Little Anie | 4ª Parte
Tudo começa nessa
demora em se despedir. [...] É o último beijo, e outro, outro... outro... e os
beijos não acabam, não querem acabar. E os corpos não querem se separar. A sua
perfeição está na forma como meu coração bate mais forte perto de ti. E aquele
cheiro que fica em mim mesmo quando você está longe. É a certeza de que logo
estarei correndo para lhe receber de novo. É tua pupila dilatando quando nossos
olhares se conectam e revelam no silêncio todos os nossos desejos e promessas.
E Deus me livre de um dia perder isso, esse gosto de quero mais, essa vontade
de alguém que nenhuma outra pessoa ou coisa no mundo pode preencher. É o
encaixe mais mágico que existe. Alguém que chega e te preenche tanto a ponto de
ninguém mais existir. – Felipe Sandrin
Pov Lua
Londres | Terça-feira, 17 de novembro de 2015 – Sete e dez
da manhã.
Depois de contar a Arthur sobre a minha discussão com o
Ryan, e conversamos sobre isso, nós acabamos rindo bastante porque ele ainda
estava me zoando sobre o absorvente. Eu disse que iria matá-lo, mas ele acabou
se desviando de todos os tapas que eu tentei desferir nele. Depois ele desceu
para ir jantar e eu acabei ficando no quarto. Eu estava sem fome e pedi a
Arthur que dissesse aos meus pais e a Mel; caso perguntassem sobre mim, que eu
estava indisposta. Acabei dormindo e nem vi a hora que ele voltou para o
quarto.
Eu não faço ideia de que horas sejam, mas a minha consulta é
só onze horas. Então eu ainda tenho bastante tempo para permanecer deitada; mas
é claro que Anie não deixará isso acontecer. Arthur terá ensaio agora pela
manhã e provavelmente ele só voltará de tardezinha. Eu ainda estou pensando se
irei para o escritório. Meu celular está desligado desde a hora que saí de lá
ontem à tarde.
Arthur ainda dormia. Não conversamos nada sobre nosso desentendimento
passado. Mas estávamos nos falando, e isso me deixava aliviada. É horrível
brigar e ficar sem falar com ele o dia inteiro. Comecei a pensar na minha
consulta e me senti envergonhada de ter que falar a respeito do absorvente
interno. Já que eu ainda estou sentindo um desconforto. E provavelmente a
médica irá me examinar, inicialmente por conta da menstruação. É constrangedor
ter vinte e oito anos e colocar esse tipo de absorvente errado. Passei as mãos
pelo rosto e me assustei ao ouvir a voz de Arthur.
– Aposto que sei o que você está pensando. – Ele disse antes
de bocejar. – Bom dia.
– Nossa! Que susto! – Exclamei colocando a mão direita sobre
o peito.
– Percebi que estava bem distraída mesmo. – Arthur contou e
me olhou.
– Bom dia. – Falei.
– Não vai trabalhar? – Indagou.
– Agora pela manhã não. Tenho a consulta e a tarde, eu ainda
estou decidindo. – Contei e Arthur ficou me fitando. – E você?
– Tenho ensaio umas oito e meia. – Me respondeu. – Quando
saí da consulta me liga. Não importa a hora. Está me ouvindo? – Insistiu e eu
assenti.
– Você pode mesmo almoçar comigo? – Perguntei novamente.
– Sim. Eu dou um jeito. Você me liga. Já disse. – Falou. –
Está nervosa?
– Um pouco. Na verdade, estou um pouco envergonhada de ter
que explicar pra médica sobre algumas coisas que eu fiz... Você sabe... – Falei
vagamente e notei que Arthur tentou segurar o riso. – Não rir, Arthur. – Pedi.
– Desculpa, Lua. Mas toda vez que eu lembro... eu quero rir.
– Confessou.
– Não é engraçado. É constrangedor. – Falei. – Como você se
sentiria se broxasse e eu começasse a rir? – Provoquei e Arthur riu alto.
– São coisas que acontecem na vida, Lua. Acho que pelo uma
vez, um homem deve passar por uma situação assim. Felizmente nunca aconteceu
comigo... – Arthur sorriu. – Quem sabe daqui há uns quarenta anos?
– AAAA TÁÁÁÁ! – Ri alto. E Arthur quase pulou em cima de mim
tentando colocar a mão sobre a minha boca.
– Fala baixo! Você vai acordar todo mundo desse jeito. –
Pontuou e eu continuei rindo, só que mais baixo.
– E você acha que é só a idade que pode causar esse tipo de
coisa? – Indaguei entre risos.
– No meu caso eu acredito que sim. Por que você acha que
isso poderia acontecer comigo agora? – Ele me perguntou e voltou a se deitar
direito na cama.
– Você acabou de dizer que isso pode acontecer com todo
homem pelo menos uma vez na vida. – O lembrei.
– Eu disse mesmo. Mas comigo eu prefiro pensar que esteja
bem longe de acontecer. – Arthur riu. – Nem sei porque estamos falando sobre
isso, nem estamos transando mesmo. Chance zero de isso acontecer no momento. –
Finalizou debochado.
– Sorte sua. Já pensou se acontecesse hoje? – Provoquei. E
Arthur fez careta.
– Eu vou é tomar banho... – Ele disse mudando de assunto.
– Vai mesmo. – Rir e Arthur me encarou.
– Vai rindo mesmo... enquanto pode. – Ele levantou da cama.
– Você tá me ameaçando? – Perguntei fingindo surpresa.
– Eu? Jamais. Você sabe que não é uma ameaça, Lua. E não se
faça de desentendida. Você sabe exatamente do que eu estou falando. – Pontuou e
eu tentei ficar séria. Arthur sorriu maroto e caminhou para o banheiro.
O tempo estava bem louco em Londres. É outono, mas tem dias
que amanhece frio e dias que amanhece quente. Eu não estou entendendo mais
nada. Me virei ficando de lado na cama e puxei o cobertor para me cobrir e
voltar a dormir.
– Dorminhoca. – Me espantei com o sussurro de Arthur ao pé
do meu ouvido e ele riu. Meu Deus! Ele
estava muito cheiroso.
– É a segunda vez só agora de manhã que você me assusta. –
Reclamei e ele riu me dando um beijo no pescoço.
– Eu já vou indo, Lua. Me liga quando sair da consulta,
certo? – Falou e eu me virei para olha-lo. Arthur vestia uma calça jeans, uma
camiseta branca, um blazer jeans, um tênis da nike, e um relógio azul.
– Certo. Você está uma delícia! – Comentei e Arthur ergueu
as sobrancelhas.
– Você ainda não provou. – Retrucou ajeitando a gola do
blazer.
– Atrevido. – Pontuei. – Posso provar a hora que eu quiser.
– Me gabei e Arthur riu.
– A é? – Arthur aproximou o rosto do meu. – Achei que seria
só depois da conversa... – Lembrou.
– Pode... ser depois que... você implorar. – Provoquei e
Arthur sorriu com os lábios bem próximos do meu.
– Eu não sei qual de nós dois está mais implorando nesse
momento. – Notou. E eu sentia a sua respiração bater na minha boca. Arthur não
desviava o olhar do meu.
– A gente... não precisa pensar... nisso agora... – Falei.
Arthur passou a costa da mão pelo meu rosto e aproximou ainda mais os lábios
dos meus.
Meu coração estava levemente acelerado. Como se fosse a
primeira que fôssemos fazer isso. Eu podia sentir uma das mãos inquietas de
Arthur passar para a minha cintura e me puxar para mais perto. Fechei meus
olhos quando nossos lábios se tocaram. Eu estava sentido muita falta de beijar
esse homem que me irritada todo dia, mas que eu amo. O puxei pela nuca
intensificando ainda mais o beijo. E meu desejo era só que Arthur se livrasse
daquela roupa também. Ele mordeu levemente meu lábio inferior antes de cessar o
beijo.
– Você é o amor da minha vida. Por que a gente briga? –
Perguntou depois do beijo e passou o polegar sobre meus lábios.
– Porque você me irrita muito. – Respondi e ele sorriu.
– Eu acho que discordo um pouco. – Retrucou e me deu vários
beijos no pescoço. Senti meus pelos se eriçarem.
– Assim não vale... – Falei me encolhendo e Arthur riu.
– Tenho que ir, Lua... – Ele suspirou. – Queria poder ficar
aqui com você. – Confessou e me deu um selinho rápido. – Mas não posso. – Ele
se levantou rapidamente.
– Bom ensaio.
– Obrigado. – Arthur agradeceu e saiu do quarto fechando a
porta, mas o cheiro dele tinha ficado em mim e no quarto inteiro.
Eu também queria que ele pudesse ficar. Suspirei e fiquei
rolando na cama porque eu não conseguia mais voltar a dormir. Até que Anie
entrou no quarto. Já tinha virado rotina. Ela sempre ia até o nosso quarto
depois que acordava. Na maioria das vezes era só Arthur quem ainda estava
deitado. Porque como eu saio antes das oito e Anie acorda depois das oito, ela
acaba não me vendo pela manhã, mas eu sempre passo no quarto dela antes de ir
para o trabalho e lhe dou um beijo de bom dia.
– O meu papai disse que a senhola não ia trabalhar agola. –
Anie falou e depois bocejou. – Posso deitar aí?
– Pode, filha. E cadê o meu bom dia? – Perguntei ajudando
Anie a subir na cama.
– Bom dia, mamãe linda! – Ela exclamou me dando um forte
abraço.
– Bom dia, amor da minha vida. – Falei e lhe enchi de
beijos. – O que você acha de nós irmos dar uma caminhada no parque? Mas só uma
caminhada.
– Eu quelo! Eu vou adolar! – Anie respondeu eufórica. – E
pode complar bolinho?
– Só hoje. Ok? Só hoje. – Ressaltei e Anie me deu um beijo
na bochecha.
– Obligada, mamãe.
– De nada, filha. – Respondi. – Agora vamos tomar banho para
nos arrumar.
– Tá bom. Eu vou buscar a minha toalha e o meu shampoo.
– Ok. Te espero no banheiro.
*
– Que neném mais linda! – Minha mãe exclamou quando Anie
chegou a cozinha.
– Bom dia, vovó! – A pequena lhe abraçou.
– Bom dia, amor da vovó. Aonde você vai?
– Passear com a minha mamãe. – Anie respondeu e sentou-se à
mesa.
– Você não vai para o trabalho, filha? – Minha mãe me
perguntou confusa.
– Não. Eu tenho uma consulta depois. Talvez eu vá só a
tarde.
– Lua? – Ouvi Carol me chamar.
– Oi, Carol.
– Aquela moça do seu trabalho, a Hanna já ligou duas vezes.
– Me disse.
– Se ela ligar novamente, diga a ela que eu irei resolver um
assunto pessoal agora pela
manhã. E que depois eu falo com ela.
– Tudo bem. É que ela disse que já ligou várias vezes para o
teu celular.
– Deve ter ligado mesmo. Tá desligado desde ontem. –
Expliquei e Carol assentiu.
– Aconteceu alguma coisa no trabalho, Lua? – Minha mãe
perguntou cautelosamente.
– Nada que eu já não tenha resolvido. – Respondi e minha mãe
ficou me olhando.
– Arthur já saiu?
– Sim. Ele tem ensaio agora. – Respondi e peguei algumas
torradas.
– É uma consulta com quem?
– Com a ginecologista, mãe. Por quê? – Perguntei franzindo o
cenho.
– Por nada. – Ela assegurou e logo meu pai chegou na
cozinha.
– Bom dia, queridas.
– Bom dia. – Falamos as três juntas.
– Você não foi para o trabalho, meu anjo? – Meu pai
perguntou me dando um beijo na testa.
– Não. Só mais tarde. Vou dar uma volta com a Anie no
parque... – Contei.
– Uma caminhada?
– Sim. E depois comprar um bolinho que ela me pediu.
– Eu vou de tênis! – A pequena exclamou mostrando o tênis
para os avos.
– Que lindo. – Meu pai disse sorriu e beijou a cabeça da
neta.
– É. Obligada. Eu ganhei do meu papai.
Tomamos café da manhã entre uma conversa e outra, um riso e
outro. Depois subi até o quarto e peguei algumas libras. Saí com criança sem
dinheiro, é roubada. Anie sempre pede alguma coisa no parque e nem adianta
dizer que será apenas uma caminhada. Ela quer nem que seja um balão. Eu já
estava quase juntando todos os balões dela e vendendo.
Voltei para a sala e saímos; meus pais iriam com a gente. A
caminhada até o parque durava de vinte a vinte e cinco minutos. E Anie ia na
nossa frente saltitante. Ela adora esse parque. Se pudesse, não saia de lá. Lá
tinha alguns brinquedos para as crianças se divertirem, muito verde, muita
árvore, muitos bancos, tinha pássaros e vários esquilos, vendedor de
algodão-doce, cachorro-quente, pipoca, sorvete, de balões de personagens dos
filmes e desenhos que Anie passa horas assistindo... algumas libras a gente
sempre acaba deixando por lá mesmo.
Chegamos ao parque e Anie correu em direção a um grupo de
crianças que estavam brincando de roda. Olhei para o relógio e ele marcava nove
e meia. Fui com meus pais comprar pipoca, mas sem desgrudar os olhos de Anie;
Deus me livre perder essa pequena de vista.
– Podíamos jantar fora, hoje. O que você acha, filha? Eu
estava conversando sobre isso com a sua mãe. – Meu pai perguntou quando
sentamos em um banco.
– Pode ser. Tenho que avisar o Arthur e a Mel. Ela chega
umas seis horas do trabalho.
– Ela não almoça em casa? – Minha mãe indagou.
– Não. A clínica fica longe, até ela vim e voltar... –
Contei.
– Falei para a sua mãe chamar a sua irmã e o Micael. – Meu
pai disse e eu assenti.
– Vou encontrar o Arthur na hora do almoço. Posso falar logo
com ele. – Falei e meu pai concordou. – Vocês preferem jantar onde?
– Em um lugar que as pessoas não fiquem nos olhando. Ainda
mais com Arthur e Micael juntos. – Meu pai comentou e eu comecei a rir. Eu
também não suportava ir em lugares assim.
– Ok... – Falei entre risos.
– Mãããããee... – Anie veio correndo e se jogou em cima de
mim.
– O que foi? Nossa, filha... você já está suada. – Falei tentando
tirar alguns fios de cabelo que estavam sobre o rosto dela.
– Eu posso tomar sorvete?
– Se tomar sorvete não vai comer o bolo. – Expliquei e Anie
concordou.
– Tá bom.
– Então vamos lá comprar esse sorvete, meu anjo. – Meu pai
convidou e Anie correu na frente dele.
Hospital | Consultório da Dra. Eliza – Onze e dez da manhã.
Eu estava um pouco nervosa. Eu não sabia o porque do meu
ciclo menstrual ter sofrido tanta alteração assim. E isso me deixava receosa. E
o fato de eu não ter ido fazer os exames também me preocupava, Eliza
provavelmente iria me perguntar a respeito disso.
– Bom dia, Lua. – Ela sorriu e me deu um breve abraço.
– Bom dia. – Falei e me sentei em frente a sua mesa após nos
cumprimentarmos.
– O que te traz aqui? Não tínhamos um retorno marcado. Você
nem veio fazer os exames. – Ela questionou.
– Aconteceram alguns imprevistos. – Menti. – Mas foi outra
coisa que me trouxe aqui.
– Pode me dizer...
– Então... eu fiquei quase dois meses sem menstruar. Aí, dia
sete a minha menstruação desceu. Só que normalmente, vinha só cinco dias. E até
ontem estava descendo. Hoje pela manhã, quando fui tomar banho, não tinha
descido tanto e antes de vim para cá, eu fui no banheiro e pareceu que tinha
parado. – Contei. – Fiquei preocupada, foram quase dez dias. Fora que veio no
começo do mês e antes vinha no fim do mês. Minha menstruarão sempre foi
regular. Sempre veio dia vinte e quatro. – Acrescentei.
– O grande fluxo talvez tenha sido por conta dos meses que
você ficou sem menstruar. E essa alteração da data, se deu pelo fato do que
aconteceu com você. Ela pode vim mês que vem nessa mesma data, ou vim dia vinte
e quatro como era antes. Eu vou examinar você, certo?
– Ok. – Respondi um pouco nervosa.
– E caso eu encontre algo que não seja normal, eu irei pedir
alguns exames. Mas você não precisa se preocupar nesse primeiro momento.
– Mesmo depois de ter engravidado da Anie, quando voltei a
menstruar, veio dia vinte e quatro, normal.
– Entendo que talvez isso tenha te deixado preocupada. Mas
você sofreu um aborto e deixou de fazer os exames. Talvez lá, monitorando o seu
ciclo, nós encontrássemos essa resposta, certo? – Eliza me disse e levantou-se.
– Me acompanha. – Me chamou e seguiu para uma sala que ficava dentro do
consultório dela. – Você pode tirar os sapatos e a calcinha, depois pode deitar
na maca, eu já volto. – Avisou e eu assenti.
Eu estava de vestido, então não precisaria tirar toda a
minha roupa. Tirei os sapatos e depois a calcinha e me deitei na maca. Depois
eu teria que abrir as minhas pernas, e eu já estava me preparando para as
perguntas de Eliza.
Eliza entrou na sala, colocou as luvas e depois pegou alguma
coisa para auxiliar ela no exame e eu fechei meus olhos tentando ao máximo
ficar tranquila.
– Eu irei lhe fazer uma pergunta. E espero que você não
interprete como uma invasão de privacidade ou algo do tipo. – Deixou claro e eu
concordei. – Você manteve relações sexuais recentemente? – Me perguntou e eu
senti meu rosto arder; tamanha era a vergonha e eu já sabia o porquê.
– Não. – Respondi rapidamente. – Eu não gosto de transar
quando estou nesses dias. – Acrescentei.
– Entendo. É desconfortável mesmo, mas algumas mulheres não
se importam. Por isso perguntei. É que parece...
– Parece?
– Desculpa, é que examinando... você parece que se machucou.
– Ela comentou e pediu que eu me sentasse.
– Ai que vergonha! – Falei passando a mão pelo rosto e Eliza
sorriu tentando deixar o clima leve. – Sabe... na verdade foi outra coisa...
Arthur ficou rindo de mim, na verdade ele rir sempre que lembra. – Contei.
– E o que aconteceu?
– Então... no sábado passado, eu comprei absorvente interno,
eu nunca tinha usado. Minha irmã disse que seria tranquilo usar. Eu acho que
comprei o tamanho errado. Eu não acertei colocar. Na verdade, me incomodou bastante... ainda
incomoda um pouco.
– Com certeza você comprou do tamanho errado. Vamos voltar
para o consultório. – Eliza disse eu desci da maca e vesti a minha calcinha e
calcei os meus sapatos. – Como você nunca tinha usado, deveria ter comprado do
tamanho menor... depois poderia aumentar, mas aí, você já teria se adaptado. –
Explicou. – Irei te passar uma pomada, e você deve usa-la até sentir que esse
incômodo passou, tudo bem?
– Tudo bem.
– E claro, sem relações sexuais por mais alguns dias. – Me
lembrou. – Isso pode fazer com que o incômodo se intensifique. – Acrescentou e
eu concordei.
– Esses problemas são mais frequentes do que você imagina.
Não precisa sentir vergonha. – Eliza concluiu e me entregou a receita.
Nós despedimos e eu saí do consultório. O meu celular ainda
estava desligado e eu só iria liga-lo porque tinha que fazer a ligação para o
Arthur.
Pov Arthur
Londres | Super Records – Onze e quarenta da manhã.
– O que vocês acham de nós almoçarmos por aqui mesmo? – John
sugeriu e os meninos concordaram.
– Eu combinei de almoçar com a Lua, estou esperando a
ligação dela. Ela foi resolver um assuntou e eu pedi que me ligasse assim que
acabasse. – Contei.
– Tudo bem, Arthur. Contando que você volte.
– É claro que eu vou voltar. Só vou almoçar. – Deixei claro
e John riu.
– Eu conheço cada um de vocês. E já faz oito anos. – Ele
afirmou. – Sei o que acontece sempre que cada um chega atrasado aqui. Sei
quando passam da hora, quando os almoços se estendem, sei quando o Harry diz
que está solteiro e não está. Sei quando Micael chega aqui atrasado e diz que
teve que deixar Sophia no trabalho, quando Arthur se atrasa e diz que o
trânsito estava muito grande, quando o Chay pede pra sair cedo e mente o
motivo. Micael nunca deixa Sophia no trabalho...
– Qual é John?! – Mika se fingiu de ofendido, mas a risada
dele o traiu.
– Qual é? Arthur deixa Lua no trabalho, mas ele nunca usa essa
desculpa. Só a do trânsito mesmo. Eu já tive a idade de vocês, meninos. – John
riu.
– Eu não tenho culpa do fluxo de carro ser grande...
– Oito horas da manhã? Se fosse de seis e meia até as sete,
eu até acreditaria.
– É isso. – Dei de ombros e meu celular tocou.
– Quero você aqui até duas e meia, Aguiar.
– Tá certo, John. – Respondi e me afastei.
LIGAÇÃO ON
– Alô... – Falei assim que atendi a ligação.
– Oi. Eu já saí da consulta.
– Onde você tá?
– Ainda no hospital. – Lua respondeu. – Eu vou pegar um
táxi. Aonde você quer almoçar?
– Por que você não pegou o carro?
– Eu não estava nem afim de dirigir, Arthur.
– Você pode escolher o lugar, Lua. Sem problema.
– Pode ser no Korova?
– Pode. – Concordei. – Quer comer alguma comida vegetariana?
– Provoquei e Lua riu.
– Claro que não, idiota. Quero tomar cocktails. Os de lá são
deliciosos.
– Floridita, já até imagino...
– Claro e comer risoto blanco, com aparas de trufas e de
sobremesa aquele prato francês de queijo.
– Tá, Lua. Eu já entendi. – Ri. – Te encontro lá.
– Beijos...
– Beijos. – Falei e encerrei a ligação.
LIGAÇÃO OFF
*
Cheguei ao restaurante e dei meu nome, a garçonete logo me
levou até a mesa que Lua estava.
– Boa tarde. – Falei dando um beijo no rosto dela.
– Boa tarde, Arthur.
– Eu tenho que voltar pra produtora até duas e meia. Você
nem sabe o que John falou pra gente. – Contei me sentando.
– O quê? – Lua perguntou segurando o riso.
– Ele achou que eu estava mentindo, pra início de conversa.
Disse que já teve a nossa idade e sabe quando a gente mente.
– Provavelmente ele deve saber mesmo. Vocês mentem mal pra
caramba. – Lua zombou.
– Todos os meus atrasos são por sua causa, engraçadinha.
– Minha? Eu não tenho culpa de ser irresistível. – Lua deu
de ombros.
– Modesta! Depois fala de mim. – Pontuei e Lua me jogou um
beijo.
– Pedi um vinho.
– Tudo bem. – Afirmei. – O que foi que a Eliza disse? –
Perguntei curioso.
– Vamos comer primeiro. – Lua respondeu.
– Lua, Lua...
– É sério. Estou com muita fome. Eu fui com Anie hoje no
parque, antes de ir para a consulta. – Me contou. – Meus pais foram com a
gente. Eu deixei ela tomar um sorvete. – Disse e o vinho chegou junto com o
cardápio.
– Obrigado. – Agradeci e o garçom saiu. – Aposto que ela
deve ter adorado.
– Muito. Brincou bastante com um grupo de crianças que
estavam lá. Hoje está bem quente o dia. – Comentou.
– Sim. Estou quase tirando esse blazer. – Brinquei. – Vou
pedir o mesmo que você. – Falei. Eu não era muito amante da culinária francesa,
diferente da Lua que amava.
– Está bem. Embora saiba que você não curte muito esses
pratos.
– Não mesmo.
– Por isso perguntei se podia ser aqui. – Lua me lembrou.
– Eu sei. Mas você queria vim... estava sonhando já com o
floridita daqui. – Comentei.
– Aah... essa parte é verdade. – Lua afirmou.
Nós almoçamos em meio a assuntos aleatórios que
conversávamos. O clima estava leve, e eu estava adorando. Era horrível ficar
discutindo com Lua o tempo inteiro.
– E então, você vai falar o que a Eliza disse? – Comecei. –
Está tudo bem?
– Então... – Lua começou e deu uma pausa. – Ela disse que
está tudo bem. – Respondeu.
– Isso é muito bom, Lua. Nossa! Estou aliviado. – Confessei
segurando nas mãos dela e apertando levemente.
– Sim. Eu também estou aliviada. – Lua sorriu de lado. – Ela
disse que houve essas alterações por conta do que aconteceu... você sabe...
– Já imaginava que tinha alguma coisa a ver. – Contei. –
Pode continuar. – Pedi.
– Ela falou que mês que vem pode voltar ao normal, na data
também... mas que também, esse pode ser o novo ciclo. Ela deixou bem enfatizado
que se eu tivesse feito os exames, eu saberia dessa resposta. – Me disse.
– Bem feito. – Falei divertido e Lua fez careta. – E o que
você falou?
– Que aconteceu um imprevisto. – Me respondeu. – E você nem
sabe... – Lua quase sussurrou e eu já podia imaginar. – Ela me examinou e...
– Eu já até consigo imaginar. – Comecei a rir e Lua fechou a
cara.
– Para, Arthur! É sério. Já falei que é constrangedor. – Me
disse outra vez e eu me aproximei dela, ainda indo e beijei seu pescoço. –
Desculpa, querida.
– Você não me chamou de Lua. – Ela observou divertida,
mudando o tom de voz rapidamente.
– Eu já disse que te amo. – Lembrei. – Estou feliz que pelo
menos a gente está conseguindo conversar, sem discutir. Já estamos progredindo.
– Comentei. – O que mais Eliza disse?
– Perguntou se a gente tinha transado.
– O quê? – Perguntei surpreso.
– Sério. Ela me examinou...
– Imagino que você tenha ficado vermelha... – Sussurrei e
Lua afirmou balançando a cabeça. – Você fica até hoje comigo. – Sussurrei
novamente, agora próximo ao seu ouvido e Lua respirou fundo. – Sempre parece
que é a primeira vez, e já faz dez anos. – Passei o polegar por uma de suas
bochechas. Era impossível tentar explicar Lua como mulher. E não adiantava
dizer que era só uma mulher incrível. Talvez ainda não tenham criado adjetivos
para mulheres como ela. Lua me surpreendia em tudo, até nas brigas. Como eu poderia viver sem uma mulher como a
minha?
– Ela disse que parecia. – Lua falou depois de um tempo me
encarando. Eu também não desviava o olhar do dela.
– Nossa, Lua. Você deve ter se machucado muito então. –
Comentei e ela me deu um tapa.
– Eu já disse que vou te matar! – Me ameaçou. – Eu disse que
não mantínhamos relações sexuais quando eu estava nesses dias, e ela disse que
perguntou porque algumas mulheres matem sem problema. Aí eu expliquei o porque
e ela me passou uma pomada e deixou bem claro, que não podemos transar até eu
me sentir bem.
– Mas isso ela nem precisava dizer. Não sou nenhum
insensível e ao contrário do que ela pensou, eu sou muito carinhoso com você.
Você que conseguiu esse feito sozinha. – Pontuei e Lua revirou os olhos.
– Eu sei. A gente podia esquecer isso. O que você acha? –
Lua sugeriu.
– Eu sinto vontade de rir sempre que lembro. – Comentei e
Lua ficou me encarando. – Mas está tudo bem mesmo? Tirando esse detalhe...
– Está, Arthur. – Lua afirmou. E eu a puxei para um abraço.
– Que bom, Lua. Graças a Deus! Mas você podia voltar a
pensar nos exames, só por questão de saúde mesmo. Eu não vou mais ficar falando
em filho, está bem? – Falei e Lua me fitou.
– Eu vou resolver isso, mas não precisa ser agora. Você
entende?
– Entendo, Lua. Eu só não quero que aconteça nada com você.
– Deixei claro.
– Eu sei, Arthur. Obrigada por se preocupar tanto assim e
sempre querer o meu melhor. Eu sei que as vezes eu complico as coisas... mas
você sabe que eu também te amo muito. – Me disse e me abraçou.
– Eu sei, Lua. Eu sei... – Beijei seus cabelos. – Está tudo
bem. – Afirmei.
– Aah... deixa eu te falar...
– Pode falar. – Sorri e nos afastamos.
– O meu pai quer jantar fora hoje. E eu disse que tudo bem,
e que avisaria você e a Mel. Minha mãe vai chamar a Soph e o Mika também. –
Contou e eu assenti.
– Tudo bem. Vai ser bom. – Assegurei. – Eu preciso ir... –
Avisei e Lua fez um bico. – Mas não sem antes dizer que você está linda com
esse vestido vinho. – Elogiei e Lua sorriu.
– Obrigada.
– Aposto que a lingerie é da mesma cor. – Sussurrei em seu
ouvido.
– Sim. Pra combinar com o vestido e os sapatos. – Lua
sussurrou de volta. – Eu poderia te mostrar, mas você não pode se atrasar. –
Lembrou me fazendo rir.
– Só por isso. – Eu me afastei o suficiente só para olha-la.
– Eu preciso te beijar de novo. – Confessei baixinho e levei uma das mãos até a
nuca dela, puxando-a para mais perto.
– Eu quero que você me beije de novo. – Lua mal completou a
frase, e eu a beijei. O beijo foi lento e parece que tudo parou, eu juro que pensei
ter escutado o meu coração batendo enquanto nossas línguas se tocavam.
– Eu te amo inteira, mesmo você me fazendo perder a
paciência. – Confessei encostando a testa na dela e Lua riu baixinho.
– Eu também te amo, mesmo você me irritando todos os dias. –
Retrucou.
– É por isso que a gente se dá bem. – Falei e Lua concordou
sorrindo. E depois me abraçou de novo. – Eu senti saudades do teu abraço, Lua.
– Eu senti saudades também... me sinto tão segura quando
estamos assim. A gente se encaixa tão bem, você não acha? – Lua perguntou ainda
abraçada a mim.
– Em todos os sentidos, Lua. – A abracei mais forte. – Fomos
feitos sob medida. Eu sempre soube. – Confessei.
– Sim. – Lua concordou. – As vezes a gente transborda.
– Sim. Quando perdemos o controle. Adoro quando isso
acontece. – Mordi o lóbulo de sua orelha. – Você fica tão sexy com essa cor,
loira. Eu estou com vontade de te beijar inteira.
– Não fala assim, Arthur... sinto meu corpo inteiro querer
que você faça isso. – Lua falou baixinho.
– O meu quer que eu faça isso. – Confessei novamente. E me
afastei para olha-la. – Queria que estivéssemos em outro lugar. – Completei.
– Eu também. – Lua disse baixo.
– Eu preciso voltar para a produtora, Lua. – Falei quando
olhei para o relógio. – Você vai para o trabalho?
– Não. Hoje não vou mais. – Lua suspirou.
– Eu sei que não está nada bem. Eu não quero que você volte
para lá insegura. – Falei acariciando seu rosto. – Posso te deixar em casa se
quiser.
– Não precisa. Eu pego um táxi. Hanna encheu meu celular de
ligação e de email. Quando eu chegar em casa, eu leio. Eu só liguei o celular,
para te ligar. – Confessou.
– Então a gente se vê mais tarde. – Lhe disse e chamei o
garçom para pedir a conta.
Pov Lua
Me despedi de Arthur com um selinho e peguei um táxi. No caminho
liguei para Mel e avisei a ela que jantaríamos fora, e ela confirmou que iria.
Cheguei em casa e Anie estava dormindo. Era quase três horas da tarde. Tomei um
banho, vesti uma calcinha e acabei me jogando na cama assim mesmo e dormi.
Acordei com a voz da Sophia. E eu podia jurar que ela estava
falando no meu ouvido. Eu ainda estava com muito sono e meus olhos estavam tão
pesados, que eu não conseguia abri-los.
– NÃO ENTRA, PAI! – Sophia gritou e eu abri meus olhos
imediatamente. Eu ainda estava zonza por conta do sono. E quis muito estapear
ela. Sorte que ela estava grávida.
– Nossa! Você tá louca? – Indaguei passando a mão no rosto.
– Você que tá nua, louca. Como eu ia saber? – Ela riu e eu
puxei o cobertor. – Ainda bem que entrei aqui sozinha.
– Cara, eu tô na minha casa, no meu quarto. Não posso nem
dormir confortável?
– Eu ia te assustar... – Sophia ainda ria.
– Se você não percebeu, você me ASSUSTOU! – Gritei. – Que
droga, Sophia! Que horas é isso? – Perguntei ainda confusa e muito mal-humorada.
– São seis horas, Luh. – Ela disse. – Vim porque a mamãe me
chamou e Mika disse que vinha direto pra cá quando saísse do ensaio. Então estou
esperando por ele. – Sophia concluiu. Ela estava com um vestido verde escuro
que tinha até a metade da coxa. E isso me surpreendeu pra falar a verdade.
Achei que ela vinha de rosa, ou alguma cor da mesma família.
– Meu Deus! Eu dormir muito. Cadê a minha filha?
– Está lá embaixo com a mamãe e a Carol... e acho que o
papai foi pra lá depois do meu berro. – Ela riu.
– Você tá pior do que já era.
– Que nada. Eu estou me sentido bem melhor do que antes. –
Ela deu de ombros. – Vish... agora que você não sai daqui mesmo... ainda mais
do jeito que já se encontra. – Ela riu piscando um olho e eu fiquei sem
entender até ouvir a voz de Arthur.
– Eu posso entrar, cunhadinha? – Ele provocou e Sophia
mostrou o dedo do meio. – Mal-educada.
– Debochado. – Ela retrucou.
– Não vai me dar licença? – Arthur insistiu.
– Se vocês dois começaram a latir, vou botar os dois pra
fora. – Falei.
– Eu ainda nem entrei, pra começar.
– Arthur que começa. – Sophia tentou se defender.
– Mas eu quero entrar no meu quarto. – Ele riu.
– Só vou sair daqui porque quero ver o meu marido. – Sophia
saiu da porta. – E vê se vocês dois não fazem tanto barulho.
– Louca. – Arthur riu e Sophia riu mais alto que ele. – Ela
tá falando de quê? Esses hormônios dela são completamente loucos. Piores que os
seus. – Arthur observou. – Você estava dormindo?
– Sim. Até Sophia me acordar com um grito. Você acredita? –
Falei sem acreditar. – Nossa, eu estava num sono maravilhoso. – Contei me
jogando de volta na cama.
– Agora eu entendi o que Sophia quis dizer. – Arthur disse
me encarando e outra vez eu puxei o cobertor. – Não me diz que tá nua?
– Não. Eu estou de calcinha... Sophia entrou aqui... ainda
bem que foi só ela. – Falei e Arthur riu balançando a cabeça.
– Você podia ter fechado a porta. – Ele disse tirando o
blazer e depois a camiseta.
– Nem lembrei, Arthur. Cheguei praticamente me jogando nessa
cama. Só tomei um banho rápido. – Ri e Arthur se aproximou e me deu um beijo.
– Vou tomar banho. – Me avisou.
– Fica aqui só mais um pouco. – Pedi e ele riu.
– Aaah... você não vai fazer isso comigo, loira. – Me disse
e riu quando o puxei pelo braço.
– Ai que saudades de você me chamar assim. – Confessei e Arthur
deitou sobre mim.
– Só vou ficar aqui porque eu também estou com saudades. –
Disse beijando meu pescoço. – Amo o seu cheiro. – Sussurrou.
– Você deixou o seu hoje nesse quarto inteiro... e em mim também.
– Contei e Arthur mordeu levemente o meu pescoço. – Aaaii...
– Eu sei que você adora o meu perfume. Por isso não deixa eu
trocar.
– A tá... – Ri diante do comentário dele enquanto acariciava
seus cabelos. – Aonde vamos jantar?
– Eu não sei, Lua. Mika tá lá embaixo com seus pais. –
Arthur beijou meu queixo e depois me olhou.
– Vamos tomar banho. – Convidou. – Você já está bem?
– Estou. – Respondi.
– Só banho, loira. Ou vamos acabar nos atrasando. – Arthur
me puxou pela cintura.
– Eu não sei se confio em você... – Falei distraidamente e Arthur
me fitou.
– A é? Se eu fosse você... – Ele aproximou a boca do meu
ouvido. – Eu não confiava também. – Completou. – Não aqui. – Arthur me deitou
de volta na cama. – Não assim. – Ele levou uma das mãos até um dos meus seios e
começou a acaricia-lo. Eu abria e fechava a minha boca, mas não conseguia dizer
uma palavra. – E então...? – Ele olhou ainda me provocando. – Não consegue
falar? – Indagou roçando os lábios nos meus.
– Eu só falo quando eu quero, querido. – Sussurrei mordendo
o lóbulo da orelha dele. – E se eu fosse você, não me provocava aqui. E nem
assim. – Ressaltei e Arthur sorriu. – A gente sabe quem sai perdendo. – Completei.
– E então...? – Segurei em seu queixo. – Não consegue falar? – Repeti a
pergunta dele de segundos atrás.
– É por isso que a gente se dá bem. – Arthur afirmou. – Você
sabe provocar tão bem quanto eu. Eu não preciso de mais nada, Lua. Você é mais,
em tudo na minha vida. E eu preciso que você saiba disso. Você consegue me
compreender? – Me perguntou. Aquele olhar parecia enxergar a minha alma. – Aqui,
comigo, pra mim, só existe você, loira. Para sempre. – Arthur completou. – E
você pode me irritar para o resto da vida, que eu vou fazer o mesmo com você. –
Deixou claro.
– E provocar também? – Indaguei e Arthur confirmou. – Eu
gosto mais dessa parte. – Sussurrei.
– Eu sei que gosta. O que estamos fazendo agora mesmo? –
Arthur olhou dos meus seios, para o meu rosto e apertou uma das minhas coxas e
eu sorrir.
– De nós dois, você é o que perde o controle mais rápido, Arthur.
– Observei.
– Claro, eu não consigo disfarçar. Os homens têm essa
desvantagem. Agora deixa de graça. – Ele me puxou outra vez pela cintura. – Ou
vamos jantar no quarto. E eu não estou falando de comida. – Avisou com um
sorriso maroto no rosto.
– Aah, não vamos não. – Avisei de volta. – Estou sensível. Você
sabe.
– Não é o que está parecendo... – Arthur passou o dedo indicador
sobre meus lábios.
– Eu costumo disfarçar. – Retruquei.
– Comigo não cola, Lua. Você deveria saber. A primeira coisa
a te entregar, é essa respiração alterada. Ou você acha que sabe disfarçar isso
também?
– Hahahaha eu nem vou comentar qual é a primeira coisa que
te entrega, Arthur. – Pisquei um olho e Arthur pressionou o corpo contra o meu.
– Não precisa. Porque nós dois sabemos muito bem. – Ele me piscou
um olho de volta. – E aí?
– Vamos. Mas só banho.
– Meu convite foi só pra isso mesmo. – Arthur me ajudou a
levantar da cama e depois ele tirou a calça comprida antes de me seguir até o
banheiro.
*
– O que você acha dessa camisa? – Arthur me perguntou. E eu
ainda estava procurando a minha saia preta de couro. E já pensando que a
qualquer momento ele ia começar a me apressar. Já era sete e quinze. Carol já
tinha banhado, Anie; eu já tinha ido vê-la.
– Bem gostoso, querido.
– Perguntei da camisa e não de mim, Lua. – Arthur provocou vestido
a mesma. Ele estava com uma calça comprida branca, que o deixava extremamente
sexy. E eu não gostava que ele vestisse calça branca por isso. Me desconcentrava
e isso não era nada bom no momento. O tênis que ele calçava era cinza, da cor
das listras da camisa, que era branca e tinha uma faixa alaranjada. O relógio também
era cinza. Arthur já podia inaugurar uma loja de relógios com a coleção dele. Enfim,
ele estava lindo e gostoso. Como eu podia
sentir raiva de um homem desses?
– A camisa te deixa ainda mais gostoso, querido. O que mais
você quer saber?
– Tirando ela é que eu fico mais gostoso. – Arthur afirmou
se passando perfume. – Não demora, querida. – Pediu e saiu do closet.
Continuei procurando a minha saia preta de couro, eu já estava
vestindo um body preto de crochê. Achei e cinto e minutos depois, achei a saia.
Vesti e depois fui escolher o meu sapato, um de salto alto também preto, e
rendado. Peguei uma bolsa preta pequena de lado e me passei perfume. Eu já
tinha feito uma leve maquiagem.
Passei pelo quarto de Anie e ela ainda estava discutindo com
Carol sobre a roupa que usaria. Ela queria ir de tênis e Carol não queria
deixar. O look dela era uma bata azul de listras brancas e a calça era do mesmo
jeito.
– Mas eu quelo ir com meu tênis.
– Anie sua mãe disse que é esse sapato aqui.
– Nããããooo queelooo... – A pequena colocou as mãos nos
ouvidos e se jogou na cama.
– Vamos logo, Anie. Daqui a pouco a Luh chega aqui. – Carol
avisou. – E não vai gostar nadinha dessa sua birra.
– Mas eu não sou bilenta.
– Não é o que está parecendo. – Falei e Anie me olhou.
– Ela quer ir de tênis, Luh.
– Mas não vai. Vamos, calça a sandália que eu escolhi. Combina
muito mais com a sua roupa.
– Mas o meu tênis azul também.
– Tênis hoje não, filha. Vamos. Estou sendo paciente. –
Avisei. E Anie fez um bico enorme enquanto Carol calçava a sandalinha nela. A sandália
tinha quase o mesmo tom de azul da roupa que Anie vestia, e tinha um lacinho
bem em cima.
Descemos a escada com Anie ainda emburrada e ela correu para
o colo de Arthur assim que o viu.
– Quelia ir de tênis, papai. Por que não posso ir? – Ela disse
fazendo drama.
– Assim está muito mais linda, filha. – Arthur deu um beijo
na testa de Anie. – Vamos? Só estávamos esperando vocês. – Arthur levantou-se
do sofá.
– Você está linda, princesa. – Mika elogiou.
– Bem estilosa. – Sophia completou.
– Obligada. – Anie agradeceu e segurou na mão do pai.
Caminhamos para a garagem. Micael, Soph e Mel iam em um
carro. Eu, Anie, Arthur e meus pais, em outro carro.
– Deixa eu ir no colo? – Anie me pediu.
– Aah... agora você vem é? Achei que ia querer ir com seu pai.
– Ai que feio, Lua. Deixa de ser ciumenta. – Arthur comentou
rindo.
– Até parece. – Retruquei e Arthur me deu um beijo rápido na
bochecha.
– Você sabe que está linda. – Ele sussurrou antes de entrar
no carro. Sorri e abri a porta do lado do passageiro.
– Vem, filha. – Chamei Anie. – Obrigada. – Agradeci e Arthur
sorriu sem mostrar os dentes.
– Tem chocolate? – Anie perguntou mexendo no lugar que ela
sabe que Arthur deixa doces.
– Não. Não tem doce dessa vez. – Ele respondeu e Anie
insistiu.
– Nenhum?
– Não. Acabei com todos por causa da senhorita. – Arthur
apontou para a filha.
– Poxa... – Ela reclamou e meus pais riram.
– Você sabe que não pode comer, Anie. Já conversamos sobre
isso. – Lembrei.
– Só quelia um! – Ela exclamou.
– Você já tomou sorvete hoje, filha. – Falei e ela me olhou.
– Mas é difelente de chocolate. – Disse e voltou a olhar
para a frente. – Então eu quelo escutar música.
– É só escutar, filha. – Arthur ligou o rádio e seguiu o
carro de Micael. Eles já tinha decidido em qual restaurante íamos.
*
Já tínhamos feito nossos pedidos e no momento, estávamos tomando
uma taça de vinho, menos Soph, Mel e Anie que estavam só no suco.
Anie não implicou com a comida que escolhi para ela e nem
pediu batata-fritaa, e isso era quase um milagre.
– Eu perguntei ao papai o porque dele sempre ficar na sua
casa e não na minha. – Sophia falava sem parar.
– Eu não tenho nada a ver com isso, Soph. – Me defendi.
– Mas como ele sempre defendeu você, eu fico sem saber em
quem acreditar. Minha mãe disse que é porque fica mais perto do hospital. Mas eu
sei que é porque eu sou muito curiosa e fico enchendo ele de perguntas.
– Se você sabe, porque ainda pergunta? – Indaguei divertida.
– Pra saber se eu estou certa ou não.
– Filha, por favor... – Meu pai pediu.
– Vocês homens são insensíveis. Eu estou grávida e vocês nem
tem paciência comigo.
– O senhor tá vendo o que eu passo né? – Mika reclamou e nós
rimos quando meu pai assentiu.
– Sophia chega a ser mais dramática que a Lua. Meu Deus! –
Arthur comentou e ela lhe mostrou língua.
– Piorou mais agora na gravidez. – Mika ressaltou.
– Mas eu estou falando de quando Lua ficou grávida da Anie. –
Arthur riu.
– Você nem tem vergonha, Arthur. Nunca fiz isso com você. –
Me fiz de ofendida e todos riram.
– Por favor, Lua. – Arthur continuou rindo. – Ela se
aproveitava de mim. Sabe que eu não negaria nada. Não nego até hoje. Não sei o
que ela fez.
– Mika nega! – Sophia exclamou. – Meu Deus! Ele sempre fica
chamando a minha atenção.
– Ela implica que é menina, como vou deixar ela sair
comprando tudo de menina e for menino? – Micael justificou. Mas todos nós sabíamos
como Sophia era.
– Também... Arthur nunca negou porque as coisas que eu pedia
nem chegavam perto das coisas que você pede, maninha. – Expliquei.
– Ele sempre usa essa desculpa do enxoval, mas não é só
isso. – Soph tentou se defender. – O negócio é que eu sou intensa. Não são
todos que entendem mulheres intensas.
– Tá bom, Soph. – Mel comentou divertida e nós rimos.
– Você deveria pegar um tutorial com a Mel. Ela tá super
rilex com esse lance enxoval. – Comentei.
– Eu não consigo. Eu vejo as coisas e quero comprar. Odeio ter
que esperar pra fazer tudo agora. Inclusive... – Ela parou de falar quando se
recordou que nossos pais também estavam ali. Embora minha mãe estivesse
entretida com Anie. – Deixa pra lá... – Sophia abanou o ar. E nossos pedidos
logo chegaram.
– Eu sei que os hormônios da gravidez são loucos, mas meu
Deus! – Arthur riu. – Os da Sophia se alteraram demais. – Ele completou e eu
dei um tapa na coxa dele. – Mas é sério.
– Eu não posso nem concordar com você na frente dela. – Mika
comentou.
– Eu acho bom mesmo. – Sophia ressaltou.
Comemos entre risos. Sophia não parava de falar besteiras. Se
eu não conhecesse a irmã que eu tinha, eu podia jurar que ela estava ficando
louca. Anie estava sentada entre minha mãe e meu pai e os dois não pararam de
dar atenção a ela, tanto que depois que terminamos de comer, ela quis ir brincar
no espaço que tinha para as crianças e os dois foram com ela.
– Eu preciso fazer uma pergunta. Ainda bem que os meus pais
foram brincar com a Anie. Que fofos... – Soph começou.
– Ai meu Deus, lá vem... – Retruquei.
– Eu fico nervosa toda vez que a Sophia diz que precisa
perguntar algo. – Mel comentou.
– Quero só ver a próxima. – Arthur riu.
– Vai ser constrangedor, querida? – Mika indagou.
– Ai é sério! – Ela exclamou. – Tudo vocês acham que não
precisa perguntar. Mas e daí se eu quiser saber? – Ela perguntou dando de ombros.
– Eu fico me fazendo muitas perguntas.
– A gente imagina, você já faz cada uma pra gente... imagina
na sua cabeça. – Zoei.
– Não é que eu fique preocupada, mas eu quero saber como
fica o sexo depois. – Ela disse e Mika colocou as mãos sobre o rosto.
– Eu sabia.
– É claro que sabia. Eu já falei disso com você, meu amor. –
Soph afirmou. – Vocês não se perguntavam? – Ela apontou de mim para Arthur.
– Eu tinha outras perguntas para me fazer. – Respondi e
Sophia revirou os olhos.
– Responde, Arthur. Lua sabe ser econômica quando quer. Só pra
me irritar.
– Você tá doida, Sophia. – Ri.
– Eu não acredito que você tá me fazendo essa pergunta. –
Arthur tentou controlar o riso.
– A Mel costuma me perguntar com quantos meses começamos a
sentir o bebê mexer... – Comecei. – E a minha irmã vem com essa pergunta.
– Naturalmente eu irei voltar a minha vida sexual ativa
depois que o bebê nascer, certo?
– Quem te disse que tem vida sexual ativa depois que nasce
um bebê, Sophia Abrahão? – Arthur perguntou a Sophia. Parecia um exagero, mas
não era nenhum exagero.
– Você tá me zoando.
– Sophia, bebê mama quase vinte e quatro horas por dia. Naturalmente
você vai estar cheirando a leite, minha irmã e não transando. – Deixei claro.
– Você sabia disso, Mel? É por isso que não tem dúvidas. –
Sophia bufou.
– Amiga, naturalmente eu nem tenho com quem transar. Isso é
o que menos me preocupa. – Mel respondeu.
– Eu sei que o bebê mama bastante.
– E não dorme quando você quer. – Arthur ressaltou. – Anie mandava
na nossa rotina. Era ela. Era o que ela queria. Na hora dela. E você acha que a
gente – Arthur apontou para mim – transava quando?
– Sei lá, quando não estava na hora dela. – Sophia riu.
– Aí que tá o negócio, até quando não está na hora dela,
passa a ser a hora dela. É isso. – Arthur concluiu.
– Micael tá chocado. – Comentei rindo e Mel deu dois tapinhas
no irmão.
– Vamos lá, você vai sobreviver. – Ela comentou nos fazendo
rir.
– Seis meses depois talvez... – Arthur comentou.
– Você tá zoando! – Sophia exclamou. – Até parece que só
transaram seis meses depois.
– Vocês estão vendo essa linda aqui? – Arthur me puxou para perto
dele e beijou meus cabelos. – Foi quando ela quis. Depois do resguardo e mais
alguns dias. Ninguém morreu, Sophia. – Ele finalizou.
– Você disse seis meses. – Ela o lembrou.
– Falei da rotina do bebê. – Arthur justificou.
– Você pensa em ter parto natural, normal ou cesárea, Mel? –
Agora ela tinha se voltado para cunhada.
– Normal, Sophia. Eu sei que não vou aguentar toda a dor sem
uma anestesia. Mas eu não quero cesárea por conta da recuperação.
– Eu estou pensando... Mas prefiro cesárea. Não sou tão
forte pra dor. Nossa, me arrepio só de pensar.
– Eu também preferi normal, natural me deixava nervosa com a
possibilidade de passar muitas horas em trabalho de parto. Mas aconteceu tudo
fora dos meus planos. – Comentei. Embora elas soubessem de toda a história.
– Minha sobrinha foi muito apressada. Inclusive... – Sophia
enfatizou. – Você não mudou de ideia sobre entrar comigo né?
– Não, Sophia. Achei que Micael já tivesse mudado de ideia. –
Olhei e Arthur e Mel riram.
– Ele que vai precisar de ajuda quando desmaiar lá. – Arthur
comentou.
– Eu não vou discordar. – Mika afirmou. – Não vou conseguir.
– Nem vai ser normal pra ela ficar gritando lá de dor. Vai ser
tranquilo. – Pontuei.
– É o sangue, Lua. Esse homem tem medo de sangue. – Sophia contou
e Arthur riu alto.
– Meu Deus! Cala a boca, Arthur. – Pedi colocando a mão sobre
a boca dele.
– Sempre foi assim. – Mel afirmou.
– Vocês já vão começar? – Mika indagou erguendo as sobrancelhas.
– Dói muito fazer depois da gravidez, Lua?
– De novo? – Eu perguntei rindo. – Faltam uns seis meses para
o bebê nascer. – Acrescentei.
– Quero saber agora.
– Quando ele nascer, a última coisa que você vai pensar é em
sexo. E a primeira é em dormir, depois que ele dormir.
– Eu quero sabe, é sério.
– Não dói, Sophia.
– E como você sabe, cunhadinho?
– Ué, quem transou com a Lua foi eu. Eu costumo perguntar as
coisas pra ela, ora. – Arthur respondeu óbvio.
– Eu só fiquei nervosa por conta da cirurgia, Sophia. Lá embaixo
estava tudo certo, querida.
– Mas o nervosismo atrapalha. – Soph comentou.
– Sabe de uma coisa? Tentamos transar duas vezes e não foi. –
Falei. – Eu fiquei nervosa e não quis continuar, mas na terceira vez foi. Matou
a sua curiosidade? – Perguntei e Sophia ficou me olhando com um sorriso sacana.
– Eu ficaria nervosa se fosse parto normal. Eu ia ficar com
receio até de me olhar. Se é que vocês me entendem. – Ela riu.
– A minha mulher não tá bem. – Mika disse.
– Eu tô preocupa também. – Comentei.
– Micael olharia por você, ora. – Arthur deu de ombros e Mel
não conseguiu controlar a risada.
– Se eu ficaria com vergonha de me ver, você acha que eu ia
deixar ele olhar lá?
– Vergonha você, Sophia? Faça o favor. – Arthur riu e eu não
segurei a minha risada.
– É sério. Embora a gente tenha intimidade... as vezes a gente
fica envergonhada. – Sophia disse calma e Arthur me olhou.
– Quando a Lua fica vermelha é porque ela está constrangida.
Então eu sei o que a deixa constrangida. – Arthur comentou e eu apertei sua coxa,
sentido ele apertar a minha cintura.
– O que você não sabe da Lua mesmo? – Sophia perguntou
divertida.
– O porque dela sentir medo de coisas que não deveria. – Ele
disse me olhando e eu suspirei.
– Profundo. – Sophia comentou. – Ela é um pouco insegura
mesmo e isso é contraditório. Porque ela é a pessoa mais teimosa e atrevida que
eu conheço.
– Conheço duas teimosas e atrevidas. Minha mulher e minha
filha. – Arthur contou e nós rimos.
– Eu não sou atrevida! E você é a pessoa mais sem-vergonha
que eu conheço. – Falei apontando para a minha irmã.
– Hahaha todo mundo transa aqui. Porque eu teria vergonha?
– Atrevida sim. – Arthur sussurrou segurando meu queixo. –
Toda hora. – Ele acrescentou antes de me beijar.
Continua...
SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA.
N/A: Boa noite, gente!
Vim trazer mais uma atualização \o/ que
ficou feliz aí? Hahaha
Comentem bastante sobre o capítulo tá? E o que acharam do começo da
reconciliação do nosso casal (safadheenhos)
e do amorzinho da Anie tão cheia opinião e claro, do papo desse final de
capítulo haha quem adora essas conversas da Sophia? Haha
O que acharam dos looks estilosos? haha links
A n/a desse capítulo foi bem pequena haha pra compensar a do anterior, que depois que eu vi que tinha ficado enooormee. Quem leu tudo, olha, parabéns!
Obrigada a todos que comentam os capítulos. Vocês são incríveis e me deixam imensamente feliz.
Ps¹: Podem tirar suas dúvidas nos comentários.
Ps²: Qualquer erro ortográfico, eu corrijo depois quando reler novamente.
Um beijo e até a próxima
atualização.
Eu amo esse casal ❤❤
ResponderExcluirQuero reconciliação completíssima hahahahha
Por mim e pelo Arthur óbvio que Lua não voltaria nem a pau oro escritório, migaaa vai trabalhar por conta própria, tu tem tudo pra isso.
Sophia UM ÍCONE HAHAHAHAH
PS: MINHAS DÚVIDAS NÃO PODEM SER TIRADAS 😊😊😂😂
Hahaha em breve terá a reconciliação 'completíssima' 🌚🔥
ExcluirMaaanaaa, Lua tá bem afrontosa, e embora Ryan seja o chefe dela, ela vai mostrar direitinho pra ele que manda; nela obviamente.
KKKKKKKKKKKKKKKKK Sophia é muito hilária. Ninguém pode com essas perguntas dela 😂😂😂😂😂
PS: Já sei das suas dúvidas dona Rafa.🤐
Obrigada pelo comentário!
Um beijo...
Vc ainda tem o instagram da little anie?
ResponderExcluirNão, Jaynne. Eu já desativei ele faz um tempo.
ExcluirEssas perguntas da Sophia é maravilhosa kkkkkk amando cada dia mais, quero logo a reconciliação completa da Lua e do Arthur..
ResponderExcluirPs: eu quero um marido igual ao Arthur, ele é muito maravilhoso.
By: Camys
😂😂😂 Sophia não tem limites. É cada curiosidade que MDS!
ExcluirHAHAHA mas vocês estão ansiosas para essa 'reconciliação completa' hein?! 🌚🔥🤭
Ps: Nossa, quem dera se eu encontrasse um Arthur desse aqui no meu país haha
Obrigada pelo comentário, Camys!
Um beijo...
Adoro quando eles se reúnem. A Sophia é hilária kkkkkkkk. Parabéns, amei o capítulo.
ResponderExcluirTay
Obrigada, Tay! 🥰 Fico feliz em saber disso!
ExcluirUm beijo...
Ps: E não se preocupe, amamos ainda mais quando os capítulos são enormes. Bjs
ResponderExcluirHahaha Que bom! ❤
ExcluirUm beijo...
eu amo de mais essa web, fico toda feliz quando tem atualização..
ResponderExcluirEsperando por mais.
A Lua não vai engravidar mais? Queria muito que tivesse um surpresa pro Arthur, dela contando que está ����
Aaaaaaah! Obrigada! É tão bom saber disso! 🥰❤😍 (Essa semana terão mais atualizações)
ExcluirRespondendo a sua pergunta: Nesse momento não. Irão acontecer outras coisas. Fique atenta.
Um beijo...
Amo quando lua e Arthur estão assim juntinhos… Meu Deus a Sophia faz cada pergunta kKK, Anie muito linda querendo escolher o sapato ver se posso com uma coisa dessa. Amei os looks. Amei muito esse capítulo!
ResponderExcluirLily
Aaaaah é lindo mesmo, Lily! Eles são lindos! ❤
ExcluirObrigada pelo comentário, Lily. Fico feliz em saber disso.
Beijos.
Arthur é um louco kkkkkkkkk mais gosta de rir da lua e suas loucuras. Tão lindo ele preocupado com ela,quero um marido assim ♥ anie toda birrenta rsrsrsrs meu Deus oq foi aquelas perguntas da sophia, muito loucaaaa. Super feliz q eles já estão fazendo as pazes. Acho lindo quando o Arthur diz q a lua é o amor da vida dele. Ta de parabéns milly, como sempre. Xx adaline
ResponderExcluirKkkkkkkkkkkk Esse Arthur literalmente não exite (que pena 😩) Mana, eu também quero um marido assim. MDS! S o n h o !
Excluirkkkkkk ela é muito decidida. Desse tamaninho e já quer mandar nas coisas 😂🤭
Sophia é outra kkkkk tá brotando tudo quanto é tipo de dúvidas nela agora.
Siiiiiiiiiiim... e eles estão num love só. A M A M O S ! Aaaaah... ele é lindo sempre quando estão juntos.
Obrigada, Ada. Obrigada mesmo!
Beijos.
Quando vai postar o próximo capítulo??
ResponderExcluirMilly eu tô amando os capítulos
ResponderExcluirE eu queria tanto que você escrevesse mais de quando eles namoravam
Queria ter uma idéia de como era mas eu tô amando tudo e ansiosa pra essa grande reviravolta que a fic vai dar
XX Vanessa
Aaaaah saber disso me deixa muito feliz, Vanessa. 🥰❤
ExcluirPs: Talvez eu escreva alguns especiais como já fiz outras vezes, mas eu estou devendo o final de um que eu comecei e não terminei. Então, quem sabe depois que eu terminar esse que eu já postei umas duas partes aqui né? (Esse especial é de quando a Lua e o Arthur estão tentando ter o primeiro filho)
Obrigada pelo comentário.
Beijos.
Quero muito, Milly.
ExcluirNa espera por o próximo capitulo...
ResponderExcluirEssa Sophia hahaha.
ResponderExcluirAmo ver a Lua e o Arthur nessa paz.
Quando q Mel vai contar ao Chay sobre a gravidez?
Eles merecem 🥰
ExcluirNo capítulo que eu postarei hoje (assim espero haha)
Beijos.
E tão bom lua e Arthur nessa paz.
ResponderExcluirSophia é demais
By Sofia c
Ahhhh eu amo demais esse casal sério kkkkk Confesso que ri com respeito da situação da Lua com o absorvente, foi inevitável kkkkkkkk
ResponderExcluirEu amo quando eles se juntam e a Sophia meu Deus, sem limite nenhum, melhor pessoa!!
cada vez me apego mais a essa história.
Feh