O Poderoso Aguiar | 35º Capítulo

|

O Poderoso Aguiar
35º Capítulo – Inesperado

Pov Lua

Três semanas… tempo demais longe do meu homem. E o pior de tudo era tentar imaginar o que se passava naquela cabeça. Por um momento insano eu pensei que meu casamento tinha chegado ao fim. E nesse instante de loucura eu odiei ainda mais o meu irmão. Era por culpa da sua morte que Arthur estava assim. Nem depois de morto a praga dava sossego.

Entretanto, Arthur era uma caixinha de surpresa. Eu nunca deixei de acreditar que por trás daquela máscara de homem frio e insensível havia um homem fantasticamente apaixonado e sensível. Eu o amava com todas as minhas forças e não iria permitir que ficasse abalado por causa de um merdinha.

Mas nem foi preciso dizer nada. As barreiras dele desabaram no momento em que nossos bebês se mexeram. Nunca conseguirei explicar o que senti naquele momento. Tenho certeza que eles se manifestaram para dizer ao pai o quanto ele é amado. Porque é simplesmente impossível conhecer Arthur e não amá-lo. Posso dizer que esse é um dos momentos mais felizes da minha vida. A volta do meu marido e sentir nossos filhos se mexendo. A prova de que estavam bem e felizes.

Senti tanta saudade que chegava a doer. Mas agora eu o tinha novamente em meus braços, novamente dentro de mim, levando-me a loucura. Eu bem que queria castigá-lo, deixá-lo sem condições de sair da cama de tanto fazer amor comigo. Presunçosa que sou. Esqueci-me que ele é “O Poderoso” não é à toa. Que disposição tinha esse homem. Meu corpo e meu tesão agradeciam tanto vigor. Eu falei que seriam 48 horas de sexo e ele estava levando ao pé da letra. Quanto tempo ele me deixou dormir? Duas horas… três? Aliás, sempre reforçando que fazia isso por causa dos bebês. Se eu não estivesse grávida… seriam dois dias ininterruptos. Mas essa eu pagava para ver. Nem ele aguentaria.

Eu estava deitada de lado, as pernas encolhidas quase próximas ao meu ventre. Arthur estava atrás de mim e eu podia sentir seu pau duro em meu traseiro. Sua mão estava fechada sobre meu seio e sua boca deslizava pelo meu pescoço provocando arrepios.

– Descansada?
– Só um pouco.
– É? – Ele mordiscou o lóbulo da minha orelha e isso foi o suficiente para que eu sentisse meu sexo palpitar. – Acha que ainda aguenta meu pau dentro de você?

Apenas gemi. Mas isso não o satisfez. Apertou meu mamilo e enfiou a língua em meu ouvido. E como se não bastasse isso, rebolou seus quadris, seu pau quase se enfiando em meu traseiro.

– Responde. Quer meu pau dentro de você? Quer sentir como ele fica esmagado dentro dessa boceta apertada?

Gemi novamente e levei minha mão para trás alcançando seu pau. Meu dedo deslizou pela cabeça úmida e eu sorri ao ouvi-lo gemer.

– Sei que está absurdamente molhada… mas nem isso ajuda. Meu pau sempre acaba esfolado de tanto foder você. E é o que vou fazer agora.

Eu já massageava freneticamente aquele pau pulsante e delicioso que me fazia ver estrelas. Mas as mãos másculas seguraram em minha cintura, ajudando-me a erguer da cama.

– O que vai fazer Arthur?
– Comer você, gostosa.

Revirei meus olhos. Ele me enlouquecia apenas com palavras. Porra de homem mais gostoso. Não me cansava de dizer isso. Colocou-me de joelhos sobre a cama, quase próxima a cabeceira. Inclinou um pouco meu corpo para frente o que me fez apoiar as mãos na parede.

– Isso… gostosa. É assim mesmo que quero você.

Posicionou-se atrás de mim, também de joelhos e segurando em minha cintura penetrou meu corpo sem qualquer aviso. A força com que ele me segurava me impediu de ir de encontro à parede, tamanho vigor de sua penetração.

– Rebola pra mim e me mata de tesão… como sempre.

Não me fiz de rogada, mesmo porque era impossível sentir aquela potência dentro de mim e não rebolar alucinada pedindo mais. Arthur estocava com vigor, suas bolas quase massageando meu clitóris. Segurou minha cintura com apenas uma das mãos e a outra deslizou pelas minhas costas até alcançar minhas nádegas. Seu dedo circulou meu ânus e eu rebolei mais afoitamente.

– Gostou não é?
– Eu gosto de tudo que faz, cachorro.

Ele rosnou e deu fortes estocadas ao mesmo tempo em que seu dedo se enfiou naquele lugar ainda intocado. Eu gritei… dor e um prazer imenso percorrendo meu corpo. Arthur parou os movimentos com o dedo, mas seu pau continuava estocando fundo.

– Não pare Arthur.
– Parar com o que, amor?
– Com os dois…

Aumentou o ritmo, seu quadril batendo com força em minha bunda e seu dedo entrando e saindo do meu ânus. Milhares de sensações percorriam meu corpo. Dor, prazer, arrepios e meu sexo começou a se contrair. A cada contração eu estremecia e sentia meu liquido escorrendo. Eu gemia sem parar, e não conseguia mais racionalizar nada. Somente sentia o pau muito duro me arrombando, entrando e saindo, rebolando dentro de mim e aquele dedo mágico transmitindo sensações que jamais pensei que existissem.

– Caralho… gostosa… está gozando sem parar… que delícia…

Isso não ajudou muito. Dessa vez minhas paredes se fecharam como se tivessem medo que ele escapasse e eu gozei novamente. Um orgasmo avassalador que me fez gritar e consequentemente Arthur também gritou ao se sentir mastigado pelo meu sexo. Em seguida se sêmen me invadia, quente e abundante.

– Tome porra… é isso que merece, safada.
– Sim… mais…

Ele me acordou… mesmo em frangalhos pelos orgasmos múltiplos… eu queria mais. Arthur parou de se mover e delicadamente me puxou de volta, deixando minhas costas coladas em seu peito. Afastou alguns cabelos do meu rosto e beijou minha bochecha.

– Quer se deitar?
– Só se for em seu pau. – Ele se afastou e olhou em meu rosto, o cenho franzido.
– Lua?

Afastei-me dele e levantei, ficando de pé ao lado da cama. Estiquei meus braços, espreguiçando-me. Seu olhar passou pelos meus seios e pousaram emocionados sobre meu ventre. Ele sempre se emocionava ao olhar para minha barriga.

– Você me acordou, Arthur. Agora quero mais.
– Não está falando sério.
– O que foi? Acha que ele não sobe mais ou…

Parei de falar quando Arthur olhou para baixo, para o próprio corpo. Eu ofeguei. Ele ainda estava duro ou voltou a ficar duro? Puta que pariu… ninguém pode me recriminar por ser tarada por ele.

– Isso responde à sua pergunta?
– Mas é um gostoso mesmo.

Ele riu e saiu da cama mas apenas para se sentar na beirada dela. Segurou seu pau com firmeza próximo a base e ergueu os olhos luxuriantes para mim. Levei minha mão ao meu sexo, apertando-o para ver se cessava aquele latejar constante. Ele sorriu, passando a língua pelos lábios.

– Ah… merda… não aguento isso.

Fui até ele e ajoelhei-me na cama. Segurando em seus ombros, desci meu corpo, mordendo meus lábios e gemendo ao sentir seu pau alargando meu corpo, que voltou a se fechar à sua volta. Eu ofeguei e suspirei ao senti-lo tão fundo que quase tocava meu útero. Mas era muito bom. Arthur abraçou minha cintura e eu segurei em seus cabelos, buscando sua boca. Comecei a rebolar sobre ele lentamente, mas a sensação de tê-lo era boa demais para ficar nessa calmaria. Ergui um pouco os quadris e desci de novo com força… com vontade. Arthur gemeu abafadamente, a boca colada em meu seio. Mas seus braços começaram a me impulsionar com mais força, socando meu sexo com força em seu pau. Ele gemia e trincava os dentes, metendo sem parar e cada vez mais fundo. Inclinei um pouco para frente, deixando minha bunda um pouco empinada.

No mesmo momento seu dedo se apossou novamente do meu ânus. Eu rebolei, mostrando que eu queria aquilo. Arthur engoliu meu seio novamente, rebolando seu pau dentro de mim e investindo o dedo em minha entrada apertada. Eu já estava a ponto de explodir, rebolando e esfregando-me freneticamente no corpo másculo e gostoso.

– Mais, Arthur… mais…

Ele estocou com força, parou dentro de mim e rebolou. Minhas pálpebras reviraram e eu grunhi, incapaz de me controlar. Levei minha mão para trás e peguei em sua mão, forçando-a em meu ânus. Arthur entendeu e mais um dedo se juntou ao outro. Eu gemi mais alto e cravei meus dentes em seu ombro, rebolando de forma alucinada.

– Você me quer aqui não é?
– Quero… ah… Arthur… eu quero…
– Você vai ter, amor… safada… minha dona.
– Ahh… vadio… gostoso…

Eu praticamente choramingava, espremendo seu pau dentro de mim, meu gozo escorrendo e encharcando-o. Colei minha boca na dele, ainda metendo com força junto com ele, tremendo ao sentir seu liquido me penetrar. Apertei meus dedos com força em seus cabelos ao sentir seus dedos curvaram-se dentro do meu estreito canal. Lágrimas escorreram pelo meu rosto ao ser sugada por uma nova onda de êxtase. Ele se afastou um pouco, olhando para o meu rosto, ainda estocando, mas agora lentamente.

– Machuquei você, amor? – Apenas neguei, balançando a cabeça. – Lua…
– Prazer, Arthur… estou chorando de prazer. – Passei minhas mãos pelo rosto bonito, olhando-o quase com adoração. – Meu poderoso… você é minha vida. – Ele colocou o rosto entre meus seios, fechando os olhos.
– E vocês três são minha vida. – Agora eu estava molinha. Deixei-me ser colocada na cama com um sorriso feliz no rosto.
– Descanse um pouco. Vou buscar alguma coisa pra você comer.
– Quero comer você. – Ele riu, mas vestiu a calça e saiu do quarto.

Existiria espaço para tanta felicidade ainda em minha vida? Em matéria de amor entre homem e mulher, quero dizer. Porque em outros aspectos ainda tínhamos muitas surpresas maravilhosas. Como seriam nossos bebês? Um Arthur e uma Lua? Ou a garota seria parecida com ele e o garoto comigo? Ou todos parecidos com ele? Apenas comigo não. Eles teriam que ter os traços deslumbrantes do pai. Sorri ao pensar na palavra que Arthur iria abominar: dois mafiosinhos. Ele nem ao menos poderia sonhar que pensei isso. Tão tolo. Ele era isso e pronto. Eu amava assim e que se dane quem acha que ele me trata mal, que é grosso e insensível. Somente eu o conhecia profundamente.

Abri meus olhos tentando me acostumar com a claridade. Ao meu lado na cama, Arthur lia um livro.

– Arthur?
– Pensei que estivesse em coma.
– Eu dormi?
– Parecia desmaiada.
– Que horas são?
– Três da tarde.

Merda.

Quando Arthur me deixou para ir a cozinha eram oito da manhã. Dormi demais. Ele se levantou e pegou uma bandeja parando ao lado da cama e esperando que eu me sentasse.

– Troquei o café da manhã pelo almoço. Fiquei esperando você acordar…
– Obrigada. Desculpe ter desperdiçado o café.
– Cale a boca e coma.
– Grosso.
– Sim. Grosso, grande e duro. Do jeito que você gosta. – Mordi meus lábios e meu corpo estremeceu. Ele percebeu e gargalhou.
– É safada mesmo. – Levantou-se e eu o segui com o olhar. Somente então percebi duas malas. Meu coração disparou feito louco dentro do peito.
– Vai viajar?
– Sim.
– Pra onde?
– Pensei que fosse perguntar com quem. – Engoli em seco, com medo da resposta.
– Com quem, Arthur?
– Com você, idiota. – Peguei uma batata em meu prato e atirei na direção dele. Claro, sendo bom em tudo ele a pegou no ar… e comeu.
– Está tão deliciosa quanto você.
– Por que gosta de brincar comigo assim, Arthur?
– Eu? Você que só pensa besteira, Lua.
– Tudo bem. A maluca sou eu. Para onde vamos e por quê?
– Vamos para o Caribe. Apenas para passear. Ficarmos a sós. Acho que você merece um mimo depois de termos ficado tanto tempo afastados. – Sorri.
– Já falei que te amo?
– Tantas vezes que eu até… – Engoli em seco, mas ele riu.
– Fiquei mal acostumado e quero ouvir de novo. – Baixei minha cabeça, balançando-a.
– Você me deixa maluca, Arthur. – Ele colocou a mão em meu rosto, acariciando-me.
– É só brincadeira, linda. Parece que você ainda tem medo que eu deixe você.
– Às vezes eu penso nisso.
– Nunca. Eu prometo isso. Nunca vou te deixar. E jamais irei me afastar por tanto tempo. É uma promessa.
– Eu amo você. – Ele sorriu e beijou minha testa. Em seguida levantou-se.
– Agora trate de alimentar meus bambinos.
– Sim, senhor.

Voltei a comer enquanto Arthur vestia sua camisa. Pouco depois uma batida na porta e à ordem de Arthur, Sophia abriu a porta.

– Oi, Lua.
– Sophia! Venha cá.
– Caramba… pensei que não a veria com vida mais.
– Vire essa boca pra lá.
– Mataram as saudades?
– Sim.
– Fale por você, Lua. Eu ainda não recuperei tudo o que perdi.
– Hum… guloso. Vão mesmo viajar?
– Já está tudo arrumado. Aliás… Micael já preparou o jatinho?
– Ele disse que só faltam vocês.
– Olha lá, hein? Juízo na cabecinha de vocês.
– Até parece, Arthur. Micael morre de medo de você. – Eu me intrometi no assunto.
– Bobo que ele é. Cão que ladra não morde. – Arthur me olhou feio mas não disse nada.
– Bom… vou descer que irei sair com a Rita para comprar algumas roupas para Brianna.
– Como ela está, Sophia?
– Esperando você se decidir. E Pérola também.
– Quando eu voltar resolvo isso. – Entrou para o closet dando o assunto por encerrado.
– Boa viagem, Lua. Divirtam-se e matem a saudade de vez.
– Obrigada, Sophia. Irei me esforçar. Ele está ali no closet e já estou com saudades. – Ela revirou os olhos e saiu. Terminei meu almoço e depois fui olhar a mala que Arthur separou.
– O que quer?
– Estou vendo se falta alguma coisa.
– Está tudo aí, Lua.
– Colocou minhas vitaminas?
– Sim.
– Meu xampu?
– Sim.
– Meu creme anti estrias? Meu condicionador? Meu…
– Porra, Lua. Está tudo aí. O que não tiver a gente compra.
– Mas é um mal educado filho da mãe mesmo.
– Sou mesmo. Agora tome um banho rápido senão fará mal a você.
– Vaco.

Resmunguei entrando para o banheiro, mas ouvi sua risada no quarto. Praga de homem. Deixava-me feliz até dando coice. Tomei um banho rápido como ele disse e coloquei um vestido solto que acentuava ainda mais minha barriga. Deixei meus cabelos soltos e quando me virei encontrei seu olhar. Que coisa estúpida… meu coração ainda não estava acostumado com isso e disparou violentamente.

– Está linda… como sempre.
– Já estamos indo?
– Sim.

Engraçado que somente agora parei para pensar. Arthur e eu sozinhos no Caribe… quase uma lua de mel.

Seguimos até a fazenda e lá pegamos o jatinho. Não sei se era impressão minha, mas Arthur estava com um brilho diferente no olhar, como se estivesse livre pela primeira vez na vida.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

Obrigada pelos comentários no capítulo anterior.

11 comentários: