Little Anie - Cap. 84 | 3ª Parte

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Little Anie | 3ª Parte

Quando olho em seus olhos
É como observar o céu à noite
Ou um belo nascer do sol
Tanta coisa eles carregam
[...]
Não vou desistir de nós
Mesmo que os céus fiquem agitados
Estou te dando todo meu amor
Ainda estou melhorando
E quando você precisar do seu espaço
Para navegar um pouco
Estarei aqui esperando pacientemente
Para ver o que você vai encontrar
Porque até as estrelas, elas se acabam
Algumas até caem sobre a Terra
Temos muito a aprender
Deus sabe que merecemos
Não, não vou desistir
Eu não quero ser alguém que vai embora tão facilmente
Estou aqui para ficar e fazer a diferença que eu puder
Nossas diferenças fazem muito para nos ensinar como usar
As ferramentas e os dons que temos, sim, temos muita coisa em jogo
– I Won't Give Up | Jason Mraz

Pov Lua

Londres | Sábado, 12 de dezembro de 2015 – Oito e meia da manhã.

Eu não sei aonde o Arthur se enfiou. Estou com tanta raiva que nem faço ideia de qual será a minha reação quando ele chegar em casa. Provavelmente, ele não dormiu na casa do Harry. Comecei a descartar várias possibilidades a cada minuto que eu notava que estava amanhecendo. Não tinha por que ele dormir fora de casa quando me assegurou que voltaria antes da meia noite. Acidente ele não sofreu, porque notícia ruim chega logo e já tinha amanhecido há horas. Morto ele não estava, mas minha raiva é tão grande que eu estou com medo da minha reação quando o ver.

Me acordei cedo, quase seis horas da manhã e não conseguir mais voltar a dormir. Levantei e fiquei andando horas pelo quarto. Eu estava tão nervosa, aliás, ainda estou nervosa e irritada, muito irritada. Resolvi tomar um banho perto das sete e meia da manhã sem acreditar que Arthur ainda não tinha voltado para casa.

Não sei o que ele vai me dizer para justificar essa noite que passou fora de casa. Mas seja a desculpa que for, tem que ser muito boa para me fazer acreditar. Arthur é péssimo com mentiras. Ele fica nervoso e começa a confundir as coisas. Então é algo que ele nem tenta e espero que ele não invente de fazer isso hoje, porque não vai dar certo.

– LUUUH... – Ouvi Carla me chamar.
– MAAAMÃÃÃEE... – Agora foi a vez da Anie me chamar e logo elas apareceram no quarto.
– O que aconteceu? – Indaguei preocupada. Será que é alguma notícia do Arthur? Perguntei internamente. – Por que vocês estão gritando tanto? Eu hein... – Acrescentei.
– Chegou plesente pla você! – Anie exclamou pulando na cama.
– Presente? Se for do seu pai, vou jogar na cara dele. – Resmunguei.
– A gente não sabe de quem é. – Carla respondeu. – É um envelope. Anie que disse que é presente.
– Quem mandou? – Perguntei pegando o envelope da mão dela.
– Não tem o nome de quem mandou. Só o seu.
– Estranho... mas tudo bem. Obrigada. – Agradeci e Carla saiu do quarto. – O que você quer, hein sua curiosa? – Brinquei com Anie.
– Cadê o meu papai? – Anie perguntou depois de sorrir com o meu comentário.
– Eu também adoraria saber, meu anjo. – Respondi sincera.
– Ele foi trabalhar? – Ela continuou.
– Não, filha. Por que você não vai brincar? – Sugeri.
– Tááá... – Ela me abraçou pelo pescoço e me deu um beijo na bochecha. – Te amo, mamãe.
– Te amo mais, meu anjinho. – Lhe dei um beijo na testa e a coloquei no chão.

Anie saiu do quarto e eu peguei o envelope de volta. Eu estava achando tudo isso muito estranho. Quem me mandaria esse envelope? E o mais importante, o que tem nesse envelope? Parece coisa de filme de suspense e eu odeio filmes! Me sentei na cama e abri o envelope amarelo. Estava bem fechado, tive que usar uma tesoura. Pelo que eu podia sentir, eram papéis. Documentos talvez? Não faço ideia. Estou com uma sensação péssima.

Só não caí quando peguei o conteúdo do envelope, porque eu já estava sentada na cama. Eram fotos, várias fotos, cinco fotos que com certeza, acabaram com o meu casamento.


Que merda o Arthur tinha feito?

Ele podia dizer milhões de vezes que o homem da foto não era ele, por conta da ausência da aliança; o que me fez sentir mais raiva ainda.

Ele tirou a aliança!

Por que ele estava com a Kate?

Quero matar o Arthur.

Mas era ele, com toda a certeza do mundo. Reconheceria Arthur de qualquer forma. A camisa, as mãos, o volante do carro...

A minha vontade de chorar só não é maior do que a minha raiva. Não me recordo de já ter sentido tanta raiva na vida. Não consigo entender o que levou o Arthur a fazer uma coisa dessas! Isso não tem explicação! É como se ele tivesse jogado fora a nossa vida toda sem se importar. Me lembro de ter pedido tanto para ele resolver essa situação e não para ele transar com essa vadia.

CANALHA!

Em nenhum segundo da minha vida desde que decidimos ficar juntos, eu pensei que passaria por uma situação dessas. Arthur não é assim... não era pelo menos até ontem... Senti quando uma lágrima passou rapidamente pela minha bochecha e depois eu nem pude mais controlar as que vieram em seguida.

Toda vez que eu via as fotos e lia o nome amor junto com as datas em todas elas, mais eu chorava e mais raiva eu sentia. Eu não conseguia me controlar. Agora eu nem sabia mais se queria ver Arthur na minha frente. Kate mandou a aliança dele junto com as fotos, mal posso esperar para saber o que ele vai me contar a respeito disso.

Pov Arthur

Eu não sei em que bairro eu tinha ido parar, mas era bem longe do Bayswater – eu estava muito longe de casa –. Demorei quase uma hora para pegar a avenida Oxford Street. Eram quase nove horas da manhã. Eu nem faço ideia da Lua que irei encontrar quando colocar os pés em casa. Mas com certeza, é uma Lua que eu não queria encontrar. Estou muito nervoso.

Ela vai querer me matar!

Não conseguia dirigir mais que sessenta quilômetros por hora. Perdi as contas de quantas vezes buzinei com o semáforo fechado para mim. Meus pensamentos estavam o tempo todo em Lua e na merda que aconteceu ontem a noite.

Como vou dizer isso a ela e continuar vivo e, principalmente, casado?

Se Lua já ficou nervosa só de ver as fotos que a Kate me enviou, imagina se ela me escutar dizer que quando acordei, Kate estava completamente nua ao meu lado? Lua vai surtar. O meu casamento vai acabar. Nem sei o que fazer.

Quando entrei na rua de casa, automaticamente, diminuir a velocidade do carro. Ao passo em que eu me aproximava de casa, mas longe eu queria estar. É bem contraditório. Mas eu sei que não tem como fugir.

Estacionei o carro na garagem e levei alguns minutos para pegar a chave de casa e sair do carro.

Pov Narrador

Quando Arthur abriu a porta de casa, deu de cara com uma sala vazia. Anie deve estar brincando há uma hora dessas, já que não está assistindo tevê – pensou ele. Fechou a porta com todo cuidado que podia ter. Estava pedindo para que Lua não aparecesse ali. Não sabe o que fazer quando a encontrar, nem sabe o que começar a falar primeiro. Arthur conhece a mulher que tem e sabe que, isso é o tipo de coisa que Lua jamais perdoará. Ela tem opinião forte e uma personalidade mais forte ainda. Lua odeia desculpas que poderiam ser evitadas. Arthur sabe muito bem disso.

Subiu a escada o mais devagar que conseguiu. Anie não estava no quarto dela e Arthur começou a pensar que gostaria que a filha nem estivesse em casa. Sabia que não teria uma conversa civilizada com Lua e não queria que a filha presenciasse isso.

Arthur sabe que nunca poderá culpar Lua, seja qual for a reação dela quando eles se encontrarem. Ele tem quase certeza de que a mulher nem o deixará falar e ao mesmo tempo pedirá mil explicações sem querer escutar nenhuma.

O que Arthur nem imagina, é que durante a quase uma hora desde que Lua recebeu o envelope com as fotos – que ele nem sonha que Kate tirou e mandou para ela –, Lua decidiu fingir que não sabe de nada, aliás, ela nem sabe muito mesmo. Só pode deduzir pelas fotos, e uma dedução e tanto, ninguém pode negar. Ela está ansiosa para escutar tudo que o Arthur tem a dizer. Sua ansiedade e sua falta de controle estão numa disputa tremenda, e no fundo, Lua sabe que a segunda pode ganhar sem muito esforço – basta Arthur gaguejar.

Arthur sentiu algo estranho ao entrar no quarto, mas teve quase certeza de que era alguma coisa da sua cabeça. Ele estava nervoso e isso estava contribuindo bastante para as paranoias que ele vinha pensando desde acordou na cama com outra mulher.

– Lua?

Ele chamou porque não a viu pelo quarto. Lua não teria saído, para ele, isso era a última coisa que ela faria. Mas Lua não respondeu. Arthur foi até o closet e nada. Depois seguiu para o banheiro e encontrou a porta encostada. Lua estava ali e Arthur não tinha dúvidas. Ele empurrou a porta devagar e encontrou a mulher arrumando o cabelo em frente ao espelho. Lua estava diferente e Arthur não sabia se sentia medo ou preocupação.

– Então você resolveu encontrar o caminho de casa só agora? – Lua questionou. – Sabe... – Ela começou e virou-se para encara-lo. – Chaguei a pensar que ainda não tinha dado meia noite no seu relógio. – Completou irônica. Arthur não gostava disso e Lua fazia porque sabia muito bem disso. Ele não estava no direito de querer que Lua o tratasse bem numa hora dessas.
– Para de falar desse jeito. Você sabe que eu odeio. – Arthur falou. – Precisamos conversar. – Acrescentou.
– A é? Eu não espero menos que isso. Aliás, não estou esperando muita coisa depois de você ter dormido fora de casa. – Lua deixou claro.
– Tá... – Arthur passou as mãos agoniadas pelo rosto. – Para de fingir que você está acalma.
– Você nem devia estar me pedindo isso... – Lua o lembrou. – Estou um pouco ansiosa para escutar o que você tem pra dizer. – Ela deixou o secador de cabelo junto com a escova de pentear os cabelos sobre o balcão da pia e andou em direção ao marido. – Então... Arthur? – A mulher indagou e pediu com o gesto de mão para que ele saísse da porta.
– É que eu odeio quando você age assim. Nunca sei o que vem depois! – Arthur confessou. Estava nervoso porque não sabia o que Lua seria capaz de fazer.
– Tem muita coisa que eu estou o-d-i-a-n-d-o também! –  Lua exclamou. –  E acho que você já deve saber. Já pode começar a falar... seja qual for a desculpa que você vá inventar. – Lua pediu tentando manter-se calma. Mas estava ficando cada vez mais difícil.
– Não vou inventar nada. Só não sei o que começar a falar primeiro. – Arthur estava desesperado, mas não queria demonstrar isso. Ou então as coisas poderiam parecer bem piores do que tinham sido. Ele tinha certeza de que não tinha transado com Kate. Isso não pode ter acontecido.
– Que tal começar com a verdade? Acho que você já enrolou demais. – Lua criticou.
– Mas eu ainda nem disse nada. – Arthur se defendeu indo atrás da mulher que não fazia nenhuma questão de permanecer perto dele. – Me escuta!
– Você não quer dizer nada e eu não estou a fim de ficar olhando para essa tua cara de pau. Ou vai me dizer que dormiu na casa do Harry? – Lua perguntou já sentindo todo o controle que ela estava lutando para manter, ir embora.
– Não dormir na casa do Harry. – Arthur retrucou. – Eu não estou pensando em mentir pra você. – Garantiu se sentindo ofendido.
– Então por que você não começa a me contar o que te levou a dormir fora de casa ontem a noite? – A loira pediu explicações de braços cruzados. – Se é que você dormiu. – Murmurou ao lembrar-se das fotos que recebeu mais cedo junto com a aliança. É claro que ela não podia esquecer dessa parte.
– É claro que eu dormir. – Arthur revirou os olhos ao retrucar a sarcasmo da mulher. – Por que você está dizendo isso? –  Tentou saber.
– Porque até agora você não me disse nada e isso já me deixando nervosa. Odeio ficar nervosa. – Lua explicou. Sentia uma vontade imensa de jogar aquelas fotos na cara dele, junto com a aliança. Talvez o momento esteja até se aproximando, ela pensou. Arthur sentou-se na cama, já tinha trancado a porta do quarto quando entrou. Ele nem sabia como encarar a mulher que agora estava de braços cruzados em sua frente.
– Saí daqui para encontrar com os caras...
– Disso eu sei. Espero que você não tenha mentido sobre isso. – Lua pontuou ao interrompê-lo.
– Eu não teria por que mentir. – Arthur respondeu com segurança. – Nos encontramos em um pub que fica na Fleet Street... estava tudo ótimo até a Kate aparecer por lá. John até ofereceu dinheiro para ela ir embora, mas ela recusou e ficou lá enchendo o meu saco.
– Como sempre, Kate aparecendo nos lugares assim... do nada. Isso é bem estranho. Nem sei se acredito mais. Agora até o John está envolvido nessa baixaria que você não consegue resolver sozinho? Francamente, Arthur. – Lua negou com a cabeça e quase riu, estava irritada demais. – Aí pra ela parar de encher o teu saco, você resolveu que transar com ela seria a incrível solução? – Lua perguntou seca.
– Ninguém transou! – Arthur quase gritou.
– Aaah não? – Lua insistiu. As coisas só estavam se complicando para ele.
– Claro que não, Lua! Eu não sei o que aquela louca colocou na minha bebida, mas deve ter sido alguma merda...
– Espera aí... então vocês beberam juntos? – Questionou sem acreditar no que havia escutado.
– Não! Não bebi com ela! Mas eu também nem tinha bebido tanto... me lembro de ter saído de lá com o Harry, mas quando fui procurar a chave do carro, lembrei que tinha tirado no bar, junto com a carteira e voltei. Não lembro de mais nada. – Arthur confessou.
– Ou essa história é mentira ou está muito mal contada. Porque eu não entendi nada, querido.
– Não me chama de querido. – Ele quase implorou. Não suportava mais ouvir essa palavra. Sentia até vontade de vomitar. Lua arqueou as sobrancelhas. – Essa é só a primeira parte da merda que aconteceu. – Arthur avisou cautelosamente.
– Aposto que a segunda é bem melhor. – Lua comentou divertida e Arthur revirou os olhos.
– Você vai parar de debochar quando?
– Quando você me contar a verdade... e aah... querido. – Enfatizou. Se Arthur escutou isso a noite toda, com certeza não foi da boca dela. –  Já estou sem vestígios de paciência. – Lua contou. – É melhor você começar a me contar, exatamente, o que aconteceu.
– Eu não lembro! Acordei hoje em um lugar que até agora eu nem sei onde fica. Fiquei mais de uma hora tentando achar a Oxford Street para chegar aqui no Bayswater. Eu não faço ideia... – Arthur colocou as mãos na cabeça sem saber o que dizer; não se lembrava mais de nada mesmo. – Kate ficou dizendo um monte de bobagens que eu tenho certeza de que não aconteceram.
– Para de mentir! – Lua exclamou empurrando Arthur pelos ombros. Ele a olhou assustado. Pois já sabia que Lua tinha perdido a paciência. – Agora é fácil pra você colocar a culpa na droga da bebida. Isso é típico dos homens e você não vai me enrolar com essa historinha. Te pedi muitas vezes pra você resolver a merda desse problema que já voltou tantas vezes para atrapalhar a nossa relação, mas parece que você entendeu errado e resolveu transar com aquela vadia. Você tem noção de que o nosso casamento acabou, não é? – Lua foi direta demais. Não conseguia enxergar outro caminho.
– NÃO FALA ISSO! – Arthur gritou nervoso.
– VOCÊ TRANSOU COM A KATE! – Lua gritou de volta, mas diferente dele, irritada.
– NÃO TRANSEI!
– ESSAS FOTOS TE FARÃO LEMBRAR DAS COISAS QUE VOCÊ TÁ FINGINDO QUE ESQUECEU... – Lua contou jogando as fotos em cima de Arthur. Ele nem sabia de que fotos ela falava.
– Do que você tá falando? – Perguntou ao pegar uma das fotos. Você só não se lembra. Mas eu irei te recordar. Só esperar. Arthur lembrou do que Kate havia lhe dito sobre a noite passada.



Que merda de fotos eram essas? Perguntou para si mesmo ao ver cada uma das fotos.

– É você. É você em todas elas! Eu reconheceria você até no escuro, Arthur! – Lua falava com raiva. Arthur podia sentir. – Você já pode me poupar das suas mentiras. Nunca imaginei que você fosse igual a todos esses homens escrotos, canalhas! Eu sempre coloquei a minha mão no fogo por você. Sempre afirmei que você era diferente dos outros caras. Porque eu confiava em você. Nunca pensei que um dia você faria uma coisa dessas comigo. Sempre fomos tão amigos antes de sermos qualquer outra coisa. Já passamos por tantas situações, mas jamais acreditei que um dia passaríamos por isso. Você sempre soube que traição é uma das coisas que de maneira nenhuma, eu irei perdoar. Não nasci para ser enganada por homem nenhum, por ninguém, Arthur. E sempre te deixei isso bem claro. Quando vi essas fotos, pra mim, foi o fim. Nada do que você me dissesse quando chegasse, ia me fazer mudar de ideia. Porque isso é o tipo de coisa que não tem explicação! Eu não vejo nenhuma! Não estávamos tão bem como há alguns meses... mas eu achei que você quisesse consertar as coisas. Porque você disse que ia resolver. – Lua desabafou completamente decepcionada. – Quando tirei sua aliança daquele envelope... – Ela jogou em cima dele a aliança que acabou caindo no chão. – Pra mim foi só uma confirmação de que o nosso casamento, definitivamente, acabou.
– Esse foi o ano que menos estivemos bem, Lua. Você sabe disso. – Arthur retrucou.
– Então você teve motivos para agir dessa forma? – Lua questionou. – Porque mesmo diante de tudo o que aconteceu, eu jamais pensei que a solução seria transar com outro homem. – Lua alfinetou.
– Não. Porque eu não agi dessa forma! Não transei com a Kate! Por que você não acredita em mim?
– PORQUE É IMPOSSÍVEL! EU SINTO TANTA RAIVA. SINTO NOJO! POR QUE VOCÊ FEZ UMA COISA DESSAS COM A GENTE? POR QUE VOCÊ JOGOU O NOSSO CASAMENTO FORA? A NOSSA FAMÍLIA, ARTHUR! – Lua perguntou entre lágrimas.

Não tinha como ser forte o tempo todo. Uma hora ela sabia que desabaria. Mas quem dessa vez a seguraria? Se a única pessoa que sempre esteve com ela nos piores momentos é a mesma que a colocou em um deles agora.

– Não transei com aquela mulher, Lua... – Arthur voltou a afirmar. Mas a verdade é que ele mesmo quer acreditar que isso realmente não aconteceu. – Quando acordei eu estava mesmo com ela. Não faço ideia de como cheguei ali. Mas eu não posso ter transado com ela, Lua. Eu não faria isso nem bêbado. PELO AMOR DE DEUS! – Arthur bateu com as duas mãos no colchão. – ACREDITA EM MIM!
– VOCÊ DORMIU FORA, TEM FOTOS DE VOCÊS E VOCÊ QUER QUE EU ACREDITE QUE VOCÊS NÃO FIZERAM NADA? –  Lua suspirou. –  Não foi você mesmo quem disse que não lembra de nada? Como pode afirmar? Até a aliança foi ela que mandou entregar! – Lua riu sem acreditar.

Isso é mais. O quão mais humilhada ela ainda seria?

– Como você acha que eu me senti quando vi isso? Como você acha que eu estou me sentindo agora? Você nem lembra do que aconteceu. Você diz isso porque você mesmo quer acreditar que não aconteceu nada! – Lua concluiu.
– Não quero perder você. Não quero que o nosso casamento acabe! Você sempre soube que é a pessoa mais importante da minha vida! – Arthur também chorava. Nem conseguia pensar na ideia de não ter Lua todos os dias ao seu lado. Sabia que Lua nunca esteve tão decepcionada com ele como estava agora.
 – Você tá sendo egoísta! Você pensa que só você tá sofrendo? – Lua perguntou indignada. – Acabei de te dizer que sempre coloquei a minha mão no fogo por você. Arthur... as pessoas sentiam inveja de mim por ter um marido como você... lindo, gostoso, sexy... você sabe que é tudo isso, mas pra mim... você sempre foi mais, mais... bem mais, Arthur. O Homem sempre sabia das minhas vontades. O Homem que sempre se preocupava comigo e me ajudava, me ajudava em tudo. O Homem que mais me conhece nessa vida. Às vezes eu me assustava com as coisas que você falava sobre mim mesmo. Você sempre foi um homem atencioso, carinhoso, paciente. Há tantas qualidades em você que tinham momentos em que eu duvidava se podiam existir pessoas assim. Você sempre foi um dos poucos homens que eu admirei na minha vida, você sabe quem são os homens que eu admiro. Não são tantos assim... e parece que agora, nem você é mais um deles. Infelizmente.

Escutar essas coisas da mulher que Arthur mais admira e ama na vida, é pior do se ela tivesse resolvido lhe dar um tapa, um soco ou usar qualquer outro tipo de agressão, de violência.

– Você sempre foi tudo o que eu mais pedi na vida. Te amo tanto, mais tanto... que você nem tem ideia. – Arthur disse quase sufocado pelas lagrimas. Lua não podia duvidar agora do amor dele por ela.
 – Não sou tudo o que você pediu, Arthur. Já falhei tantas vezes. A gente tem tanto o que aceitar em nós mesmos.
– Você está sendo boba! É você quem não aceita! Você sempre acha que nunca é ou nunca faz nada que seja suficiente. Eu odeio essa sua insegurança idiota que muitas vezes chega a ser contraditória com a sua personalidade. – Arthur disse com raiva.

Odiava quando Lua falava desse jeito dela mesmo. Será que ela nunca entenderia que ele a ama, exatamente, do jeito que ela é? Do jeito que ela sempre foi? Ele também já tinha falhado tantas vezes... e essa última nem se compara com as falhas que Lua atribuiu a ela.

– Você foi contraditório agora... não foi você quem me pediu para que nunca tirasse essa aliança? – Lua perguntou desapontada. – Mas foi você quem tirou primeiro. Agora... – Lua começou a tirar a aliança. Não queria que isso estivesse acontecendo. Mas ela não estava suportando mais. Sabia que não ficaria menos triste sem esse símbolo do compromisso que eles tinham. – Agora não faz diferença eu ser a segunda a tirar. –  Lua colocou a aliança sobre o criado-mudo.
– Não faz isso, Lua... por favor. – Arthur implorou pegando a aliança de volta. – Eu nunca precisei de nada que eu não tivesse com você. Lua você sabe disso. Você é a mulher mais incrível que eu conheço. Eu não posso perder você. A gente sempre deu um jeito... a gente sempre brigou, mas nunca precisamos chegar a esse ponto. Como vou viver sem você? –  Arthur perguntou angustiado mesmo sabendo que não obteria resposta. – Aquela desgraçada disse que não sabia da minha aliança. Eu nunca tiraria, Lua! Por isso digo que ela colocou alguma coisa na minha bebida. Não é possível! – Tudo isso parecia um pesadelo.
– EU QUERO QUE VOCÊ VÁ EMBORA DAQUI.  EU NÃO QUERO MAIS OLHAR NA TUA CARA.
– Você o quê? – Arthur perguntou sem acreditar. – EU NÃO VOU SAIR DA MINHA CASA! – Gritou de volta.
– Então eu saio. E a minha filha vai comigo. – Lua pontuou. Não sabia se chorava mais de raiva ou de tristeza.
– Você tá louca! A Anie não vai sair daqui! – Arthur exclamou desesperado.
– Louca? Você nunca me viu louca, Arthur. Não peça por isso. – Ela o avisou.
– Você não está falando sério... – Ele negou com a cabeça ainda sem acreditar.
– Você ainda tem dúvidas depois de tudo isso? – Lua fez um gesto com as mãos como se quisesse resumir tudo o que tinha acontecido.
– E eu vou pra onde? – Arthur indagou com as sobrancelhas erguidas.
– PRA CASA DA KATE OU DE QUEM VOCÊ QUISER. ISSO NÃO ME IMPORTA MAIS! – Lua gritou áspera.
– VOCÊ NÃO PODE ME SEPARAR DA MINHA FILHA TAMBÉM.
– E EU NEM QUERO! NOSSO PROBLEMA NÃO TEM NADA A VER COM O SEU PAPEL DE PAI! – Lua deixou bem claro. – Você não precisa se preocupar com isso. – Disse mais baixo ao sentar-se no chão perto da entrada do closet. Arthur permaneceu perto da cama ainda sem acreditar que Lua o tinha mandado ir embora de casa.
– Vocês estão glitando de novo? – Anie perguntou ao entrar no quarto. Ela parecia apreensiva. Olhou do Arthur para a Lua e correu até a mãe. – O que você fez com a minha mamãe? – Indagou ao se abaixar perto da Lua que negou com a cabeça como se dissesse que não era nada de mais. Ela ainda chorava. – Você machucou a minha mamãe? – A menina perguntou assustada.
– Não! – Arthur e Lua falaram juntos.

Anie era só uma criança. Eles nem sabiam o que se passava na cabeça dela quando os ouvia gritando e brigando. Talvez ela pensasse que isso levaria alguém a se machucar, não verbalmente como acontecia nas vezes em que os pais discutiam, mas sim de outra forma que Arthur jamais faria.

– Então por que você tá cholando, mamãe? – Anie segurou o rosto da mãe com as duas mãozinhas. – Pala de cholar. – Pediu triste. – Por que vocês bligalam de novo? Vocês prometelam que não iam mais bligar! – Anie voltou o olhar para o pai. – Por que, papai?

Arthur nem sabia o que responder para a filha. Ele não queria de forma alguma chorar na frente dela. A pequena já estava preocupada demais com o estado da mãe.

– Vocês não vão me dizer nada? – Anie cobrou.
– Você só precisa saber que nada disso tem a ver com você, filha. – Arthur assegurou ao se abaixar para ficar da altura da menina.
– Vocês semple dizem isso. Toda vez!
– É porque é a verdade. – Agora foi a vez da Lua afirmar. – Adultos brigam e já falamos sobre isso também. Mas agora ninguém vai mais brigar, de verdade. – Ela garantiu.
– Por que? – Anie interrogou.
– Porque eu vou embora. – Arthur respondeu e Anie o encarou.
– Embola? Pra semple? Por quê? – A menina parecia desesperada e era tudo o que eles não queriam. – Você não pode ir embola e me deixar. Você não gosta mais de mim?
– Eu amo você, filha. Sempre acreditei que Deus me deu muito mais do que eu ousei sonhar. – Arthur segurou o rosto da filha, mas era Lua quem sabia do que ele falava. – Você nunca pode duvidar disso. – Pediu.
– Mas eu não quelo que você vá embola! –  Anie exclamou. Era difícil para os dois ouvirem os pedidos da filha. Arthur tinha medo de Anie começar a odiá-lo e Lua tinha medo da filha pedir para ir embora com o pai. – Eu nunca mais vou ver você?
– É claro que vai, meu amor. Todos os dias. Você acha que eu vou conseguir viver sem você, hein pequena? – Arthur tentou soar divertido, mas falhou quando deixou uma lágrima escapar.
– Por que você tem que ir embola?
– Pra você não ter mais que pedir pra gente parar de gritar ou de brigar outra vez. – Arthur explicou baixo. Sabia que esse estava longe de ser o motivo, mas Anie não entenderia o verdadeiro motivo.
– Não tem poblema, papai. – Anie informou. – Eu não falo mais nada então. Você não plecisa ir... – Anie acrescentou inocente e Lua continuou chorando, embora mais baixo, Arthur nem sabia o que falar mais. Estava prestes a chorar igual a mulher a sua frente.
– A gente já decidiu que assim é melhor, meu amor. – Arthur mentiu.

Lógico que não queria sair de casa. Mas nem teve escolha, foi praticamente expulso, já que jamais deixaria a sua filha sair de casa junto com a mulher que ele tanto ama. Entendia que Lua estava magoada demais para querê-lo por perto. Até ele sentia nojo de si. Como pode ter dormido em uma cama de uma mulher que não era dele? Nem sabia como tinha ido parar lá, só para início de conversa. Mas isso não ficaria assim. Kate iria pagar. Arthur ia descobrir o que ela tinha aprontado naquele bar para conseguir leva-lo para a cama.

– Foi, mamãe? – Agora Anie encarou a Lua que assentiu sem conseguir dizer mais nada. – Como é que eu vou ficar então sem papai?
– Você não vai ficar sem pai, filha. – Lua garantiu.
– Ai eu não sei se vou conseguir fazer isso... – Arthur murmurou.
– Ninguém mandou você ir dormir com outra. Você nem ao menos pensou na sua família. – Lua acusou.
– CALA A BOCA, LUA! VOCÊ NÃO PODE DIZER ISSO NA FRENTE DA NOSSA FILHA. EU JÁ DISSE QUE NÃO ACONTECEU NADA! QUE DROGA! EU AINDA VOU PROVAR QUE VOCÊ ESTÁ ENGANADA!
– VAI PERDER O SEU TEMPO! – Lua retrucou.
– PALEM! PALEM! PALEM DE GLITAR, POR FAVOR! – Anie implorou aos prantos com as duas mãozinhas nos ouvidos.
– Tudo bem, tudo bem, tudo bem... – Arthur segurou os braços da menina com cuidado ao mesmo tempo em que ele mesmo tentava se livrar das lágrimas, ele pedia para que a filha parasse de chorar. – Não chora. Você não precisa chorar... eu fico sem saber o que fazer quando vejo vocês duas chorando. – Ele confessou, embora Lua nem ligasse. Anie se jogou no colo do pai e Lua quase puxou a menina de volta para os seus braços. Estava com tanto medo da filha querer ir com ele.
– Fica por favor... papai... – A menina implorou enquanto chorava.
– Aah... filha... se dependesse só de mim, eu jamais me afastaria de você. – Ele contou baixinho. – Você é a minha vida. – Acrescentou chorando junto com a filha.

*

Eles não sabiam ao certo quantas horas tinham se passado, mas era como se o tempo tivesse congelado naquele clima pesado em que ficou o quarto e a relação dos dois. Anie tinha adormecido e os dois perderam contas de quantas vezes ela prometeu que se comportaria e pediu para que Arthur não fosse embora. Lua no fundo queria se culpar pelo desespero da filha, mas sabia que ela não tinha errado em nada. Não fora ela quem havia acabado com o casamento na noite anterior.

– Você tem certeza disso? – Arthur perguntou com a voz embargada quando parou perto da cama em que Lua e Anie estavam deitadas, a menina ainda dormia. Lua só queria que ele fosse logo embora e a deixasse em paz, para que ela pudesse ficar sozinha e chorar sem que ele a visse.
– Vai embora. – Lua murmurou segura.
– Você sabe que eu não vou desistir da gente. Lua, eu vou provar que não aconteceu nada entre eu e a Kate. – Ele afirmou sério. Ela estava de costas para ele.
– Você só vai perder tempo... aquelas malditas fotos dizem tudo que você não quer acreditar. Você tem que reconhecer que você errou! – Lua exclamou. – Sai daqui! – Mandou.
– Aquelas fotos só são malditas mesmo. Porque não dizem nada do que aconteceu. – Ele retrucou bravo.
– Não sei o que você ainda espera... – Lua comentou.
– Eu sempre vou esperar você. Não importa o que aconteça. – A voz dele embargou e Arthur não conseguiu dizer mais nada.

Kate não tinha vencido porra nenhuma. Ele nem queria vê-la em sua frente outra vez.

Arthur pegou a mala e antes de sair do quarto, deu um beijo terno na filha que seguia dormindo. Não sabia qual seria a reação da menina ao acordar, por isso não queria esperar para ir embora. Seria demais, ele não suportaria. Já estava sendo tão difícil sair sabendo que Lua estava o odiando.

LIGAÇÃO ON

– Alô?
– Eu preciso que você me ajude antes que a Lua te peça isso. É sério. – Arthur deixou claro.
– Com advogado ou ambulância? – Harry perguntou preocupado.
– Ela me mandou sair de casa. O meu apartamento em Liverpool não tem nada. – Expliquei.
– Porra, Arthur. Liverpool não é bem aqui. – Harry reclamou da distância. – E Anie no meio disso tudo? – Harry indagou, mas Arthur não conseguiu responder. – Dorme aqui hoje ou sei lá... todos os dias. Depois a gente resolve onde você vai ficar. – O amigo sugeriu. – Eu te espero aqui, dude. Você está me ouvindo? – Ele perguntou e Arthur murmurou um quase inaudível “uhum”.

LIGAÇÃO OF

Arthur sabia que Lua procuraria pelo amigo e ele não via nada de ruim nisso, mas ele estava precisando de ajuda também. E Harry era a pessoa que ele mais confiava no mundo, depois da Lua é claro.

Precisava de um lugar para ficar até comprar algumas coisas para o apartamento em Liverpool. Era longe? Sim, mas ele não ficaria em um hotel ou na casa dos outros até sabe lá quando conseguisse provar que ele tinha dito a verdade – isso se Lua ainda quisesse saber dele.

*

– E agola vai ser só nós duas? – Anie perguntou baixo depois que parou de chorar quando foi procurar pelo Arthur e ele já tinha ido.
– Que tal... você parar de fazer perguntas... por agora? – Lua sugeriu calma e ela concordou levemente com um balançar de cabeça e em seguida, abraçou a mãe. – Depois a mamãe conversa com você, tá bom? Eu prometo...
– Tá bom.

Lua não estava em condições de voltar a falar de Arthur para a filha. Precisava de um tempo, nem que fosse apenas esse restante de noite. Pois sabia que a menina voltaria a fazer muitas perguntas no dia seguinte.

Continua...

SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA.

N/A: Olá, leitores! Boa tarde!

Então, vou começar primeiro pelos agradecimentos dos comentários e da interação (que eu adorei) de vocês no capítulo anterior. OBRIGAAAADAAA! <3 VOCÊS SÃO DEMAIS!

Li todos e vocês estão bem revoltadas hein? OMG! Imagina depois desse capítulo...

O que acharam? Porque eu chorei, enfim... nem sei o que dizer a respeito desse momento de tristeza para nós que amamos tanto esse casal que se ama também. Eu quero saber a opinião de vocês sobre esse capítulo, tá?

Mas poxa, Arthur vacilou... e Lua, meu Deus! Fiquei desesperada e decepcionada junto com ela. E a Anie? Aaaaaaaaaainnnn... </3 tadinha... eu chorei novamente.

Abriram os links para ver as fotos? O que acharam?

Estou TÃO ansiosa para saber o que vocês acharam desse capítulo. Então, por favor, COMENTEM! Porque eu estou aqui no aguardo para ler. Não poupem comentários, tá? Hahaha

Um beijo e até a próxima atualização.
COMENTEM!

11 comentários:

  1. Nossa Milly, arrasando como sempre. Estou ansiosa para ver como o Arthur irá provar a Lua sobre a Kate. Espero que vc consiga postar o próximo em breve. Beijos 😘

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  2. Esse Capítulo realmente não foi justo com o meu coração. Como pode uma fic que eu sei que não é real, mas que se tornou tão familiar, que o sofrimento deles é quase palpável a ponto de fazer os meus olhos derramarem um rio de lágrimas? Talvez o fato de acompanhá-la desde 2015 e ter vivido todas as experiências que esse casal nos proporcionou. Seja das cantadas mal sucedidas do Arthur que a lua sempre dava um fora ou quando ele começou a namorar a ratazana e a lua passou mal. ela percebendo que gostava dele e fazendo aquela ligação que culminou no primeiro beijo deles e depois o namoro. um ano depois a ansiedade e nervosismo da lua pela primeira vez com o Arthur que mesmo desesperado esperou pacientemente. Vibrei com o flashback do casamento deles e o Arthur pedindo pra ela nunca tirar a aliança(um dos motivos do meu choro no atual capítulo). A magoa da lua pelo Arthur não estar ao seu lado no parto da anie, que logo passou ao ver que aquele neném era a menininha dos olhos do Arthur e que eles se amariam mais que tudo. Todas as briguinhas e reconciliações, por causa dos ciúmes da lua ou a mania do Arthur de querer insultar com ela, só pra deixar ela brava( como quando ela ficou chateada com um tapa na bunda). Os hots maravilhosos e bem devagar(com ela sóbria, eles têm um fogo que só...). Até momentos mais sérios do inconveniente do Ryan, que o Arthur deu uns bons socos. Confesso que minha parte preferida são os lindos momentos em família, junto da anie, brincar,assistir filme, ir ao shopping, dormir juntos na cama(para desespero do Arthur que sempre quer namorar com a lua) e o fato do Arthur não conseguir dizer não e sempre da um doce pra formiguinha da Anie. A insegurança da lua ao achar que a Anie ama mais o Arthur, eu sei que não(até no capítulo de hoje ela teve medo dela querer ir junto com o pai). Acabamos acompanhando o drama da gravidez, traição e separação do chay e da mel e todo o apoio que eles deram pra ela, e a louca das compras da sophia que não pode ver nada,que compra para sua filha(ainda não sabemos) para desespero do mica. A linda amizade com o harry(cristalzinho e meu amorzinho dessa fic),seja com a lua ou arthur. Os pais fofos da lua e Sophia, a mãe do Arthur que queria o filho médico. A Carla e a Carol que são praticamente da família. A Anie linda fazendo seu balé (na primeira apresentação arthur deu show de ciúmes do Harry). Um dos momentos mais triste foi quando a lua caiu, perdeu seu bebê e eu chorava enquanto ela sofria pra não contar pro Arthur. Depois quando ele descobriu, parecia que tinha um buraco no peito, junto com o dele que só aumentou com resultado que ela não pode mais ter filhos, o menino que o Arthur tanto sonha(espero que futuramente você de um jeito disso ser resolvido, mas ficarei bem feliz,se eles estiverem só com a Anie. Porém eles ainda tem assuntos mal resolvidos sobre isso, é necessário diálogo. Mais um assim como quando o Arthur bebeu e desabafou sobre o seus sentimentos com relação ao bebê perdido. Aos poucos e com muito apoio a lua está se reconstruindo e acredito que essa insegurança vai passar. Tive que resumir pois a muitos outros momentos não citados, mas por último a viagem em família pra Manchester tem um lugar especial no meu coração, assim como a surpresa de amor do Arthur com o quarto trancado. Posso afirmar que esse é o momento mais difícil pra eles e pra quem lê, pois com todas as adversidades permaneciam juntos com âncora e apoio. Dessa vez que como se o vento não levasse só teto, mas junto tivesse derrubado toda a base que eles encontravam um no outro. Tenho certeza que essa maré ruim chamada Kate satanás irá passar e o amor deles vai renascer como uma flor que foi arrancada, mas a raiz continua enterrada no mais profundo solo de amor. Sei que eles ainda ainda sofrerão muito e eu também, mas estaremos aqui pra vivermos a onda de felicidade que virá depois. Por isso parabéns pela escrita e muito obrigada, porque mais do que história você escreve sobre vida, família e o maior amor que pode existir nas relações de cada ser humano.

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  3. chorei com esse capitulo :(
    quero que eles se resolvam logo, coitadinha da Anie no meio dessa confusão toda. E confesso que mal posso esperar pela reação da Lua ao saber que isso foi uma armação, pq ela sempre fica desconfiada do Arthur. Acho que depois que ela descobrir, ela tem que correr um pouquinho atrás dele.

    Amei o capítulo, como sempre. <3

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  4. mano, eu nem sei o que dizer. estou em lágrimas 😭😭😭
    eu quero matar o Arthur!!! E esse final da Anie???? Tadinha do meu bb
    Lua vai sofrer tanto 😢

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  5. Estou sofrendo com esse cap! Tomara que ñ fiquem muito tempo separados!
    ps:Thais

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  6. Esse capítulo literalmente partiu meu coração!!O Arthur vacilou muito em ter deixado a Katie sempre interferir no casamento deles, ele tinha que ter acabado com essa situação muito antes,eu não tiro a razão da Lua, no lugar dela eu faria o mesmo.Estou muito triste pela separação deles mas minha tristeza maior é a Anie no meio dessa separação.Eles vão sofrer mas ela vai sofrer mais por ser tão pequena e não entender o real motivo!!!
    Milly parabéns!! Esse capítulo está maravilhoso, a sua escrita passou tanto sentimento,que deu pra sentir o sofrimento deles, sério vc arrasou!!!!
    Caroline

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  7. Anie sofrendo, lua sofrendo, Arthur sofrendo e todas as leitoras sofrendoooo e em lágrimas 😭🤧. O Arthur vai viajar para os show e vai ficar mais difícil dele conseguir correr atrás e provar que foi armação da Kate. Anie vai sofrer tanto sentindo falta do Arthur, e lua tbm vai sofrer ama tanto ele, mais essa traição foi a gota d'água. Milly vc arrasa

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  8. sofri demais com esse capítulo :(
    Eles vão sofrer tanto e a aniew no meio disso tudo. E agora ele vai viajar por causa da tour :(
    Espero que quando ele estiver viajando, a Lua descubra a armação e o harry também pode ajudar nisso ein?!
    Só quero que se resolvam logo.
    Amei o capítulo, apesar de sofrer junto hahahah <3

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  9. Que capituloooo, estou aqui sofrendo. Tadinha da Anie achando que era por culpa dela que o Arthur esta indo embora, ela vai sofrer tanto sabendo que não vai ver o pai quando estiver em casa. Lua e Arthur estão sofrendo tanto tbm, essa armação que a vaca da Kate fez e essas questão de nunca tirarem as aliança foi de parti o coração �� como sempre Milly, vc esta de parabéns.

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  10. Que foi esse? Chorei! Não dá pra credita que eles se separaram, eles eram tão lindos junto. Que vontade de da um tapa nessa Kate! Coitadinha da Anie meu Deus.
    Lily

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  11. Que capítulo meu Deus!
    Estou sem palavra para descrever, é tão difícil ver eles sofrendo desse jeito! Vai ser muito difícil para os dois, se amam tanto. Anie então nem se fala, o desespero dela é de partir o coração! e o Arthur ainda vai ficar em turnê, vai tornar tudo ainda mais complicado!! Chorando junto com cada um aqui!!

    Feh

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