O Poderoso Aguiar | 39º Capítulo

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O Poderoso Aguiar
39º Capítulo – Caso de Família

Pov Lua

Tinha que ser tudo assim? Aos montes incontáveis que sequer ter tempo para raciocinar? Era morte, viagem, bebês… e agora minha mãe. Tudo bem que era melhor resolver todas as pendências de uma só vez. Mas custava esperar que eu descansasse? Tivesse um pouco de privacidade com meu marido? Era pecado ser casada com um homem desses e não poder desfrutar. Arthur caminhava à minha frente, segurando minha mão que tremia incontrolavelmente. De repente ele parou quase fazendo com que eu trombasse com ele.

– Lua… não precisa temer nada. Eu estou com você.
– Eu sei, Arthur. É só que… não sei o que esperar dessa mulher.
– Ouça tudo o que ela tem a dizer de coração aberto, Lua. Apenas isso.
– Sim… só estou um pouco nervosa.

Chegamos à sala onde todos estavam reunidos, exceto Ricardo e Cláudia. Sophia e Rita ainda carregavam John e Lunna.

– Eles estão bem?
– Sim. Acabaram de dormir. Fique tranquila, qualquer coisa iremos atrás de vocês.
– Obrigada.
– Ricardo e Cláudia esperam por vocês na biblioteca.

Novamente Arthur segurou minha mão e fomos para a biblioteca. Minha respiração estava acelerada e eu caminhava com dificuldade. Parecia que havia chumbo em minhas pernas. Quando a porta se abriu eu vi uma bela mulher de cabelos castanhos com tons cor de mel sentada da numa das poltronas. Ficou de pé imediatamente.

– Vou deixá-los. Estava apenas fazendo companhia a ela.
– Obrigado, pai. – Arthur parou em frente a Cláudia tão logo a porta se fechou.
– Olá, Cláudia.
– Oi… senhor Aguiar.
– Arthur. – Afinal somos supostamente parentes.
– Supostamente não… somos parentes. – Arthur estendeu a mão para mim e só então me aproximei.
– Lua… minha bonequinha.

Raramente eu me enganava em relação às pessoas. Claro que já me enganei, como aconteceu com o Pedro. Mas não sei por que… aquelas lágrimas eram verdadeiras.

– Oi… Cláudia
– Como você está, minha filha? – Olhei para Arthur e dei de ombros.
– Estou casada com Arthur. Estou no mínimo muito bem.
– Eu já ouvi falar do quanto vocês dois são apaixonados.
– Bom… mas não estamos aqui para falar no meu relacionamento com Lua, não é? Que tal você começar contando a sua história?
– É pra isso que estou aqui, Arthur. – Sentei-me ao lado de Arthur e entrelaçamos nossas mãos. Cláudia sorriu em aprovação.
– Bem, acho que já sabem que me casei muito nova. Eu me apaixonei por Billy, logicamente. Minha mãe sempre foi contra meu casamento e eu sinceramente não entendia o motivo. Billy era muito atencioso e carinhoso comigo. Mas logo depois do nosso casamento eu entendi os motivos. Billy era amigo de Don Matteo… e eu fui cedida a ele em nossa lua de mel. Ele… ele fez de tudo comigo. Além disso fui obrigada a usar drogas… para aguentar a maratona. Assim foi durante muito tempo. Eu já não queria mais viver com Billy. Engravidei… e sinceramente eu não sei se Pedro era realmente filho do Billy.

Fiquei em silêncio absorvendo aquelas palavras. Talvez aquele monstro fosse mesmo filho de Don Matteo. Só mesmo isso explicaria seu desejo por mim. Olhei para Arthur, mas sua expressão era indecifrável.

– Continue, Cláudia.
– Eu tentei fugir várias vezes, mas nem sabia como. Meu pai já tinha falecido e minha mãe ainda estava insatisfeita comigo. Então quando Pedro completou quatro anos, eu engravidei novamente.
– E você também tem dúvida quanto à paternidade de Lua?
– Nenhuma. Na época em que fiquei grávida eu não fui compartilhada com outros homens.
– Entendi.
– Eu estava cansada daquela vida. Billy era um bruto arrogante e insensível. Tentei fugir… pedi para me deixar partir, até suicídio eu tentei.
– Mesmo estando grávida?
– Eu estava desesperada, Arthur. Mas então, Lua nasceu. Meu Deus… eu nunca vi bebê mais lindo que aquele. No mesmo dia Don Matteo esteve em nossa casa. E a partir de então Billy não me deixava chegar perto dela, foi desmamada cedo.
– E você sabe o motivo disso?
– Eu desconfio que Lua foi prometida a ele naquele momento. – Meu Deus… é nojento. – A mente desse homem é doentia. E Billy sabia que mais cedo ou mais tarde eu iria tentar fugir e levar minha filha.

Arthur se levantou e caminhou em silêncio, passando a mão nos cabelos. Eu sabia que ele tentava entender o que eu também não entendia muito bem. E antes que eu dissesse qualquer coisa ele mesmo perguntou.

– E por que você se foi se já imaginava isso? Deixou a garotinha nas mãos desses nojentos. Não teve medo que eles fizessem algo contra ela ainda criança? Sinto muito, Cláudia, mas acho que só pensou em si mesma.
– Não foi bem assim, Arthur. Apesar de serem uns monstros… eles cumprem o que dizem. Poucos dias antes de fugir eu descobri que Billy prometeu Lua a Don Matteo quando ele fizesse sessenta anos… seria uma festa de arromba. E Don Matteo por sua vez prometeu que iria esperar. Então eu pensei que teria tempo, até me ajeitar e voltar para buscá-la. Não sei como… mas eu daria um jeito.
– E você acha que seria tão fácil assim chegar perto deles novamente?
– Não… mas eu teria quase vinte anos para pensar nisso. Então fui embora, arranjei uns documentos falsos com um dinheiro que peguei do Billy… e desapareci do mapa. Mas estava sempre em contato com minha mãe. Somente ela sabia de tudo. Mais tarde, Pérola veio a saber também.
– Você arriscou demais a vida da sua filha, Cláudia.
– Eu sei e me sinto um monstro por causa disso.

Eu não falava nada. Simplesmente não conseguia. Eu queria ouvir a opinião de Arthur primeiro. Ele sempre seria um referencial para mim. Seus sentidos aguçados oriundos da vida mafiosa na maioria das vezes não o deixava se enganar.

– Sinceramente foi um alívio quando eu soube que Lua estava com você. Apesar de toda sua fama, Pérola sempre falou o quanto é integro e honesto. Pela primeira vez em muitos anos eu consegui dormir em paz. E quando tive a notícia que vocês estavam juntos como um casal… eu vi que era hora de voltar e ajudar você a acabar com Don Matteo.
– Parece-me que ele está atrás de você.
– Está. Ele sabe que eu sou o caminho mais fácil para chegar até Lua, agora que o Pedro se foi.

Arthur levantou-se mais uma vez, as mãos no bolso, olhando para o chão, pensativo. Ele ficava tão gostoso assim… suspirei. Que horror, será que eu só pensava nisso? Ao invés de prestar atenção às reações de Arthur em relação a minha mãe, eu ficava pensando na gostosura dele?

Cláudia e eu nos encaramos, ambas apreensivas com a reação de Arthur depois de todas as explicações. De repente eu me vi prendendo a respiração. Queria e muito que Arthur dissesse que estava tudo bem, que minha mãe era confiável.

– Acho que você e Tânia farão uma boa dupla contra Don Matteo. – Ele disse finalmente, fazendo-me sorrir. Depois ele me olhou e sorriu também. Mas minha mãe ainda parecia em dúvida.
– Quer dizer… eu terei seu voto de confiança, Arthur?
– Sim, Cláudia. Estou dando meu voto de confiança. Sei que você não seria louca o bastante para me desafiar ou me trair. Você deve saber o que aconteceu com seu filho.
– Sim, eu sei. Ela se levantou e segurou a mão de Arthur.
– Muito obrigada… obrigada mesmo pela confiança.
– Da minha parte está tudo certo, Cláudia. Quanto ao assunto mãe e filha… eu deixo vocês duas a sós. – Arthur parou a minha frente e me beijou levemente.
– Conversem. Enquanto isso irei ver como estão nossos bebês.
– Tudo bem.
– Não tenham pressa. São quase vinte anos para conversarem. – Arthur saiu e fechou a porta vagarosamente. Fiquei um tempo olhando para os meus pés, sem coragem de encarar minha mãe.
– Lua… será que você é capaz de me perdoar? Eu sei que pode parecer que fui covarde… talvez tenha sido mesmo. Mas como eu disse ao Arthur… se tem uma coisa que esses calhordas prezam é a palavra. Então eu sabia que Don Matteo não iria mexer com você tão cedo. E eu teria uma chance de voltar mais forte e…
– Esqueça… eu… não penso assim. Sinceramente. Acho que consigo entender você. Não deve ser fácil para uma mulher ser tratada como um simples objeto, ser compartilhada com vários homens. Talvez eu tivesse feito o mesmo. – Assustei-me quando ela se ajoelhou à minha frente, segurando minhas mãos.
– Quer dizer que… irá me aceitar? Como sua mãe?
– Você é minha mãe. Acho que nunca é tarde para nos conhecermos e… bem, eu sou mãe agora. Acho que eu não iria querer ver meus filhos virando as costas para mim.
– Posso… posso te dar um abraço?
– É claro que pode.

Ela se sentou ao meu lado e seus braços me envolveram. Foi um abraço carinhoso, realmente materno. Só percebi que ela chorava quando notei minha blusa molhada.

– Desculpe… mas realmente eu estava preparada para ser escorraçada daqui.
– Por Arthur?
– Não… por você mesma.

Apenas balancei a cabeça. Arthur confiava nela, felizmente. Porque eu também acreditava em sua sinceridade até o último fio de cabelo.

– Conte-me sobre você… sua vida com Arthur… embora eu ache que já saiba de tudo. – Ela sorriu batendo de leve em minha mão. – Pérola me contou sobre a primeira vez que você esteve aqui. Sobre… o castigo que Arthur deu em você.
– Ah… – Senti minhas faces vermelhas por minha mãe saber que apanhei de um homem. E na época um completo desconhecido.
– Ela me contou que nunca o viu perder o controle assim com uma mulher. E foi nesse mesmo dia que ela soube que o perdeu. – Arregalei meus olhos e a encarei de boca aberta.
– Mas… como? Só porque ele me bateu?
– Não. Ela disse que os olhos dele queimavam ao olhar pra você. E sinceramente, pelo pouco que vi, ele é completamente apaixonado por você.
– E eu por ele.
– Eu quase vim para cá quando… quando ele foi baleado. Sabia que você deveria estar desesperada.
– E estava. Eu pensei que iria morrer também. A única coisa que me manteve de pé foram nossos filhos.
– A propósito… não sei se você me permite… eu trouxe um presente para eles. – Sorri.
– Você já os viu?
– Não. As mulheres lá na sala não permitiram. Talvez você não fosse gostar.
– Eles são lindos… vou pedir para trazê-los. – A porta se abriu e Arthur apareceu com nossos bebês, cada um em seu braço.
– Não precisa. Aqui estão eles e estão famintos.

Arthur entrou sorrindo como sempre fazia quando estava perto deles. Colocou-os sobre o sofá e minha mãe se aproximou para olhá-los. Lunna berrava a plenos pulmões. Jhon também chorava, mas não tanto quanto ela.

– São lindos demais. Mas vejo que a mocinha puxou o gênio de alguém.
– Da Lua, com certeza. – Olhei para a cara de pau de Arthur que permanecia impassível.
– Nem vou responder, Arthur.
– Deixe que ajudo você, filha.

Foi uma sensação boa… ouvir a palavra filha dirigida a mim. E dessa vez pela voz da minha mãe. E não do sacana do meu pai. Sentei-me na poltrona maior e mais larga para que pudesse ajustar os dois ao peito. Arthur como sempre ficava em frente a mim, observando com cara de bobo.

– São presentinhos simples… espero que goste. – Só então eu reparei na caixa branca sobre a mesa.
– Arthur, me ajude a abrir, por favor. – Eram dois macacões lindos, azul e rosa, claro.
– Obrigada. São lindos. Amanhã mesmo irei vesti-los.
– Acho que o tamanho está correto. Não perdi a prática.

A partir daí ficamos em silêncio. Só ouvíamos os bebês sugando o leite com tanta força que faziam barulhos engraçados. E quando minha mãe se despediu pronta para sair, eu senti uma tristeza, uma coisa ruim por dentro.

– Poderia ficar um pouco mais.
– Não… acho que precisam descansar. – Arthur perspicaz como sempre colocou o braço sobre o ombro de Cláudia.
– É sempre bem vinda aqui. Aliás… pode voltar amanhã e ficar por uns dias, se quiser. – Olhei para ela com um olhar quase implorativo. Precisava ter um contato maior com ela, e esse momento era o ideal.
– Eu voltarei, com certeza.

Sorri para Arthur. Sempre fazendo de tudo por mim. E felizmente eu não via nenhuma sombra de preocupação em seu semblante. Então… estava tudo bem.

Pov Arthur

Eu não sei por que ultimamente eu vinha importunando tanto os ouvidos de Deus. Sempre pedindo, rezando, implorando. Dessa vez eu pedia para que não estivesse errado em relação a Cláudia. Eu não iria suportar ver Lua sofrer. Entretanto eu tinha quase certeza quanto ao meu julgamento.

Anos de prática, convivendo com toda espécie de gente ordinária e eu podia dizer que conhecia um vagabundo só pelo jeito de andar. Cláudia estava sendo sincera e merecia uma chance. Gostava realmente de Lua. Aliás… quem não amaria aquela mulher maravilhosa? Olha meu exemplo… completamente arriado por ela. E a tendência era só aumentar. Quem manda ser fantástica?

– Não é bebê? Você já sabe que tem a mamãe mais espetacular do mundo, não é?

Eu estava sentado na cama, as costas apoiadas na cabeceira da cama. Lunna estava em meu colo, os olhos muito arregalados como se quisesse saber de tudo o que acontecia ao seu redor. John já dormia há horas, mas ela não. Era osso duro de roer. Por fim eu a tirei dos braços de Lua para que ela pudesse tomar um banho.

Segurei na mão minúscula, acariciando-a levemente. Depois de tudo o que ouvi de Cláudia, a dúvida me corroía. O que eu mais queria nesse mundo era ser um bom pai para aquelas duas coisinhas. Por outro lado, minha gana em pegar Don Matteo só aumentava. Precisava conversar com Lua embora eu tivesse quase certeza de sua resposta.

– Quer que eu cante pra você dormir? Hã? Papai precisa dar atenção para a mamãe também.

Fiquei de pé e caminhei com ela pelo quarto, cantando uma música que me lembrava dos meus tempos de criança. Distrai-me, olhando e sorrindo feito um idiota, para os olhinhos que começavam a se fechar. Quando me virei dei de cara com Lua parada à porta do banheiro, os braços cruzados em frente ao corpo. E aquela toalhinha… era uma afronta.

– Queria que o papai cantasse para eu dormir também.
– Eu posso até cantar… mas com certeza não será para você dormir. Gosto de vê-la bem acordada. – Ela riu balançando os cabelos e foi até o espelho.
– Não comece com suas provocações.
– Só estou dizendo a verdade.
– Ela dormiu?
– Está embarcando. Vou levá-la para o quarto. Agora preciso cuidar do meu outro bebê.

Sai do quarto antes que ela me lançasse aquele olhar cheio de censura. Eu bem sabia que Lua estava absolutamente impossibilitada de ter um contato mais íntimo comigo. Mas o resto do meu corpo parecia não saber disso. Ele teimava em arrepiar-se e ficar ordinariamente duro perto dessa mulher. Coloquei Lunna no berço e dei um beijo de leve em seu rosto sereno. Fui até o quarto do John e vi que ele também dormia tranquilamente. Dei um beijo nele e voltei para o quarto. Lua já estava na cama, com uma das camisolas que usava para me fazer perder o juízo.

– Depois sou eu que provoco.
– O que foi que eu fiz? – Somente olhei em seu rosto e fui até a mesa ligar a babá eletrônica.
– Você nunca faz nada… imagina. É um anjinho de candura.
– Você que tem a mente cheia de pensamentos maliciosos. – Joguei-me na cama ao lado dela e puxei seu corpo para junto do meu.
– Não sei até quando vou resistir. Vamos combinar uma coisa? Enquanto estiver de resguardo… nada dessas camisolinhas.
– Se isso faz você se sentir melhor.
– A única coisa que me fará me sentir melhor é estar novamente dentro… e bem fundo em você. – Lua gemeu e enterrou sua cabeça em meu peito nu, beijando-o.
– Não faz assim, Arthur.
– Hum… sabia que queria me provocar. Estava sentindo falta de uns… apertos…

Apertei-a ainda mais num abraço de ferro e busquei sua boca. Imediatamente ela correspondeu com ardor, sua língua quase perfurando minha boca e suas mãos apertando meus cabelos com força. Apertei sua cintura também com força exagerada e puxei-a sobre meu corpo. Lua gemeu abafadamente e rebolou levemente. Foi o suficiente para me fazer perder o juízo. Baixei a alça da sua camisola e suguei seu seio com voracidade.

– Arthur… não… tá...

Eu sei que estava louco, fora de mim, mas somente o contato com a pele daquela mulher era motivo suficiente para me deixar subindo pelas paredes. Lua gemeu minha garganta.

– Ah… merda… olha o que você fez, Arthur.
– Eu fiz? Você me provoca, Lua. Sabe que eu não resisto.
– Pois está na hora de resistir. Pense nos seus filhos… e não em seu prazer.

Minha boca abriu-se sem som algum. Ela estava brincando, não é? Pela expressão zangada eu entendi que não.

– É só o que penso, Lua. Neles… e em você. Como pode dizer isso?
– Sei… – Aquele tom debochado foi demais pra mim. Levantei-me e vesti o roupão. Ela me olhou assustada.
– Você sabe que provocou, Lua. Nunca mais brinque comigo assim. Vou dormir no quarto de hóspedes. – Bati a porta do quarto e sai pelo corredor.

Absurda!

Louca!

Maluca de pedra!

Estava com a mão na maçaneta pronto para entrar no quarto de hóspedes quando resolvi dar meia volta. Dormir em outro quarto o cacete. Nem que eu dormisse no chão, mas eu precisava ao menos respirar o mesmo ar que ela. Voltei para o quarto imediatamente e abri a porta quase com violência. Lua estava parada em frente a porta e quase a acertei. Nem tive tempo de pensar. Ela pulou em meu pescoço.

– Desculpe… perdoe-me, meu amor, por favor. – Abracei sua cintura, mas dessa vez sem esmagá-la.
– Você não pensa mesmo aquilo de mim, não é?
– Não… – Ela beijou meu rosto, meus olhos, minha boca. – Aquilo foi só uma… defesa. Uma forma de tentar ficar perto de você sem me queimar de tanto desejo.
– Não consigo ficar longe. Prometo que vou ficar quietinho. Só quero estar onde você estiver. – Peguei-a no colo e deitei-a na cama, deitando-me ao seu lado em seguida.
– Você me perdoou, não é?
– Nada a perdoar. Só não quero ouvir aquilo nunca mais. Você e meus filhos são as únicas coisas que me deixaria louco se eu perdesse. Amo vocês demais. – Lua colocou a cabeça em meu ombro e fechou os olhos.
– Nós também te amamos demais.

E era por amar assim que novamente a dúvida me rondava. Eu… e somente eu tinha que deter Don Matteo. Proteger Lua e meus filhos. É como eu disse… no fim tudo se resumia a eles. Meu mundo girava em torno deles.

Continua...

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7 comentários:

  1. lindo, amei a cena da Cláudia e da Lua, tadinho do Arthur não vejo a hora deles matarem a saudade

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  2. Adorei, cena linda da Cláudia e lua!

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  3. Muito bom o capítulo. .

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  4. Muito lindo esse momento mãe e filha eu adorei, não vejo a hora da Lua e do Arthur matarem a saudade

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  5. Muito bom Ver lua e Cláudia se acertando.

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