O
Poderoso Aguiar
38º
Capítulo – Volta Pra Casa
Pov
Lua
Dor…dor…e mais dor. Eu quis ser forte, não gritar, não
dar escândalo. Mas chegou uma hora em que foi inútil lutar contra a natureza. A
dor foi quase insuportável. Eu digo quase porque ainda consegui me controlar um
pouco. Porque ele estava ali, ao meu lado. Ele me transmitia força, segurança.
Por mais que eu visse a aflição e o medo em seus olhos… ainda havia a força
impressionante que só Arthur tinha. Infelizmente as coisas aconteceram
exatamente do jeito que ele não queria. Afastados de tudo, do conforto de uma
maternidade, sem uma merda de uma anestesia para aliviar a minha dor. Sim… não
tinha anestesia, mas tinha o braço forte dele. Braço que Arthur colocou em
minha boca para que eu mordesse e evitasse gritar. Se ainda existisse alguma
parte do meu ser que não fosse apaixonada por Arthur… ela tinha acabado de se
apaixonar. Quantos homens no mundo seriam capazes de fazer isso pela sua
mulher? Eu vi o desespero em seu rosto, o medo de me machucar, de me perder.
Não tinha dúvida nenhuma do amor dele por mim.
Em meio à dor e às lágrimas eu vi a cena mais linda que
eu jamais imaginei ver um dia. Meu marido… meu poderoso ajudando seus filhos
virem ao mundo, chorando de emoção ao pegar nossa princesinha nos braços. Eu
nem sabia se chorava de dor, de emoção… Vê-lo cortar o cordão umbilical foi
outro baque em meu coração. E logo depois nosso príncipe vinha ao mundo… também
pelas mãos do pai. Era uma emoção difícil de controlar e de contar.
Agora eu via que as coisas pareciam acontecer para nos
mostrar a luz, o caminho certo a seguir. Arthur vinha falando em se afastar dos
negócios. Eu não conseguia imaginar isso. Mas depois de tudo o que aconteceu…
só podia ser um aviso, um sinal. Fui obrigada a ter um parto natural, em casa,
por causa da chuva torrencial que desabava sobre a cidade, impedindo carros,
helicópteros, qualquer meio de transporte de se locomoverem. E pouco depois que
meus bebês nasceram… a chuva simplesmente desapareceu como se jamais tivesse
existido. Eu vi Arthur eufórico, falando ao celular enquanto Evangeline fazia a
higiene em mim. Arthur era conhecido e respeitado em várias partes do mundo e
aqui não era diferente. Quinze minutos após ele ter ligado, o helicóptero
chegava para me transportar para o hospital. Arthur veio ao meu lado, é claro,
segurando minha mão.
– Está tudo bem, Lua? Não está sentindo nada?
– Estou bem, Arthur. Mediram minha pressão… está
normal. E os bebês?
– Quietinhos ali… – Os olhos dele brilhavam ao olhar
para os filhos. – Eles são lindos, Lua… lindos. – Baixou a cabeça e me beijou
suavemente.
– Já ligou para sua família?
– Ainda não. Só depois que vocês estiverem sido
examinados e estiverem realmente bem. – Arthur deu um sorriso triste e passou
os dedos em meu rosto.
– Você me assustou. Pensei… pensei que fosse perder
você.
– Você foi maravilhoso, Arthur. Mais poderoso que
nunca.
– Eu não sou nada disso… nunca fui.
– Pra mim é. Ponto final. – Ele sorriu, segurando minha
mão e voltando seu olhar para nossos filhos.
– Já escolheu os nomes?
– Eu quero fazer isso com você, Arthur.
– Hum… menino… diga um nome, eu falo se gosto.
– John. – Ele sorriu abertamente.
– Eu acho bonito. Eu sempre gostei desse nome, achava
forte… imponente. Filho de poderoso tinha que ter um nome à altura. – Arthur
brincou com meus dedos, depois beijou-os.
– Agora você, Arthur… diga o nome de uma menina.
– Acho que você não vai gostar.
– Por quê?
– É meio ultrapassado.
– Diga o nome.
– Não.
– Por favor, Arthur.
– Lunna. – Dessa vez eu sorri largamente. Era tão
estranho ver Arthur acanhado, sem jeito.
– Você tem alguma dúvida de que sua filha será valente?
Uma mini poderosa?
– Não tenho. Ela vai puxar a mãe. – Eu ri, mas em
seguida fiz uma careta de dor. Abaixo do meu ventre ainda doía um pouco.
– O que foi? Está sentindo dor?
– Nada demais, Arthur. Calma.
*
Rapidamente chegamos ao hospital. Os bebês foram
encaminhados para a ala pediátrica e eu levada para a sala pós-parto.
– Eu posso entrar?
– Sem problemas. Para quem ajudou no parto, isso agora
é moleza.
Arthur ficou o tempo todo ao meu lado e por várias
vezes eu flagrei seu olhar apaixonado sobre mim. Mas ele era terrível.
Deixou-me ruborizada, com vontade de me enfiar num buraco. A médica pegou os
instrumentos para ver se precisava dar pontos.
– Não será preciso ser suturado. Não houve episiotomia
e a laceração foi bem pequena.
– Pode traduzir, por favor?
– Geralmente na hora do parto fazemos um pequeno corte
para ajudar na passagem do bebê. Então após o parto é preciso dar alguns
pontos. No caso da sua esposa não houve corte, só uma pequena laceração que não
precisa de pontos.
– Hum… entendi. Mas… assim… pode dar uns dois pontinhos
aí né? – Senti meu rosto inteiro em chamas. Eu sabia muito bem onde ele queria
chegar.
– Como assim? Não está…
– Eu sei, entendi. Mas… não vai ficar assim… como
direi… em matéria de medidas… hã… largura?
– Arthur, pare com isso. – Falei entre dentes.
– O que foi amor? Eu preciso perguntar. – Até mesmo a
médica ficou ruborizada. Não tinha mesmo jeito com esse homem.
– Não se preocupe, senhor Aguiar. Não terão problemas
em relação a isso. – Ele deu de ombros.
Cínico.
–Tudo bem. Só perguntei por perguntar. – A médica
terminou os procedimentos enquanto Arthur observava tranquilamente, as mãos no
bolso da calça, uma expressão quase inocente no rosto.
– Está tudo perfeito, Lua. Meus parabéns… pelos bebês.
E senhor Aguiar… meus parabéns por ter tido a coragem. Muitos homens não tem. –
Ele se aproximou com o olhar fixo no meu. Se eu estivesse de pé provavelmente
meus joelhos iriam fraquejar.
– Eles não tem coragem porque não amam como eu amo. Eu
tinha as três pessoas mais importantes da minha vida em minhas mãos. Não
poderia agir diferente.
Até mesmo a médica ficou sem palavras. Eu fiquei sem
palavras… sem rumo, somente olhava para ele, perdida em seu olhar. Nem percebi
quando ela se retirou da sala deixando-nos a sós.
– Não faz assim comigo.
– Não gosta de ouvir a verdade?
Não respondi. Tudo nele era intenso demais para que eu
ficasse me admirando com qualquer declaração. Fui levada para outro quarto.
Estava realmente tudo bem, mas por causa dos bebês eu ficaria até o dia
seguinte no hospital.
– Como vou fazer, Arthur? Eu nem trouxe nada. Roupas… escova
de dente… – Ele rolou os olhos e beijou minha testa.
– Eu saio e compro pra você. Além do mais nossos filhos
também estão sem roupa, esqueceu? Vieram embrulhados naquele lençol.
– Eu sou uma irresponsável. Como viajo sem trazer as
roupas deles?
– Não estava na hora ainda, Lua. Nem comece com
histeria. Vou sair e comprar algumas roupas pra você, seu xampu,…tudo.
– Ah… humm… eu vou precisar de absorventes também.
– Isso você terá que me dizer qual prefere. Creio que
não poderá usar aqueles que gosta. – O calor conhecido em meu rosto já me dizia
que eu estava vermelha feito tomate.
– Como… como sabe qual eu prefiro. – Ele revirou os
olhos novamente e suspirou.
– Lua, você é minha esposa. Quantas vezes eu vi você
tomar banho naqueles dias, hã? E usar aquilo aí dentro… coisa que aliás, eu não
concordo.
– Por que não? É um absorvente interno.
– Eu sei. Mas interno em você só meu pau… ou meus
dedos… ou minha língua.
– Meu Deus… – Arthur não iria me fazer sentir tesão
agora, ia? Ele sorriu… aquele sorriso perfeito que me deixava maluca.
– Safada… controle-se, Lua. Acabou de ter filhos.
– Eu nem falei nada. Você que fica com essas insinuações.
Pra completar meu desvario ele se aproximou e me
beijou. Não esses beijos calmos que vinham dando desde que nossos filhos
nasceram. Foi um beijo longo, apaixonado e ardente. Sua língua percorria minha
boca como se quisesse me devorar.
– Eu volto logo.
– Não demore.
Pouco depois que ele saiu uma enfermeira entrou com
meus bebês. Meu coração pulava em expectativa. Tinha visto a carinha deles tão
rapidamente e num momento difícil. Queria vê-los novamente, tentar ver com quem
se pareciam, se é que se pareciam com alguém.
– Oi mamãe. Trouxe seus bebezinhos.
– Pensei que iriam ficar na incubadora.
– Não… na verdade eles nem são tão prematuros assim.
Estão na faixa.
– Como assim?
– É uma margem…a gestação oscila entre 37 a 41 semanas.
Vocês estava na 38ª semana. Se tivessem nascido antes de completarem 37
semanas, aí sim… Eles são bem fortinhos, bom peso… estão dentro da média de
altura. A garotinha tem 48 centímetros e o garoto 47.
– Esse puxou a mim então.
– Estão com fome. Vou lhe ensinar os procedimentos
básicos para amamentá-los. O resto é com eles.
– Deve ser tão complicado. Se os dois tiverem fome ao
mesmo tempo? – Ela ergueu a sobrancelha sorrindo.
– Para isso você tem dois seios. Ou você pensa que o
outro é para o marido gostosão?
Ih… começou a palhaçada. Já não gostei dessa
enfermeira. Queria que ela ficasse bem longe daqui. E ela continuou falando
como se não tivesse dito nenhuma gracinha.
– O bom seria amamentar os dois ao mesmo tempo para
estimular a produção de leite.
Continuei prestando atenção ao que ela dizia, mas tive
minhas dúvidas se eu conseguiria sem alguma ajuda. Pareceu-me complicado
demais. Ela estava colocando Lunna no peito quando a porta se abriu e Arthur
apareceu. Ficou parado, olhando a cena, parecendo maravilhado.
– Voltou rápido.
– E não me esqueci de nada. Agora fique quieta porque
quero ver isso.
Sentou-se na poltrona ao lado, os braços apoiados na
perna. A enfermeira colocou um em cada peito, mas na posição invertida. O corpo
ficava atrás do meu braço apoiado numa almofada. Arthur sorriu e se aproximou
quando ouviu os dois sugarem meus seios ao mesmo tempo e com tanta voracidade
que faziam barulhos. Passou levemente a mão na cabeça de John e depois olhou em
meus olhos.
– É muito bonito, não é senhor Aguiar?
– É a coisa mais bonita que Deus poderia ter inventado.
Eu ficava completamente entregue quando Arthur me
olhava assim. Se bem que dessa vez era diferente. Ele me olhava como se eu
fosse uma santa milagreira e aquilo tudo que acontecia era por obra minha.
– Continue amamentando. Eu já volto. – Arthur suspirou
assim que ela saiu.
– Viu como eu preciso sair desse mundo louco, Lua? Eu
não posso perder esses momentos de forma alguma.
– Eu sei. E eu irei apoiar qualquer decisão sua.
– Já está mais que decidido.
A enfermeira voltou logo depois e assim que os bebês
estavam satisfeitos ela pegou Lunna e entregou a Arthur. Depois pegou John e me
ensinou a colocá-lo para arrotar. Fez o mesmo com Arthur.
Arthur segurou-a com todo o cuidado, os lábios pousados
tão leve na cabeça dela que mais parecia uma pluma. Parecia que falava baixinho
com ela. Eu já não tinha mais dúvidas que ali estava outro homem, mas o mesmo
homem forte, poderoso. Mas agora com uma única diferença. Ele mostrava o que
sabia fazer de melhor: amar.
Pov
Arthur
Hoje eu me arrependia de não ter feito um curso que
ensinasse como ser pai. Estava perdido. Não por não saber como agir. Acho que
certas coisas vinham meio que por instinto. Mas caramba… eu não estava sabendo
muito bem como dominar minhas emoções. Era coisa demais para um homem que
sempre foi turrão e implacável.
Céus… eu tinha vontade de apertar aqueles dois
bichinhos nos braços o tempo todo. Eu mal tinha me recuperado da emoção de ter
feito o parto, de ter cortado o cordão umbilical deles… e agora via meus filhos
serem alimentados pela mãe. Tá… sei que muita gente vai falar que isso é
totalmente ridículo e meio gay da minha parte. Mas pra mim realmente não existe
cena mais linda que essa. Desde a primeira vez que vi, no hospital, nunca mais
deixei de estar por perto sempre que Lua ia amamentar.
Amanhã eles completariam uma semana de vida e enfim
iríamos voltar para a Sicília. Por mim até ficaríamos mais um pouco, mas minha
família estava eufórica demais. Era um tal de Sophia ligar toda hora que às
vezes me estressava. Esperei enquanto Lua se despedia da Dinda e depois eu a
abracei.
– Obrigado por tudo. Não sei o que seria de nós sem
você.
– Eu é que agradeço por ter feito o parto da realeza.
– Boba… pare com isso.
– Você merece tudo de bom. Meu garoto agora é pai. – Sorri
e beijei seus cabelos. Sempre me chamou assim desde quando nos conhecemos.
– Cuide-se. Se precisar de qualquer coisa sabe onde me
achar.
– Mas vocês voltam não é? Nem que seja para uma segunda
lua de mel.
– Não foi, Lua.
– Pois eu digo que foi.
– Ok. Desculpe.
Olhei pra ela e vi que sorria. Não tinha jeito mesmo.
Ela adorava isso. Por fim dei nos nervos de Lua. A todo instante eu perguntava
se nossos filhos estavam bem. Mas era preocupação de pai. Era normal, não era?
Só de pensar que alguns deles pudesse ter um treco qualquer eu ficava doido.
– Está tudo bem ai?
– Merda, Arthur. Perguntou isso seis vezes nos últimos
cinco minutos.
– Eu deveria deixar tudo pra lá então… nem me importar.
Aí você viria toda nervosinha: Ai você
nem me ajuda com nossos filhos. – Fiz uma voz tentando imitá-la e Lua
gargalhou.
– Decididamente você não leva jeito para gay.
– Graças a Deus. E por falar em gay… Lua você não é
dessas que ficam com essa bobeira de resguardo não né?
– Não é bobeira, Arthur. É necessário.
– Necessário o escambau… isso é invenção de vocês
mulheres para se verem livres de nós. Nem vem com bobeira, hein? Daqui a pouco
vai querer canja de galinha também.
– Também não é assim… daqui a uns dias, quem sabe.
– Ótimo. Já estou louco para pegar você.
E estava mesmo. Dormir todas as noites ao lado dela
estava sendo uma tortura. Nada dessa frescura de corpo ainda debilitado. Ela
estava mais em pé que tudo. Cada vez mais gostosa. Fiquei perdido nesses
pensamentos eróticos por tanto tempo que só depois percebi que Lua dormia.
Coitada… estava cansada. Amamentar dois na madrugada não era fácil.
Infelizmente nesse aspecto eu não podia fazer nada. E me sentia tão impotente
por isso… Infelizmente nós homens servimos apenas para fazer o filho… a parte
especial sempre ficaria para o ser superior, ou seja, as mulheres.
Vi a cara larga do Chay assim que desci do jatinho.
Tinha entrado em contato com ele e pedi que viesse nos buscar na fazenda, onde
iríamos pousar. Lua sempre questionava por que eu não pousava na pista que
tínhamos em casa. Para ser sincero… nem eu sabia. Lua desceu com Lunna e eu com
John.
– Bem vindos de volta.
– Como vai, Chay?
– Está tudo bem por aqui, Arthur. Deixe-me ver meus
sobrinhos. – Deu um abraço desajeitado em Lua e depois afastou a manta para ver
Lunna que estava com os olhos arregalados.
– Caramba… é o pai cuspido e escarrado.
– Menos, Chay.
– Está tudo bem, Lua?
– Melhor impossível, Chay.
– Agora quero ver o garotão. – Nem eu sabia que o Chay
gostava tanto assim de crianças. Estava babando nos meus filhos.
– Mas é lindo… os dois são.
– Vamos Chay? O povo deve estar aflito.
– E está mesmo. Já estão todos lá esperando. – Fui com
Lua no banco traseiro. Nossos filhos dormiam tranquilamente, alheios à confusão
que em breve iriam enfrentar.
– Seu pai vai ficar louco com o John não é?
– Meu pai queria que eu tivesse um herdeiro, Lua. O
sexo não importava muito.
Eu acho que iria ser aquele tipo pai babão. Não me cansava
de olhar para os meus filhos e admira-los. Lindos, fortes, saudáveis.
– Pare de babar neles, Arthur. – Eu ri e dei um beijo
na ponta do nariz de Lua.
– Estava pensando nisso agora. – Quando Chay estacionou
o carro Lua me olhou sorrindo. Estavam todos do lado de fora da casa esperando
por nós. Foram logo cercando o carro falando sem parar.
– Lua… ah… meu Deus… deixe-me pegar essa belezura.
Minha mãe pegou Lunna. Sophia pegou John. Meu pai me
abraçou forte, depois abraçou Lua… e foi uma confusão dos diabos. Todos falando
ao mesmo tempo querendo saber como foi o parto… se eu não tive medo… tanto blá
blá blá que por fim minha cabeça doía.
– Meu filho… estou tão orgulhosa de você.
– Até parece que sou um garotinho ainda, mãe.
– Não é. Mas é jovem ainda e carregou essa família nas
costas por muito tempo. Dê um tempo a você mesmo agora. Parecia que minha mãe
adivinhava as coisas. – Eu estava mesmo pensando em conversar isso com meu pai.
Não iria adiar mais. Sentei-me ao lado de Lua que abria um dos milhares
presentes que ganhamos.
– Vou conversar com meu pai.
– Eu já ia subir para tomar um banho e descansar um
pouco enquanto tem muita gente aqui. Não quer vir comigo? Conversem depois.
– Convite para me deitar com você… irrecusável. – Segurei
sua mão ajudando-a a sair do amontoado de presentes.
– Rita… Sophia… podem olhar as crianças enquanto
descansamos um pouco?
– Descanso… sei.
– E é mesmo, pai… mania.
Lua tomou seu banho primeiro. Obviamente não permitiu
que eu entrasse com ela por causa do sangramento. Besteira… até parece que eu
tinha nojo disso. Mas ela nunca gostou então eu respeitava. Voltou enrolada na
toalha aguçando meus sentidos. Merda… esperar tanto tempo para tocá-la
novamente não ia ser fácil. Entrei para o banho rapidamente, constatando com
tristeza o quanto meu pau estava duro. Vamos ver até quando eu iria ser chamado
de poderoso… puff… perto de Lua eu era apenas um menino querendo colo. Tratei
de sair rápido do banheiro, mas já a encontrei deitada, quase cochilando.
Deitei-me ao lado dela puxando seu corpo para perto do meu.
– Saudade de te abraçar assim…
– Saudade de ser abraçada assim por você… o problema é
que minha pele se arrepia… meu corpo treme… e eu fico querendo mais.
– Lua… não faz assim. Já está difícil me segurar.
– Eu tenho culpa se você é gostoso? Estou em resguardo,
mas estou bem viva. – Deitei-me de bruços na cama, mas sem ficar sobre ela.
– Eu só não farei nada com você porque posso machucá-la
seriamente, sabe disso…
– Eu sei… mas eu posso fazer por você. – Fechei meus
olhos, tentando espantar aquelas palavras da minha mente.
– Fico feliz por isso… e não estou me desfazendo. Mas
agora, Lua… tudo na minha vida tem que ter a sua participação. Se for para eu
ter prazer… você também terá que ter. Não fique se martirizando… não sou nenhum
tarado insensível… vou respeitar você e seu tempo.
– Sabia que diria isso.
– Além do mais…
– Fale…
– Já estou com saudades dos nossos bebês. Vou
buscá-los. – Fiz menção de me levantar mas Lua me segurou.
– Não… amor… quero ficar um pouco a sós com você. – Antes
que eu respondesse, bateram à porta.
– Está vendo? Aposto que eles estão famintos. – Abri a
porta e encontrei meu pai.
– Sei que estou atrapalhando mas… vocês tem visita.
– Visita? Quem? – Meu pai me encarou uns instantes
antes de responder.
– A mãe da Lua. – Olhei para trás e a vi já sentada na
cama.
– Pode descer, pai. Eu já vou. – Sentei-me ao lado de
Lua.
– Se quiser eu desço e converso com ela.
– Não, Arthur. Não quero passar dias e mais dias
angustiada. Quero resolver as pendências do meu passado e me dedicar apenas aos
meus amores. – Beijei-a com paixão, quase machucando a sua boca.
– Eu amo você. Segurei sua mão e juntos saímos do
quarto.
Até quando iríamos enfrentar turbulências? Talvez
enfrentaríamos sempre. Mas o importante é que estaríamos juntos.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
Amei capítulo mais fofo como será q vai ser esse encontro da lua com a mãe dela hein? Já tô curiosa
ResponderExcluirArthur está um amorzinho♡♡ Eles juntos ficam cada vez melhor.
ResponderExcluirArthur todo preocupado 😍❤
ResponderExcluirQue lindo... é muito fofo ver o Arthur todo bobo por causa dos filhos
ResponderExcluirTo mega curiosa para saber o que vai acontecer no próximo capitulo, não demora pra postar please
Aii que lindooo o Arthur ta sendo maravilhosoo ...
ResponderExcluirE esse fogo deles é muitoo engraçado!!
Que capítulo lindo!
ResponderExcluirArthur todo bobo
ResponderExcluirPERFEITOOOO...TÔ SUPER ANSIOSA PARA O PRÓXIMO
ResponderExcluirTo amando essa Web dmsss !!
ResponderExcluirCapitulo foda! Posta posta posta
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