Little Anie - Cap. 77 | 3ª Parte

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Little Anie | 3ª Parte

Pov Lua

Quando chegamos, eu estacionei o carro na garagem. E Mel logo saiu, eu a segui e entramos em casa. Não tinha ninguém na sala. Ainda estava tudo silencioso como quando sai.

– Uuhm... Tudo tão calmo. – Mel notou.
– Sim. Acho que eles ainda estão lá fora. – Comentei.
– Provavelmente. Bom, eu vou tomar um banho. – Disse ela e sorriu. – Obrigada pela companhia.
– Para de agradecer. – Fingi repreendê-la. Mas acabei rindo. – Não foi nenhum esforço, amiga.
– Tá bom... Depois eu dou os muffins da pequena. – Mel piscou um olho.
– Aah, ela vai adorar! Qual doce Anie não adora? – Brinquei.
– É verdade. Ela e Arthur.
– Isso é indiscutível. – Respondi e Mel riu, subindo a escada.

Andei em direção a porta da cozinha e fui até a varanda. Eles ainda estavam deitados lá. Arthur se balançava na rede devagarinho com Anie.

– Oi. – Falei baixo. E ele me olhou.
– Oi. Que bom que chegou. – Sorriu. – Eu preciso ir ao banheiro. Mas ela – ele apontou para a nossa filha – não me deixou sair daqui.
– Tudo bem. Eu vou tomar um banho bem rápido. E já venho ficar com ela. Ela melhorou? – Perguntei, me abaixando para checar se Anie estava febril novamente.
– Melhorou um pouco. Mas você sabe como ela fica manhosa. – Ele sorriu ao olhar para a pequena. – Ela dormiu faz alguns minutos. – Contou.
– Tá. Eu não vou demorar.
– Tudo bem. Eu não vou sair daqui mesmo. – Ele piscou um olho.
– Quero falar com você depois. – Falei.
– Ok. Depois a gente conversa. É algo sério?
– Não sei pra você. – Dei de ombros.
– É sobre hoje? – Indagou.
– Não. E a propósito, hoje ocorreu tudo bem na consulta da Mel. O bebê está ótimo. Você precisava ver ela toda feliz. – Contei sorrindo.
– Que bom. – Arthur sorriu também. – Imagino. Ela estava realmente muito ansiosa.
– Demais. – Acrescentei, jogando um beijo no ar para ele e voltei para dentro de casa.

Tomei um banho super-rápido. E vesti uma blusa preta de manga curta, e um short cinza. Sequei meus cabelos e coloquei a toalha no cabide. Sai do quarto e voltei para a varanda.

– Voltei. – Falei baixo e Arthur me olhou.
– Você vai ficar aqui com ela?
– Sim. – Respondi.
– Ela ainda está dormindo. – Ele voltou a olhar para a nossa filha. – Está meia febril. – Comentou.
– Não quero que ela piore. Não quero pensar em levarmos ela para o hospital. – Falei.
– Não vai ser preciso, Lua. As crianças as vezes adoecem. Isso é normal. – Arthur tentou me tranquilizar. – Não é a primeira vez que Anie fica com febre, ou com dor de garganta. – Me lembrou.
– Eu sei. Mas eu odeio quando isso acontece. – Reclamei. Odiava ver que ela estava doente e eu sem poder fazer nada para impedir isso. Toda mãe provavelmente deve se sentir assim, quando essas coisas acontecem.
– Vem, deita com ela. Que eu realmente preciso ir ao banheiro. – Falou. Tentando arrumar um jeito de se levantar da cama, sem acordar nossa filha; o que foi em vão.
– Papai... – Anie murmurou ainda de olhinhos fechados.
– Oi, filha... fica com a mamãe, olha amor... – Ele lhe disse e a pequena abriu vagarosamente os olhos, olhando primeiro para ele e depois para mim. Ela me chamou, erguendo as mãozinhas em minha direção, o que me fez dar um sorriso. Arthur se levantou, ficando de pé ao lado da rede, enquanto eu me deitava junto com Anie. – Eu volto depois. – Arthur avisou, e piscou um olho para mim, de um jeito divertido.
– Estamos te esperando. – Sorri rapidamente antes dele rumar para dentro de casa.
– Não demola, papai... – Anie pediu baixinho, mas ele ainda assim ouvi. Falando alto em resposta:
– Pode deixar!
– Você ainda está sentindo dor na garganta, meu amor? – Lhe perguntei, passando a mão pela sua testa, e depois depositando um beijo na mesma.
– Só um pouquinho, mamãe. – Ela respondeu baixo e mediu com os dedinhos, para enfatizar sua resposta.
– Mas você está febril. Não quer entrar?
– Não, mamãe. Quelo ficar aqui. Tá bom aqui. – Respondeu, passando um dos braços pela minha cintura. Lhe abracei mais forte também e beijei seus cabelos.
– Tudo bem. Vamos ficar aqui então. – Concordei. E encostei a cabeça na dela.
– Eu ainda vou pra escola de dança?
– Claro que sim. Mas só quando melhorar... Você ainda quer ir?
– Quelo, mamãe. Eu gosto muitão de lá...
– Muito. – Enfatizei.
– É, um monte. – Anie acrescentou. Eu sempre a lembrava que a palavra “muitão” estava errada. Mas ela não dava muita atenção para isso.
– Tia Mel comprou muffins pra você, meu amor. – Contei.
– De chocolate?
– Sim. Só de chocolate. Os que você mais gosta.
– Eu quelo comer então.
– Você ainda não comeu nada, né? – Perguntei. Me lembrando que quando saí ela ficou deitada e quando voltei, ela estava do mesmo jeito.
– Tomei só um pouquinho de gagau que a Carol fez pra mim e meu papai disse que eu tinha que tomar pra melholar logo. Só que nem melholou, mamãe. – Me respondeu.
– Mas vai melhorar, meu anjo. É só aguardar um pouquinho, tá?
– Tá bom então... Por que a senhola saiu com a tia Mel?
– Uhm... Ela foi a uma consulta pra ver se o bebê dela está bem.
– E como ela sabe?
– Porque a médica fez exames.
– E viu ele?
– É, viu. O bebê está bem.
– E a senhola?
– Eu? O que tem eu?
– Porque foi?
– Porque ela me convidou, filha. Ela não queria ir sozinha.
– E por que o tio Chay não foi? – Indagou e eu tossi um por ser pega de surpresa.
– Ele não sabia da consulta. Isso não é assunto para crianças.
– Meu papai também falou isso. Por que clianças não podem saber de nada, mamãe?
– Não é bem assim. Mas existem assuntos que crianças não entendem. – Expliquei.
– Tá... – Retrucou. E eu podia apostar que ela tinha revirado os olhos.

Pov Arthur

Segunda-feira | 12 de Outubro de 2015 – Uma e meia da tarde.

Já tínhamos almoçado, e agora eu estava na sala conversando sobre a consulta de hoje mais cedo, com Mel. Lua tinha subido para o quarto com a nossa filha. Ia tentar fazer com que a pequena dormisse, já que ela estava muita enjoadinha por conta da garganta e da febre. Ela ainda não havia descido.

– E então, Lua me contou que você estava muito feliz. – Sorri ao finalizar o comentário e Mel assentiu rapidamente.
– Quase uma boba. – Ela acrescentou. Rindo em seguida e me fazendo rir também. – Eu estava muito ansiosa. E fiz muitas perguntas. Inclusive para a Lua. – Contou. – A médica também me deu uns puxões de orelha. – Falou e franziu o cenho, me fazendo negar levemente com um manear de cabeça. – Por conta da alimentação e tal... Mas o importante é que está tudo bem com o bebê. – Respirou aliviada.
– É, isso que importa. Mas você precisa se cuidar mais, para que continue assim e que você não venha ter surpresas mais tarde. – Avisei.
– Eu sei. – Ela concordou. – Perguntei quando ia dar pra ver o sexo.
– Isso depende, né?
– Sim. Se a posição que ele estiver for favorável; bem mais fácil de ver, acho que ficarei sabendo mês que vem... Mas ainda não é de certeza. E isso me deixa mais ansiosa do que eu já estou. – Confessou.
– Relaxa. Ficar nervosa não vai adiantar nada. Às vezes só atrapalha. Dizem que os bebês sentem isso. – Ri.
– É. É o que dizem...
– Quando vai conversar com o Chay? – Mudei de assunto e Mel ficou me encarando. Não era da minha conta, mas nem isso me fez querer deixar de saber.
– Eu sinceramente não sei, Arthur. Sinto que estou empurrando esse assunto para caber numa caixa que eu possa trancar. Além dele, tem a traição. Esse vai me deixar mais aborrecida ainda. Não quero passar por isso, não quero saber o que ele tem para falar, mas eu preciso. Eu preciso escutar a explicação dele. Não sei se vou perdoá-lo. Você acha que ele vai querer esse bebê? – Me perguntou, agora mais baixo.
– Claro que vai, Mel. Como ele pode não querer? Chay não é tão ruim assim... ele acha que ainda não está preparado...
– Ele acha? – Retrucou sarcástica.
– Você pediu minha opinião. – Me defendi. – Ele vivia dizendo que você queria um filho e ele não. Ainda não, que ainda é cedo. Mas ele nem sabe que você está grávida agora. Se você falar, é óbvio que ele vai ficar surpreso. Mas ele vai querer, Mel. É filho de vocês.
– Não somos mas adolescentes. Não entendo todo esse receio dele de termos um filho agora.
– Lua era assim... tinha medo de não dar conta. A gente conversou muito; muito mesmo antes de tomar nossa decisão. E até mesmo depois da Anie, não mudou muita coisa. Ela ainda não queria e quando quis, acabou acontecendo o que aconteceu. Agora estamos meio que tentando seguir em frente, mesmo sabendo que ainda precisamos falar mais sobre o assunto. Mas Lua sempre acaba arranjando um jeito de fugir. E pressiona-la, não vai adiantar de nada. Eu a conheço muito bem. Por isso fico esperando ela tomar a iniciativa para falar. Às vezes a gente discute, mas faz parte de qualquer relacionamento. – Falei e Mel me encarava.
– Eu sei, Arthur. Sei o quanto Lua queria aquele bebê e queria te fazer uma surpresa.
– Pois é. Mas nem tudo acontece como a gente planeja. No caso do Chay por exemplo, ele não queria ainda, mas veio. Está aí... – Apontei para a barriga dela. – Vocês precisam querer conversar primeiro. E resolver logo sobre o que ele acabou fazendo. Para depois contar sobre um filho. Essa criança não merece ficar num meio de um assunto mal resolvido.
– Lua disse que se fosse ela, já teria tentando contar... – Me disse.
– É difícil saber, numa situação dessas. Mas Lua ia estar se sentindo sozinha e ia ficar assustada com isso. Ela ia querer me contar. Ia querer contar, porque não queria passar por essa fase sozinha. Embora ainda estivesse chateada comigo. Mas isso não quer dizer que você precise fazer o mesmo. E você não precisa tá pedindo para outras pessoas a reação delas. Você precisa saber a sua hora certa. Essa é a verdade. – Expliquei. – Estou tentando te ajudar. A gente quer te ajudar. Mesmo sabendo que é difícil.
– Eu agradeço muito vocês. Por tudo, desde o começo. – Falou.
– Você não precisa agradecer. Não estar sendo nenhuma obrigação. Você é nossa amiga. E amigos são para essas coisas. – Dei um sorriso de lado.
– Anie dormiu dizendo que queria ter comido mais um muffin. – Lua desceu os degraus falando. Nos fazendo rir.
– Senta aqui... – Lhe chamei. Batendo no lugar ao meu lado no sofá.
– O que estavam falando? – Indagou nos olhando. E sentou-se ao meu lado, colocando uma das mãos sobre a minha coxa.
Curiosa... – Murmurei em seu ouvido e Lua bateu em minha coxa.
– Sobre quando vou resolver falar com Chay. – Mel respondeu.
– Aah sim... – Lua forçou um sorriso. – Tem que ser no seu tempo, mas não deixar passar muito tempo. Vocês vão ter um filho e disso ele nem sabe ainda.
– Não sei se vou contar logo quando conversarmos. – Mel falou um pouco confusa. – Não sei como contar. Essa é a verdade.
– Você precisa manter a calma, amiga. A gente sabe que é complicado... ainda mais envolvendo tudo isso que aconteceu com vocês...
– Esse é o principal problema, não sei se vou querer perdoar o que ele fez. A gente parecia bem... mas vejo que não era o que ele pensava também.
– Eu nem sei o que dizer pra você sobre isso, amiga. Eu e Arthur conversamos demais. O tempo inteiro. – Lua começou e me olhou. – E mesmo assim a gente ainda não diz tudo um para o outro. Cada relacionamento tem seus problemas e dificuldades. Diálogo parece não ser o nosso, né Arthur? – Me perguntou e eu assenti. – Mas as vezes se torna. E isso chega a ser irônico.
– Fazia alguns meses que não conversávamos como antes. Nem sobre eu, nem sobre ele, nem sobre nós como um casal. Não sei o que foi acontecendo... talvez o trabalho... não sei.
– Uma coisa vai levando a outra. No fim, só precisa de uma desculpa mesmo. – Lua falou, fitando alguma coisa. Eu não falei mais nada e Mel assentiu; engolindo em seco.

Pov Lua

À noite – Nove e doze.

Eu fui até o quarto de Anie, e ela dormiu tranquilamente. A febre tinha passado. Mas ela ainda estava reclamando que a garganta ainda doía. A coloquei para dormir e depois Arthur veio vê-la, lhe depositou um beijo na testa e disse que a amava. Não demorou muito e ele falou que ia me esperar no quarto. Eu queria conversar com ele mesmo. Só não sabia qual seria sua reação. E isso me deixava apreensiva.

Deixei o quarto dela e caminhei para o meu, abri a porta; encontrando Arthur deitado na cama, com a coberta até a cintura e os abraços atrás da cabeça, deixando seus músculos evidentes. Sorri provocando-o, e ele não deixou de fazer o mesmo. Fui até o closet, e troquei de roupa. Vesti uma camisola de cetim, azul escuro. Com renda na parte abaixo dos seios e na bainha. E depois fui até o banheiro; fiz xixi, escovei os dentes, joguei um pouco de água no rosto. E depois saí e caminhei até a cama.

– Vem aqui... – Arthur me chamou, tirando os braços de trás da cabeça e erguendo em minha direção.
– Eu quero conversar. – Falei, enquanto me deitava nos braços dele, com o rosto próximo ao dele.
– Agora? – Arthur indagou, apertando minha cintura.
– Sim. Você não? – Perguntei baixo, depositando vários beijos em sua bochecha.
– Por mim tudo bem. Você quer falar, tenho que aproveitar. – Comentou divertido e virou o rosto para me beijar.

Iniciamos um beijo lento, e eu me ajeitei melhor sobre ele; empurrando o lençol para o lado. Arthur abriu um pouco as pernas, de modo que eu ficasse entre elas; e foi o que eu fiz, me ajeitando ali e segurando a nuca dele com as duas mãos, para aprofundar o beijo. Sentindo uma de suas mãos na minha cintura – me apertando – e a outra em meu cabelos, puxando-os, sempre me provocando.

– Se quiser... conversar... agora, vamos ter... que parar por aqui, loirinha. – Arthur sussurrou entre um beijo e outro, e no fim, mordeu meu lábio inferior; me fazendo gemer.
– Aaai...
– Shhh... – Murmurou, massageando minha cintura.
– Eu vou... ter que ficar aqui... – Apontei para o lugar vazio ao lado dele na cama. – pra gente poder... conversar...
– E porque não fica aqui? – Perguntou ele, apertando as pernas em volta das minhas.
– Se eu ficar aqui, não vamos conversar. – Respondi sincera.
– Achei que você tivesse mais autocontrole. – Ele riu.
– Não tenho quando estamos assim. – Admiti e Arthur me deu um beijo rápido, antes de me olhar sorrindo e soltar minha cintura.
– Tudo bem. Não posso fazer nada se sou tão irresistível. – Se gabou e eu lhe dei um tapa no peito, antes de rolar para o lado dele na cama.
– Convencido! – Exclamei. E ele continuou sorrindo.
– Vai, começa a falar. Estou curioso. – Confessou.
– Bom, – comecei, ficando de lado, de frente para ele e me apoiando com um dos braços – eu fiquei pensando bastante nisso. Inclusive na viagem. Só que eu não consegui encontrar um jeito de te falar isso. Estou um pouco nervosa por estar imaginando qual será sua reação e resposta. Eu queria estar segura do que vou falar, mas eu não estou. – Dei um sorriso nervoso e Arthur segurou minha mão que eu tinha colocado sobre o colchão.
– Você não precisa ficar nervosa para me contar, seja qual for a coisa. Sabe que pode dividir tudo comigo. Que a gente vai conversar... – Ele tentou me tranquilizar.
– Eu sei... eu sei, Arthur. Mas nem essa certeza me impede de ficar nervosa. Eu cheguei a achar que talvez estivesse viajando. Por saber que não posso mais e mesmo assim querer, entende? – Insisti e ele assentiu. – Eu pensei que talvez, se você quiser também, é claro. A gente pode tentar... bom, não sei se vai adiantar, mas eu quero, se você concordar, a gente pode tentar. E ver no que dar, no fim das contas. Eu ainda não sei direito como fazer isso, mas eu pensei em primeiro refazer os exames. – Eu estava muito nervosa e sentia que minha voz vacilava. Arthur me encarava atendo, sério demais. – Porque eu não, não... não entendi muito bem o que o médico falou naquele dia, depois que leu o resultado. Não sei se você também escutou mais alguma coisa depois disso.
– Eu não escutei nada depois disso. Eu estava preocupado demais com você. – Foi só o que ele disse.
– Então, aí eu fiquei com isso na cabeça. Mas eu tinha receio de te contar, não sei o que você ia achar. Fiquei com medo, na verdade. Não sei se você vai querer tentar. Também nem sei quais a chances e se tem alguma ao menos. Porque deu problema, você sabe e por isso complicou. Mas eu quero refazer os exames e escutar tudo o que o médico falar a respeito disso. Porque eu queria tanto. – Senti minha voz embargar e Arthur passar as pontas dos dedos pelo meu rosto. – Você sabe... né?
– Sei, meu amor. Eu sei.
– O que você acha?
– Eu não sei... – Arthur admitiu.
– Acha que é impossível? – Perguntei, mesmo com medo de ouvir a resposta.
– Eu acho que se tiver alguma chance, não vai ser fácil. E que nós precisamos estar preparados para qualquer coisa. – Ele respondeu. – Eu também tenho medo. – Ele deu um meio sorriso, só para me confortar.
– Então você não sabe se quer passar por isso? – Insisti.
– A gente precisa pensar muito a respeito disso... porque vai ser uma decisão importante que vamos ter que tomar se prosseguimos com isso. Eu não estou dizendo, não. – Deixou claro. – Mas acho que vamos ter que conversar mais sobre o assunto. Para chegar a uma decisão que nenhum dos dois venha a se arrepender depois, se alguma coisa não der certo. Eu tenho medo disso e sei que você tem também. Pode demorar e também pode acabar bem antes de começar. Você sabe, né?
– Eu sei. – Respondi baixo, me aproximando dele e enterrando o rosto em seu peito. A vontade de chorar era imensa, mas o choro ficou preso.
– Eu não quero soar pessimista, mas a gente tem que ter isso em mente. Não quero que você se decepcione. Não quero ver tudo isso de novo. Não quero viver toda essa situação de novo. Não quero ver você passado por ela novamente. Não sei se vou suportar tudo isso de novo.
– Nem eu. – Murmurei. – Nem eu.
– Eu sei que você estava esperançosa demais com a minha resposta... mas eu só quero que a gente pense mais um pouco. A gente pode conversar mais, e sim, podemos ir ao médico. Você pode refazer os exames e a gente ver quais as possibilidades. A gente já sabe que naturalmente, vai ser difícil né? E que talvez nem aconteça desse jeito. E é por isso que precisamos estar preparados. Pode demorar, Luh... – Finalizou baixinho, beijando meus cabelos.
– Então a gente pode conversar mais?
– Sim. Claro, meu amor. – Ele sorriu quando eu ergui a cabeça para olha-lo. – E se a gente concordar que vamos nos manter firmes; seja qual for o resultado, a gente vai ao médico. Eu vou com você. Você sabe disso. Nunca vou te negar ao assim, Lua. É algo que tanto eu, quanto você, queremos. E eu estou mais apaixonado por você agora, do que eu já era há alguns minutos. – Me disse, roçando os lábios nos meus.
Arthur... – Murmurei, segurando o rosto dele com uma das mãos, antes de começarmos a nos beijar. – Eu te amo tanto.
– Eu te amo mais. – Provocou, puxando meu lábio inferior. – Vem, se ajeita direito... – Falou, me puxando para cima dele. – Eu nem sei se vou conseguir dormir. – Contou.
– Eu também não sei. Mas a gente sempre pode conversar... – Comentei. E Arthur colocou o dedo indicador sobre meus lábios.
– Shhh... – fez um chiado. – Quero pensar mais. Ou a gente pode transar agora, vai que... – Sugeriu, deixando a frase incompleta.
– Nãão! Eu estou cansada. – Falei e ele riu.
– Então fica calada.
– Arthur!
– Lua! – Ele exclamou também. Agora colocando a mão, tapando minha boca. Revoltada, eu desci uma das minhas mãos por dentro da cueca dele. Arthur encolheu as pernas e me virou na cama, me deixando por baixo. – Aí não, meu amor. – Ele riu. – Acho que você quer transar sim. – Provocou, beijando meu pescoço. Me fazendo rir, tentando me livrar das mãos bobas dele.

Continua...

SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA.

Comente sobre o capítulo. O que acharam dessas conversas – principalmente dessa última aí... quem está ansiosa(o) com isso? – Alguma dúvida ou pergunta, que seja.

Obrigada aos leitores que comentaram o capítulo anterior.

Vão desculpando a demora. Pretendo postar mais de hoje em diante, por algumas razões. Espero que eu consiga!

Beijos e até breve...

12 comentários:

  1. Ahhhhhh eu ameiiiii! Acho que a Mel deve contar sobre a gravidez de cara para o Chay!

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  2. Own,mds,que capítulo fofo.Dificil essa decisão da Lua,deve ser muito traumatico passar por algo assim,pelo menos o Arthur a apoia o tempo todo e em tudo.Tadinha da Anie,doentinha,mds.Esse final ,bem safadinho,adoro.

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  3. Acho que a Mel nao deve perdoa o Chay agora,mais contar sobre a gravidez é direito dele.Lua tomou a decisao certa ja tava passando da hora deles terem essa conversa,to torcendo para que tudo de certo.Anie doente é outra tadinha.Posta mais.

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  4. Tomara que eles não façam nada que possam se arrepender depois. Conversaram e ficaram só no chamego 😍😍

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  5. Tomara que eles não façam nada que possam se arrepender depois. Conversaram e ficaram só no chamego 😍😍

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  6. Tomara que a mel conte logo da gravidez para o chay, e que eles se acertem também que ele pessa perdão pela traição, achei muito lindo a conversa do Arthur e da lua espero que ela consiga engravida e q o amor deles sempre esteja em primeiro lugar e q Deus faça esse lindo milagre na vida deles, dificuldades tem mais que a fé e o amor que sentem um pelo outro ajude eles, acrédito muito em milagres sei que é possível, e a anie até doente da vontade de levar pra casa que ela melhore logo, esse fogo todo em seu arthur mais dona lua ansiosa já pro próximo capítulo. Inacia

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  7. Tadinha da mel , na completa indecisão em relação ao chay. Ela ainda está muito magoada com a traição e não é pra menos, e nem sabe qual será a reação dele ao descobrir que vai ser pai. Anie fica um denguinho doente ♡♡ ainda bem que ela está melhor . Essa conversa ainda vai render muita coisa , espero que seja coisas boas, pq até eu fiquei ansiosa e na esperança . XX adaline

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  8. Como será que o Chay vai reagir a notícia? Será que a conversa vai ser esclarecedora?Será que ele ainda ta com a mulher que traiu a Mel? Tantas perguntas, mds.Milly isso não se faz kkkkk O que essas conversa da Lua com o Arthur,olha passou muita coisa na minha cabeça que ela poderia falar com ele, menos que ela queria tentar ter um filho, só posso dizer que to ultra ansiosa pro próximo capítulo.

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  9. Adorei o capítulo Milly!!!A mel tem que contar da gravidez para o Chay,esconder é pior.Gosto de quando a lua e o Arthur conversam sobre os problemas,essa é a melhor forma de resolver as coisas.Gostei mais ainda do assunto kkk eu sei que vai ser difícil mas eu quero tanto que eles tenham outro filho *___*. Posso está errada mas acho que esse assunto ainda vai dar o que falar.
    Sendo a lua e o Arthur uma conversa nunca é só uma conversa kkkk tem que ter uma safadeza kkkk
    Caroline

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  10. Capítulo maravilhoso!

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  11. Capítulo lindo! Anie toda dengosa, doente e mesmo assim não deixa seus doces de lado hahaha. Mel toda babona vendo seu bebê, tomara que no próximo possa descobrir o sexo! Ela tem que conversar logo com o Chay, quando a barriga não estiver aaprecendo muito, pq se esperar mais ele pode descobrir sozinho e vai ser pior ainda do que ela está prevendo. A ajuda do Arthur e da Lua está sendo essencial nesse momento pra Mel! Lua nos surpreendeu falando dessas coisas do bebê, tomada que dê tudo certo e não se decepcionem ainda mais, mas o Arthur (fofo e compreensivo como sempre) vai estar do lado dela pra tudo, coisas boas ou ruins!! Quero o próximo já!
    Helena

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  12. Eu amo quando eles tem essas conversas isso faz a gente ver o quanto eles se amam e se apoiam ansiosa aqui e muito quero muito q dê certo e q a lua engravidei de novo ameei o capítulo esperando ansiosamente o próximo ass:noemi

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