Capítulo
Especial de Little Anie
Parte
Um
[Flashback]
Baby, baby, are you listening?
Amor, amor, você está ouvindo?
Wondering where you've been all my life
Me pergunto por onde você andou toda
minha vida
Pov
Narrador
Segunda-feira
| 13 de Fevereiro de 2011.
–
Ai, Lua! Pelo amor de Deus! Eu já disse, pra mim já está na hora. Até passou,
na verdade. – Arthur falou, sentando-se na cama, ao lado de Lua, que virou o
rosto para encara-lo.
–
Não sei. Não é que eu não queira. Você sabe... já me convenceu disso. Estou
insegura; com medo de não dar conta, Arthur. – Lua justificou, falando baixo.
Não queria brigar outra vez por causa de um filho que ainda nem tinham começado
a tentar fazer.
–
Eu sei. Sei que está com medo, Lua. Mas a maioria das pessoas sente medo de não
dar conta de cuidar de um filho no começo. Não adianta planejar, nem fazer uma
lista de coisas a seguir. Porque quando a criança nasce, as coisas são
completamente diferentes. Cada criança é diferente. Umas são calmas, outras
sapecas demais. – Ele riu ao finalizar o comentário. E Lua cerrou os olhos,
encarando o marido.
–
E como você sabe disso? – Lhe perguntou. – Até parece que alguém andou
conversando com você sobre o assunto. – Ela falou devagar.
–
Não conversei com ninguém. – Arthur deixou claro. – Eu só... li. Li sobre o
assunto. A gente encontra uma porrada de coisas na internet sobre isso. Tem
muitos sites... tem bastante... – Lua o interrompeu.
–
Eu já entendi, Arthur. – Ela riu. – Já entendi. – Reafirmou.
Ele
sempre fora mais adiantado que ela no assunto. Vivia se informando das coisas,
e quando iam conversar, ele falava como se já tivesse passado pela experiência.
Lua tinha certeza de que Arthur seria um pai maravilhoso e dedicado.
–
Então...? – Ele indagou, se jogando de costas na cama.
–
Ainda não.
–
Lua.
–
Só me escuta... – Ela se virou para trás, para olha-lo. Arthur estava com os
olhos fechados e as mãos acima da cabeça.
–
Fala aí então...
–
Você sabe que vamos fazer um filho. – Começou e Arthur abriu os olhos.
–
Aah, eu sei é? – Perguntou ele a mulher.
–
Sim. Sabe. Para de se fazer de bobo. – Lua respirou fundo. – Mas agora não.
Espera só mais um pouquinho.
–
Estou esperando há quase dois anos. Nem toquei nisso de filho antes, pra não te
assustar e você desistir de casar comigo. – Arthur contou. E Lua o mirou, com
uma sobrancelha erguida.
–
Para de falar besteira, Arthur. Sempre soube que você queria ser pai. – Lua
disse.
–
Como? Nunca te contei antes. – Ele insistiu e se apoiou com os cotovelos no
colchão.
–
E precisava contar? Você vem falando desde o dia do casamento.
–
Claro, deixei pra falar quando já estivéssemos casados. Assim não teria como
você escapar.
–
Como se eu quisesse escapar. – Lua retrucou. – E aí?
–
E aí o quê?
–
Como vamos fazer? – Lua esclareceu.
–
Ora, do seu jeito, meu amor. Não posso te agarrar para fazermos um filho à
força. Vou esperar né? É o que me resta. – Arthur fingiu lamentar. E sentou-se
na cama outra vez.
–
É só um pouquinho...
–
De pouquinho em pouquinho, a senhorita está me enrolando há um tempão. – Arthur
a lembrou. E Lua riu.
–
É sério, Arthur. – Lua insistiu. E ele concordou.
–
Tudo bem. Já te falei. – Arthur deixou claro, e sorriu. – Não estou chateado.
Fica tranquila. – Ele passou um dos braços em volta do pescoço de Lua, e a
puxou para mais perto, lhe dando um beijo na bochecha. – O que quer fazer hoje?
–
Podíamos jantar fora. O que acha? Mas sem beber tanto. Tenho trabalho amanhã e
você também.
–
É.
–
Quando eu ficar grávida, não vou poder beber. – Lua comentou vagamente. E
Arthur riu, se jogando em cima da esposa.
–
Para! Você fica me provocando. – Ele colocou uma das mãos sobre a boca de Lua.
Que começou a rir sem parar. – Você é cínica. – Arthur lhe disse. – Olha como
gosta de fazer isso. – Contou e Lua negou.
–
N-não... não gosto. – Ela ainda ria. – Paaraa... Paara! – Lua empurrou a mão de
Arthur e ele também riu, deixando seu peso cair sobre a mulher.
–
Onde você quer ir? – Arthur perguntou, distribuindo beijos pelo pescoço de Lua.
–
Você escolhe. – Lua encolheu os ombros. – Vou avisar Carla que ela não precisa
fazer o jantar.
–
Aham... – Arthur concordou, beijando o pescoço de Lua outra vez. – Um ano e dez
meses. – Ele lembrou e Lua o encarou, sorrindo.
–
É! Dia dezesseis. – Eles sorriram mais ainda. E Arthur se inclinou,
beijando os lábios de Lua.
–
Tá passando rápido, né?
–
Uhum... Quem diria... – Lua comentou vagamente, quando Arthur se ajeitou na
cama, deitando de costas. Ela aproveitou e acomodou-se nos braços dele.
–
É... quem diria. – Ele até riu. – Se me contasse que íamos nos casar, mesmo
antes de começarmos a namorar, eu nunca teria acreditado. – Arthur acrescentou,
depositando um beijo demorado nos cabelos da esposa.
–
Nem eu ia acreditar. – Lua contou, erguendo o rosto para encarar o marido.
–
Eu sei que não, Luh. De nós dois, você era a que menos acreditava na gente. –
Arthur pontuou.
–
Ai! – Lua lhe deu um tapa. – Também não era assim... – Ele riu pelo nariz. –
Talvez só um pouquinho. Eu tinha medo.
–
Você sempre tem medo quando é alguma coisa relacionada a mim, ao nosso
casamento, essas coisas...
–
Agora não.
–
Ah? Agora não, é?
–
Nem tanto. – Ela se corrigiu. – No começo eu achava que você era cafajeste,
safado... ah, Arthur, sei lá... Aquelas garotas todas te rondando... Vai saber
né? Se você comia elas de vez em quando... – Lua finalizou e Arthur riu alto
com o que tinha acabado de escutar.
–
Eu? Cafajeste? – Ele riu outra vez. – Garotas? Que garotas, Lua? Eu não lembro
de ter tanta mulher assim. Onde você via isso? – Arthur indagava entre risos. –
Comer? Você falou isso, Lua? Ah, para! – Ele ainda estava rindo. – Que
vocabulário vulgar, meu amor. Eu não comi tanta mulher assim, pode ficar
tranquila, linda. – Arthur afirmou, beijando agora, a testa de Lua. – Só você
mesmo...
–
A tá... até parece. Tá me achando bem com cara de boba, pra acreditar nessa sua
conversa. Aquelas menininhas da sua sala. A Kate era uma, e essa você não pode
negar que comeu.
–
Calma... Você nem me deixou completar. Só você mesmo, que eu, usando suas
palavras, como sempre. – Ele completou e Lua lhe deu um tapa forte no peito. –
WOW, LUA!
–
Não fala assim, Arthur. Você não pode falar desse jeito comigo. – Lua tentou
ficar séria, mas Arthur riu. Então ela o seguiu. – É sério. Eu estou falando
sério!
–
Tá bom, Lua. Tá bom. Vou me defender, posso negar sim. Não transei com a Kate,
você sabe bem disso.
–
Eu sei mesmo. – Dessa vez, Lua nem tentou esconder o sorriso presunçoso.
–
Pois é, então não fale bobagens. – Arthur pediu, tocando o nariz de Lua. – Já
basta ficar sabendo que você me achava cafajeste. Cafajeste, Blanco? Ah, não!
–
Eu estava errada, tá?
–
É claro que estava. – Arthur respondeu óbvio.
–
Me dá um beijo. Deixa de drama, Arthur.
–
Não vou te beijar. Você não merece beijo.
–
Só beijos?
–
Ei! – Ele riu e Lua o puxou pela nunca. O beijando logo em seguida.
Quinta-feira
| 16 de Fevereiro de 2011.
I
just started living
Eu acabei de começar a viver
Oh, baby, are you listening?
Oh, amor, você está ouvindo?
–
Feliz um ano e dez meses. – Lua acordou, com a voz baixa de Arthur; sussurrando
ao pé do seu ouvido. Sentia além da voz próxima, algo macio passando pelo seu
braço. – Não vai acordar?
–
Estou com sono... – Ela reclamou, mas abriu os olhos, olhando curiosa para o
marido. Ao lado dele, estava um buquê de rosas amarelas. Lua não podia ficar
ainda mais apaixonada. – Feliz um ano e dez meses. – Lua também lhe desejou.
–
Pra você. Sei que prefere as amarelas. – Arthur comentou, todo carinhoso. –
Gostou?
–
Eu adorei. Obrigada! – Lua sorriu, tocando as flores com os dedos e depois
olhou para Arthur. – Eu não comprei nada. – O avisou. – Saiu que horas?
–
Não precisava. Eu só quis fazer um agrado. Estou muito feliz, quero que saiba
disso. Comprei ontem à noite. Deixei no escritório. – Ele justificou. E beijou
a mulher, deitando-se devagar sobre ela. – Eu te amo tanto, tanto, tanto, Lua.
–
Eu também amo você, Arthur. Muito, muito mesmo. – Lua acariciou o rosto do
marido. – Obrigada por tudo. Principalmente por ter mostrado que eu estava
completamente errada a seu respeito. – Ela sorriu e ele assentiu vagarosamente.
–
Vou te lembrar disso sempre. – Arthur brincou. Beijando Lua outra vez.
–
A gente pode jantar fora hoje à noite? É que eu preciso levantar agora, ou vou
me atrasar muito.
–
Ok. Eu também vou sair... – Arthur se afastou.
–
Vai almoçar aqui?
–
Acho que não. Por que?
–
Por nada. – Lua deu de ombros. Sentando-se na cama e colocando o buquê de
flores sobre a cômoda.
–
Se quiser almoçar junto, posso dar um jeito. – Arthur comentou, fitando Lua que
estava de costas para ele.
–
Não, não. – Ela respondeu compreensiva e virou o rosto para olha-lo. – Não
quero atrapalhar. Nos encontramos à noite mesmo. – Assegurou, e lhe jogou um
beijo. – Vou tomar banho.
–
Você quem sabe...
***
Quando Lua saiu do banho, Arthur ainda
estava deitado na cama. Os olhos fechados e um dos braços acima da cabeça. Ao
mesmo tempo que ele parecia relaxado, ele parecia frustrado. Para uma Lua que o
conhecia tão bem. Ela então apertou a toalha em volta do corpo e caminhou até a
cama, onde ele se encontrava. Se inclinou sobre o marido, lhe fazendo carinho no
rosto, até o mesmo abrir os olhos.
– O que foi? – Arthur perguntou baixo,
franzindo um pouco o cenho.
– Não vai tomar banho?
– Vou. Mas só depois... Ainda tá um
pouco cedo. – Ele respondeu, ainda aproveitando o carinho que Lua lhe fazia.
– Você ficou chateado?
– Eu? Com o que, Lua? – Indagou ele, um
pouco confuso.
– Sei lá... Sei que você super liga pra
essas coisas de datas, mesmo que sejam meses...
– Não. Não fiquei chateado. Não estou
chateado... Mas você bem sabe que eu preferia ficar aqui aproveitando o dia com
você. Tá falando mais disso por causa das flores? E por que você não comprou
nada? – Arthur perguntou calmo, encarando a mulher. – Sabe que não precisava.
Não faço as coisas pra você, esperando ganhar algo em troca. Você sabe, linda.
– É. Você se preocupou. Sou péssima
nisso, Arthur. Desculpa. – Lua pediu um pouco sem graça. – Não esqueci da data.
Só não me preocupei em te agradar também... Sei que preferia aproveitar o dia à
sós comigo. Eu também queria a mesma coisa com você.
– Você está aqui... Não há nada que eu
possa querer mais agora, que você. E eu tenho. – Ele apertou a cintura dela, e
os dois sorriram. – Não se preocupa com isso... Quer almoçar junto hoje né?
– Ah! Eu quero. – Lua sorriu sem
mostrar os dentes. – Mas você vai ensaiar né?
– Vou. Mas posso dar um jeito. Podemos
almoçar todos juntos. E à noite, nós dois aproveitamos sozinhos. O que
acha? – Arthur sugeriu.
– Ah, eu vou adorar. – Lua comemorou.
– Ok, então... Vamos estar na casa do
Harry. Vou avisar os caras quando chegar.
– Me liga pra confirmar, tá?
– Ligo sim. Pode deixar. – Arthur
pincelou com o dedo, o nariz de Lua.
– Agora eu vou vestir minha roupa.
– Vai lá... – Arthur sorriu, mas acabou
puxando a mulher para um beijo, antes que ela saísse da cama.
– Não queria ter que sair apressada...
– Lua comentou, após o beijo. E apoiou uma das mãos sobre o peito de Arthur.
– Eu também não queria. – Ele admitiu.
– Mas não precisa ficar martelando isso na cabeça. Vai logo se vestir ou vai
acabar se atrasando. E aquele seu chefe é um pé no saco. – Implicou. Só para
não perder o costume.
– Não é nada. Você que adora implicar
com ele.
– Até parece! – Arthur revirou os olhos
completamente entediado. Enquanto Lua saía da cama.
When
you say you love me
Quando
você diz que me ama
Know,
I love you more
Sabe,
eu te amo mais
Ela foi para o closet e ele ficou na
cama mais alguns minutos, antes de se levar e ir atrás dela. Parou na porta,
observando a mulher tentar fechar o sutiã.
– Devia ser proibido. – Comentou ele.
Vendo que a peça era a única que ela vestia.
– Fecha aqui. – Lua pediu. Notando que o marido estava
parado ali. E ele a chamou para mais perto. – Proibido o quê?
– Você, assim... Quando está quase
atrasada. – Eles riram e Lua se afastou, pegando a calcinha.
– Ainda bem que não é proibido, porque
eu gosto. – Contou ela. Piscando para Arthur.
– É, eu sei. A senhorita adora me
provocar mesmo. – Ele se aproximou da mulher, colocando as mãos em sua cintura.
– Bom trabalho, meu anjo. – Desejou, beijando-a em seguida.
– Pra você também, amor.
– É que eu vou demorar no banho e você
pode ir antes...
– E por que você vai demorar no banho?
– Lua perguntou divertida. E Arthur a mirou.
– Para de graça, Blanco. – Ele abanou o
ar e saiu rindo. – Te ligo mais tarde. – Falou mais alto.
– Não esquece!
– Não vou, linda. – Ele afirmou,
entrando no banheiro.
Lua terminou de vestir sua roupa para
ir trabalhar. Calçou os sapatos, passou pó, rímel, lápis de olho e guardou o
batom na bolsa, para passar depois de tomar o café. Se passou perfume e pegou a
bolsa, a pasta e a chave do carro.
– Amor? Eu já vou. – Avisou, bem perto
da porta do banheiro.
– Te amo! – Arthur disse em resposta. O
que fez Lua sorrir.
Treze
e dez | Casa do Harry.
Lua estacionou o carro em frente à casa
do amigo, e viu tanto o carro de Arthur, quanto o de Mika, do Chay e da Mel.
Sophia provavelmente ainda não tinha chegado. Ela desceu e ligou o alarme,
caminhando até a porta, tocou a campainha. Menos de um minuto depois, Mel
apareceu abrindo a porta.
– Oi, amiga! Estou de porteira hoje. –
Brincou, dando passagem para Lua.
– Estou vendo. – Lua riu, abraçando a
amiga. – Como vai?
– Bem e você?
– Estou bem. – Lua alargou o sorriso. –
Onde eles estão? – Perguntou, notando que não tinha mais ninguém na sala além
delas duas.
– Lá fora. – Mel apontou na direção do
quintal.
– Olha o que eu trouxe. – Lua disse,
mostrando uma garrafa de vinho.
– Ah, obrigada! Porque eles só estão
tomando uísque e vodca. No almoço. No almoço. – Mel falou um tanto revoltada.
– Eu podia adivinhar. Harry só tem isso
aqui. – Lua apontou para o local na sala onde o amigo deixava as bebidas. –
Eles ao menos compraram comida? – Ela riu.
– Eu trouxe. – Mel respondeu.
– Eu perguntei quando Arthur me ligou,
mas ele só riu... – Lua negou, balançando a cabeça. – Vamos lá... Minha irmã
ainda não chegou? – Indagou, enquanto caminhavam para o quintal.
– Não. Ela está quase chegando. Saia um
pouquinho mais tarde do hospital. Já mandou mensagem para o Mika.
– Não vi o carro dela aí na frente.
– Daqui a pouco vão nos multar por
causa dos nossos carros aí na frente. Quem manda Harry não comprar uma casa com
garagem maior... – Mel olhou para o amigo, que ergueu a sobrancelha, levando o
copo com uísque a boca.
– Você quer uma garagem ou um
estacionamento? – Perguntou ele, num tom extremamente irônico.
– Idiota! – Ela xingou, jogando um
guardanapo nele. – Mas sua garagem não cabe nem três carros. – Pontuou ela.
Fazendo todos rirem.
– Mas eu só tenho um carro, ora. Pra
que uma garagem maior?
– Vem meu amor, senta aqui. – Chay a
chamou.
– Não vou mais ficar de porteira. – Ela
o avisou. Mas Harry apenas lhe mostrou língua.
– Olha o que eu trouxe. – Lua mostrou a
garrafa de vinho.
– Deixa eu ver se é do bom. Por que
mulher não sabe escolher essas coisas... – Harry implicou, pegando a garrafa.
– Aqui, Harry... – Lua chamou sua
atenção, lhe mostrando o dedo do meio.
– A minha sabe. – Arthur avisou,
abraçando a mulher pela cintura, quando ela se aproximou dele.
– Não. Você não conta Arthur. – Harry
abanou o ar. – Uhm! Goulart M.
– Safra de dois mil e doze. Eu sou
ótima com vinhos. – Lua se gabou.
– Bom, ótima não sei. Mas pelo menos
escolheu um vinho bom. Por que trouxe vinho?
– Porque eu odeio uísque. – Lua
respondeu.
– Mas tem vodca também.
– Odeio também.
– Tem água.
– Vai se catar, Harry. Eu hein! – Lua
reclamou, sentando-se perto de Arthur. Fazendo todos rirem. – Vocês ainda não
começaram a comer?
– Estamos esperando a sua irmã. –
Arthur respondeu, depositando um beijo nos cabelos de Lua. A campainha logo
tocou.
– Vai lá, Mel. – Harry brincou e Mel
lhe mostrou língua.
– Não sou tua empregada.
– Ai, vocês duas! Quando não é Lua e
Harry. É Mel e Harry. – Mika disse se levantando para ir abrir a porta para a
esposa.
– Ei, eu sou menino! – Harry reclamou
revoltado.
– Tá parecendo uma menina, implicante
desse jeito.
– Rá! – Mel lhe mostrou língua outra
vez.
– Não sou implicante. Vocês que mexem
comigo primeiro. – Ele se defendeu. Fazendo os amigos rirem outra vez. – Tem
quarto lá em cima, caso vocês dois queiram. – Harry comentou, apontando para
Lua e Arthur.
– O que é que estamos fazendo? – Lua
indagou, colocando uma das mãos na cintura.
– Estou só avisando. Caso queiram.
– Você precisa transar, Harry. Pra
lagar essa chatice. – Arthur comentou.
– Lua transa e é chata. Sempre chata.
Ou você não faz o trabalho direito. – Provocou.
– Quer ver? – Arthur perguntou.
– Que nojo!
– Parem! Vocês são nojentos. Me
respeitem. – Lua disse, fingindo estar irritada. Mas acabou rindo, junto com
eles.
– Olá, boa tarde. – Soph falou.
– Boa tarde, maninha. – Sophia se abaixou
e Lua lhe deu um beijo na bochecha.
– Achei que já estavam almoçando. –
Comentou.
– Estávamos esperando a madame. – Harry
brincou.
– Cheguei.
– Graças a Deus! Eu já estava para
desmaiar aqui. – Disse ele, pegando um prato. – A comida até já esfriou.
– Exagerado...
Eles se serviram, e comeram entre
risadas, zoações, implicâncias. Guerra de grãos de arroz entre Lua, Sophia, Mel
e Harry.
– Ai, Chega! Vocês parecem criança. –
Chay pegou a vasilha com arroz e tirou de cima da mesa.
– Harry quem começou! – Soph tentou
pegar a vasilha de volta.
– Sophia, para. – Micael lhe
repreendeu.
– Eu não comecei nada! – Harry se
defendeu.
– Tem arroz no meu cabelo? – Lua se
virou para Arthur. E Harry riu.
– Vai ser pior catar arroz no seu
cabelo. – Comentou ele, balançando a cabeça. Para limpar os cabelos.
– Tudo sua culpa! – Lua retrucou,
esperando Arthur limpar os cabelos dela. – Eu vou voltar para o trabalho ainda, seu
idiota.
– Eu lá tenho culpa. Você que quis
entrar na brincadeira.
– Você jogou em mim primeiro!
– Se aquieta, Lua. – Arthur pediu. E
Lua o obedeceu, fazendo uma careta.
– Quando vão fazer meu afilhado?
– Que? – Lua indagou confusa. –
Estávamos falando de arroz.
– Quero saber também. – Arthur comentou
vagamente e Lua o encarou.
– Vai ser uma menina, só pra vocês
calarem a boca. – Soph comentou e piscou para Lua.
– Já falamos disso... – Lua o lembrou.
– Me dá mais um pouco de vinho. – Pediu e Harry riu.
– Você disse que ainda vai trabalhar.
– E vou.
– Bêbada?
– Não estou bêbada.
À noite | Casa de LuAr.
– Esse vestido está bom? – Lua
perguntou a Arthur. Era um vestido preto, a parte acima dos seios transparente,
e a parte da cintura também, com duas listas preta. A saia do mesmo vinha até o
meio das coxas. Era justo, de maga curta. Arthur avaliou o vestido, com uma das
mãos no queixo e assentiu, olhando para a mulher que estava apenas de lingerie
em sua frente.
– Sim. Está lindo. – Ele respondeu e
Lua sorriu, vestindo o vestido.
– Você está tão gostoso com essa roupa.
– Ela o olhou e sorriu. Arthur vestia uma calça comprida preta, uma camisa
manga comprida branca, que ele dobrou as mangas até os cotovelos, como na
maioria das vezes fazia. E calçava um sapato preto.
– Obrigado! – Arthur riu alto e andou
até o banheiro, para escovar os dentes.
Lua seguiu para o closet novamente,
pegou um sapato de salto alto, bege e o calçou. Penteou os cabelos, os secou,
fez uma maquiagem rápida e nada muito chique. Se passou perfume e voltou para o
quarto. Arthur tinha acabado de pegar as chaves de casa e do carro.
– Vamos?
– Vamos.
– Você está tão linda. – Arthur
elogiou, ao se aproximar da mulher. – A noite promete. – Completou, fazendo Lua
rir, quando fechou a porta do quarto. – Você ri é?
– Estou louca para ver. – Provocou ela.
Os dois saíram de casa rumo ao
restaurante que Arthur acabou escolhendo antes de entrarem no carro.
O jantar foi agradável. Engataram uma
conversa divertida sobre os sonhos, o futuro e o casamento, que ainda estava no
início. E que ambos queriam que durasse para sempre. Mesmo sabendo que havia
muitas dificuldades pelo caminho – sempre há.
Jantaram, tomaram umas três taças de
vinho – e Arthur, mais um copo de uísque antes de pedir a conta. Como ele
adorava essa bebida.
When
you say you need me
E
quando você diz que precisa de mim
Know,
I need you more
Sabe,
eu preciso de você mais
Boy,
I adore you, I adore you
Garoto,
eu adoro você, eu adoro você
– Eu adorei nossa noite! – Lua disse,
ao chegarem em casa.
– Eu também. Mas você não precisa ficar
triste, porque ela ainda não acabou, sabe?
– Seeei... – Ela respondeu, sorrindo
sem mostrar os dentes. Provocando-o.
– Eu adoro que você sempre me entende. –
Arthur deu um passo para frente, fazendo Lua sentar no sofá.
– É fácil de entender, quando é o mesmo
que eu quero. – Lua falou, começando a desabotoar a camisa do marido.
– Vamos ficar por aqui mesmo?
– Sim. Sim. Não quero perder tempo
subindo escada. – Ela jogou a camisa no chão.
– Boa menina... – Arthur sorriu,
deitando a mulher no sofá. – Você está tão gostosa, que eu passei quase a noite
toda olhando da sua boca, para o seu decote. – Ele desceu a mão pela costa
dela, abrindo o zíper do vestido. Lua riu.
– Você falando assim... me deixa...
– Eu sei como te deixo... – Puxou uma
das pernas dela para a cintura dele e levou a mão para o meio delas. – Molhada,
não é mesmo?
– S-sim... amooor... – Lua gemeu,
sentindo o marido acaricia-la.
Arthur se afastou e tirou o vestido
dela, e não perdeu tempo com o sutiã, o tirando logo em seguida. Deitou-se
novamente sobre a mulher, e começou a chupar um dos seios dela, massageando o
outro com a mão. Ela se contorceu, soltando um gemido alto, quando ele puxou um
dos bicos entre os dentes.
Logo sua mão desceu para a braguilha da
calça dele e a abriu, dando espaço para suas mãos pegarem o que ela tanto
queria. E começar a masturba-lo, mesmo com as mãos dentro da cueca. Amava tanto
esse homem. Ele sabia exatamente como a amar. Ela não podia fazer diferente.
– Lua, meu amor... – Ele gemeu, subindo
os beijos para os lábios dela. – Preciso tanto de você agora, linda. – Disse,
abrindo as penas da mulher o suficiente para penetra-la, não conseguia mais
esperar, já estava esperando desde a hora que acordaram. Se ela quisessem,
transariam todos os dias pela amanhã quando acordavam. Ele tinha vontade de
fazer amor com ela o tempo todo.
– Aah... – Lua gemeu, puxando os
cabelos do marido com força. – Maais... mais... rá-rápido... – Adorava quando
ele tinha controle sobre os movimentos. Era intenso demais para ela pedir que
ele parasse.
– Assim? – Ele perguntou, indo mais
fundo e bem mais rápido.
– Si-sim... Não. Não para... por
favor...
– Não vou... Vai ser... assim... à
noite... inteirinha. – Prometeu ele, lhe mordiscando a orelha e sentindo a
mulher apertar seu membro. Ela estava quase gozando.
– Aaamor...
– Assim... pode gozar... linda...
– AI, Arthur! – Ela exclamou. Esse tom
de voz dele a deixava louca. Não estava mais aguentando. Sentiu quando ele apertou
sua cintura. Ele sempre fazia isso quando estava quase gozando também.
E não demorou, para que tudo escurecesse.
Lua sentiu seu corpo tremer, suas pernas. E Arthur a aperta-la com mais força,
metendo sem parar... e gemendo. Aquele tom rouco ao pé do seu ouvido. Fazia qualquer
mulher esquecer qualquer pensamento. Ela como sendo dele, já estava acostumada,
mas sempre acabava se surpreendendo com a intensidade das coisas como
aconteciam.
– Te amo.
– Aah... eu amo mais. – Lua gemeu,
sentindo Arthur entrar e sair novamente bem lento. E ele não deixou de sorrir.
I
love lying next to you
Eu
amo deitar ao seu lado
I
could do this for eternity
Eu
poderia ficar lá eternamente
You and me
Você
e eu fomos feitos pra ficar juntos
Were
meant to be in Holy matrimony
No sagrado matrimônio
God
knew exactly what he was doing
Deus
sabia exatamente o que estava fazendo
When
he lead me to you
Quando
me levou até você
Continua…
SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA.
N/A: Boa tarde! Como viram, hoje é aniversário do blog! EEEEEEEEEEEEH!
Essa é a primeira parte do especial. Eles já casados e antes da gravidez. A
próxima que postarei mais à noite, é da gravidez já, ok?
Não. Não é uma songfic, mas eu
achei esses trechos de: Adore You – Miley Cyrus. A cara desse capítulo. Tive
que escrever aqui.
O que acharam dessa primeira parte? Espero que tenham gostado.
Volto mais tarde... Suuuuuper beijo! Não esqueçam de comentar!
Que especial mais lindo! Gostei muito!
ResponderExcluirNossa Milly arrasou como sempre!!!Amei cada parte desse capitulo especial
ResponderExcluirÉ impossível não amar esse casal*___*
ótima escolha de musica *__* a letra é muito linda e a melhor para definir eles dois!!
Não vejo a hora de ler a outra parte
Caroline
que lindo o cap. especial, ansiosa pela próxima parte. Melhor casal ever!!! Amo o Harry hahaha.
ResponderExcluirAnsiosa para a próxima postagem, mais um lindo capítulo Milly, você sempre acaba me surpreendendo.
ResponderExcluirAna Júlia
Muito ansiosa para próximo capítulo! Arthur e Lua tão fofo!
ResponderExcluirTaty
meu casal chamel juntos morri, aaaahhhh que lindo esse capítulo mano
ResponderExcluirAmei o flashback, ansiosa pela segunda parte...
ResponderExcluirArthur e Lua melhor casal! Amo a web, a cada dia fica mais incrível.
Beijo xx
Eu li o capítulo cantando a música cantando a música. Kkkk
ResponderExcluirVc sempre tão detallista com as coisas . Tão estranho não se ouvir fala da anie . Amei milly como sempre de parabéns XX adaline
ResponderExcluirJá quero a segunda parte e o Arthur é um fofo,quero pra mim.Curiosa pra saber como ela contou da gravidez
ResponderExcluirAmei, Maravilhoso."lua transa e é chata"ri muito akakkkaka tbm já quero segunda parte.
ResponderExcluirAmando o especial ❤ já a espera da segunda parte ...
ResponderExcluirposta outro , você sumiu do blog
ResponderExcluir