Little Anie - Cap. 75 | 2ª Parte

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Little Anie | 2ª Parte

N/A¹: Antes de começarem a ler esse capítulo, quero que leiam esse “aviso”. Bom, primeiro: Ao longo desse cap. terá uma imagem hot. Que eu irei postar mais do mesmo "estilo" no próximo cap. também.

Segundo: Quem não gosta, nem se sente à vontade para ver esse tipo imagem. Não abra o link. Ok? Vocês notarão quando chegar nele. Não é coisa de outro mundo, nem imagem forte. Mas né? Vai saber se alguém aqui não gosta de ver? Não vai mudar muita coisa, caso não abram. É mais para imaginar melhor as coisas que o casal está fazendo, ok? Vocês conseguem me entender? Eu conversei há mais de dois meses com os leitores de LA que estão no grupo do whats – saudades de lá :´( – e eles não viram nenhum problema em relação a essa ideia de post quando eu comentei com eles. Espero não encontrar nenhum problema agora também.

Beijos e Boa leitura!


Pov Lua

Segunda-feira | 28 de Setembro de 2015 – Sete e quinze.

– Huuum... – Resmunguei sentindo Arthur me cobrir com o lençol.
– Se cobre aí, Lua. – Mandou baixo tentando ajeitar o lençol.
– Aah, Arthur... como se você estivesse vestido... – Reclamei.
– Eu sou um marido decente, tá? – Disse pegando em uma de minhas mãos e levando até o cós da cueca dele. Puxei minha mão, o ouvindo rir em seguida.
– E eu sou o quê? Uma esposa indecente? Ontem você não reclamou por eu estar nua. – Finalizei empurrando-o com o punho fechado. – E tira a mão da minha bunda.
– Lua! – Ele soltou meio incrédulo. – Eu não estou agarrando na sua bunda. – Completou.
– Está sim... não se aproveite de mim. – Murmurei tentando achar uma posição confortável para eu dormir novamente.
– Então veste uma roupa, ora. Não sou cego e esse bumbum empinado para o meu lado, não ajuda muito. – Retrucou me dando um tapa. Foi leve e eu gemi só para provoca-lo. – Safada! Adora me provocar... – Ele me abraçou por trás e jogou uma das pernas sobre as minhas. – Acho que não está em condições de fazer isso. – Avisou apertando um de meus seios. Fechei os olhos e mordi meu lábio inferior. – Ou eu estou enganado e você aguenta mais um round? – Provocou lambendo a extensão do meu pescoço até meu ombro. Apertei sua mão que estava em meu seio direito.
– Huum...
– Você nem consegue falar. – Pontuou rindo baixinho.
– Arthur... você acabou comigo. Quer o quê? Eu estou cansada. – Reclamei baixo e ele acabou depositando um beijo molhando em meu pescoço. Me fazendo encolher os ombros.
– A gente vai hoje?
– Vamos. – Respondi. Arthur começou a afastar minhas pernas. – O que você está fazendo? – Perguntei um pouco sonolenta. Ele não ia querer transar agora? De novo?
– Nada. – Respondeu ajeitando a perna no meio das minhas. – Só quero colocar minha perna aqui e ficar nessa posição com você. Tudo bem? – Perguntou em seguida. Concordei balançando a cabeça. – Lua – Ele riu. – Você não consegue nem falar. – Completou. – É pra eu começar a me preocupar? – Perguntou brincalhão. Ciente de que meu soco não o machucaria, eu desisti da ideia de lhe dar um murro. – Lua?
– Arthur, cala a boca! – Mandei me esforçando para não parecer irritada. Porque eu estava começando a ficar. Ele continuou passando a língua pelo meu pescoço. – O que você pretende com isso? – Perguntei desistindo da ideia de tentar voltar a dormir.
– Que você acorde...
– Se você ainda não percebeu, eu já acordei... – Comentei irônica.
– Como eu ia dizendo... – Ele tossiu antes de voltar a falar. – acorde e vá tomar banho comigo, hum? – Sugeriu me apertando em seus braços e... pernas. Sim, ele apertou minhas pernas entre as dele.
– Você pretende com isso me sufocar também? – Perguntei distraidamente. Dando tapinhas nas pernas dele.
– Jamais, meu amor... – Respondeu beijando minha bochecha. – Acho bom você se recuperar logo... À noite eu pretendo repetir a dose, querida. – Comunicou me fazendo arregalar os olhos. Ele não percebeu isso, porque eu estava de costas pra ele.
– O quê? – Perguntei fingindo não ter escutado.
– Huum... nem vem se fingir de inocente. Sei que você escutou. – Retrucou.
– Haha... você só deve está de brincadeira. – Comentei.
– Estou com cara de quem está brincando? – Ele se inclinou sobre mim e beijou a ponta do meu nariz. – Eu não estou brincando, querida. – Mordeu o lóbulo da minha orelha.
– Aaaaii... – Soltei, o fazendo rir contra meu pescoço.

Puxei um travesseiro para perto, descansando minha cabeça sobre ele. Arthur passou um dos braços pela minha cintura e me abraçou. Encolhi uma das pernas e deixei a outra esticada. Arthur descansou a cabeça em minhas costas e ficou calado por alguns minutos.


– Lua? – Ele me chamou baixinho.
– O que foi agora, Arthur? – Perguntei no mesmo tom que ele.
– Nada... Só achei que tivesse voltado a dormir... – Comentou. – Está bom aqui né? – Perguntou em seguida. Sorri.
– Sim... está ótimo. – Respondi.
– Nós precisamos de mais momentos assim... – Falou, passando a ponta dos dedos pela lateral da minha cintura.
– Você acha?
– Você não concorda? – Ele ignorou minha pergunta e indagou meio frustrado. – Às vezes eu fico bem grudento mesmo... mas é que eu gosto de ficar agarrado com você. – Ele riu ao admitir. – É muito bom. – Completou. – E eu também sei que as vezes você reclama, mas que se eu parasse de fazer isso... você ia sentir falta. Ou eu estou errado? Huum? – Insistiu beijando meu ombro.
– Eu não reclamo... – Arthur apertou minha cintura. – Aaaii... Tá... as vezes eu reclamo um pouco... Mas não quero que pare mesmo. É que parece que você pretende me sufocar... – Expliquei.
– Credo, Lua! Eu nem penso nisso...
– Eu sei, amor... eu sei...
– Vamos levantar e tomar banho? Antes que a Anie apareça aqui... – Sugeriu se afastando. – Você tá muito depravada, nua aí... Não quero que minha filha veja você assim... – Riu enquanto caminhava para o banheiro.
– Ata... até porque o pai dela é um santo. – Retruquei me sentando na cama. – Você é pior que eu, Arthur. – Acrescentei. – Droga! Odeio quando você some com as minhas roupas. – Falei um pouco alto.
– Louca! Nem toquei nas tuas roupas. – Ele continuou rindo. – Não tenho culpa se você adora dormir sem roupa e depois nem sabe onde as joga.
– Você que tirou minha roupa ontem... eu nem... queria. – Ri quando meus olhos encontraram os dele.
– Aah, claro... Frígida do jeito que é... É bem capaz de ter negado fogo ontem mesmo. – Comentou irônico e ligou o chuveiro. – Tanto que só me deixou dormir as três da manhã... É, realmente eu acho que você nem queria mesmo.
– Idiota! – Lhe dei um tapa no braço. – E você nem me deixou ter ao menos cinco horinhas de sono. – Reclamei.
– Eu? – Ele perguntou incrédulo, me entregando o shampoo.
– Sim. Você.  – Respondi lavando meus cabelos.
– Nós temos um compromisso, caso tenha esquecido. – Comentou distraidamente se ensaboando.
– Eu não esqueci. – Retruquei revirando os olhos. – Você sabe que eu fico muito chata quando não durmo bem.
– Só quando não dorme bem? – Ironizou apertando a ponta do meu nariz.
– É. É... Só quando isso acontece.
– Seei... como se eu não convivesse com você há quase onze anos. Quer enganar quem? – Arthur me encarou prendendo o riso.
– O que você está aprontando? – Indaguei o achando estranho demais.
– Eu lá sou homem de aprontar, Blanco. – Respondeu dando aquele sorriso maroto. – Morangos com chocolate, ou bombons? – Perguntou do nada. Me aproximei dele, ficando na ponta dos pés e passando os braços em volta do seu pescoço.
– Os dois... – Sussurrei próximo ao seu ouvido e distribui alguns beijos pelo seu pescoço. – Eu sei que está aprontando... – Sorri. – Você não me engana, Arthur. – Completei empurrando-o contra a parede do banheiro.
– Selvagem... – Falou quando suas costas bateram contra a mesma.
– Ah... meu amor, hoje você ainda não viu nada. – Comentei ligando o chuveiro e deixando a água tirar o sabão do meu corpo. Arthur ficou me observando passando um dos dedos sobre os lábios.
– Eu tenho pouco mais de dezesseis horas para ver ainda hoje... – Sorriu. – Pega a minha toalha... por favor. – Pediu quando sai do chuveiro e fui me enxugar. – E eu adoraria ver muita coisa hoje. – Completou.
– Se você se comportar... talvez... quem sabe, né? – Ergui uma sobrancelha, e lhe entreguei a toalha.
– É... – Arthur concordou prendendo o riso.

***

– Não. Não. Não, papai! – Ouvi Anie exclamar decidida. Eu estava passando pelo corredor, em frente ao quarto dela, quando a conversa dos dois me chamou a atenção.
– Por favor, amor...
– Não quelo assim... Quelo do meu jeito. – A pequena retrucou batendo o pé.

O que eles estavam aprontando?

– Sabia que ordem é eu mandar e você obedecer e não vice-versa? – Arthur falou exausto. Provavelmente Anie tinha vencido, seja lá o que eles estavam inventando. Ou tentando inventar...
– Mas foi o senhor que pediu minha ajuda, papai... – Ela deu de ombros se defendendo.
– É... eu sei e você disse que ia me ajudar. Agora tá me dando muito trabalho... Nossa. Você tá muito exigente para uma criança de três anos, sabia?
– Sim. É que eu sou inteligente! – A garotinha riu, o fazendo rir também e lhe abraçar logo em seguida.
– Esperta... muito espertinha, isso sim. – Arthur comentou. – Duas caixas de bombons? Anie, sua mãe não gosta muito que eu encha você de chocolate... sabe que ela não vai gostar nadinha. – Ele deixou claro e eu abri a boca diante da resposta da pequena.
– Mas a mamãe não plecisa saber, papai. – Anie sorriu sem mostrar os dentes.
– Aah... ok! Como se a gente escondesse as coisas dela por muito tempo. – Arthur respondeu irônico.
– Hãn-hãn... – Pigarreei. – Eu não preciso saber de que mesmo? – Perguntei em seguida.
– Ai, Lua. Que susto, mulher! – Arthur disfarçou. Bem mal, vale ressaltar.
– Vocês acham que me enganam, é?
– Eu não fiz nada. – Anie saiu do quarto ainda de pijama. Ele era de oncinha e ficava tão lindo, tão fofo nela, que senti vontade de lhe apertar as bochechas quando a pequena passou por mim.
– Anie! – Ele exclamou. – Qual é? – Perguntou um pouco alto.
– Pelo visto, sua cumplice te abandonou. – Brinquei encarando-o.
– Nunca se abandona quando a promessa é de dedinho. – Arthur me mostrou língua. – Não fala nada, não estraga meus planos. – Pediu.
– E eu estragaria por quê? – Indaguei com um tom de voz um pouco revoltado e cruzei os braços para enfatizar ainda mais.
– Se começar a me fazer perguntas, vai estragar... Então, fica com essa boquinha linda, fechada. Tá bom? – Disse segurando só com uma mão os dois lados da minha bochecha.
– Aaaaii... – Reclamei virando o rosto.
– Linda! – Me disse e saiu do quarto.
– ARTHUR, VOLTA AQUI! – Gritei, mas ele só riu alto.

Pov Arthur

– Anie... – Me joguei no sofá ao lado dela. – Colabora, filha... hein?  – Cutuquei sua barriga.
– Eu já falei, papai...
– Então, tá... já perdi mesmo. Vou comprar duas caixas de bombons pra você... – Ela sorriu sapeca. – Mas...
– Aaah, não papai! – Exclamou.
– Aaah, sim dona Anie. Eu só vou te dar uma caixa e quando acabar, dou a outra. Porque se te der dor de barriga, sua mãe me come vivo. A senhorita sabe disso e não ri, que eu estou falando super sério. – Deixei claro.
– Tá, papai!
– Então vai tomar banho pra ir comigo... Vocês mulheres dão muito trabalho. – Comentei me levantando do sofá e topando com Lua a minha frente. – Hoje você tá meio sombra. – Falando vendo que ela me encarava bastante.
– Uma sombra desconfiada... – Ela cruzou os braços e continuou nos encarando. – Aonde vocês vão?
– Dar uma volta, e não vamos demorar. – Respondi.
– E ninguém me convida? – Cerrou os olhos.
– Bom, não vamos demorar, Luh... Você disse que estava cansada. Então achei que quisesse descansar um pouquinho antes da viagem. – Expliquei. Ela riu debochadamente. – O que foi?
– Você é muito cara de pau. – Me disse e saiu indo para a cozinha.
– Banha a Anie! – Exclamei.
– Hoje vocês estão muito cúmplices. Banha a sua filha, Arthur. – Ela sorriu. – Aí vocês aproveitam e fofocam mais.
– Ciumenta! – Impliquei. E Lua voltou a caminhar até a cozinha. – Vamos, lá... eu banho você. – Peguei Anie pela mão.
– Posso escolher minha roupa?
– Claro. Eu mal escolho as minhas. – Ri.
– Duas caixas de chocolate. – Comemorou batendo palmas.
– Huum... Não vai ter nenhuma se você continuar falando alto desse jeito.
– Mas você plometeu, papai. – Me lembrou.
– É... eu sei... E eu ainda tenho que fazer uma ligação. – Comentei. – Já que a sua mãe está nos ignorando... Nós poderíamos tomar café naquela padaria perto do parque, o que acha?
– Eu quelo, papai... e compra muffins pra mim?
– Compro, meu amor... eu compro.

***

– Você quer pipoca, mamãe?

Anie saiu correndo assim que chegamos em casa. Lua estava sentada no sofá, com um livro nas mãos, que ela acabou deixando de lado quando a filha se jogou em seu colo.

– Huum... Não, meu anjo. Obrigada. – Lua sorriu acariciando os cabelos da pequena.
– Olá... – Sentei no outro sofá e peguei o controle para ligar a TV.
– Oi... Não me diz que saíram daqui só para comprar pipoca?
– Não. Nós tomamos café na padaria também e depois fomos a outro lugar. – Respondi.
– Eu tomei milk-shake de baunilha e comi muffins que meu papai comprou.
– Aposto que de chocolate.
– Não, mamãe. Mas tinha bolinha de chocolate. Tava muito gostoso.
– Eu vou tomar água... – Avisei.
– Eu quelo também, papai. Taz pra mim. – Pediu sorrindo daquele jeito que não tinha como dizer não. Assenti e fui para a cozinha.

Onze e vinte e três – Rumo à Brighton.

– CARLA? – Lua gritou descendo a escada.
– Meu bem, você podia ir até ela, que tal? – Sugeri mexendo em meu ouvido. Lua abanou o ar e seguiu para a cozinha.

Ela vestia uma blusa de alcinha, na cor preta e com renda pelo busto, que subia pela alça na parte da frente. O short era jeans, desfiado e um dos lados com uma renda por cima também. E calçava uma sapatilha preta.


Anie vestia um shortinho jeans balone, estampado com bolinhas brancas. Uma blusa bege, com uma gatinha e um lacinho na frente. A sandalinha era quase da mesma cor da blusa e tinha detalhe de lacinhos também.


Já eu, vestia uma camisa polo branca, com uma bermuda azul escura. E um sapatêns branco.


– PAPAI! – Anie gritou do alto da escada. – Me ajuda... – Pediu mais baixo.

Ela tinha feito a maior birra dizendo que ia descer com a mala da Frozen dela de rodinhas. Quando foi mesmo, que Lua aderiu a moda de fazer tudo o que Anie quer? Aquela malinha não carregava nem a metade das coisas que Lua precisaria levar para Anie. Então, a nossa mala – minha e da Luh – era da nossa filha também. Eu tinha dito que ela não daria conta. Lua preferiu evitar o estresse e deixou a pequena comigo. Mas ela teimou, bateu o pé e disse que dava conta. Então eu desci a escada e ela ficou no quarto lutando com a mala e uma mochila – com uma naninha, agora inseparável dela. Um urso, uma boneca que segundo ela, nadava. Porque era uma sereia. Um álbum e lápis de cor.

– O que foi que eu falei? – Perguntei enquanto caminhava até ela.
– Mas eu só não dou conta aqui na escada... – Explicou.
– Mas era da escada que eu estava falando. Você podia me ouvir de vez em quando, que tal?
– Não tá pesada, pai... eu só não sei descer a escada com ela. – Disse me entregando a mala.
– Tá... vem. – Falei descendo os degraus atrás dela.
– Cadê a mamãe?
– Foi falar com a Carla. Você não vai se despedir dela e da Carol? – Perguntei andando até a porta. Eu tinha que colocar as malas no carro.
– Eu vou. – Anie caminhou rumo à cozinha.

*

– Hey! – Mel estacionou seu carro ao lado do meu na garagem. – Você vão agora?
– Oi... Sim. Antes que Lua desista. – Comentei. – Acho que... sei lá... – Voltamos para dentro de casa.
– Sei lá, o quê? – Indagou.
– É que Lua não me parece muito animada com a viagem. – Respondi.
– Aah... mas vai ver é só impressão sua. Essa viagem vai ser boa pra vocês. Acho que estão precisando. – Disse gentilmente.
– Ela está preferindo mil vezes ficar só na cama, só deitada... e isso está começando a me incomodar um pouco. – Desabafei. – Você acha que talvez isso seja por causa do bebê? A gente conversa, sabe? Mas Lua não conta tudo. Eu sei que não... Eu conheço aquela mulher, Mel. Eu conheço.
– Lembra que chegamos a falar sobre eu tentar convencer Lua a me dizer alguma coisa? – Perguntou. Assenti em resposta. – Eu nem tive oportunidade e nem parece que estamos vivendo na mesma casa.
– Ela ficou desconfiada achando que estávamos escondendo alguma coisa dela. – Falei.
– Tiiitiiiaaaa... – Anie veio correndo e gritando.
– Oi, minha linda... – Mel se abaixou para beijar as bochechas de Anie. – Você tá muito estilosa. – Elogiou a pequena que convencida concordou.
– Eu sei, titia. – Respondeu nos fazendo rir.
– Cadê a sua mãe, hein Anie? – Perguntei.
– Ela disse que já tá vindo, papai. Tia, Mel?
– Oi, amor... – Mel voltou a atenção para Anie.
– Por que a senhola não vai com a gente?
– Aah, linda... eu tenho trabalho. Não posso ir. – Ela respondeu sorrindo.
– Poxa, titia...
– É... poxa, meu amor.
– E o bebê? – Anie perguntou do nada, me surpreendendo e creio que surpreendendo a Mel também. Olhei para ela que encarava Mel atenta.
– O bebê está bem, meu amor. – Ela respondeu e acariciou os cabelos da menina.
– E quando ele vai nascer? – Continuou e eu e Mel rimos.
– Vai demorar, lindinha... Ele ainda é muito pequeno pra nascer.
– E como a senhola sabe?
– Ela não vai parar de perguntar... – Comentei distraidamente caminhando para a cozinha atrás da minha mulher, que ainda não tinha voltado.
– Porque eu sei, Anie. Minha barriga ainda nem cresceu muito. – Parei assim que avistei, Lua.
– Já ia atrás de você. – Falei.
– Uhm... Sentiu minha falta foi, lindo? – Perguntou envolvendo os braços em minha cintura.
– Eu sempre sinto... – Depositei um beijo em sua testa. – Tchau, meninas! – Falei um pouco alto, e acenei também.
– Anie está interrogando a Mel? – Lua me perguntou e se afastou, caminhando para perto delas.
– Sua filha, ora... Por que seria diferente? – Comentei distraidamente. – Aaiii... – Lua virou a mão pra trás e bateu em meu peito.
– Engraçadinho... – Retrucou.
– É mesmo, titia... – Anie cutucou levemente a barriga de Mel com o dedo indicador. Fazendo a gente rir.
– Você quer tocar o bebê desse jeito é? – Brinquei carregando-a por trás e depois deitando-a em meu colo como um bebezinho. Beijei sua bochecha em seguida.
– Pode? – Ri alto.
– Não, amor. – Respondi dando um beijo estalado em sua bochecha.
– Você ficará bem? – Lua perguntou ao abraçar a amiga.
– Ficarei sim... – Mel sorriu. – Aproveitem!
– Vamos aproveitar, pode deixar. – Lua piscou pra mim. Concordei sorrindo. – E ah... voltaremos no domingo, dia onze. Eu não esqueci da consulta que você me convidou para ir na segunda-feira. – Disse e Mel sorriu em agradecimento.
– Mas vocês não vinham só na segunda-feira?
– Um dia antes não será problema. Não é, amor? – Lua me perguntou.
– Não. Não tem problema nenhum vim um dia antes. – Admiti.
– É que eu estou um pouco ansiosa.
– É normal, amiga... – Lua garantiu.
– Eu nem sabia se você iria querer ir comigo. – Comentou vagamente.
– Não tinha porque não aceitar... Aliás, sou a madrinha. – Lua completou fazendo carinho na barriga de Mel. – E logo a sua barriga vai crescer e Anie vai voltar a te fazer perguntas. – Finalizou divertida. Lua estava se sentindo à vontade falando de um outro bebê e isso era muito bom.
– Quero sentir ele...
– E vai. – Lua comentou. – E vai ser emocionante. Você vai ver... sentir... – Sorriu outra vez.
– Vai sim... e pode até reclamar se ele chutar demais e não te deixar dormir, porque você terá que ir ao banheiro. – Me intrometi na conversa e Lua me encarou com as sobrancelhas arqueadas. – Eu nunca engravidei, mas eu sei... – Falei óbvio. – E não me olha assim, Luh. Você fazia isso, por esse motivo estou comentando. – Esclareci. – Estou errado? – Indaguei.
– Não. Só não precisa frustrar a Mel. – Retrucou.
– Não foi a minha intenção... Bebês são fofos... – Apertei as bochechas de Anie e ela tentou se esquivar das minhas malinesas. – Mas dão um trabalho antes e depois que nascem. Não é, filha?
– Eu não sei. Eu sou comportada. – Ela assegurou séria.
– Aah, claro! A gente acredita em você. – Ironizei, fazendo-a ri quando comecei a fazer cócegas roçando o nariz em seu pescoço. – Vamos?
– Vamos... – Lua concordou. – Olha, Mel... Qualquer coisa, fala com as meninas e se precisar, é só ligar... Não importa a hora. – A interrompi.
– Se for à noite, não garanto que Lua irá atender... – Comentei. Lua me deu um tapa no braço.
– Eu estou falando sério. – Disse.
– Ora, eu também, meu amor. – Lhe joguei um beijo fazendo Mel ri.
– Vou ficar bem. Não precisam se preocupar. Vou sentir saudades da Anie assistindo desenho quase o dia todo... – Ela disse passando a mão pelo rosto da menina.
– E falando... – Lua falou segurando o riso.
– É... e falando.
– A gente assiste filme quando eu chegar, titia. – A garotinha disse contente.
– Aaawn...
– Oow, filha. – Ri lhe dando um beijo na testa.
– Tá. Vou esperar você chegar. – Mel aceitou, e sorriu. – Tchau, linda.
– Tchau, titia...
– Se cuida, Mel... qualquer coisa, pode ligar. Ok? – Falei e ela assentiu me abraçando.
– Boa viagem. – Desejou. – Tchau, amiga.
– Obrigado. – Agradeci.
– Tchau... qualquer coisa, já sabe. – Lua disse.
– Tá...

Saímos de casa em direção a garagem. Anie ainda estava em meu colo. E contava uma música com Lua que vinha logo atrás.

– Essa música é muito chata, meu Deus! – Reclamei abrindo a porta do carro e colocando Anie na cadeirinha.
– Não é não, papai... Você que não sabe cantar. – Retrucou. – Cadê a minha mochila? Quelo um livinho...
– Pega aí no porta-malas, Luh. – Pedi.
– Você colocou a mochila dela no porta-malas, Arthur?
– Coloquei, ué... o que tem? – Perguntei sentando no banco do motorista.
– Só você mesmo... – Retrucou batendo com força o porta-malas. Olhei pelo retrovisor.
– Arranca a porta da próxima vez. – Comentei. Lua sorriu sem vontade e fez um legal com o dedo.
– Aqui, meu amor. – Ela entregou a mochila para a filha.
– Obrigada, mamãe. – Agradeceu jogando um beijinho no ar.
– Vamos, vamos...
– Que apressado! Cadê a minha bolsa? – Me perguntou e eu apontei para o banco de trás.
– Já?
– Já, Arthur... já... Aah, esse foi o carro que eu bati? – Perguntou com cara de paisagem. Preferi não voltar nesse assunto que me irritou bastante.
– Sim, querida. O carro que você bateu. – Respondi.
– Ficou novinho... – Lua soltou um riso debochado. – Nem parece que...
– Que você quase deixou só as rodas? É, nem parece mesmo. – Zombei. Não foi tanto estrago assim.
– Ai que exagero! Você que nem quis me ouvir. Esse carro nem vale tudo isso mesmo. – Fez um muxoxo de desagrado e abriu a bolsa.
– Você já me deu muito prejuízo com ele, meu amor. É melhor ficar caladinha. – Comentei.
– Eu não vou calar a minha boca por causa desse carro idiota! – Exclamou distraidamente enquanto procurava alguma coisa dentro da bolsa. – E é melhor você parar de me mandar calar a boca... porque você não manda nela e a gente acabou de sair de casa e já estamos discutindo... Não seria melhor se voltássemos? Não quero passar duas semanas brigando com você em outro lugar, nós podemos fazer isso em casa, vai ser mais confortável e você pode dormir no quarto de hóspedes. O que você acha?
– Que você podia respirar agora... Cara, você fala demais, Lua. Eu que não quero passar duas semanas com você falando desse jeito. Mandona! Relaxa, que em Brighton tem quartos de hóspedes também... – Pisquei um olho. – Sabia que é a última moda em Paris, sair de casa e discutir em outro lugar? – Perguntei soltando uma gargalhada logo em seguida quando Lua me encarou com uma cara de: “Você bebeu? Ou o quê?”
– Você é idiota! – Me deu um tapa no braço. – Achei! – Exclamou um pouco alto segurando duas barras de chocolate. – Quer uma, filha? – Perguntou mostrando-as para Anie, que estranhamente estava comportada em sua cadeirinha no banco de trás.
– Eu quelo, mamãe. – Estendeu a mãozinha e Lua lhe entregou uma.
– Você quer também, Arthur?
– Achei que nem ia oferecer... – Respondi e Lua repartiu a barra de chocolate ao meio e colocou a metade em minha boca.
– Eu sou uma pessoa muito educada.
– Claro que é... por isso me casei com você. – Comentei e Lua fez um bico, balançando a cabeça como quem concorda.
– Mamãe?
– Oi, filha... – Lua olhou para o banco de trás.
– Lê essa parte da histolinha, porque eu não consigo...
– Claro, meu amor. – Lua pegou o livro de historinha da mão da filha. – Onde você parou?
– Quando o lobo mau viu os porquinhos. – A pequena respondeu. Já tínhamos lido tanto essa história para ela, que agora nem precisávamos do livro. E hoje Anie inventou de que ela mesma ia ler.
– Uhm... ok. Vou ler... Ao verem o lobo mau, fugiram, cada um para a sua casa. O lobo, que estava cheio de fome, chegou ao pé da casa do porquinho mais novo... – Lua continuou lendo o livro.

Pov Lua

– Ai! Nem acredito que já chegamos.  – Comemorei batendo as mãos uma na outra. Não tinha demorado tanto, foi mais ou menos uma hora e vinte cinco minutos. Mas eu estava feliz em ter chegado. Arthur tirou a filha do carro e Anie saiu correndo. – Anie! Quero você bem longe da piscina. – Avisei.
– Tá, mamãe. Eu já sei...
– Pois é, mas não custa nada lembrar... – Completei e ela voltou a correr. – Vamos ficar sozinhos aqui? – Perguntei me virando para Arthur. Agora ele tirava as malas do carro. E me olhou com cara de quem estava prestes a dizer: “Rá! Você quer que eu chame a vizinhança toda pra ficar aqui?”. E ergueu uma sobrancelha.
– Por que? Está com medo? – Perguntou e me entregou a pequena mala da Anie que ela tinha feito uma tremenda birra para trazer.
– Ha-ha... até parece... – Retruquei.
– Ha-ha... – Ele me imitou. Abanei o ar. – Quero que seja só a gente esses dias... nada mais. – Respondeu e me deu um beijo no rosto. – Tudo bem?
– Tudo. Só não gosto de cozinhar... então, não reclamem. – Deixei claro, mas em tom de brincadeira.
– Você não sabe cozinhar, meu amor... – Arthur retrucou baixou.
– Não começa! – Avisei elevando um pouco o tom de voz.
– Já até parei... – Ele sorriu sem mostrar os dentes.
– Vem, filha. – Lhe chamei. – Vamos entrar. – Completei.
– Mamãe... – Me chamou enquanto corria. – Vem me pegar... – Completou soltando uma gargalhada que me deu vontade de gargalhar junto. Mas era melhor não dar confiança. Ao contrário de Arthur que riu junto com a filha. – Mamãe...
– Não. Não vou correr atrás da senhorita. – Avisei.
– É sim, mamãe... – Pediu sapeca. Neguei com a cabeça. – Mamãe... Mãããeee... – Chamou e passou correndo na frente de Arthur.
– Aahá... – Arthur riu alto. – Peguei você, danadinha. Agora vamos entrar... – Ele carregou a filha.
– Aaaai miinha... baaaiigaa... – Ela dizia entre risos.
– Tá aí... seu pai pegou você. – Apertei uma de suas bochechas. – Sapeca! – Exclamei.
– Miiinhaa bocheeechaa... – Ela se debatia ainda rindo no colo de Arthur. – Uaaau... Quelo assistir desenho. – Pediu quando o pai a colocou no chão.
– Ah, não filha... desenho todo dia. – Ele reclamou.
– Mas eu quelo. – Anie insistiu.
– Tá, vou ligar um pouco... só enquanto eu tento fazer alguma coisa pra gente comer. Ok? – Sugeri.
– Tá bom... tá bom...
– Vou levar as malas lá pra cima, e desço pra te ajudar, tá?
– Claro que você vai me ajudar, Arthur. A ideia de não contratar alguém para cozinhar, foi sua, meu amor. – Respondi.
– Porque eu sou um homem corajoso por confiar em você na cozinha... – Retrucou subindo os degraus.
– Mamãe, liga logo! – Anie me pediu inquieta.
– Você não vai passar a viagem toda me zoando por causa disso, Arthur. Vou ficar bem chateada. – Avisei ligando a TV para a pequena. Arthur apenas soltou um riso debochando de mim. Segui para a cozinha depois.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/A: Galera, essa é só a primeira parte, eu dividir ela. Amanhã posto o restante, ok? Espero que gostem e comentem – estou ansiosa pra isso – o que acharam. Isso é muito importante.

PS¹: O que acharam dos looks? Já disse que adoro montá-los?! <3

Anie sempre um amorzinho... e Arthur sempre arrumando um jeito de tirar a Lua do sério kkkk esses dois!

PS²: Só posso dizer que a noite dos dois promete... vai pegar fogo...

Tô feliz em estar de volta \o/

Beijos e até amanhã.

11 comentários:

  1. Ai meu Deus q alegria . Thur esta amando irritar a lua kkkkk . A noite desses dois vai ser boaaa , a suspresa vai ser maravilhosa . Xx adaline

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  2. aaaahhhh a melhor fic dessa Internet voltou, gosto quando Arthur e lua ficam assim tão agarradinhos, meus próprios amores, a casa palavra que eu leoa dessa fic eu amo mais, eu tão feliz e empolgada que esteja de volta, e que venha mais e mais capítulos foda como esse é ah como eu amo a Anie.
    Vanessa XX.

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  3. Aaah como é bom poder ler essa fanfic de novo e acompanhar essa família linda �� Arthur e Lua são um casal incrível, amo a cumplicidade dos dois, e como pais são maravilhosos, ansiosa pela surpresa ❤

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  4. Estou muito ansiosa pelo próximo cap, eles são tão lindos ❤

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  5. Que saudades que eu tava dessa web! ansiosa próximo cap...

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  6. Lua e Arthur são um casal maravilhoso,anie um fofa e essa viagem promete Hahahaha.

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  7. Estou feliz que você está de volta!!!Toda espera valeu a pena!!!
    Anie é uma fofura e o Arthur não perde a mania de tirar a lua do sério kkkkk
    Caroline

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  8. Muito feliz que vc está de volta! Essa web é muito boa! Arthur e anie juntos não prestam Hahahaha...
    Carla ❤❤

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  9. Tava com muitas saudades dessa fanfic maravilhosa.Anie muito fofa e esperta,Arthur adora ver a Lua irritada kkkkk

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  10. Adorei o capítulo! Já estava com saudades dessa fanfic!
    Taty

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  11. Ai mds,amo essas "cenas" LuAr.Senti sdds dessa família,mas valeu a pena esperar,esse capítulo foi incrível.Estou mt ansiosa pra surpresa do Arthur,estou em tempo de roer as unhas kkkk

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