O Poderoso Aguiar | 26º Capítulo

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O Poderoso Aguiar
26º Capítulo – Despertando a Fera?

Pov Chay

– Venha ver você mesmo.

Entrei no quarto e quase caí para trás ao ver Arthur recostado na cama, e de olhos bem abertos. E devo acrescentar: esses olhos me encaravam com fúria. Olhei para Rick, assombrado.

– Esse homem é um demônio, Chay. Nunca vi um caso assim. Ele acordou sem que diminuíssemos a quantidade de medicamentos que estávamos administrando.

Aproximei-me da cama, mas antes que chegasse muito perto, Arthur sibilou.

– Você ficou maluco? Perdeu o amor à vida? Era sua obrigação cuidar da Lua. – Engoli em seco.

Merda!

Ele ouviu tudo o que Lua disse.

– Mano… cara… você tá bem?
– Conte-me tudo. O que aquela maluca fez?

Eu nem ousei esconder qualquer coisa. Já estava ferrado mesmo. Na medida em que ia falando os olhos de Arthur se arregalavam e seu rosto ficava ainda mais pálido.

– Deus… eu vou matar a Lua. E os bebês?
– Estão ótimos. – Rick se aproximou de nós.
– Preciso fazer alguns exames nele, Chay.
– Tudo bem.
–Chay? Traga a Lua. – Assenti, mas antes que eu saísse a voz de Rick me fez parar.
– Chay? Conte a ela. É melhor que ver logo que chegar aqui. A emoção…
– Sim, sim… eu sei.

Novamente disparei pelas ruas da cidade até a casa de Arthur. Subi correndo até o quarto e bati à porta.

– Lua?
– Entre, Chay.

Ela provavelmente notou algo estranho em meu rosto. Sentou-se imediatamente na cama, as mãos no peito.

– Arthur… – Corri até ela.
– Calma… calma. Está tudo bem… sua maluca.
– Por que está falando isso?
– Sabe o que você fez? – Ela engoliu em seco, negando.
– Foi falar aquele monte de coisa lá no hospital… – Sorri.
– Acabou acordando a fera. – Parecia que um dilúvio desaguava dos olhos dela.
– Não brinque comigo.
– É a verdade, Lua. Arthur acordou e está chamando você. – Lua me abraçou com força, aos prantos, soluçando alto.
– Arthur… meu Arthur.

Sorri e peguei-a pela mão. Eu sabia que Lua era apaixonada por Arthur. Só não imaginei que ela fez dele, a sua própria vida.

Pov Lua

Meu dia tinha sido atribulado. Mas eu precisava extravasar toda minha raiva, todo meu ódio pelo meu irmão. Ele iria sofrer… e sofrer muito. Eu o faria desejar estar nas mãos de Arthur. Ele com certeza o mataria rapidamente. Mas eu não. Eu queria ver o sofrimento dele. O mesmo sofrimento que ele imputou à garota que estuprou e matou. O mesmo que imputou a Arthur e a mim. Entretanto Chay estava certo. Eu precisava descansar. Foi muita coisa para um dia só. Meus bebês tinham que estar bem. Eu precisava controlar minhas emoções. Mas como controlá-las agora, se meu coração parecia pertencer a uma bateria de escola de samba?

Eu não conseguia acreditar no que o Chay me dizia. Arthur… meu Arthur… Meu Todo Poderoso, meu marido, amor da minha vida estava de volta. E queria me ver.

Eu chorava feito um bebezinho nos braços do Chay. Não sei se meu coração suportaria tamanha emoção. Minhas pernas tremiam ao me levantar.

– Espere, Chay. Preciso me arrumar.

Ele riu e saiu do quarto. Troquei-me rapidamente e passei uma maquiagem leve. Coloquei um vestido azul de alças finas e sai com o Chay. Soph tinha ido até a casa da Rita com Micael. Para mim, já estavam planejando o casamento.

Chay serviu de apoio durante todo o caminho. Eu não conseguiria sozinha. Assim que paramos à porta do quarto eu tremia tanto que sentia até meus dentes baterem.

– Hei… – Chay segurou meu rosto.
– Calma… ele está perfeito.
–Vai entrar comigo?
– Não, Lua… esse é o momento de vocês.

Chay apenas conferiu se havia mais alguém no quarto e fez sinal para que eu entrasse. Assim que ultrapassei a barreira da porta, meus joelhos fraquejaram novamente. A porta fechou-se silenciosamente atrás de mim. Um soluço me escapou ao ver Arthur recostado na cama, os olhos fixos em mim. E… ele estava bravo. Merda… ele já sabia de tudo.

Fui andando devagar, mordendo meus lábios. Quando estava mais próxima, minha emoção era tanta que levei minhas unhas à boca. Arthur apenas me olhava ainda com raiva.

– Arthur… – Foi apenas um sussurro. De repente, do nada, sua expressão suavizou-se.
– Ah… merda… venha aqui.

Aproximei-me um pouco mais da cama. Com o braço que estava livre dos aparelhos Arthur enlaçou minha cintura e puxou-me para junto dele. Imediatamente sua boca buscou a minha num beijo cheio de amor e saudade. Deslizei minhas mãos pelos seus cabelos e mesmo beijando-o loucamente, não conseguia segurar minhas lágrimas.

–Ah… Arthur… meu Arthur.

Deslizei minhas mãos pelo seu rosto como se quisesse gravar cada pedaço do homem perfeito à minha frente. Sua voz soou ainda mais rouca aos meus ouvidos.

– Senti tanta falta disso. Acho que minha memória não é muito boa. – Limpei minhas lágrimas com as costas das mãos.
– Por que diz isso?
– Porque eu não me lembrava do quanto você é linda. – Eu ri, chorando novamente.
– Nunca… nunca mais faça isso comigo.

Puxou-me novamente deitando minha cabeça em seu peito. Senti seu coração disparado, a respiração acelerada.

– Você está bem? – Ergui minha cabeça encontrando seu olhar penetrante.
– Agora posso dizer que sim.
– E os bebês?
– Perfeitos. – Seu olhar estreitou-se um pouco e suas narinas inflaram.
– Por sorte, não é? – Afastei-me um pouco, sentando-me à beira da cama.
– Arthur… – Ele passou a mão pelo rosto.
– Lua… eu juro que só não vou te dar umas boas palmadas pura e simplesmente por causa dos bebês. Onde já se viu? Você ficou maluca?
– Arthur…
– E o pior de tudo é que meus irmãos são um bando de maricas. Como deixaram você aprontar tanto em minha ausência? Lua… Lua… o que eu faço com você?
– Me ame, Arthur. Apenas isso… me ame.

Novamente seu braço enlaçou minha cintura. Colou sua testa na minha, mas nossos olhos estavam conectados.

– Você não tem noção do quanto eu te amo, Lua.

Fechei meus olhos tentando absorver aquelas palavras. Da primeira vez em que ele disse estava tão transtornado de dor que cheguei a pensar que ele não estava racionalizando muito bem. Mas vendo-o hoje, parecendo relativamente bem, eu podia apreciar aquelas palavras.

– Repita isso, por favor…
– Eu amo você, Lua. E não é a primeira vez que digo isso.
– Eu sei. Mas aquele dia… soou como uma despedida e eu…

Solucei alto e nova cascata de lágrimas já transbordava. Eu odiava ser tão fraca, às vezes.

– Lua… sei que demorei a dizer isso. E aquele não era o momento. Mas eu tive medo sim, de morrer e você jamais ouvir de minha boca.
– Às vezes é bom ouvir isso. Mesmo que você já tenha demonstrado de outras formas.
– Eu sei. Só não queria parecer tão frágil. O amor nos deixa fracos, vulneráveis, Lua. E eu não posso ser assim. Principalmente porque eu já sou completamente fraco quando se trata de você. Eu sempre estive em suas mãos, você que é maluquinha demais pra perceber isso.
– Não faça isso comigo. – Levei minha mão ao peito e ele riu.
– Por quê? Vai me dizer que é frágil e sensível agora? Não é o que ouvi. Sei que meus homens estão loucos para que eu volte. O que andou aprontando, hã?
– N-nada.
– Lua…
– Verdade. Só coloquei… ordem. Eles estavam muito folgados, Arthur. Faço a inspeção neles todos os dias. – Ele suspirou pesadamente.
– E fica perambulando no meio daquele monte de homens? – Ele falou, indignado.
– Alguém tinha que tomar a frente, Arthur.
– Que fosse o Chay ou o Micael, porra! Ou meu pai. Não você. Pelo menos tem se vestido decentemente?
– Eu sempre me visto decentemente, Arthur.
– Ah… claro. Lembro-me perfeitamente do vestido e do biquíni. Aliás… não anda usando aquela piscina não é? – Eu ri disfarçadamente.
– Não.
– Lua, falando sério. Que loucura foi essa? Você não pensou nos bebês ao ir atrás do Pedro? Que merda… você poderia… estar morta agora.
– Eu precisava… me vingar. De tudo o que ele me fez passar.
– Eu não gostei disso. Você foi no mínimo irresponsável.
– Eu sei. Mas ele tinha que pagar. E está pagando.
– Chay me disse certas coisas. – Sorri largamente, sem me conter.
– Eu bati nele, Arthur. Bati… bati… bati…

Ele ficou um tempo me encarando. Um longo tempo. Mordi meus lábios, apreensiva, esperando a fúria explodir. Mas ela não veio. Sua mão tocou meu rosto com carinho.

– Eu sempre soube que você era poderosa. Não foi por acaso que me apaixonei. Tenho orgulho em tê-la como minha esposa.

A felicidade, orgulho e sei lá mais o que explodiram em mim. Abracei-o com força, louca de amor, de saudades dele. Mas logo me afastei. Ele ainda deveria sentir dor.

– Desculpe, Arthur. Sei que deve estar dolorido.
– Estou. Mas essa dor é infinitamente menor se comparada à dor que senti quando pensei que nunca mais veria você.
– Ah… meu Deus… vai me matar desse jeito.
– Eu penso sinceramente em te matar de várias formas. Uma delas já passou… afinal não quero ficar viúvo. O jeito será castigar você.

Aquele homem era incrível. Eu sabia que ele ainda estava fraco. Mas ainda emanava força e poder. Principalmente o poder das palavras. Porque bastou dizer isso, e da forma como disse, para meu corpo inteiro ser dominado pelas chamas.

– Arthur…

Agarrei-me a ele novamente, esquecendo-me do lugar, da sua dor, e me entreguei ao seu beijo voraz. Sua mão apertava a carne da minha coxa, erguendo um pouco meu vestido. Ele gemeu ao tocar minha calcinha e sentir meu sexo pulsando em seus dedos.

Uma batida na porta me fez afastar rapidamente. Seus olhos estavam escuros, em brasas, quase me engolindo.

– Merda. – A porta se abriu e uma enfermeira alta e loira entrou no quarto.
– Com licença, senhor Aguiar. Precisamos verificar sua pressão agora.

Ele resmungou qualquer coisa que não entendi. Entretanto eu estava ligada a enfermeira com um decote pronunciado que se curvava diante de Arthur. Peguei uma almofada e coloquei, por acaso, sobre o colo dele. Sabia como deveria estar a situação lá e não ia permitir que aquela mulher pensasse que era por causa dos seus seios enormes que quase pulavam para fora. Cruzei meus braços sobre o peito ao ver Arthur olhar fixamente para o decote da mulher. Uma fúria tão grande me subiu e mesmo sabendo do seu estado, minha vontade foi de estapear a cara de Arthur. E a piranha estava fazendo de propósito. Já tinha aferido a pressão duas vezes e quando ia para a terceira, eu impedi.

– Chega. Ou você é tão incompetente que precisa do dia inteiro para conferir essa merda dessa pressão?
– Senhora, eu estou fazendo meu trabalho.
– Acho que está no lugar errado, então. Uma boate ou um puteiro seriam mais adequados às suas atitudes. – Ela ficou vermelha e abriu a boca, mas eu falei antes dela. – Agora saia daqui. E pode chamar outra para seu lugar. Ou as coisas ficarão feias por aqui.

Ela saiu com o rabo entre as pernas. Olhei para Arthur com ódio e ele sorria.

– Arthur… não faça isso comigo. Se o Pedro não conseguiu, eu consigo. Posso te matar com minhas próprias mãos.
– Eu tinha que ver isso.

Com um único puxão, meu corpo foi para cima do dele, fazendo-o gemer… de dor. Mesmo assim manteve seu braço em volta da minha cintura.

– Precisava ver minha poderosa em ação. Estava louco de saudade desse seu jeito. Gosto de você meio dengosa, quase frágil. Mas amo você assim… atrevida. – Estreitei meu olhos.
– Fez de propósito?
– Já te falei que mulher nenhuma é páreo pra você, Lua. É única… e é minha.

Quase não esperei que ele terminasse de falar e invadi sua boca, minha língua buscando urgentemente pela dele. Desci minha mão e senti seu pau latejando sob o lençol que cobria seu corpo. Uma coisa era certa. Ou Arthur voltava logo para casa ou a falta de sexo com ele ia subir para meu cérebro e eu iria parar de funcionar de vez.

– Desculpe interromper o momento do casal, mas é preciso. – Afastei-me dele mais uma vez ao ouvir a voz de Rick Black.
– Não se usa mais bater à porta?
– Arthur, deixe de ser mal educado. Terão muito tempo para matar as saudades depois que eu tiver certeza que está realmente bem.

Levantei-me da cama para não atrapalhar. Rick riu ao notar o estado em que Arthur se encontrava.

– Pelo que vejo algumas partes estão intactas.

Mas Arthur permaneceu carrancudo. Olhava para Rick com raiva. Pensei que fosse pela interrupção, mas me enganei.

– Que ideia estapafúrdia foi essa de me induzir ao coma?
– Estapafúrdia o cacete, Arthur. Acha que eu iria colocar sua vida em risco?
– E o que fez? Colocou a da minha mulher em risco. Tem ideia do que essa louca andou aprontando?

Fiquei a um canto apenas olhando a discussão dos dois. Eu nunca imaginei uma cena assim num hospital.

– Eu fiquei sabendo. Bernardo me contou. Arrumou uma mulher porreta, hein?
– Pare de falar essas besteiras na frente dela. Ela está grávida, entendeu? Grá-vi-da.
– Eu sei. E gravidez não é doença.
– E bater no irmão com uma toalha molhada é o que? Loucura?
– Epa… disso eu não sabia. – Rick virou-se para mim sorrindo abertamente. – Você é demais, garota.
– Puta que pariu… pare com isso.
– Arthur… eu não duvido nada que qualquer dia desses irei atendê-lo cheio de hematomas. Vai ser espancado pela Lua. – Rick falou e gargalhou. Arthur estreitou ainda mais os olhos.
– Os únicos hematomas e arranhões que ela deixa em mim são consequência do que eu iria fazer com ela se não tivesse entrado aqui.

Senti meu rosto pegar fogo. Como Arthur podia falar uma coisa dessas com o Rick? Na minha frente?

– Hãhã… nada de sexo, Arthur. Tá pensando o que? É forte, mas não é Deus. Aliás até agora eu me pergunto como você saiu dessa de forma tão atrevida. – Aproximei-me ao ouvir isso.
– O que disse, Rick?
– Lua, eu te avisei que iríamos começar a diminuir as doses dos medicamentos para tirá-lo do coma aos poucos. Nunca imaginei que esse louco iria acordar assim… do nada e ainda botando banca.
– Você queria que eu fizesse o que? Ouvindo essa biruta falar que ia atrás do Don Matteo? Fiquei desesperado. Eu… eu… – Rick e eu encaramos Arthur. Ele também nos encarou.
– Você o que, Arthur?
– Eu não posso perder essa mulher, Rick. – Ele falava com o Rick, mas seus olhos estavam fixos em mim.
– Meu Deus… obrigado por me deixar viver para ver isso.

Ao contrário do que imaginei, Arthur não lançou um monte de impropérios. Continuou me olhando como se ali existisse apenas nós dois.

– Bem… depois dessa só me resta terminar os exames que começamos mais cedo… e mandá-lo sumir daqui.
– Terei alta hoje?
– Claro que não. Ficou maluco?
– Rick… nem vem com palhaçada.
– Cala a boca que eu sou o médico aqui. Você só obedece. Eu deixo a poderosa segurar sua mão. – Arthur ergueu a sobrancelha cinicamente.
– Quero que ela segure outra coisa.
– Arthur!

Eu esbravejei indignada. Rick por sua vez, segurava o riso. Entretanto eu não estava nem um pouco brava com ele. Jamais estaria. A felicidade que eu sentia por vê-lo “vivo” novamente era tão intensa que eu tive medo que fosse apenas um sonho. Tinha medo de acordar e ver que ele ainda permanecia com os olhos fechados para mim. Fechei e abri meus olhos várias e em todas elas, eu encontrei seu olhar fixo em mim. Sim. Ele estava de volta. Falei muito baixo, mas Arthur pareceu ouvir, pois fez um gesto com a cabeça, concordando com minhas palavras.

– Obrigada por isso, meu Deus. Por trazer meu marido de volta.

*

Não sei quanto tempo permaneci naquela poltrona esperando enquanto Rick fazia exames em Arthur em outra sala. Agora sim eu poderia me considerar plenamente feliz. Meu marido de volta, meus filhos bem… finalmente livre daquela nuvem negra que pairava sobre minha cabeça. Sorri ao me lembrar das palavras de Arthur. Quando soube que ele tinha acordado sequer imaginei que ele voltaria tão apaixonado e ainda dizendo que me amava. Pensei que voltaria o mesmo cavalo de sempre, e que diga-se de passagem, eu amava. Amava tudo naquele homem. Todas as qualidades, todos os defeitos, até as pintas que eu conhecia de cor no corpo perfeito.

Abri meus olhos ao ouvir a porta se abrir. Arthur estava com um aspecto bem melhor. Ainda cansado, mas mesmo assim impactante.

– Então Rick?
– Sabe… eu estava pensando. Essa vida de vocês deve ser uma queda de braço constante.
– Como assim?
– Dois ossos duros de roer. Esse homem tá mais forte que eu.
– Então já posso ir pra casa?
– Também não é assim, Arthur. Depois de amanhã terá alta.

Arthur rosnou, mas fechou os olhos encostando-se na cabeceira da cama. Eu também fiquei frustrada, mas entendi a posição do Rick. Assim que ele saiu do quarto fui até a cama e coloquei a cabeça no ombro de Arthur.

– Vou dormir mais duas noites sem você.
– Aproveite e durma mesmo. Porque quando eu voltar… já sabe. – Estremeci. Eu sabia. E como ansiava por isso.

*

Fui quase expulsa do hospital. Será que ninguém percebia que quase um mês era tempo demais para uma mulher apaixonada ficar longe do seu homem? Caramba… eu sentia tanta falta dele. Mas fui obrigada e convencida por Arthur a voltar para casa. No dia seguinte, à tarde, eu iria vê-lo novamente. Agora era rezar para que a noite passasse depressa.

– Lua? – Abri meus olhos e encontrei Soph transbordando de felicidade.
– Nossa… estou tão feliz. Arthur está tão bem.
– Conseguiu vê-lo?
– Sim. Micael conseguiu que nos deixassem entrar.
– Quase não acredito, Soph.
– Pois eu acredito. O tanto que ele me xingou por não ter cuidado bem de você.
– Ele fez isso?
–Sim. Falou que era minha obrigação proteger você e não deixar que cometesse loucuras. Falou… falou… falou.
– E você?
– Dei um abraço apertado nele e disse que nesse aspecto vocês eram bem parecidos. Dois turrões atrevidos que pouco se lixavam para o que a gente diz.
– Não acredito que fez isso. E ele? – Soph rodopiou pelo quarto e depois fez uma pose.
– Beijou minha cabeça e disse que me amava.
– Ah… meu Deus. Será que Arthur teve algum problema na cabeça?
– Deixa de ser idiota, Lua. Arthur tem sentimentos, apesar de não parecer. E acho que ver a morte de perto fez com que ele percebesse o quanto é bom dizer às pessoas o quanto são importantes para nós.
– Acho que tem razão. E nem posso reclamar também. Arthur sabe ser carinhoso quando quer.
– Pois é. Mas agora deixe-me fazer o que ele mandou. Vigiar você até que durma. E durma muito. Nada de olheiras amanhã.
– Obrigada, Soph. É como uma irmã para mim.
– Sabe que te amo, maluquete.

Sorri e fechei meus olhos. Mergulhei num sono gostoso, sem pesadelos, quase sem sonhos. Eu digo quase porque Arthur e nossos bebês estavam sempre presentes em meus sonhos.

Quando acordei o sol já ia alto. Estava de frente para a varanda e via a manhã quase chegando ao fim. Estava quase chegando a hora de ir ver meu amor novamente. Mas de repente meu cérebro ficou alerta. Percebi uma presença em meu quarto. Girei meu corpo e meu coração disparou no peito quase me fazendo enfartar.

O que ele estava fazendo aqui?

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/M: Eeeeeh! Arthur acooordooou! Tuts, tuts, tuts... O que acharam do capítulo? Ele sabe ser amoroso, vulgo romântico quando quer haha... E Lua a-d-o-r-a.

Iiiih... quem será que apareceu no quarto? Estão curiosas? 0-0

Obrigada pelos comentários do capítulo anterior <3

Amanhã posto mais 1 ou 2 capítulos. Comentem aí!

Beijos e até a próxima atualização...

10 comentários:

  1. Meu Deus Milly ñ faz isso com a gente ñ acho q é o Pedro amando o Arthur de volta ansiosa para o próximo capítulo viu

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  2. Meu Deus to pirandooo... Lua poderosa e apaixonada como nunca e Arthu poderoso demonstrando mais seus sentimentos!!
    Amandooooo
    Posta +++++ pleses

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  3. Sei lá, mas eu acho que é o Arthur 😂🌚

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  4. Sei lá, mas eu acho que é o Arthur 😂🌚

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  5. Quem será que tá no quarto?

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  6. Já quero próximo cap! Acho que pode ser o Arthur!

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  7. ESTOU MUITO CURIOSA, MEU DEUS! POSTA MAIS

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  8. Só pode ser o Arthur. Caso contrário, eu mato o infeliz

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  9. Meu Deus n acredito q ele acordou e ainda mais de um coma induzido e sem diminuição das doses de medicamento,nem a doença ousa brincar com o Arthur,que homem.To com medo de que seja o Pedro no quarto dela.Ai Ai n quero nem imaginar o q ele pode fazer.

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