O Poderoso Aguiar | 37º Capítulo | 2ª Parte

O Poderoso Aguiar

37º Capítulo | 2ª Parte – Em Suas Mãos

Pov Arthur

Nunca imaginei que precisaria de tão pouco para me sentir inteiramente livre e realizado. Eu digo pouco no sentido de lugar, porque se eu for olhar a pessoa maravilhosa que tenho ao meu lado... aí sim, era muita coisa. Então posso dizer que sou um homem de sorte. Tinha a mais perfeita das mulheres e ainda estava no paraíso. Descobri que era isso que precisava para ser livre, feliz.

Pensei que seriam alguns dias de descanso, um momento a dois para colocarmos nossa vida em dia. Mas já no segundo dia eu percebi que eu precisava de mais. Sentia falta de sair com Lua, conhecer novos lugares. Claro, já conhecia praticamente o mundo inteiro. Mas tudo teria um sabor especial ao lado dela. Por isso fomos adiando nossa volta. Nossos dias viraram meses... quase dois meses... ela e eu.

Fizemos de tudo, jantares, passeios ao luar, nadamos nus, ou uma simples caminhada pela praia. Foi como se eu estivesse na adolescência ao lado da minha primeira namorada. Infelizmente o fim de semana chegava e teríamos que voltar. Lua perguntou e nem eu mesmo sabia a resposta, não sei por que insistia em não ter nossos filhos aqui. Sei lá… parecia que o fato de estar perto da família me daria mais segurança.

Estiquei meu corpo na cama, espreguiçando-me. Dormimos tarde na noite anterior, vendo filme até altas horas. Pelo jeito o sábado de Lua seria na cama. Ela estava de costas para mim e não resisti a passar os dedos pela pele macia das suas costas. Ela gemeu e remexeu-se, tentando se virar. Estava tudo mais difícil para ela e não era raro ela me pedir ajuda à noite para mudar de posição na cama.

– Quer se virar, Lua?

– Não. Estou com muito sono.

– Então fique quietinha aí. Mas vou buscar alguma coisa para você comer.

– Não precisa, amor. – Levantei-me e dei a volta na cama, agachando-me à sua frente.

– Tem certeza que está tudo bem? Sua voz está estranha.

– Estou, Arthur. Minhas costas é que estão doendo demais.

– Não quer se deitar de costas na cama?

– Não… nessa posição eu não consigo respirar direito.

– Huum… será que uma bolsa com água morna resolveria?

– Talvez.

– Vou buscar pra você. – Passei os dedos pelo seu rosto, fazendo-a sorrir fracamente.

– Não foi por causa de ontem, foi?

– Claro que não. Você estava bem contido ontem.

– Que alívio.

Dei um beijo rápido nela e desci até a cozinha. Realmente ela estava certa... na noite anterior eu estava mais contido. Fizemos amor lentamente, sem pressa, sem selvageria. Isso foi antes de assistirmos ao filme. Parece que ficamos até mais relaxados, já que ficamos até tarde com a TV ligada. Assustei-me ao entrar na cozinha e encontrar Evangeline sentada enrolando pães. Seu rosto parecia triste.

– Bom dia. Eu te disse que poderia ir ontem, não disse?

– Bom dia, Arthur. Eu sei que disse. Mas não ouviu o alerta?

– Que alerta? – Perguntei enquanto enchia a bolsa e colocava para esquentar.

– Há um alerta de um tsunami. O temporal que caiu aqui perto ontem já causou estragos. E ao que parece… já está chegando aqui. – Fez um sinal em direção à janela e quando olhei me assustei. Parecia noite.

– Caramba… tomara que passe logo. Tenho que levar Lua daqui.

– Tomara… e que não cause muitos estragos.

– Fique aqui, Dinda… senão ficarei preocupado. Use qualquer um dos quartos que precisar.

– Com certeza ficarei aqui. Não gosto muito de temporais.

– Medrosa. – Esperei enquanto a bolsa aquecia e reparei numa bolsa grande ao chão.

– Você e suas tralhas.

– Levo para todo lugar que vou. Nunca se sabe quando vai aparecer uma grávida em trabalho de parto.

– Que horror… fora de um hospital deve ser horrível.

– Bobagem… a única diferença é a falta de anestesia.

– Ah… mas não é mesmo.

Ela riu e continuou a preparar os pães. De repente um estrondo tão forte que parecia que caía o mundo. Evangeline deu um pulo e levou as mãos ao peito.

– Jesus…

– Vou ver Lua… deve ter se assustado. Pode ir para o quarto, se quiser. E qualquer coisa me chame.

– Fique tranquilo. Com você aqui, eu fico mais calma.

– Ah… poderia levar alguma coisa para ela comer? Vou levar essa bolsa para ela. Está com dores nas costas.

– Já levo.

Apertei a bochecha dela e subi correndo até o quarto. Lua estava sentada na beira da cama, com os olhos arregalados.

– O que foi isso, Arthur? – Fui até a janela e abri as cortinas, mostrando para ela o temporal que ameaçava cair.

– Isso…

– Meu Deus… feche isso, Arthur. – Eu ri.

– Boba… com medo que a chuva caia aqui dentro?

– Eu não tenho medo de chuva. Esses barulhos é que me assustam às vezes.

– Vamos lá… deite-se aí. Vou colocar a bolsa para você. – Ajudei-a a deitar-se de lado enquanto colocava a bolsa.

– Daqui a pouco melhora… E a Dinda logo vem trazer alguma coisa para você comer.

– Nem estou com fome.

– Mas precisa comer. Sabe disso. – Nesse momento meu celular tocou. Lua estendeu a mão e o pegou.

– É o Chay.

– Não vou atender.

– Pode ser importante. – Bufei.

– Coloque no viva voz. – Ela o fez e falei.

– Fale, Chay… e seja rápido.

– Vocês precisam voltar.

– Iremos na segunda. O que houve?

– Cláudia… – Lua retesou-se ao meu lado.

Merda.

– O que tem ela?

– Pérola não estava mantendo contato… ou melhor, estava. Mas Cláudia estava desconfiada. Acabou vindo atrás dela… e quer ver a Lua.

– O recado está dado. Converso com você depois, Chay.

Desliguei antes que ele dissesse uma cagada maior. Lua permaneceu de costas para mim enquanto eu segurava a bolsa de água em suas costas. Tudo bem que estivesse com dor ou cansada, mas geralmente não ficava tão calada assim.

– Lua?

– Então ela está mesmo viva…

– Sim.

– Eu… não estou preparada.

– Então só irá falar com ela quando achar que deve. Eu prometo. Está bom assim? – Ela assentiu.

– Tem certeza que está bem, amor?

– Sim.

Lógico que não acreditei, mas não toquei mais no assunto. Pouco depois Evangeline trouxe uma bandeja e deixou ao lado da cama. Sua expressão era preocupada ao olhar pra Lua.

– Está tudo bem?

– Só um pouco cansada.

A chuva agora caía torrencialmente. Aliás nem era chuva, parecia um dilúvio. Raios cortavam o céu a todo instante e até formavam um belo espetáculo. Ajudei Lua a se sentar para poder comer. Entretanto Lua apenas bebeu o leite e o suco. Estava começando a me preocupar com ela. Deitou-se novamente de lado, as pernas encolhidas.

– Você está sentindo dor… eu vejo.

– Nas costas, Arthur. Só que as vezes parece que vai descendo.

– Vou chamar a Dinda.

Sai antes que ela dissesse qualquer coisa. De repente eu percebi que o medo começava a me dominar. Deus não iria fazer isso comigo… olhei pela enorme janela do corredor, não dava para enxergar nada exceto as pedras de gelo que caíam com a chuva. Evangeline vinha subindo as escadas com toalhas nas mãos.

– Dinda… pode olhar a Lua? Estou preocupado.

– Também a achei um pouco estranha. – Era isso que eu temia ouvir.

– Lua? O que está sentindo, querida?

– Só umas dores não fortes, mas que me incomodam.

Colocou as mãos nas costas e nos quadris. Evangeline me encarou e eu tive vontade de gritar e falar que não me dissesse o que estava prestes a dizer. Mas eu não o fiz e ela acabou falando.

– Eu já vi isso inúmeras vezes, Arthur. Ela vai entrar em trabalho de parto.

– Ah… meu Deus… me ajude, Dinda. Eu preciso tirá-la daqui.

– Como? Com alerta de tsunami? Com esse temporal? Não conseguirá autorização para voar, Arthur.

– Então ligue para a emergência… bombeiros… para o papa, mas eu tenho que tira-la daqui.

– Calma, filho… eu disse que ela vai entrar… talvez a chuva passe e…

Nesse momento Lua deu um gemido alto de dor e corri para o lado dela.

– Lua… o que foi?

– Dói… dói demais… – Olhei horrorizado para Evangeline, o coração quase pulando pela boca. E a chuva e os estrondos lá foram só aumentavam.

– Lua… vamos começar a olhar o intervalo dessas dores, tudo bem?

Ela apenas balançou a cabeça. E ali começavam as piores horas da minha vida. Meu Deus do céu… o que eu faria? As estradas estavam bloqueadas… nem o carro de emergência passava. Voar nem pensar. Sentei-me na poltrona completamente derrotado. A cada gemido mais alto de Lua, meu corpo inteiro estremecia.

– Arthur… me ajude...

Levantei-me imediatamente e ajudei-a a ir até o banheiro. Ela mal conseguia andar. Dei graças a Deus por Evangeline estar aqui. Ela e as tralhas dela. Monitorava a pressão de Lua e fez inclusive a odiosa limpeza. Aquilo me irritou… o que é isso? Colocar aquela mangueira no corpo da minha mulher, num lugar que nem eu toquei. Evangeline me recriminou.

– É necessário, Arthur. Quer que seu bebê nasça cheio de fezes?

– Ah… para…

Isso nem era relevante para mim. O pior de tudo era ver Lua assim há quase cinco horas! Como as mulheres aguentam isso, pelo amor de Deus? Um grito de Lua me fez correr para o banheiro. Eu simplesmente não sabia o que fazer. Evangeline veio logo atrás.

– Encha a banheira, Arthur. Deixe a água bem morna… – Fiz o que ela pedia antes mesmo de terminar de falar.

– Está piorando… – Lua respirava com dificuldade, as mãos sob o ventre.

– Pode entrar com ela se quiser, Arthur.

– Eu quero… por favor, Arthur… venha comigo.

Eu estava sendo um inútil mesmo… teria mais é que fazer isso. Entrei na banheira e coloquei Lua sentada à minha frente. Aos poucos ela começou a controlar a respiração exatamente como Melanie ensinou. Não sei quanto tempo ficamos lá até que Evangeline pediu para que saíssemos. Enrolei-me no roupão e quando ia ajudar Lua eu vi o liquido escorrendo pelas suas pernas.

– DINDA… – Eu gritei e ela voltou correndo.

– A bolsa se rompeu… traga-a para cama, filho.

Peguei Lua no colo ainda toda molhada e coloquei na cama. E eu que pensei que ela já tinha sofrido tudo o que era possível. As dores começaram mais fortes, menos espaçadas e Lua gemia e se contorcia de dor. Eu juro que não iria suportar isso. Corri até a janela de novo e nada de parar a chuva. Vi Evangeline esterilizar algumas coisas e senti minha cabeça girar.

Eu não queria isso… não queria.

Ela tinha que estar numa maternidade, cercada de todo conforto, não aqui com uma parteira e um marido estúpido.

– Aaah... aaah… ooh… Arthur… – Corri para o lado dela enquanto Evangeline parava em frente a suas pernas abertas e levava a mão ao sexo dela. Há quanto tempo durava essa angustia? Cinco… seis horas.

– Respire, amor… como Melanie ensinou.

– Não… não saia de perto de mim, Arthur.

– Nunca… estarei aqui meu anjo.

– Já está com oito centímetros de dilatação, Lua. Seus bebês estão quase chegando.

Minha cabeça girou novamente. Era só o que me faltava… desmaiar agora. Mas eu não aguentava mais o sofrimento de Lua. Ela chorava e trincava seus dentes querendo não gritar.

A dor dela era a minha dor.

Daria tudo para estar no lugar dela agora… embora tivesse a certeza que não suportaria nem metade disso. Evangeline pegou uma bacia e toalhas limpas, gazes e mais um monte de coisa e colocou aos pés da cama.

– Aaaah… – Lua não se segurou e apertou minha mão. E que força.

– Lua… tenta não gritar. Quando a dor vier… faça força para empurrar e não gritar… tudo bem? – Ela concordou, mas a primeira tentativa foi falha. Gritou novamente. Evangeline abriu mais um pouco as pernas dela e sorriu.

– Estão quase vindo, Lua. Faça o que eu disse… tente não gritar… morda alguma coisa e force.

Olhei para seu rosto vermelho e suado, a respiração ofegante e os olhos arregalados me encarando. Novo grito de dor e não pensei duas vezes. Coloquei meu braço próximo a sua boca.

– Morde…

– Não.

– A dor nem irá se comparar à sua, Lua… por favor… eu só…

Nova onda de dor e ela cravou os dentes em meu braço, abafando seu grito e visivelmente fazendo força.

– Isso… isso… perfeito, querida…

Meu braço estava dolorido, mas eu nem me prendia isso. Apenas rezava fervorosamente ao meu jeito… tentado a todo custo me lembrar das orações que minha mãe ensinou e eu fiz questão de esquecer. Mas eu precisava pedir a Deus… não permita que minha esposa e filhos paguem por mim, por ter me tornado esse ser monstruoso e que tantas vezes falhei com o Senhor. Se alguma coisa de ruim tiver que acontecer que venha tudo sobre mim, mas proteja a mulher que amo, proteja meus filhos.

– Arthur? Arthur? – Olhei para Evangeline sem enxergar e percebi que chorava. Lua me mordia com mais força, ainda empurrando.

– Empurre acima do ventre dela, ajude seus filhos a descerem… – Olhei horrorizado para a enorme barriga.

– Não… não serei capaz. Vou machucá-los… ela vai sofrer ainda mais… eu…. – Ela veio para o meu lado às pressas, segurando meu braço e forçando Lua a abrir a boca.

– Fique lá embaixo enquanto eu empurro. – Congelei.

– Eu? Ali? Pra… pra… segurar os bebês?

– É o único jeito, menino. Quer que seus filhos caiam no chão?

Empurrou-me e feito um robô parei em frente a Lua. Era engraçado. Eu a via nua e quase explodia de tanto desejo… e agora era só medo… medo de perdê-la.

– Não posso… não posso. – Lua gritou novamente e Evangeline debruçou-se sobre seu ventre.

– Não grite, querida… não grite. Estão vindo, Arthur? – Neguei… completamente em choque.

– Arthur… Arthur… – Lua chorava, gemia, mas me olhava quase implorando. – Eu confio… em você. Ajude-me, amor…

Como?

Como eu iria ajudar se meu corpo era pura cartilagem? Eu estava trêmulo, ofegante, a cabeça girando… eu não iria conseguir.

– Aaaah…

– Força, Lua… empurre… – Senti uma queimação dentro do peito e meu corpo foi impelido para frente. Apoiei-me na cama ao ver o que imaginei ser uma cabeça.

– Está vendo alguma coisa, Arthur?

– Sim… acho que está vindo…

– Força, Lua. – Percebi sua barriga endurecendo. Olhei para o seu sexo novamente e o vi se abrir inteiramente. Comecei a chorar.

– Nosso bebê, amor. – Instintivamente levei a mão à pequena cabeça que surgia.

– Segure firme, mas não puxe, Arthur. Estou ajudando aqui.

Era uma sentimento inexplicável. Eu via o corpo da minha mulher se abrir e minhas mãos seguravam a cabeça e a seguir o corpo daquela coisinha que já saiu berrando, enrugado e sujo. Eu chorava feito ele… levando-o junto ao peito. Olhei para o sexo e sorri.

– Só podia ser… é nossa garotinha, amor. Nossa princesinha. – Lua sorriu entre lágrimas e gritos de dor.

– E agora?

– Corte o cordão umbilical. – Arregalei os olhos.

– Não… isso não…

– Sim. Faça como eu digo. – Minhas mãos tremiam vergonhosamente, mas eu fiz, chorando feito um maldito bebezão.

– Coloque o bebê naquele cercado que coloquei, Arthur… o outro já vem… – Vi que Evangeline olhou as horas.

– Dezenove e cinco. – Antes que eu colocasse minha filha no cercado, Lua gritou.

– Está… saindooo… – Evangeline correu e pegou minha filha das minhas mãos.

– Vá pegar o outro, Arthur…

Eu já não tinha mais medo. Apesar da dor… Lua parecia bem. E eu ainda chorando, segurava a cabeça do meu garoto que finalmente vinha ao mundo. Demorou um pouco para chorar, mas o fez. E sem medo… cortei o cordão umbilical.

– Nosso garoto, Lu. – Ela sorriu cansada e fechou os olhos.

– Eu amo vocês.

– Deixe-me pega-lo, Arthur. – Entreguei o bebê para Evangeline e fui até Lua segurando sua mão. Nós dois chorávamos incontrolavelmente.

– Obrigada, Arthur… por ser…

– Eu amo vocês também. Muito. – Seus dedos tocaram meu braço. Eu não me importava com as mordidas. Todos estavam bem. Isso era o mais valioso.

– Quero vê-los. Evangeline já trazia os dois ainda sujos, enrolados num lençol.

– São lindos, Lua.

Colocamos um em cada lado. A garotinha tinha os meus olhos e cabelos, apesar de ralos. O garoto tinha os olhos de Lua e mesmo mais carequinha, dava para perceber a penugem mais puxado para o tom de Lua.

Abaixei-me ao lado deles, beijando o rosto de Lua. Estava explodindo de felicidade, agora que passou o pior. E ao pensar no pior… olhei pela janela… onde estava aquele temporal? Peguei meu filho no colo e depois minha filha. Talvez esses acontecimentos tenham sido realmente obra divina. Um sinal… sei lá.

Essa era a minha vida. Ser pai, marido, amante… um apaixonado pela minha família. Deus me deu a oportunidade de trazer meus filhos ao mundo. Mais uma vez chorando, eu percebi que eu não era como Deus… onipresente e onipotente… mas pela minha família eu poderia ser grande. E nesse momento, eu me sentia um gigante.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/M: Olá! Vocês estão bem? :-)

Que capítulo tenso, senhoooor! O que acharam? Ficaram apreensivos? A primeira vez que li, achei que ia acontecer algo grave, que ia dar alguma coisa errada e fiquei aliviada em ver que tudo acabou bem. Os bebês nasceram e Lua está bem! <3

Essa parte: <3 in love...

– Morde…

– Não.

– A dor nem irá se comparar à sua, Lua… por favor… eu só…

 Obrigada pelos comentários do capítulo anterior!

Beijos... e até a próxima atualização.