encarei.
– Eu não prometi nada. – Arthur se
defendeu.
– Mas eu falei. – Anie retrucou e
voltou a andar.
– Essa garota é mandona igual a você.
Ela que devia me obedecer. – Arthur comentou divertido.
– Você tem é sorte. – Respondi.
– Estou é ferrado com vocês duas
querendo mandar em mim.
– Querendo é? – Ironizei.
– Uhm... acha que manda? – Ele indagou.
– Só tenho certezas, Arthur. – Respondi
e ele riu me empurrando de leve com o ombro esquerdo.
– Quelo o algodão-doce. Pode mamãe?
– Pode, filha. – Respondi com um leve
sorriso e Anie me jogou um beijo no ar.
Pov
Arthur
Liverpool
| Quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016 – Dez e vinte da noite.
Fazia um pouco mais de uma hora que eu
havia chegado no apartamento, depois de deixar Lua e Anie em casa. Nossa tarde
foi tão agradável que eu quase esqueço que temos tantas coisas para conversar.
Eu já havia tomado banho e estava
prestes a dormir, mas a lembrança do que eu e Lua havíamos feito mais cedo não
me deixava fechar os olhos. Eu estava com
tanta saudade de beijar aquela mulher, de conversar com aquela mulher sem
brigar, sem gritar.
Meu celular apitou e eu suspirei. Eu
não fazia ideia de quem estava me mandando mensagens àquela hora.
Mensagem
ON
“Boa noite, baby. Eu já estou com saudades de você.”
“Desculpa ter sumido. Mas tive que
resolver alguns probleminhas.”
“Quando podemos nos ver novamente?”
“Beijos.”
K.
Mensagem
OF
Essa mulher só pode estar de palhaçada
com a minha cara. Bloqueei a tela do celular e deixei sobre o criado-mudo. Isso
não poderia voltar a acontecer. Eu e Lua já voltamos a conversar sem brigar. Se
ela souber disso, vamos discutir novamente. Tudo só vai complicar outra vez.
Suspirei passando as mãos pelo rosto.
Eu estava outra vez sem saber o que fazer.
Continua...
SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA.
N/A: Boa
noite, leitores! Consegui trazer mais uma atualização para vocês. Quem aí ficou
feliz? Haha \o/ E é um capítulo enooooormeee!
ATENÇÃO,
LEIA! Volto a dizer que: Não sei
quando irei postar outro capítulo depois desse. Espero que compreendam. Alguns
leitores no capítulo anterior me pediram para que postar logo e outros ficaram
perguntando quando eu iria postar novamente. Gente, eu estou estudando. E estou
usando o tempo que não tenho para escrever aqui e acolá um pedacinho do
capítulo até finaliza-lo. Tenho ensaio de peça, trabalhos para entregar e uma
prova na segunda-feira para fazer e mesmo assim decidi terminar hoje esse capítulo
para poder postar. É provável que uma outra atualização só aconteça em
dezembro.
OBRIGADA A
TODOS OS COMENTÁRIOS DO CAPÍTULO ANTERIOR – Espero
que vocês repitam neste também. Haha 😊
Quero saber
tudinho o que vocês acharam desse capítulo. Devem ter pirado com a parte da conversa
entre a Lua e o Arthur não é mesmo? Ou estou enganada? Haha Lua sabe como
provocar direitinho o Arthur.
PS¹:
Eu dedico a cena do Arthur e da Anie no jogo do Chelsea
à Brenda – minha pessoa e assessora de fanfic <3. Que sempre
discute os assuntos da história comigo e me dá ideias (a gente pira muito
falando sobre isso haha), ela ama futebol e ama o Chelsea. Eu não podia deixar
passar essa oportunidade. É surpresa e ela está doida para saber sobre o
spoiler que eu me recusei a mandar. É isso, amiga. Espero que tenha gostado.
PS²: Já a cena
em que eles saíram em família, eu dedico à Lis, à Camila, à Caroline e à Ana Júlia
que são leitoras da fanfic e que fazem parte do grupo de L.A no whats e me
pediram um momento dos três em família, sem nenhuma briga e sem ninguém se
metendo. Eu espero demais que vocês leiam e que, sobretudo, gostem.
PS³: Teve bastante
link nesse
capítulo, não é mesmo? Vocês abriram? Me digam se gostaram.
Lua e Harry! <3
E o Arthur com ciúmes
do Harry? Haha nem quis mais ir atrás do barman para saber a verdade sobre a
armação.
O que acham
dessa intromissão da Sophia no assunto dos dois? Parece que ela tá fazendo de
tudo para atrapalhar ainda mais as coisas entre o nosso casal. </3
E esse finalzinho?
Que mensagem inesperada! Que bomba vai vir por aí? A gente não aguenta mais uma
briga.
No mais, é isso, gente. Até a próxima atualização. Beijos.
COMENTEM. COMENTEM. COMENTEM.
Eu amo demais essa web, fico tão feliz quando tem atualização <3
ResponderExcluirAnie indo pro jogo com o Arthur, a coisa mais fofa desse mundo..
Amo a amizade da Lua com o Harry, um dos meus momentos preferidos.
Amei demais o momento em família, quero mais momentos assim, por favor..
Leve o tempo necessário para a próxima atualização, estaremos ansiosos esperando. <3
Ale
Porraaaa Milly vc é topadaa mesmo. Capítulo maravilhoso do começo ao fim, lua bêbada é uma graça e melhor ainda é o Arthur contanto as loucuras q ela faz ou pede né kkkkkk ain não aguento com o Arthur sentindo ciúmes do Harry, é engraçado ele sentir ciúmes da amizade dos dois, pq Arthur já falou uma vez q se o Harry pensar em olhar a lua como mulher e não amiga iria dá uma bela surra nele. Tão lindo esse momento em família, só a Anie para conseguir juntar eles ♥️ pirandooo com esse momento recaida, Arthur é realmente bem controlado pq só assim para não insistir em algo mais com a lua, aproveitar a oportunidade, ele respeita muito ela. Obrigada Milly pelo capítulo espetacular. Vá estudar mesmo, só quero q suas férias cheguem logo. 🙌
ResponderExcluirAAAAAAAAAAA PARA EU TÔ APAIXONADA 💙💙💙 GO BLUES!!!
ResponderExcluirVOU TE MATAR NO WHATSAPP APENAS ISSO
Ahhhhh Milly,que capítulo maravilhoso. Obrigada por dedicar uma cena em família para mim. Você arrasa sempre. Espero ter outro posto em breve,estou ansiosa para saber as cenas dos próximos capítulos com a K de volta (ranço). Beijos. Ana Júlia
ResponderExcluirNossa Milly que arraso de capítulo!! Eu literalmente pireiii na conversa deles dois,que saudades que estava deles dois conversarem sem brigarem e especialmente da Lua provocando o Arthur kkk isso ela sabe fazer direitinho kkk
ResponderExcluirNossa a Lua tem que colocar a Sophia no seu devido lugar,ela passou de todos os limites, estou odiando essa atitude ridícula dela
E pra finalizar eu amei o momento que o Arthur teve com a Anie e principalmente o momento em familia, eles estavam precisando disso,especialmente a Anie que é tão novinha e esta sofrendo com essa separação,fiquei feliz em que ver ela feliz *___*
Milly que final é esse, infelizmente essa infeliz voltou pra continuar atormentando a vida deles, espero que o arthur resolva isso logo!!!
Caroline
Amei o capitulo , sabe seria incrivel um capitulo de flashback do começo do namoro ou ate mesmo a descoberta da gravidez. Lembro do capitulo que fez com flashback da gravidez e com ''trauma'' da Lua durante o período do parto.
ResponderExcluirContinua amo sempre atualizo aqui pra vê se tem capitulo novo
É muito bonito essa relação entre pai e filha. essa amizade lua e Harry e linda.
ResponderExcluirBy: Sofia
Posta mais, ansiosa pelo próximo capítulo
ResponderExcluirNossa agora que vim ver se tinha atualização e olha a surpresa faz e tempo...kkk
ResponderExcluirE como sempre mais um capítulo lindo...A lua e Arthur estão precisando de mais momentos como esse de colocar os pingos nos "i".ansiosa para o próximo capitulo
amo demais essa web e estou muito ansiosa pro próximo capítulo.
ResponderExcluirQuero que eles voltem logo e tudo fique bem :( <3
Dezembro chegou e atualização não...
ResponderExcluirConcordo...E muito ruim essa demora.a gente fica esperando esperando e nada tudo que se começa tem que ter compromisso.
ExcluirNossa ela já explicou mil vezes sobre isso,se não querem esperar parem de ler
ExcluirGente, eu estudo. E como relembraram muito bem aqui, já expliquei mil vezes. Eu não sumo, eu deixo bem explicado. Se vocês não gostam de esperar, não leiam! Não vou deixar os meus estudos de lado. E eu tenho compromisso sim com tudo que faço, se fosse como tantas outras, já teria abandonado isso aqui há tempos! Mas tenho compromisso com vocês e já prometi que finalizarei a fanfic. Paciência se vocês não entendem! Não é porque chegou dezembro que entrei de férias ou não tenho nada para fazer. Meu semestre só acaba em janeiro, gente!
ExcluirEsperando ansiosamente pela continuação,sua escrita faz a gente se apaixonar e nos sentir próximos dos personagens. Essa sem noção já vai voltar a aprontar e o meu casal volta quando? Roendo as unhas
ResponderExcluir