O
Poderoso Aguiar
31º Capítulo – Mentiras e Punições
Pov
Lua
Aquela frase maquinou na minha cabeça o dia inteiro: Chega Lua. Já te dei seu parquinho de
diversões. Por que não vai brincar com seus soldadinhos de chumbo e me deixa em
paz?
Ahh… que ódio que sentia de Arthur às vezes. Mas só às
vezes… e bem pouquinho.
Merda nenhuma!
Minha raiva não durava nem um segundo. Sou
completamente apaixonada por aquele cavalão. E mesmo me tratando rudemente, eu
sabia que ele me amava também. E não era só porque ele me disse com todas as
letras, mas porque ele demonstrava isso em todos os seus atos.
E ainda por cima voltou antes do dia, pegando-me no
flagra. Dormia com sua foto junto ao meu peito.
Gostoso, filho
da mãe!
Enquanto ele dormia eu reparava no corpo perfeito.
Suspira e morre, Lua. Isso é homem demais pra você. Não resisti e deslizei meu
dedo do peito até a barriga dele, parando perto do elástico do calção.
– Não está pretendendo me estuprar como fez com seu
irmão não, né? – Bati no peito dele.
– Que raiva, Arthur. Você parece que dorme com um olho
aberto e outro fechado. Está sempre atento.
– Estou acordado há horas, sua boba.
– E que milagre é esse que ainda está na cama?
– Vou trabalhar em casa hoje. Tenho muita coisa para
resolver.
– Qual é o assunto com Tânia?
– Vai começar logo cedo?
– Se não quer que eu saiba… então é coisa ruim.
– Lua… por que esses bebês ainda estão ai dentro da sua
barriga? – Estranhei a pergunta, mas percebi que ele esperava uma resposta.
Respondi o óbvio.
– Porque ainda não está na hora de saírem.
– Exatamente. Tudo na vida tem sua hora. Se eu não te
contei nada ainda é porque não está na hora.
– Chato… horroroso.
Virei-me de costas para ele e fechei meus olhos. Ele
ficou quieto por uns minutos, mas depois senti sua mão em minha cintura e
depois deslizar até minha bunda Estremeci quando senti seu peito forte colar-se
às minhas costas e seu hálito quente assoprar em minha orelha.
– Está querendo me provocar, é? Sabe que essa bunda me
deixa louco… fico de pau duro só de olhar.
Ele apertou minha cintura e puxou meu corpo um pouco
para trás, deixando-nos inteiramente grudados. A boca desceu pelo meu pescoço… mordendo…
e a barba por fazer arranhava minha pele, fazendo com que o bico dos meus seios
enrijecessem no mesmo instante. Deslizou sua mão para frente e apertou meu
clitóris, me fazendo gemer um pouco mais alto.
– Hum… olha só que delícia… prontinha para mim. É assim
que eu gosto…
Empurrei meus quadris contra sua grossa ereção quando
sua mão fechou-se sobre meu seio, apertando meu mamilo. Levei meu braço para
trás segurando sua cabeça em meu pescoço e rebolando contra ele.
– Assim, gostosa… isso que é mulher… minha poderosa… – Eu
gemi alto e senti meu sexo encharcar-se ainda mais, mas implorei.
– Não, Arthur… por favor… não vá usar seus poderes
contra mim. – Ele riu alto, sua respiração fazendo minha pele arrepiar-se ainda
mais.
– Assim não vale… você me desconcentrou… – Depois falou
novamente com a boca em meu ouvido. – Amor da minha vida. – No mesmo instante
ergui minha perna, colocando-a para trás sobre a perna dele.
– Não me faça esperar, Arthur. Senti tanto a sua falta…
Arthur mordeu meu ombro enquanto deslizava seu pau para
dentro de mim com relativa facilidade. Girei um pouco minha cabeça, sua boca já
estava pronta para a minha. Praticamente me devorou enquanto empurrava seu pau
com firmeza, provocando ondas de arrepio por todo meu corpo.
Desceu novamente sua mão até meu clitóris e massageou
magistralmente fazendo a primeira onda de prazer me arrebatar. Arthur segurou
minha perna e estocou mais fundo, rebolando seu pau de um lado a outro, como se
quisesse me abrir mais para ele.
– Eu te amo, Arthur… amo…
Decididamente, esse homem me deixava maluca. Quanto
mais eu tinha… mais eu queria. Isso não teria fim. Era um vício… um veneno que
por ironia, era essencial para minha sobrevivência.
– Porra… vou gozar em você… – Meu sexo contraiu-se
novamente, prendendo-o dentro de mim, fazendo Arthur rosnar.
– Poderosa do caralho… gostosa… amo…
Arthur gemia enquanto seu jato abundante penetrava meu
corpo, escorrendo por entre minhas coxas.
Lentamente ele abandonou meu corpo e deitou-se de
costas na cama. Virei-me de frente pra ele e coloquei minha cabeça em seu
peito.
– Está tudo bem? Não machuquei você?
– Estou bem. Deu tudo certo com os negócios?
– Na medida do possível, sim.
– Hum…você estava tão bravo.
– Detesto amadorismo, Lua. Sabe disso.
– Eu sei, Arthur. Mas você tem que ver que nem todo
mundo tem seu ritmo, seu estilo de fazer as coisas.
– Tudo bem. Então que aprendam. Há quanto tempo estão
comigo? Meu Deus do céu… parecem um bando de garotinhas
– Sim, mas eu acho… – Ele suspirou e me interrompeu.
– Você não acha nada. Cuide das suas coisas que eu
cuido das minhas. Agora…
Ele me afastou e ficou sentado na cama, as costas
apoiadas na cabeceira. Puxou-me para o vão entre suas pernas e me abraçou.
– Quero te perguntar uma coisa…
– Pode falar…
– Você nunca me falou a respeito da sua mãe.
Fiquei tensa com sua pergunta. Ele estava preocupado há
uns dias e agora me fazia essa pergunta?
– Nunca falei porque você nunca perguntou.
– Estou perguntando agora.
– Não tenho muito que falar. Nem cheguei a conhecê-la,
Arthur. Morreu logo depois que eu nasci.
– Mas seu pai nunca falou nada a respeito dela?
– Apenas uma vez. Disse que era uma mulher maravilhosa,
que já me amava muito… e que por isso ele nunca mais se casaria novamente.
Depois disso nunca mais falou nada e eu também não perguntei.
– Entendi.
– Agora pode ir falando o porquê disso.
Ele ficou um tempo calado. Estranhei… indecisão não era
uma atitude típica de Arthur. Passou a mão pelo meu ventre.
– Os bebês estão bem?
– Estão muito bem. Percebeu que já cresceu mais um
pouco?
– Percebi… só não comentei que achei que pudesse ser
cisma minha.
– Tudo bem. Agora pare de me enrolar. Por que me
perguntou sobre minha mãe?
– Eu estive conversando com o traste do seu irmão.
– E?
– Nesses dias de tortura, você chegou a perguntar
alguma coisa pra ele? Do porquê de ter se juntado a Dom Matteo?
– Não. Para mim o fato de ter se juntado a ele foi
única e exclusivamente para se vingar de você. Afinal, além de tê-lo humilhado
bastante, você se casou comigo e eu fiquei do seu lado incondicionalmente. Não
é por isso?
– Pelo menos ele disse que não. Primeiro ele tem
dívidas com Dom Matteo também.
– Puff. já era de se esperar.
– E segundo… – Levantei minha cabeça para olhá-lo.
– O quê?
– Ele disse que Dom Matteo irá ajudá-lo a… encontrar
sua mãe.
O susto que levei foi tão grande que parecia que todo o
sangue fugia do meu corpo. Minha pele ficou gelada e eu senti minha cabeça leve
como se eu fosse desmaiar.
– Lua? Lua? – Arthur tocou meu rosto enquanto
friccionava meus pulsos.
– Fale comigo, por favor. Ah... merda. Sabia que não
deveria ter falado nada.
– Não. Foi só… um susto.
– Está bem?
– Que loucura é essa, Arthur? Minha mãe está morta.
Então ele me contou tudo o que o Pedro dissera. Minha
boca ia se abrindo à medida que ele falava. E estranhamente… eu não duvidei.
Meu pai foi tão ordinário que eu não duvidava nada que aquilo fosse verdade.
– Então eu liguei para Tânia e pedi que ela viesse aqui
hoje. Vamos precisar dela.
– Meu Deus, Arthur… mas essa família que tive é… nojenta.
– Como está se sentindo? Seja sincera.
– Não consigo nem chorar, Arthur. Acho que já vi tanto
horror vindo dessa banda podre. Felizmente com você eu só conheço a felicidade…
então não tem muita coisa que me abale mais. – Eu vi os olhos dele brilharem.
Felicidade… admiração… amor… tudo junto.
– Não imaginava que fosse tão forte assim. – Ele me
abraçou novamente.
– Pensei que fosse desabar. – Olhei bem em seus olhos,
sentindo minha pulsação disparar.
– A única coisa que pode me abalar… é se acontecer algo
com você ou com nossos filhos. – Ele segurou meu rosto e me beijou longamente.
– Mas nós iremos descobrir isso. E sinceramente, Lua?
Eu acho que seu irmão já foi castigado demais. Está na hora de você se decidir.
Inspirei profundamente. Não porque eu tivesse alguma
dúvida. Não tinha nenhuma, estava muito convicta do que iria fazer. Eu estava
apenas tentando criar coragem, afinal nunca matei ninguém a sangue frio como
Arthur. Mas o desespero que passei quando pensei que fosse perder Arthur ainda corroía
em minhas veias.
– Peça aos seus homens para preparem tudo, Arthur.
Amanhã Pedro partirá dessa para melhor.
Levantei-me e fui até o banheiro, ligando a ducha. Não
sabia exatamente em que espécie de ser eu havia me transformado. Ou em que
espécie de mulher o amor por aquele homem havia me transformado.
***
Eu dava uma olhada na relação dos seguranças enquanto
Arthur se ocupava de olhar outros papeis. Estávamos aguardando a chegada de
Tânia a qualquer momento. Eu tentava mostrar naturalidade, mas não estava
conseguindo. Pra mim essa história estava mais fedida do que tudo. Não ousei
perguntar a Arthur qual era a sua opinião a respeito.
Ouvi a batida na porta e antes que eu me levantasse,
Arthur ordenou que entrasse. Tânia entrou deslumbrante como sempre, usando um
vestido roxo, pouco acima dos joelhos.
– Bom dia, Arthur.
– Bom dia. Sente-se aí. Já iremos conversar.
– Como vai, Lua?
– Estou bem, e você? Alguma novidade?
– Por enquanto nenhuma. Mas vou te dizer, hein… as
coisas começam a se complicar para o lado de Dom Matteo.
– Como assim?
– Uma das garotas que foi traficada conseguiu fugir…
não se sabe como. – Arthur levantou a cabeça no mesmo instante.
– Conte isso direito, Tânia.
– Não estava sabendo, Arthur? – Ele revirou os olhos e
suspirou, exasperado.
– Óbvio que não ou não estaria perguntando. – Deus do
céu, mas era o rei da impaciência.
– Aconteceu que a Brianna, não se sabe como, conseguiu
fugir. Suspeita-se que saiu escondida no carro de um dos clientes. E desde
então Dom Matteo está louco atrás dela. – Tânia encarou Arthur por um tempo.
– Porque se ela chegar até “alguém” poderoso e
influente… será o fim de Dom Matteo.
As narinas de Arthur inflaram e ele prendeu a
respiração por um tempo. Depois inclinou-se um pouco na direção de Tânia.
– Dom Matteo acha que ela pode estar querendo chegar
até mim?
– Eu tenho certeza que sim.
– Como é essa garota, Tânia?
– Baixa, pele clara, cabelos loiros… bem ao estilo da
Lua.
Arthur recostou-se na cadeira, pensativo. Mas minha
mente doentia e ciumenta já imaginava a garota “bem ao meu estilo”.
– Temos que sair atrás dessa garota. – Eu me levantei.
– Mas, Arthur…
– Quieta ai, Lua.
– Tânia… você tem feito seu trabalho direitinho? Tem
certeza que Dom Matteo não desconfia de nada?
– Absoluta, Arthur. E eu me esforço para isso. Afinal,
se não fosse você, meu filho não estaria a salvo.
– E como ele está?
– Está se recuperando. A clínica que você indicou é
maravilhosa.
Chegava a ser cômico. O maior traficante do país,
aquele que contribuía para que a população, principalmente os jovens, se
enveredassem para o mundo das drogas… ajudando uma pessoa a se livrar do vício.
– Mas eu tenho outra coisa que quero que descubra para
mim, Tânia.
– Pode mandar, chefe.
– Pérola.
Meu sangue congelou nas veias e arregalei meus olhos.
Arthur só poderia estar brincando. Sua ex-mulher? O que ele queria saber dela,
afinal?
– O que tem a Pérola?
– Ela está mesmo com Dom Matteo?
– Para que quer saber isso, Arthur?
Eu perguntei, mas ele sequer olhou em minha direção.
Continuou encarando Tânia.
– Claro que não, Arthur. Ficou louco? Pérola tem pavor
daquele homem. Ela nem está mais no apartamento que você deu a ela. Tem medo de
ficar sozinha.
– E como ela está agora?
– Vive num hotel. Nem sai de lá. Dom Matteo quer a
Pérola de qualquer jeito. Sabe como ele é em relação a… suas ex.
– E por que Pérola não me procurou? Não pediu ajuda?
– Como por quê? Você deixa tudo muito claro pra elas. A
partir do momento que deixam de ser companheiras… nada de envolvimento. Nem um
olá. – Isso era novidade pra mim.
– Eu sempre deixei isso claro para todas.
– Menos para mim.
Arthur me olhou tão intensamente, que por um momento eu
fiquei meio perdida. Não soube decifrar o que se passava com ele.
– Porque você simplesmente nunca seria minha ex-companheira,
Lua. Já te falei um milhão de vezes desde que entrou por essa porta, que seria
para sempre. E agora pare de me interromper ou te dou umas palmadas.
Dei um sorriso largo pra ele e movi meus lábios, sem
emitir som: Gostoso. Ele riu e
balançou a cabeça.
– Sabe em que hotel ela está?
– Onde ela estaria segura, Arthur? Onde Dom Matteo não
se arriscaria a entrar?
– No hotel do meu pai, é claro.
Eu ainda não tinha entendido o que Arthur queria
exatamente com Pérola Mas não iria perguntar. Não que eu tivesse medo das
palmadas, mas simplesmente não queria vê-lo irritado comigo. Pelo menos, não
hoje.
– Mas Dom Matteo não pode estar atrás de Pérola
simplesmente porque ela foi minha mulher. Ele deve ter outros interesses.
– Sim. Pelo que entendi, Pérola sabe de alguma coisa
que ele está correndo atrás. Mas isso eu também não consegui descobrir ainda.
– Quer dizer que Pérola nunca teve nada com ele? Nem
quando estava comigo? – Tânia me olhou, confusa.
– Tem certeza que era para ele ter saído do hospital? –
O olhar de Arthur estreitou-se em direção a Tânia.
– Vai dar uma de engraçadinha agora também? Perdeu todo
o senso do perigo?
– Não… claro, er… desculpe. Mas Arthur… que mulher em
sã consciência faria isso? – Hum… não gostei de ouvir aquilo vindo da boca de
Tânia.
– Pérola tem nojo daquele homem. Ele já quis pega-la a
força, mas ela conseguiu escapar. – A agonia ia acabar me matando. Levantei-me
novamente e fui até Arthur.
– De onde tirou essa ideia de que Pérola poderia ter
traído você, Arthur?
Perguntei deixando meus dedos enfiaram-se em seus
cabelos. Ele ergueu os olhos para mim e passou o braço pela minha cintura.
– Um franguinho depenado me contou. Mas agora… acho que
está na hora de fazer uma canja com ele.
– O que…
Arthur pegou o telefone e esperou, seus dedos
acariciando de leve a minha barriga. Assim que a ligação foi completada, ele se
levantou.
– Chay? Quero que entre em contato com os rapazes ainda
hoje. – Ele esperou um pouco e seus olhos brilharam perigosamente.
– Eu sei que dei folga a vocês hoje. Não tem que me
lembrar de nada e eu jamais volto atrás em minha palavra. Quero apenas que
fiquem avisados que amanhã bem cedo, antes do dia clarear… venham buscar alguém
e levem para o galpão. E sem atrasos. – Nem ao menos se despediu e desligou.
– Está falando do…
– Tânia, obrigado por ter vindo. Quero que fique atenta
à questão da garota. Mas colocarei meus homens em alerta também.
– Sempre às ordens, Arthur.
– Agora eu preciso acertar umas contas com um
sujeitinho aí… – Saiu do escritório ventando. E eu fui atrás apenas dando um
tchau para Tânia.
– A gente se fala depois, Tânia. – Corri atrás dele que
andava a passos largos.
– Arthur… ARTHUR… me espere, caralho. – Ele parou e se
virou.
– O que é?
– Vai falar com o Pedro?
– Sim. Com aquele filho da puta que tentou me enganar,
dizendo que Pérola me traía com Dom Matteo. Já passou da hora de acabar com a
raça vagabunda dele.
– Por que isso, hã? Tudo isso é ciuminho da Pérola?
Antes que eu tivesse tempo de pensar, meu corpo foi
prensado contra a parede e sua boca esmagou a minha com ferocidade, a língua se
enfiando entre meus dentes sem pedir licença. Não me fiz de rogada, é claro e
agarrei-o pelos cabelos. Mas rapidamente ele se afastou. Mesmo sendo breve, foi
o bastante para me deixar ofegante.
– Pareço estar com ciúmes, hã? Lua… Lua… só me faça um
favor: não me irrite hoje. Não estou
pra brincadeiras.
Deu as costas pra mim e voltou a caminhar em direção ao
quarto onde Pedro estava. Corri atrás novamente. A porta foi escancarada com
violência e Arthur entrou indo direto até Pedro. Como sempre ele estava de
bruços na cama. Arthur pegou-o pelo pescoço, fazendo-o grunhir.
– O que…
Passei à frente de Arthur e pude ver a fúria assassina
em seus olhos. Confesso… dessa vez eu tive medo dele. Pela primeira vez eu me
vi realmente casada com o Dono da máfia. O Todo poderoso frio e implacável que
metia medo em todo mundo.
– Achou que iria me fazer de bobo e sair impune, seu
merdinha?
– Eu… não sei do que está falando. – A bofetada estalou
e a boca de Pedro sangrou no mesmo instante.
– Estou falando da Pérola. Você queria que eu fosse
atrás dela, não é? Que eu tentasse tira-la das mãos de Dom Matteo.
– Não… eu só falei a verdade. Que ela era uma vadia e…
Outra bofetada e Pedro gemeu. Arthur sentou-se à frente
de Pedro e olhou para um dos seguranças.
– Donovan?
– Sim, chefe?
– A minha caixa de charutos, por favor.
Ele saiu apressado e voltou menos de cinco minutos
depois. Arthur acendeu o charuto e recostou-se na cadeira. Eu tenho que dizer… nem
era hora disso, mas aquela cena era sexy demais. O meu poderoso gostoso,
sentado tranquilamente na poltrona, a fumaça do charuto ocultando parcialmente
seu rosto. Eu me molhei toda, foi inevitável.
– Comece falando a verdade, Pedro. E não me venha com
gracinhas. Estou aborrecido hoje.
– Já falei… Pérola traía você com Dom…
Arthur inclinou seu corpo para frente e pressionou a
ponta do charuto na mão de Pedro. Ele berrou e esperneou enquanto Arthur
continuava o aperto, o olhar em fenda fixo nele.
– AHHHHH… PARE…
Arthur voltou a recostar na cadeira. Olhei para a mão
em carne viva do meu irmão. Até quando ele ia se negar a contar a verdade?
– Vamos lá… franga… fale.
Pedro arfava e não falava nada. Era um burro mesmo. Ia
morrer de qualquer jeito. Por que não falava logo de uma vez?
– Pedro?
Silêncio.
Arthur se levantou, uma das mãos no bolso da calça e a
outra segurando o charuto.
– Donovam? Vire-o. Deixe-o de costas na cama.
Mas Pedro queria mesmo brincar com o perigo. E queria
me arrastar junto com ele. Olhou debochadamente para mim e depois para Arthur.
– O que foi, Arthur? Vai brincar com meu instrumento
também? Assim como minha doce irmãzinha brincava? Passando a linguinha nele? – A
respiração de Arthur ficou suspensa, mas ele não moveu um único músculo.
– Tire a roupa dele, Donovam.
Ergueu o charuto e ficou um bom tempo olhando para ele.
Eu já imaginava o que ele iria fazer.
Fui até ele e toquei seu braço. Só esperava que com
esse gesto, ele não acreditasse nas palavras absurdas de Pedro. Não sei o que
estava havendo comigo. Por que eu não o espancava como fiz várias vezes? Passei
a mão em meu ventre. Eu já sabia a resposta.
– Arthur, por favor…
– SE ESTÁ COM PENINHA DO SEU BRINQUEDINHO É MELHOR
SUMIR DAQUI, LUA. AGORA!
– Arthur… – Ele se virou para mim. Os olhos de um
assassino frio me encararam. Apenas sibilou.
– Agora. A nossa conversa termina longe daqui.
Sai apressada, mas assim que a porta se fechou eu ouvi
o berro agoniado de Pedro. E depois mais outro e mais outro… até o silêncio.
Provavelmente desmaiou… de dor.
Desci as escadas correndo, passei ventando pela sala e
fui para o nosso quarto. Meu corpo inteiro tremia. Pedro filho da puta,
desgraçado. Querendo jogar Arthur contra mim. E eu estava numa maré estranha.
Forte e medrosa ao mesmo tempo.
Quinze minutos depois quando Arthur abriu a porta do
quarto, meu coração perdeu uma batida. Enquanto caminhava até mim, minha
respiração acelerava. Parou à minha frente e me encarou.
– Levante-se!
Mandou… obedeci.
Fiquei de pé e no instante seguinte seus braços envolveram
minha cintura e sua boca cobriu a minha. Meu corpo inteiro vibrou quando sua
boca passou ao meu pescoço.
– Que pena… estraguei seu parquinho de diversão.
– É mentira dele, Arthur. Eu juro que nunca fiz nada… você
não pode acreditar nele.
– Claro que posso… – Mordeu meu pescoço. – Mas não
acredito. Você gosta de HOMEM e não de moleque. – Suas mãos apertaram meus
seios e eu gemi.
– Você me fez pensar que acreditou nele. – Ele riu, o
rosto em meus cabelos.
– Eu sei.
– Desgraçado. Você faz isso de propósito.
– E você sempre cai… tolinha. – O empurrei.
– Eu te odeio, Arthur. – Ele riu novamente e caminhou
para a porta.
– Preciso sair agora. Vou ao encontro da Pérola.
– Não… Arthur… não… eu não te odeio. Eu te amo. – Ele
riu alto.
– Sua ciumenta idiota. Não estou falando isso para você
ficar brava. É o que preciso fazer agora.
Mordi meus lábios. Merda… estava com ciúmes sim… e
muito. Ele arqueou a sobrancelha.
– Quer vir comigo? – Abri um sorriso.
– Quero.
Ele esperou até que eu me aproximasse e suspirou, a
boca colou-se ao meu ouvido.
– Só irei respeitar essa insegurança despropositada
porque está sensível por causa da gravidez. Vou repetir mais uma vez, dentre
milhares que já disse: Você é única pra
mim. Me completa. Não preciso de outra. Agora vamos que já está me
atrasando.
Fui atrás dele, saltitante. Realmente… esses hormônios
estavam acabando comigo. Enquanto seguíamos no carro, Arthur segurou minha mão.
– O que quer com a Pérola?
– Alguma coisa me diz que a Pérola é o passaporte para
chegarmos até sua mãe.
– Pérola? Mas por quê?
– Não sei. Mas eu tenho quase certeza… sua mãe está
viva sim… e Pérola vai nos levar até ela. Quem sabe não será ela a me ajudar a
destruir Dom MAtteo?
Minha mãe viva…
Pérola sabendo
da verdade…
Até que ponto Arthur estaria certo?
Continua...
Se leu,
comente! Não custa nada.
Obrigada pelos comentários do capítulo anterior.
Hum suspense.....tomara que a mãe dela apareça logo e que o Pedro sofra bastante!!
ResponderExcluirMeu pai é suspense que nao acaba mais rsrsrs
ResponderExcluirPosta mais logooo...
ResponderExcluirEstou curiosa hahaha
ResponderExcluirQuero mais, estou curiosa.
ResponderExcluirO Arthur é um cavalo com Lua diz!
ResponderExcluirQuero mais um capítulo.
ResponderExcluirCadê o próximo capítulo??? Pode postar, obrigada de nada 💅😘
ResponderExcluirCadê o próximo capítulo??? Pode postar, obrigada de nada 💅😘
ResponderExcluirPosta mais please, to quase morrendo de tanta curiosidade
ResponderExcluirEu to amando a web mais eu queria ver mais momentos românticos dos dois