O Poderoso Aguiar | 25º Capítulo

|

O Poderoso Aguiar
25º Capítulo – Uma Nova Mafiosa

Pov Lua

Cheguei em casa às quatro e meia da manhã, completamente exausta. Tá… admito que fui meio irresponsável. Mas a minha felicidade por ter entrado um pouco mais no mundo de Arthur era quase absurda.

Eu, Lua Maria Blanco Aguiar… Uma Mafiosa. Eu ri com esse pensamento, completamente esparramada na banheira de hidromassagem. Agora me restava apenas pegar o verme do meu irmão.

Quando voltei para o quarto encontrei Sophia me olhando com reprovação, mas com uma bandeja repleta de comida.

– Vê se joga alguma coisa nessa merda de estômago e sustente meus sobrinhos.
– Ui... falou como o poderoso chefão agora.
– E você? Gostou de brincar de gangster?
– Amei, Soph. É… incrível… fascinante.
– Caramba… nasceu mesmo para o crime organizado. Sabe que tem uns seguranças cochichando entre si?
– É mesmo? E o que falaram? – Perguntei virando um copo de suco e em seguida pegando uma maçã.
– Disseram que anseiam pela volta do Arthur. – Eu ri alto, jogando minha cabeça para trás.

Bando de frouxos, isso sim.

Só fui dormir às seis da manhã. E acordei assustada com um som estranho. Custei a perceber que era meu celular que tocava. Esfreguei meus olhos e olhei as horas: onze e trinta da manhã. Dormi muito pouco para os meus padrões. Mas logo me esqueci desse detalhe ao ver quem me ligava: Tânia.

– Tânia?
– Lua? – Ela falava muito baixo.
– Sim.
– O pato já está a caminho da lagoa.
– Excelente, Tânia. Estou indo agora.

Levantei-me apressada, joguei uma água no rosto e me troquei. Desci até a cozinha e peguei uma fruta, suco e iogurte para ir comendo no caminho. Encontrei um bilhete da Sophia me informando que tinha saído com Micael.

Fui procurar alguns dos seguranças e recrutei Demetri, Dan e Harry para irem comigo. Acompanharam-me sem perguntar qualquer coisa.

Estava a caminho do apartamento de Tânia. Sabendo só seu interesse por ela, Tânia convenceu Pedro a se encontrarem escondido no apartamento dela. Será que ele não percebia que Tânia era mulher demais pra ele? Isso eu tinha que admitir.

Fiz todo o percurso em silêncio, saboreando meu lanche. Somente quando estávamos na porta do prédio de Tânia, eu instrui meus seguranças.

– Iremos entrar em um apartamento de uma amiga. Vocês… peguem o cara… vivo. Pelo menos por enquanto.
– Sim, senhora.
– Excelente. Sigam-me.

O prédio obviamente era de propriedade de Arthur e assim sendo, o porteiro me conhecia como a esposa do chefão. Apenas um aceno de cabeça e entramos. Fomos direto ao sétimo andar e paramos à porta.

Fiz sinal de silêncio e peguei a chave reserva que Tânia havia me dado. Era chegada a hora de meu querido irmãozinho começar a sofrer.

Entrei sem fazer barulho algum e segui até o quarto. Os seguranças ficaram na sala. Parei à porta e ouvi… apenas gemidos.

Empurrei a porta e vi Tânia deitada na cama, apenas de lingerie. A cara de nojo era evidente. Pedro estava sobre ela descendo beijos pelo seu corpo. Não ia me demorar… Tânia já sofreu demais. Pigarreei.

– Espero não estar incomodando.

Pedro pulou na cama, olhando-me horrorizado. Mas em seguida abriu um largo sorriso, abrindo os braços para mim.

– Lua… minha flor. Que saudades. Estava louco para vê-la. – Meu estômago revirou-se.
– Oi, Pedro.
– Ah… Lua. Venha cá… soube do seu marido. Deve estar sofrendo tanto.

A imagem de Arthur ferido em meus braços surgiu em minha mente com uma clareza impressionante. Aproximei-me e parei à sua frente.

– Vou cuidar de você enquanto ele… se recupera.

O ódio me cegou. Qualquer mulher mais classuda, teria dado um bofetão em seu rosto. Mas eu só pensava em Arthur. Afastei meu braço, um pouco dobrado e reunindo toda raiva e medo de perder Arthur, fechei minha mão e acertei-lhe um soco no rosto. Sua cabeça girou e ao me olhar seu nariz sangrava.

– Lua… – Tânia levantou-se.
– Quieta aí, Tânia. Agora escute aqui seu desgraçado… – Peguei-o pelo pescoço. Eu sentia os seguranças atrás de mim, por isso Pedro não reagia.
– Comece a rezar… mas não rezar pela sua vida. Essa você já perdeu. Reze para Arthur sair dessa… porque se ele não sair, Pedro… sua morte será mil vezes pior do que imaginei.
– Lua, você…
– CALA A PORRA DA BOCA! Não faz ideia do que estou sofrendo, Pedro. Mas se conseguir imaginar… multiplique por mil… e terá a noção da sua própria dor. – Olhei para os seguranças.
– Façam o que combinamos.

Pedro olhou-me em total desespero. Eu não me importei. Meu sangue fervia e eu só pensava em aniquilar de vez aquele abutre. Somente quando os seguranças o arrastaram porta afora, eu me sentei na cama, tremendo. Tânia ajoelhou-se à minha frente.

– Está tudo bem?
– Sim… comigo e com os bebês.

Só então eu chorei. Porque no fundo eu sabia que essa vingança era pouco pra mim. Não me traria paz. As únicas coisas que me dariam paz eram meus filhos… e meu marido.

Pov Chay

Eu não acreditava em tudo o que estava acontecendo. Esse mundo estava mesmo de cabeça virada. Onde é que o doido do meu irmão foi se meter? Que mulher maluca era essa? E pior… que bando de bundões nós somos? Ela mandava e desmandava e nós simplesmente obedecíamos. Ah… meu pai… Arthur ia comer meu fígado. Podia dar adeus à minha vida. O engraçado era que a diaba levava mesmo jeito para a coisa. Era brava, topetuda… e forte. Mas meu cérebro ainda não conseguia processar aquela cena. O vagabundo do Pedro amarrado à cama naquele quarto mal iluminado, cercado por três seguranças. E ao seu lado… a toda poderosa, Lua. Com uma toalha molhada nas mãos e batendo sem dó no próprio irmão. Nem tinha como fingir. Ela estava vingando meu irmão. Vingando o seu homem. Fiquei um bom tempo olhando aquela criatura minúscula que logo após aquela tragédia se mostrou gigante. Arthur ficaria furioso… mas ao mesmo tempo, orgulhoso. Ele gostava de mulheres fortes, ousadas. Não era à toa que estava apaixonado por Lua. E nem adiantava negar.

– Achou que iria escapar, não é, seu vagabundo? Iria atentar contra a vida do meu marido e eu iria deixar barato?
– Lua… sou seu irmão.
– Cala a boca!

Desceu a toalha em suas pernas com uma força inacreditável, fazendo Pedro berrar.

– Vou fazer você rezar, Pedro. E implorar pela volta do Arthur.

Eu segurei um riso. Se os seguranças, que nem apanhavam, já sonhavam com a volta dele… nem queria imaginar o Pedro. Mas resolvi intervir, afinal ela estava grávida.

– Lua… por favor, os bebês. Já chega! – Graças ao céus, ultimamente ela vinha se cuidando mais. E me ouviu mais uma vez.
– Chega porra nenhuma.
– Epa… – Entregou a toalha a um dos seguranças.
– Você… termine o serviço. – E quase cai pra trás quando ela parou já prestes a sair.
– Ah… e não se esqueça. Ele é um estuprador. Já sabem o que devem fazer.
– NÃO… LUA… POR FAVOR!

Não havia um único traço de emoção em seu rosto quando olhou para o irmão. Senti pena dele. Arthur precisava voltar logo, ou não iria sobrar Pedro nem para os urubus.

– Vamos, Lua. Ou iremos perder o horário de visitas.

Ultimamente eu ia com Lua sempre que ia visitar Arthur. Ela voltava sempre tão arrasada que achei melhor acompanhá-la sempre.

– De jeito nenhum. Chegaremos a tempo. Dei um jeitinho de conseguir estender um pouco nossas visitas.

Revirei meus olhos. Claro… por que não imaginei isso? Assim que entramos no quarto de Arthur eu me sentei em um canto, deixando Lua um pouco mais à vontade. Mas era impossível não ouvir seu choro. A poderosa cedeu lugar à mulher apaixonada.

– Meu amor… onde você está, hein? Está fazendo tanta falta, Arthur. Quando irá voltar pra mim? Para nós. – Suspirou profundamente e depois me chamou.
– Chay?
– Sim?
– Acha que ele pode me ouvir?
– Sinceramente? Não sei.

Ela suspirou novamente, as mãos sobre as dele. Era uma cena triste de se ver. Vendo Arthur assim… tão imóvel, eu me perguntava se ele realmente voltaria um dia.

– Está na hora de irmos, Lua.
– Estou indo, Arthur. Eu volto amanhã, meu amor. – Beijou seu rosto e falou um pouco mais baixo.
– Pedro eu já peguei, Arthur. E agora eu irei atrás de Don Matteo. Irei acabar um por um. Todos que ousaram machucar você. Eu amo você.

Segurei a porta para que ela passasse e nos afastamos. Rick já tinha ido para casa então não nos demoramos no hospital.

– Vê se descansa um pouco agora, Lua. Isso tudo não faz bem a você e nem aos bebês.
– Você está certo, Chay. Farei isso.

Voltamos pra casa e Sophia subiu com Lua. Resolvi ir ver como Pedro estava, mas o toque do meu celular me impediu. Atendi sem ao menos olhar o visor.

– Chay Aguiar.
– Chay? É o Rick. – Comecei a rezar… só podia ser alguma coisa com o Arthur.
– Algum problema?
– Venha até o hospital… e sozinho.

Ah… meu Deus… meu Deus. E agora? Como eu diria a Lua? Praticamente voei até o hospital e quase atropelei Rick que saía do quarto de Arthur.

– O que aconteceu?
– Chay… eu nem sei o que dizer, cara.
– Ele… ele morreu?

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/M: Iiiiih... e agora? O que será que aconteceu, hein? O que acham? O que estão achando da história?
Amanhã darei um jeito de postar mais um capítulo, ok?

Obrigada a todos os comentários do capítulo anterior.

Beijos e até a próxima atualização....

10 comentários:

  1. Posta maiss please tô super curiosa

    ResponderExcluir
  2. Aiii meu Deus o que sera que aconteceu com arthur mega ansiosa pra saber...
    Lua mafiosa arrasaaaa

    ResponderExcluir
  3. Meus Deus ñ faz isso ñ já tô aqui desesperada por próximo capítulo por favor posta maiss

    ResponderExcluir
  4. Será que o Arthur acordou depois de tudo que a Lua disse?!
    A cada dia os capítulos estão melhores.

    ResponderExcluir
  5. Meuuuu Deuusss Lua tá poderosa cara kkkk
    Posta maisss❤️ Amo de mais❤️

    Gabby❤️

    ResponderExcluir
  6. Por favor por favor por favor que o Arthur esteja bem.
    Esperando ansiosamente pelo próximo capítulo

    ResponderExcluir
  7. Posta logo eu não aguento mais a curiosade

    ResponderExcluir