O
Poderoso Aguiar
34º Capítulo – Em Crise
Pov
Arthur
Eu
não me reconhecia mais. Para dizer a verdade… será que algum dia eu me conheci?
Eu era realmente aquele sujeito cruel, desumano e insensível? Quantas e quantas
vezes eu falei que queria ser um homem melhor para que Lua se orgulhasse de
mim? E que merda foi aquela que fiz?
Está
certo que nunca tive piedade de quem se metia comigo. Mas queimar um homem
vivo? Pior… eu fiz isso pura e simplesmente por ele ter colocado Lua no meio da
conversa. Confesso que estava com medo de mim mesmo. Até onde eu iria por ela?
Que loucuras a mais eu faria por amor aquela mulher?
Eu
não queria sujar minhas mãos com aquele ser desprezível do Pedro… decididamente
aquele homem que assistiu a outro morrendo queimado não era eu. E veio depois…
olhar nos olhos de Lua. Deitar-me ao lado daquela mulher maravilhosa que
carregava meus filhos… e eu tão sujo. Embora eu soubesse que Lua não me
culpava, sequer tocou no assunto… a culpa me massacrava. Deus… o que estava
havendo comigo? Mesmo agora, três semanas depois do ocorrido… eu mal conseguia
olhar Lua diretamente. Simplesmente deixei tudo parado. E impedi que ela se
envolvesse também. Nada de Dom Matteo, Brianna, Pérola, Cláudia… nada. Às vezes
minha vontade era de sumir por uns tempos para ver se eu me reencontrava.
Mas
aí eu sempre voltava no mesmo ponto: Lua.
Como
ficar longe dessa mulher? Alguém me explique, por favor, como dominar esse amor
tão arrebatador que eu sentia que estava literalmente acabando com meu juízo,
com minha capacidade de racionalizar?
Eu
não queria que se transformasse num amor nocivo, que machuca, que fere. Só quero
ver minha mulher feliz. Eu me odiava por ver Lua me rodeando e eu sem dar chance
para uma conversa. Eu não tinha condições.
Não ainda.
No
dia seguinte à morte do Pedro, chamei Melanie para examinar Lua. Felizmente os
três estavam bem. Sorri. Consegui sorrir. Sua barriga deu um “salto” de
repente. Cresceu absurdamente nesse meio tempo. E ela estava linda. Meu Deus…
como eu amava olhar aquela barriga redonda, que abrigava meus amores.
E
era exatamente por eles que eu precisava me transformar numa pessoa melhor. Eu
até chego a pensar que não sou tão ruim. Tenho apenas que parar de ficar
estressadinho quando o assunto é Lua. Mas, caralho… o simples olhar de um homem
sobre ela faz meu sangue ferver.
Há
três dias fui buscá-la que estava com Sophia comprando mais roupas para os
bebês. Eu pirei ao ver o vendedor jogando charme para ela. Se não fosse Sophia…
eu teria partido a cara dele. Será que não seria o caso de procurar um
tratamento… um psicólogo… sei lá? Isso não era normal. Ou era?
Ah… sei lá, porra!
Eu
nunca amei. Eu estava há horas olhando para o mar…sozinho. Até quando eu
continuaria assim? Desde quando fui covarde? Eu evitava conversar com Lua e
sabia que ela estava sofrendo com isso. Conhecendo aquela cabecinha como eu
conhecia… não deveria estar pensando boa coisa. No mínimo deveria achar que eu
já pensava em me separar. Quer saber? Estava na hora de retirar a máscara de
rato que vesti e conversar seriamente com ela sobre meus medos e minhas reações
absurdas. Olhei as horas: uma e meia da
manhã.
Merda!
Ultimamente
ela estava tendo mais sono ainda. Só poderia falar com ela pela manhã.
Levantei-me, batendo na calça para retirar a areia e entrei no volvo. Tentaria
evitar qualquer pensamento agora. Liguei o som e segui cantarolando baixinho.
Mas como tudo me remetia a ela… a música que começou logo a seguir era a música
que dançamos em Buenos Aires.
Eu
ri alto ao me lembrar de nós dois feito adolescentes, correndo para o banheiro.
Ela me excitava além da conta, me deixava maluco. Estava sentindo uma puta
saudade daquele corpo, daquela boca.
–
AH… LUA… LUA… EU TE AMO!
Eu
berrei como se aquilo aliviasse alguma coisa. Eu acho que entendi uma coisa: eu amava. Amava Lua com loucura. Mas eu
precisava aprender a amar. Aprender a não deixar que aquele amor chegasse ao
ponto de sufocá-la. Ainda permaneci um tempo dentro do carro logo após
estacionar em casa. Há dias eu chegava tarde em casa e ela nunca mais ficou na
sacada me esperando.
Cristo…
O
que eu estava fazendo com meu casamento? Depois da morte Pedro resolveu me
assombrar?
Entrei
em casa… tudo às escuras. Combinava bem comigo. Entrei em meu quarto e como
sempre prendi a respiração. Geralmente Lua dormia de costas para porta.
Hoje
não. Estava de frente, os cabelos espalhados pelo travesseiro. Usava apenas o
short do baby doll e um top. Sorri com aquela visão. A barriga proeminente,
reluzia à luz fraca. Lua se lambuzava de hidratante todas as noites com medo
das tais estrias. Revirei meus olhos e fui para o banheiro. Como se umas
simples manchinhas fossem deixá-la menos desejável e menos amada.
Tirei
minhas roupas e entrei sob a ducha, a areia em meu corpo começava a me pinicar.
Iria dormir e amanhã conversaria seriamente com Lua. Apesar do que, eu nem sabia
ao certo o que iria dizer a ela.
Vesti
apenas o calção do pijama e fui até a varanda, sentando-me na cadeira. Para
piorar tudo, eu não tinha sono. Mesmo assim tentaria dormir… ou iria ficar
louco de tanto pensar besteira.
–
Até quando vai fugir de mim?
Fechei
meus olhos, tentando acalmar meu coração que pulava com o susto que levei.
Girei lentamente meu corpo e encarei Lua. Puta merda… mas ela estava linda
demais. Era isso que acabava comigo.
–
Não deveria estar dormindo?
Lua
ficou em silêncio, talvez analisando se valia a pena começar uma discussão a essa
hora. Por fim ela se sentou na cadeira ao lado da minha.
–
Eu não consigo dormir enquanto não está ao meu lado, Arthur. A cama fica… fria,
vazia.
Não
tive como responder. Fui pego completamente de surpresa. Sempre pensei que
estivesse dormindo quando chegava. Mas não. Ela estava atenta a todos os meus
movimentos.
–
Por que, Arthur? Por que está fazendo isso comigo? – Suspirei.
–
Eu só… quero ser uma pessoa melhor, Lua.
–
Afastando-se de mim? Arthur… aquilo já passou. O que deu em você? Você nunca se
importou…
–
Aí é que está, Lua. Nunca me importei porque nunca tinha sido tão cruel assim.
–
Ele mereceu.
–
Não. Ele merecia morrer, mas não daquele jeito. Lua… eu fiz aquilo movido pela
raiva, pelo ciúme… pelo amor doentio que sinto por você. Não pode ser assim.
Pela
primeira vez nessa noite nossos olhares se cruzaram. Havia tanto dor nos olhos
dela que eu quis me matar.
MERDA!
MERDA!
Por que eu fazia tudo errado?
–
Você quer dizer… nosso amor te faz mal? Arthur, por favor… não faça isso. Não
acabe com nosso casamento assim.
Levantei-me
no mesmo instante e me ajoelhei à frente dela. Suas lágrimas já deslizavam pelo
seu rosto, escorrendo pela sua barriga.
–
Não. Não é isso meu amor. Eu quis dizer que o meu amor pode ser nocivo. Eu
perco o controle sobre mim. Ajo sem pensar. Prova disso é o que fiz. Lua, eu
não quero ser assim… tão mal. Eu quero que você sinta orgulho de mim. Quero que
nossos filhos tenham orgulho de mim, que eu seja uma referência para eles. – Ainda
chorando ela deslizou a mão pelo meu rosto.
–
Não é… não é nocivo, Arthur. Como algo nocivo poderia gerar dois bebês que já
amamos tanto? Você é maravilhoso… – Passei a mão pela sua barriga, molhada
pelas lágrimas.
–
Está tão linda… linda demais. – Lua segurou minha mão sobre seu ventre.
–
Nossos filhos já amam você, Arthur. Eu sei… eu sinto. E eles terão o maior
orgulho em serem seus filhos.
–
É o que mais quero, Lua. Quero que eles…
Eu
ofeguei e arregalei meus olhos. Olhei pra Lua que também tinha os olhos
arregalados e uma nova enxurrada de lágrimas descia pelo seu rosto.
–
Ah… meu Deus…
–
Lua? Lua, meu amor… eles… eles se mexeram?
–
Sim… pela primeira vez. Eles estão felizes… pelo pai. Eu disse que eles te
amam.
Era
um sentimento estranho… um aperto no peito e logo em seguida uma explosão. Mas
eu nem conseguia respirar direito, sequer falar. Um bolo se formava em minha
garganta e eu só sabia chorar. E novamente eles se moveram. Eu olhava para a
barriga de Lua, encantado. Parecia um bocó, apenas sorrindo e chorando ao mesmo
tempo.
–
Viu como eu tenho razão? Pare com essa birutice. Você é o marido perfeito e
será o pai perfeito. Teve um deslize, tudo bem. Mas o seu amor só me faz bem,
Arthur. Só me faz mal… quando me deixa só. Não faça isso mais. Não suporto
ficar sem o som da sua voz, sem seu sorriso, sem seu toque…
Levantei-me
puxando-a para cima e devorando sua boca. Minhas mãos seguravam seus cabelos
enquanto nossos lábios se esfregavam vorazes… famintos. E agora eu nem
conseguiria esmagá-la em meus braços como eu gostava. Mas era por uma boa
causa. Eram meus bambinos que estavam ali. As unhas de Lua cravaram-se em
minhas costas, arranhando-me e tentando desesperadamente puxar-me para mais
perto dela.
Três semanas… três semanas longe disso
tudo.
Fiquei
maluco mesmo, só pode. Peguei-a no colo e levei até nossa cama, sem separar
nossos lábios. Desci beijos pelo seu colo, passando por seu ventre, mas Lua me
puxou pelos cabelos.
–
Eu não posso esperar… é tempo demais sem você.
–
Nem eu, Lua… não posso… – Uma de minhas mãos estava em seu ventre. Nós rimos ao
sentir o movimento novamente.
–
Ah… bebês… vão dormir… – Deitei-me entre as pernas dela beijando seu ventre
novamente.
–
Não vão dormir, nada. Esperei muito tempo para sentir isso.
–
Arthur…
–
Shh… deixe-me falar com meus bebês. – Tá… tenho transtorno de personalidade
múltipla, só pode. Num momento eu estava cheio de grilos e arrependimentos e
agora estava aqui, como se tudo na minha vida fosse um mar de rosas.
–
Minha princesa… – Beijei um lado da barriga de Lua e depois o outro. – E meu
príncipe… eu amo vocês. Não vejo a horas de tê-los aqui… ver a carinha de
vocês. – Era maravilhoso. Parecia que eles me respondiam. A cada frase que
dizia eles se moviam.
–
É uma sensação tão boa, Arthur. Agora realmente eu tenho certeza que eles estão
bem. – Ergui minha cabeça e olhei pra ela, apoiando-me em um dos braços.
–
Por quê? Tinha dúvida?
–
Sei lá… minha barriga demorou tanto a crescer…e ainda não se mexiam. Ficava
parecendo que era um sonho. – Arrastei-me até ela e segurei eu rosto.
–
Perdoe-me, por favor.
–
É claro que perdoo. Desde que não saia de perto de mim nunca mais.
–
Eu juro que não. Mas você ao menos entendeu o que se passa comigo, Lua?
–
Entendi, Arthur. Mas não é nada disso do que está pensando. Tudo bem, como eu
disse talvez você tenha exagerado um pouco no castigo do Pedro. Mas já foi… acabou.
Eu só não quero que pense que seu amor nos faz mal. Ah… quer saber? – Ela se
virou e ficou sobre meu corpo, seus quadris colados ao meu complicando um pouco
minha capacidade de raciocínio. Toquei sua barriga.
–
Estão quietinhos?
–
Agora sim. Mas, Arthur… como eu estava dizendo. Podem dizer que sou louca… doente…
masoquista… mas eu gritarei bem alto: FODA-SE.
– No entanto fui eu a rir alto. E Lua me agarrou pelos cabelos da nuca,
beijando-me com brutalidade.
–
Caramba… eu amo sua risada. Que falta senti dela. Mas deixe-me continuar. – Ela
me beijou mais uma vez antes de falar. E estava difícil… alguém já latejava lá
embaixo. – Sou uma safada, eu sei. Mas eu AMO
esse seu jeito, Arthur. Você é maravilhoso quando está romântico,
carinhoso, apaixonado. Mas é igualmente perfeito quando está bravo, ciumento…
possessivo. Foi assim que te conheci, foi assim que te amei. Não quero que
mude. Eu te amo assim: bruto, arrogante, possessivo, lindo e filho da puta de
gostoso. – Eu ri novamente, mas meu pau quase se enfiava nela sem pedir licença.
–
Arthur, eu… ah… chega de fazer isso comigo.
Antes
que eu entendesse o que ela queria dizer, Lua ergueu um pouco os quadris e
desceu sua mão segurando meu pau. Em seguida desceu, abrindo-se para mim e
permitindo que eu me enterrasse por inteiro dentro dela.
–
Ah… porra… sua louca!
–
Louca por você, meu homem. Meu poderoso.
Ergui
meu corpo, ficando sentado na cama mas sem permitir que um milímetro saísse de
dentro dela. Lua segurou em meus ombros enquanto eu segurava sua cintura,
forçando-a para cima e para baixo. No começo tive medo. Lua subia e descia com
tanta força em meu pau que minha respiração saía aos arquejos. Mas depois minha
paixão por ela falou mais alto. Passei a erguer meus quadris, entrando com
força e rápido em seu corpo. Lua me apertava tanto fora quanto dentro do seu
corpo. Balancei minha cabeça, completamente alucinado quando Lua gritou
estremeceu, seu gozo escorrendo em mim e contribuindo para o meu próprio
orgasmo. Meu sêmen disparou em jatos fortes de dentro de mim e agradeci por
estar sentado. A explosão de prazer foi tão intensa que fatalmente não aguentaria
de pé. Lua mordeu minha orelha, ainda gemendo… ainda rebolando sobre mim.
–
Maldito… Bandido… Gostoso… Eu te amo. – Mesmo com a boca colada em seus seios, eu
respondi, meu desejo ainda não satisfeito.
–
Eu também amo você… amo demais. – Lentamente eu tirei-a de cima de mim, deitando-a
na cama. Lua abriu-se em sorriso ao ver meus olhos. Provavelmente estavam
escuros… prova irrefutável do meu tesão por ela.
–
Lua… o que Melanie disse exatamente sobre um sexo… hã… mais… – Ela mordeu os
lábios e remexeu os quadris.
–
Disse que você não é tão poderoso a ponto de machucar nossos bebês. – Sorri.
–
Quer dizer que posso pega-la com força… até perder os sentidos?
–
Não. – Afastei-me um pouco e Lua aproveitou meu vacilo, empurrando-me e subindo
novamente sobre mim.
–
Eu vou fazer você perder os sentidos.
–
Lua…
–
Estou barriguda, mas não estou morta. Castigo… nunca mais vai me deixar três
semanas na seca. Vou sentar tanto minha boceta em seu pau, Arthur. – Desceu
suas unhas feito felina, do meu peito até minha barriga. Eu gemi de dor e
prazer e também por ouvir suas palavras. – Tanto… várias vezes e com tanto
força… que irei deixar você ralado.
–
Jesus… faça isso, Lua. – Ela girou o corpo e de costas pra mim, desceu
novamente engolindo meu pau.
–
Puta que pariu… – A visão daquela bunda subindo e descendo sobre mim era
enlouquecedora.
–
Quero ver você louco por mim, Arthur. – Ergui meu corpo e mordi suas costas,
minhas mãos fechando-se sobre seus seios.
–
Eu já sou, meu amor… – Ela girou a cabeça e a expressão luxuriante em seu rosto
me fez perder o fôlego.
–
Prepare-se para quarenta e oito horas de sexo, meu poderoso gostoso. – Gemi
novamente e fechei meus olhos. Pensando bem… eu deveria ter crises de
consciência com mais frequência.
Continua...
Se leu,
comente! Não custa nada.
Obrigada aos comentários do capítulo anterior. Não esqueçam de dizer o que estão achando da história.
Beijos e até breve!
Estou amando mais por favor tô sempre desesperada pelo próximo capítulo kkkkk
ResponderExcluirMuito quenteeee,to até sem ar,Meu Deus.O Arthur tava agindo que nem trouxa,affs,a Lua o ama,tipo muito e ele sabe.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirArtgur tava ficando doido isso sim
ResponderExcluirOxeoxe 🌚😂
Arthur tava ficando doido isso sim
ResponderExcluirOxeoxe 😂🌚
Posta mais hahaha
ResponderExcluirPosta maiss pelo amor de Deus, eu não vou aguentar tanta curiosidade
ResponderExcluirAmeiii, tô super ansiosa para o próximo capítulo
ResponderExcluirEsses dois são fogo,48 h de sexo
Por favor posta mais