O Poderoso Aguiar | 45º Capítulo

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O Poderoso Aguiar
45º Capítulo – Boas Notícias

Pov Lua

Enfim chegou o dia. O tão esperado dia que vinha fazendo com que Arthur perdesse o sono. Ele podia até mentir e dizer que não estava preocupado, mas eu percebia muito bem sua inquietação. Remexia na cama a noite inteira e mesmo dormindo bem tarde, acordava cedo demais. E ainda tinha a cara de pau de dizer que não estava preocupado. No dia anterior fizemos os exames solicitados. Eu nem sabia que precisaria de tanta coisa assim para se adotar uma criança. Entretanto, Arthur disse que alguns procedimentos eram indispensáveis de acordo com a criança. Eu tive vontade de rir por ver que Arthur estava realmente com medo do resultado do exame. Não nego que às vezes certas atitudes dele faziam com que muitos o considerassem louco. Mas eu conhecia muito bem meu marido para saber que ele tinha o coração de ouro. Felizmente os resultados saíam na hora, o que dissipou de vez seus temores. Ambos saudáveis… nada de louco aqui.

Quando voltamos foi direto ao escritório onde se trancou com Bernardo, Micael e Chay. E por lá ficaram até tarde da noite. Quando ele foi se deitar eu já estava na cama há horas. E quando acordei hoje pela manhã… ele já estava de pé. Apenas com a boxer preta, parado em frente a porta de acesso à varanda do nosso quarto. Apoiei-me nos meus cotovelos, admirando meu marido… as costas largas e fortes estavam visivelmente tensas. Aliás… ele por inteiro era um poço de tensão.

Ele ergueu os braços, entrelaçando as mãos sobre a cabeça, fazendo meu sangue correr mais rápido e incendiando meu corpo. Era sempre assim… bastava olhar pra ele e meus hormônios entravam em ebulição.

– Amor? Vem pra cama…

Ele se virou e só fez aumentar o meu calor. Deus… como esse homem é perfeito. Passei meus olhos desde o peitoral forte, passando pelos braços e pela barriga reta, sem um grama de gordura. Continuei descendo pelos quadris… pelo enorme volume em sua boxer que mesmo adormecido causava impacto.

– Está doendo…
– O quê?
– Do jeito que está me comendo com os olhos.
– Ai… Arthur. Essa piadinha foi infame. – Ele riu se aproximando da cama.
– Não deixa de ser verdade.

Apoiou os joelhos na cama e se inclinou para me beijar. Imediatamente eu o puxei e seu corpo pesou sobre o meu. Não perdi a chance e enlacei sua cintura com minhas pernas, fazendo minha camisola subir. Arthur colocou a mão sobre minha coxa, subindo-a enquanto ainda me beijava. Sua língua fazia círculos em minha boca, desviando-se da minha, aumentando ainda mais meu desejo.

Gemi de frustração e ele riu, com a boca colada na minha. Apertei seu pau sobre a boxer e suspirei ao senti-lo duro e pulsante. Comecei a descer a única peça que o separava de mim ao mesmo tempo em que ele subia minha camisola e em seguida colava sua boca em meu seio. Minha mão deslizava com facilidade em seu pau que já escorria seu desejo por mim. Arthur se ajeitou na cama, sobre meu corpo e sem qualquer cerimônia ergueu minha perna e penetrou meu corpo. Eu gemi, apertando meus dedos em seus ombros e relaxando meu corpo para recebê-lo por inteiro. Eu conhecia bem seus sinais. Quando ele pulava as preliminares, o que era raro, era porque queria aliviar a tensão. E foi o que fez. Metendo forte e rápido até me deixar rouca de tanto gemer. Meu orgasmo veio antes do dele e eu pude me deliciar ao ver seu rosto tomado pelo prazer ao se derramar dentro de mim. Claro que eu sei que ele é louco por mim, mas vê-lo tão entregue é simplesmente fantástico. Ele ainda gemeu com a boca colada em meu pescoço.

– Cacete… cada vez melhor. Como as pessoas podem dizer que o sexo esfria depois do casamento?
– Existem casos e casos Arthur. – Falei encolhendo-me em seu peito.
– Tem razão. Esqueci que nem todos tem uma boceta gostosa feito a sua à disposição.

Sim… eu ainda conseguia ficar ruborizada com certas coisas que ele falava. Agora não foi diferente e ele gargalhou, beijando meu nariz.

– Deixe de bobeira Lua. Geme feito uma vadia no meu pau e fica com vergonha por causa de uma bobeirinha que falo?
– Não é o que você fala Arthur. É o jeito que você fala… meu Deus… – Antes que ele me respondesse alguma coisa ouvimos uma batida na porta e em seguida a voz de Sophia.
– Lua? Está acordada? – Arthur rolou os olhos e se levantou vestindo um roupão.
– Arthur… deixe que eu mesma…
– Cale a boca. Eu abro essa droga e ponho essa louca pra fora. Agora me pergunto se foi boa ideia trazê-la pra cá. – Abriu a porta e encarou Sophia. – O que foi Sophia?
– Bom dia pra você também seu cavalo. Só queria ver se Lua está acordada.
– Sim. Ela está acordada e certas partes do meu corpo também estão e obviamente irei precisar da Lua.
– Credo. Deixe de ser canalha.
– Canalha? Sabe… precisa realmente se casar. Se tivesse um macho pra dar conta de você não iria importunar os outros à essa hora.
– Olha aqui seu corno… eu só vim avisar que Lunna já acordou e não para de chorar. Micael está com ela. Arthur bufou e balançou a cabeça.
– E por que não a trouxe logo? Depois fala que sabe tomar conta de crianças. – Levantei-me enrolada no lençol e fui até a porta. Duas crianças discutindo…
– Esse seu marido é muito estúpido Lua. Meu Deus… não sei como você o suporta.
– Deixe pra lá Sophia. Vocês dois são dois bicudos. Pode trazer a Lunna pra mim?
– Claro. – Mostrou língua para Arthur e saiu. E eu olhei pra ele com raiva.
– O que foi?
– Pra que descontar sua tensão nos outros?
– Ah… mas quando eu descontei em você, você não reclamou nada. – Dei de ombros.
– Não achei que estava descontando. Pensei que estivesse… com tesão.
– Mas é mentirosa… que coisa!

Desistir de discutir com ele quando ouvi Lunna aos berros. Sophia vinha apressadamente pelo corredor com ela nos braços.

– Caramba… será que ela está doente?

Arthur estava com o cenho franzido, a preocupação evidente em seus olhos. Mas eu não me preocupei… pelo menos não tive tempo pra isso. Bastou ouvir a voz de Arthur e Lunna calou-se, girando a cabecinha na direção dele.

– Olha só… que pilantrinha… – Arthur sorria de orelha a orelha enquanto pegava Lunna em seus braços.
– Essa falta de vergonha na cara ela puxou de você Lua.
– Não entendi o quis dizer Sophia. – Falei cinicamente.

Como o pai coruja que era Arthur voltou para a cama, conversando com Lunna que dava gritinhos alegres. Jesus… minha filha estava me saindo uma bela trambiqueira. Chorando apenas para conseguir o colo do pai. Fiquei parada ao lado da cama observando os dois. Não vou negar que sentia uma pontada de ciúmes ao vê-los tão sintonizados.

– E seu irmão hã? Aquele preguiçoso ainda está dormindo? Está precisando pegar umas aulinhas de boas maneiras com ele.
– Até parece… é como a Sophia falou… é igualzinha ao pai. – Arthur fechou a cara pra mim, mas falou em tom de brincadeira.
– Não deseje isso para a minha princesinha.
– Vou ver o John. Fique aí com a sua princesinha.
– Ih… acho que a mamãe está com ciúmes.
– Idiota.

Quando cheguei ao quarto do John ele já estava acordado, mas como sempre com os olhinhos arregalados olhando ao redor, nada de choro.

– Oi meu amor… se deixar você fica o dia todo na cama hein? Tão mansinho… vem com a mamãe. Tá na hora do banho.

Ele apenas se encolheu eu meu colo como se quisesse dormir novamente. Não sei a quem ele puxou. Arthur e eu não poderíamos ser considerados calmos. Entrei em nosso quarto e não encontrei Arthur… nem Lunna.

– Amor?
– No banheiro Lua.

Fui até o banheiro e parei à porta, olhando a cena. Arthur e Lunna na enorme banheira… tranquilos como se nada mais importasse naquele momento.

– Acho que cabe mais dois aqui.

Sorri e corri para o quarto, tirando meu roupão e tirando as roupas do John. Voltei rapidamente para o banheiro entrando com cuidado na banheira.

– Olha só princesa… temos companhia.

Arthur me olhava, a felicidade evidente em seus olhos. Brincamos um pouco com as crianças na água. Era incrível a alegria de Lunna nos braços do pai. Não soltava uma lágrima sequer. John batia as perninhas tranquilamente, os olhos fixos em meu rosto. Estávamos bem… bem demais. Às vezes eu chegava a temer que algo de ruim nos acontecesse. Mas eu estava com Arthur. Ele, mais que ninguém sabia como proteger sua família.

Essas horas na companhia dos nossos filhos contribuíram e muito para que ele relaxasse um pouco. O bom de tudo foi que quando a assistente social chegou em nossa casa, pegou Arthur e eu num momento totalmente família. Estávamos na sala e as crianças sobre o sofá. Arthur fazia uma massagem em John, exatamente como a pediatra ensinou. E eu fazia em Lunna, embora seus olhos buscassem pelo pai o tempo todo.

Foi besteira de Arthur… eu percebi como a mulher ficou maravilhada com o clima em nossa casa. Observou tudo… até o espaço que tínhamos em casa. Eu percebi claramente a respiração de Arthur se acelerar quando ela disse que nós estávamos aptos a adotarmos Joseph, e que por ela… ele já estaria aqui. Assim que ela se foi Arthur me abraçou com força, as mãos tremendo levemente. Nem de longe parecia o poderoso temido por muitos, o homem implacável que já acabou com vários inimigos. No momento ele era o homem apaixonado… o pai carinhoso. Mas sem nunca perder aquela aura de poder nata.

– Obrigado meu amor.
– Obrigado por que Arthur?
– Por pertencer à minha vida. Eu já te falei um milhão de vezes que eu mudei por você. Eu tive outras… e permaneci o mesmo. Apenas você conseguiu fazer com que eu mudasse.
– Você não mudou Arthur. Você sempre foi esse homem perfeito que conheço. Faltava apenas… descobrir esse lado.
– Então… iremos trazer o Joseph? Acredita mesmo que dará certo?
– Você ouviu a assistente social. Você é o pai que ele precisa Arthur.
– Sobre a mãe que ele precisa eu nem vou dizer… você já sabe.

Ele estava mais emocionado do que imaginei que ficaria. Só queria ver quando Joseph chegasse para ficar de vez. Arthur segurava no volante com firmeza, apertando-o como se quisesse esmagá-lo. Estávamos há pelo menos quinze minutos parados em frente ao abrigo, mas nada de Arthur descer do carro. Dois dias após a visita da assistente social fomos declarados oficialmente aptos a adotarmos Joseph. Eu não sei bem o que senti naquele momento, mas fiquei simplesmente fascinada ao ver Arthur chorar, olhando para os dois filhos e dizendo que iriam ganhar um irmão. Nunca imaginei que ele seria capaz de se doar tanto a alguém que conhecia tão pouco, mesmo sendo uma criança. Mas ele sempre me surpreendia…

– Arthur… vamos entrar. Aposto como ele também deve estar ansioso.
– Estou com medo.
– Medo? O meu poderoso implacável com medo?
– Sim. E se ele não gostar da nossa casa? E se ele não gostar… de mim?

Eu juro… nunca o vi tão vulnerável assim. Nem mesmo quando estava em coma no hospital. Segurei em seu rosto com firmeza até seus olhos se encontrarem com os meus.

– Existe alguma chance de alguém não gostar de você?

Ele apenas fechou os olhos. Desci do carro e arrastei-o para fora, segurando sua mão e subindo os degraus, seguindo direto até a sala da diretora do abrigo. Assim que chegamos à porta eu vi Joseph ao lado da assistente social, uma pequena mala ao lado dele.

– Seus novos pais chegaram Joseph.

Ele se levantou, os olhos brilhantes pulando de mim para Arthur. Adiantei-me pois vi que Arthur não iria conseguir. Segurei a mão dele e sorri, recebendo um sorriso tímido de volta.

– Oi Joseph. Já está pronto meu querido?
– Sim, senhora Aguiar.
– Apenas Lua meu anjo. Lua e Arthur.

Ele olhou para Arthur como se esperasse uma aprovação… um gesto… qualquer coisa. Também olhei para Arthur com olhos suplicantes… quase implorando para que ele saísse daquele transe. Felizmente minhas preces foram ouvidas e Arthur caminhou até nós, abaixando-se à frente do garoto. Segurou sua outra mão e tentou sorrir, falando com voz embargada.

– Não sabe o quanto esperei por esse momento. Levá-lo para nossa casa… para a sua casa.
– Senhor Aguiar… hum… Arthur… eu juro que serei um bom filho. – Arthur olhou para mim antes de abraçar Joseph com força.
– Eu sei disso garotão… meu garoto.

Conversamos com a diretora e com a assistente social e pouco mais de uma hora depois seguíamos no carro de volta pra casa. Arthur não parava de olhar pelo retrovisor como se quisesse se certificar que não era um sonho. Quando Arthur estacionou em frente à mansão eu vi Joseph arregalar os olhos e abrir a boca. Ajudei-o a descer e Arthur pegou sua mala. Eu ri da conversa de Arthur com ele. Se alguém ao menos sonhasse com isso…

– Agora irá conhecer nossa casa e seus irmãos. E nós temos um anão de jardim aqui.
– Verdade?
– Sim. Uma anã para ser exato. É chata e irritante. – Joseph olhou ao redor.
– Onde ela está? – Arthur riu.
– Está de enfeite lá na varanda.

Arthur seguiu com ele, os dois de mãos dadas. Todo aquele nervosismo e apreensão já eram. Agora eu o via simplesmente transbordar de alegria. E seria duradoura… eu tinha fé nisso.

***

Da varanda do quarto eu olhava para o jardim, sorrindo com a visão deliciosa. Nem parecia que estava um corre, corre do outro lado da casa com os preparativos para o casamento de Sophia.

O dia estava claro e quente, embora o sol estivesse um pouco encoberto pelas nuvens. Encostei-me no beiral, ainda sorrindo, olhando Lunna e John com as perninhas de fora, batendo-as. Consegui ouvir seus resmungos bem baixos, mas que indicavam que estavam felizes. Era exatamente o som gostoso que faziam quando Arthur brincava com eles. Mas nada se comparava ao sorriso de Arthur, sentado na grama, os dois braços para trás apoiavam seu corpo. De repente uma gargalhada alta… feliz. E um cafuné na cabeça do garoto. Garotinho que só trouxe mais felicidade à nossa família: Joseph… agora nosso filho.

Há duas semanas ele veio para ficar conosco. Mas estava tão sintonizado com a família que parecia estar há anos. Os pais de Arthur, assim como Micael e Chay também caíram de amores por ele. E não era para menos… era um amor de garoto. Agora era ele e a “anã de jardim” juntos o dia todo. Ele simplesmente adorou Sophia. E claro… ela não perdeu a chance de rir de Arthur. Arthur olhou para a varanda e ao me ver fez um gesto chamando-me para nadar. Não perdi tempo e corri para vestir o biquíni. Nossos momentos família estavam cada vez melhores.

Certo dia quando vi Arthur e Joseph batendo bola no jardim eu quase enfartei. Arthur vestia apenas um calção… nada mais. Era a imagem da descontração e isso o deixava ainda mais lindo. Eu precisava encontrar uma maneira de não perder o fôlego toda vez que o visse.

Vesti o biquíni rapidamente e desci as escadas correndo, indo ao encontro da minha família. Dizem que só se é feliz por pouco tempo na vida. Eu discordava. Ao lado dessa família eu só sabia ser feliz...

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/M: Boa tarde, gente!

Que capítulo lindo! <3 Ainda bem que Lua e Arthur conseguiram adotar o pequeno Joseph. Ele precisa de uma família unida e pais amorosos, para esquecer as coisas ruins que mesmo tão pequeno, já passou na vida.

Lunna de fato é uma “pilantrinha” haha... Só quer as atenções voltadas para ela. Jhon é um amorzinho só.

O que acharam?

Beijos... e até a próxima atualização!

7 comentários:

  1. Que amor família aumentando!

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  2. Amei o capitulo, adoro esses momento em familia apesar de preferir as cenas hots e do Arthur com ciumes da Lua

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  3. Lindo ��������������

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  4. Adorei que família linda

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  5. Melhor casal!!❤❤
    quero maiis millyyy.
    Fany

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