O Poderoso Aguiar | 20º Capítulo

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O Poderoso Aguiar
20º Capítulo – Lua de Mel

Pov Lua

Pode alguém viver um sonho que não acaba nunca? Mesmo com todas as diferenças e desavenças, minha vida com Arthur caminhava para a perfeição. Era quase um sonho, depois de ser a milionésima mulher dele, ser agora nada mais que a Senhora Aguiar.

Não queria parecer convencida, nem nada disso. Mas estava “me sentindo”. Afinal, mais uma vez consegui arrancar lágrimas de Arthur. E não só lágrimas. Eu não esperava aquele juramento vindo de livre e espontânea vontade. Aliás, ninguém esperava. Chorei de emoção, chorei de amor… Deus… esse homem ainda ia ser minha ruína. Um ruína bem prazerosa, devo dizer.

– Vamos demorar a chegar, Arthur?
– Não. Com pressa para a festa?
– Sim.
– Não sabia que era tão chegada a festas.
– E não sou. Mas quanto antes acabar a festa, melhor. Assim terei você apenas para mim. – Seus olhos faiscaram, o verde aumentando de intensidade.
– Lua… você sabe o que acontece quando me provoca.
– Sei… – Rocei minha língua em seus lábios e depois mordi.
– Você me pega com suas mãos fortes e me faz ver estrelas, literalmente. – Antes que ele pudesse falar ou agir, a limusine parou.
– Anhã… salva pelo gongo.

A porta ergueu-se e Arthur se adiantou. Do lado de fora estendeu a mão para mim. Tentei segurar um pouco a cauda do vestido antes que ela me levasse ao chão.

– Está maravilhosa. Mas não vejo a hora de tirar esse monte de tecido daí.
– Contenha-se. Tenho que estar apresentável.
– Ainda que estivesse usando um trapo qualquer estaria deslumbrante.

Observei o lugar. Era um clube privativo, onde somente os poderosos tinham acesso. Então estávamos no lugar certo.

– Meu Deus… Sophia e Rita se encarregaram disso tudo? Para que? Você nem gosta de festas, Arthur.
– Faço isso pela minha rainha. – E beijou minhas mãos.
– Até que enfim… só faltavam vocês.

Rita nos empurrou para dentro do salão que já estava lotado. Nem sabia que Arthur tinha tantos “amigos” assim. Fomos fazer os cumprimentos de praxe. Ele é claro, fazia a tromba de sempre, quando aparecia algum homem para me cumprimentar. Percebi a rigidez dos seus músculos quando James apareceu para nos cumprimentar.

– Meus parabéns, chefe. Estamos muito felizes por você.
– Obrigado, James.

Ele falou quase sibilando. E seu olhar impediu que James me abraçasse. Ele ainda foi abraçado por Bernardo, Chay e alguns outros que eu não conhecia. Sophia se aproximou sorridente, acompanhada por Micael. Seu olhar fechou-se em fenda enquanto observava os dois.

– Lua… então? Está gostando?
– Está perfeito, Soph. Nossa… eu não esperava por isso tudo.
– Casamento do Todo Poderoso não pode ser pouca coisa.
– Parabéns, Lua.  – Micael me cumprimentou quase tremendo ao ver o olhar de Arthur sobre ele.
– Obrigada, Micael. – Deu um tapinha nos ombros de Arthur.
– Parabéns, mano.
– Obrigado. – Ele respondeu secamente.
– Vou dar uma volta, Lua. Preparem-se por que terão que partir o bolo antes de irem embora. – Arthur continuava rígido. Toquei sua mão fazendo-o me olhar.
– Eles também merecem a mesma felicidade que nós. – Ficou me olhando um bom tempo antes de suspirar.
– Talvez esteja certa. Antes o Micael era um vagabundo qualquer.
– Eu sabia que não iria me decepcionar com você. Não é à toa que te amo.

Ele sorriu. Aquele mesmo quando nos encontramos na igreja. Radiante… lindo.
Fomos até os pais deles. A um canto percebi Chay e minha médica Melanie entretidos num assunto só deles, a julgar pelos olhares.

– Vocês já se viram juntos? Juro que nunca vi um casal tão perfeitamente glorioso.
– É o amor, Rita. Faz essas coisas.
– Você, pai? Falando de amor?
– Eu sou um eterno apaixonado, Arthur. E graças a Deus… até nesse aspecto você puxou a mim. – Ricardo parou ao meu lado e me pegou num abraço apertado.
– Nunca se esqueça de tudo o que lhe falei hoje.
– Nunca. E obrigada… a você e Rita.
– A nós? Por que, querida?
– Pelo filho maravilhoso que vocês tem. E que me faz feliz a cada dia ao seu lado.
– Você é incrível, Lua. – Ricardo me abraçou novamente fazendo Arthur pigarrear.
– Acho que já chega, não é, pai?
– Ah… filho? Com ciúmes do seu pai?
– Não é ciúmes. É… prevenção.

Ricardo e Rita riram alto. Eu me contentei em rir interiormente. Circulamos mais um pouco e confesso: os olhares femininos sobre Arthur estavam me incomodando.

– O que foi, Lua?
– Essas mulheres não percebem que agora está casado?
– E o que tem?
– Não param de olhar pra você.
– Deixa de ser boba. Estão simplesmente invejando a sua beleza e não seu marido.
– Vou fingir que acredito.

Felizmente eu não vi nenhuma das suas “ex-mulheres” por aqui. Só me faltava essa. Ter que cumprimentar uma mulher que já dividiu a cama com meu marido. Só de pensar nisso me dava náuseas.

– Acho que agora poderemos ser só nós dois, não é?
– Enquanto Sophia não vier atrás. – Arthur enlaçou minha cintura, seu rosto quase colado ao meu.
– Diga-me sinceramente, Lua. Está realmente feliz? Sou eu mesmo que você quer para sua vida?
– Você ainda duvida, Arthur?
– Não é que eu duvide. Eu tenho medo que você acorde amanhã e perceba que não sou o homem que você sonha. – Toquei seu rosto, passando meus dedos pelos seus lábios.
– E você não é o homem que eu sonho, realmente. Porque quando sonhamos… sempre podemos acordar. – Seus olhos brilhavam intensamente ao fitarem os meus. – Eu quero que você seja minha realidade, Arthur. E todos os dias em que eu acordar, irei agradecer a Deus por aquele dia em que passei pela sua porta pela primeira vez. – Ele fechou os olhos, a testa colada na minha.
– Lua… acho que você nunca terá a real noção dos meus sentimentos por você.
– Basta você não escondê-los de mim.
– Lua… Arthur… – Sophia veio gritando, interrompendo nosso momento perfeito.
– Venham dançar a valsa. É de praxe isso.
– Não. Isso não, Sophia. Eu imploro.
– Por que não, Lua?
– Eu… não gosto de dançar, Arthur. Não quero, por favor.
– Hoje é seu dia. Não irei insistir.

Mas eu vi a decepção em seus olhos e nos de Sophia. Mas eu não conseguiria fazer isso. Desde meus tempos de colégio quando fui dançar com um garoto pelo qual era apaixonada e acabei me atrapalhando e caindo. Fui motivo de chacota durante vários dias. A partir desse dia, nunca mais dancei.

– Está triste comigo?
– Claro que não Lua. Não irei obrigá-la. Ainda mais num dia como hoje.
– Eu nem sabia que gostava de dançar.
– Às vezes faz bem.

Não tocou mais no assunto. Ficamos isolados do mundo, nos beijando, ou simplesmente abraçados enquanto a festa continuava.

– Lua? – Rita me chamou, delicadamente. O oposto da euforia de Soph.
– Vamos cortar o bolo? Pelo menos isso, vamos?

Isso para mim não seria pedir nada. Dançar era meu único problema. Seguimos atrás de Rita até onde estava a enorme mesa com o bolo. Arthur posicionou-se ao meu lado. Rita veio correndo até nós.

– Arthur? Será possível… uma foto?
– Até várias, se quiserem.

Olhei para ele, assombrada. Aliás, depois dessa pompa toda… não sei porque ainda ficava espantada com alguma atitude dele. Ele segurou em minha mão no momento em que me preparava para cortar o bolo. Flashes vinham de vários ângulos.

– Para quem será o primeiro pedaço, Lua? – Olhei para Arthur.
– Eu nem gosto de bolo. – Sorri e estendi o primeiro pedaço para Sophia.
– Para mim? Lua… eu te amo. – Me pegou num abraço forte, quase esmagando o bolo contra meu corpo.
– É como uma irmã pra mim, Sophia. Eu também te amo. – Pouco depois Arthur me entregou uma taça de champanhe.
– Só para brindar. Não pode beber.

Depois do brinde Arthur me puxou num beijo apaixonado, para alegria dos fotógrafos. Com essa face dele eu não tinha me acostumado ainda. Se expor assim, de forma tão íntima não era bem a cara dele.

– Lua acho que já podemos ir?
– Não temos horário de voo marcado?
– Não. Iremos no meu jatinho.

Como eu era idiota. Rico e poderoso como era, obviamente ele teria que ter um jatinho. Reunimos nossa família para nos despedirmos. Entre abraços, beijos e desejos de felicidades, Arthur e eu saímos em direção a limusine. Assim que entramos vi uma caixa preta e dourada sobre uma das poltronas.

– Isso para você se trocar.
– E você?
– Irei me trocar também, é claro.
– Ajude-me com o vestido, Arthur.

Arthur colocou-se atrás de mim distribuindo beijos pelos meus ombros enquanto meu vestido deslizava pelo meu corpo. Suas mãos grandes e fortes envolveram meus seios, e mordia meus ombros.

– Arthur…
– Sossegue. Não irei passar disso.
– Cachorro. Saia daqui então.

Ele obedeceu. Rapidamente vesti um vestido leve, vermelho e curto que estava dentro da caixa. Arthur voltou em seguida com uma calça jeans e camisa azul escuro. O diabo ficava perfeito em tudo.

– Não vai me dizer para onde iremos?
– Não. Você é muito curiosa.
– Até parece que você não é.
– E não mesmo. Isso é característica de vocês, mulheres. – Mudou de assunto rapidamente, colocando a mão sobre meu ventre.
– Está se sentindo bem?
– Estamos os três bem, Arthur.
– Gêmeos…
– Ainda custa a acreditar não é?
– Eu sempre sonhei em ter um filho, Lua. Ou até mais de um. Mas nunca pensei na hipótese de gêmeos. Até nisso você tinha que ser perfeita, não é?
– Queria ser perfeita, Arthur.
– Você é perfeita para mim. Isso basta!
– O que você acha que será? O sexo dos bebês, quero dizer.
– Do jeito que você é absoluta… devem ser duas garotinhas.
– E você ficaria triste se não viesse nenhum garoto?
– De forma alguma. Tá louca? Quando eu dizia que queria um herdeiro, não era para me substituir no comando, embora meu pai quisesse isso. Eu quero alguém que dê continuidade ao meu sobrenome, que seja do meu sangue. Para que eu não tenha vivido essa vida em vão.
– Jamais seria assim, Arthur. E não me fale nesse tom de morte que me deprime.

Arthur abraçou meu corpo. Vinte minutos depois saíamos da limusine e entrávamos no seu jatinho. Assim como a limusine, era igualmente luxuoso.

– Pode descansar um pouco. A viagem será demorada.
– Mas então terei que descansar muito.
– Não. Porque eu tenho outros planos pra você.

Eu conhecia aquele olhar. Olhar de quem me queria aqui e agora. E isso era o suficiente para fazer meu sexo latejar e escorrer.

– Não estou cansada. Pode colocar seus planos em prática.

Meu assento estava de frente para o dele. Arthur inclinou um pouco o corpo para frente e passou as mãos pelas minhas coxas. Fechei meus olhos, mordendo os lábios e deixei meu corpo escorregar pela poltrona.

– Sabe como desejei você hoje? Longe… sem poder ao menos te ver. Isso foi covardia, Lua.
– Não foi minha culpa.
– Eu sei que não. Mas agora estou a ponto de explodir. Acho que posso gozar só de tocar seu corpo. – Eu gemi alto, meu corpo escorregando um pouco mais.
– Você é forte.
– Não quando o assunto é você. Nunca poderá saber o que é ter o pau duro o dia todo… querendo se enterrar dentro de você.
– Puta que pariu, Arthur….

Suas mãos continuaram subindo até meu vestido ser completamente erguido e tirado sobre minha cabeça. Arthur ofegou ao ver minha lingerie.

– Está mais roliça… tão gostosa… porra…

Avançou até mim, ficando de joelhos à minha frente. Seus dedos tocaram o tecido delicado da calcinha de renda, afastando-a para o lado. Seu dedo tocou e apertou meu músculo fazendo-me gemer alto e em seguida tapar minha boca.

– Fique tranquila, amor. O piloto não irá ouvir você.

Arthur rolou minha calcinha, descendo-a pelas minhas pernas. Em seguida desabotoou meu sutiã, jogando-o a um canto também.

A boca quente cobriu meu seio e a outra mão apertou levemente meus mamilos. Eu gemi e me contorci na poltrona, pedindo por mais. Eu gemia e o volume dos sons aumentava a cada lambida da língua de Arthur em meu corpo. E gritei quando sua língua invadiu meu sexo, contorcendo-se dentro de mim, entrando e saindo num vai e vem frenética que me tirava a razão. Agarrei-me em seus cabelos, rebolando em sua boca.

– Isso, amor… rebola para mim e goza…
– Não… quero gozar no seu pau, Arthur.
– E vai…

Mas continuou sua invasão erótica, sugando-me enquanto seus dedos trabalhavam magicamente em meu clitóris. Eu gemia, rebolava e agarrava meus próprios cabelos quando explodi, o corpo inteiro tremendo. Arthur gemeu ao sentir meu gozo inundar sua boca. Mal tinha me recuperado, empurrei seu corpo forte e másculo contra o assento e rapidamente abri seu zíper. Meu sexo latejou novamente ao ver seu membro pulsante em minhas mãos. A cabeça inchada e púrpura entregava seu desejo, liberando uma pequena quantidade de seu tesão.
Passei minha língua languidamente, deliciando–me com aquele sabor que era exclusivamente dele. Entretanto isso era muito pouco para mim. Não tardei a engolir sua extensão que alcançava facilmente as paredes da minha garganta. Arthur gemeu e olhei em seus olhos. Estavam cerrados, mas ao me ver olhando ele mordeu os lábios e rebolou em minha boca. Eu enlouqueci e suguei com vontade, descendo minha língua até alcançar suas bolas. Voltei a sugar e morder levemente a cabeça que latejava em minha língua. Arthur segurou meus cabelos, gemendo mais alto.

– Pare…

Mas não parei continuei engolindo seu pau, devorando cada pedaço da sua carne quente e saborosa até sentir seus jatos inundarem minha boca, escorrendo pela minha garganta. Arthur puxou meu corpo, firme, mas delicadamente e me fez sentar sobre ele. Suas mãos cobriram meus seios e nós dois gemíamos a cada centímetro de meu corpo que era devastado pelo seu pau ainda duro de tesão mesmo depois de ter gozado em minha boca.

Arthur me abraçou pela cintura, forçando meus quadris para baixo ao mesmo tempo em que erguia os seus, penetrando fundo em mim.

– Louco por você…
– Eu também, Arthur. Completamente maluca por você.

Arthur aumentou suas investidas dentro de mim, estocando mais forte, escovando minhas paredes que se contraiam a ponto de gozar novamente.

– Vem, amor… comigo.

Eu gemi alto e mordi seu ombro, sentindo seu gozo sendo liberado dentro de mim. Meu sexo se contraiu quase violentamente, esmagando seu pau dentro de mim. Arthur berrou de prazer.

– Porra… Lua… acaba comigo!

Passei minhas mãos pelo abdômen bem definido, contraído pela respiração ofegante. Seus olhos estavam fechados, mas sua expressão era de êxtase.

– Lua?
– Sim? – Encostei meu rosto em seu ombro. Sua mão deslizou pelo meu cabelo.
– Não me deixe. Nunca.

Ergui minha cabeça instantaneamente. O que estava acontecendo afinal? Eu nunca vi Arthur tão frágil.

– Já te falei que não será fácil se livrar de mim. Não nem sonhar em viver sem você.

Fui abraçada novamente e assim fiquei até adormecer. Acordei com seu toque em meu rosto.

– Como está?
– Estou bem.
– Seu corpo não está dolorido?
– Só se for de tesão. – Ele riu baixinho e ajeitou meu corpo.
– Já chegamos.
– Onde estamos?
– Buenos Aires. – Meus olhos arregalaram-se.
– Sophia te falou que sempre quis vir aqui, não é?
– Sim, mas na verdade esse também era meu desejo. Conhecer esses países. Argentina… Brasil.
– E ai decidiu-se pela Argentina?
– Bem… estamos bem perto do Brasil.
– Arthur….
– Falaremos sobre isso depois.
– Já pousamos? – Ele riu do meu estado ainda meio fora de órbita.
– Sim, meu anjo. Agora iremos até o hotel.

Arthur me abraçou durante todo o trajeto até o hotel. Seu olhar misterioso me fazia pensar certas coisas que não estava me agradando. Porém assim que chegamos ao hotel, Arthur preparou nosso banho. Era incrível como ele descobria minhas necessidades. Ou era excesso de preocupação com os bebês. Eu ainda estava cansada da viagem e o banho na enorme banheira foi um alivio para meus músculos cansados. Entretanto isso não impediu Arthur de tomar meu corpo novamente, levando-me ao orgasmo mais duas vezes.

Assim que saiu da banheira, Arthur estendeu-me um roupão negro, felpudo.

– Quero que descanse. Muito.
– Que horas são, Arthur?
– Sete da manhã.
– Mas, Arthur…
– Eu sei o que está pensando. Mas eu quero você bem descansa para o que iremos fazer mais tarde. E na verdade, eu também estou um pouco cansado.

Isso sim era novidade. Ouvir Arthur dizer que estava cansado era para entrar para história. Tirei meu roupão ficando nua à sua frente. Seu olhar de adoração e desejo me despertava em questão de segundos. Levei minha mão até a faixa que prendia o roupão dele e abri, revelando sua potente masculinidade. Sorri e me aproximei dele, mas antes que pudesse toca-lo, ele segurou minhas mãos.

– Não se preocupe com isso. Só de pensar em seu nome eu fico de pau duro. Mas agora iremos dormir um pouco.
– Tudo bem. O chefe manda, eu obedeço.
– Boa garota. Vivendo e aprendendo. – Deitei-me com ele ao meu lado abraçando meu corpo.
– Estou feliz, Arthur.
– Eu também. Muito além do que imaginei ser possível. – Enrosquei-me em seu corpo quente, sentindo seus lábios em meus cabelos.
– Boa noite, Arthur.
– Boa noite, meu anjo.

Assim nem tinha como não dormir bem. Ao lado dele e ainda ouvindo essas palavras doces…

Estiquei meu corpo elevando meus braços acima da cabeça. Dessa vez eu podia dizer que estava descansada. Olhei para o lado e encontrei o vazio. Ergui meu corpo imediatamente.

– Arthur?
– Aqui.

Nem sei por que, suspirei aliviada. Ele estava na varanda do quarto, apenas uma toalha em volta dos quadris. As costas largas e musculosas ainda ligeiramente úmidas pelo banho. Vesti o roupão e fui até ele abraçando-o por trás.

– É linda.
– Sim. Apesar do que meu conceito de linda mudou muito desde que conheci você. – Passei minhas mãos pelo peito dele, apertando os mamilos. – Não faz isso, Lua.

Mordi suas costas. Imediatamente ele girou o corpo, a toalha ligeiramente estendida devido sua ereção. Empurrou-me para dentro, girando-me novamente e me prensando contra a parede. Sem dizer nada abriu meu roupão e eu puxei sua toalha. Ergueu minha perna, penetrando-me em seguida.

– É normal isso? Desejar tanto alguém a ponto de doer?
– Se é normal eu não sei, Arthur. Mas é o que acontece comigo.

Seu corpo começou a mover-se com o meu, lentamente. Provavelmente com medo de machucar os bebês, já que nessa posição ele era sempre muito selvagem.

– Mais forte, Arthur.
– Não. – Segurei seu rosto.
– Acha que iria arriscar a vida dos nossos mini poderosos?

Ele saiu lentamente dentro de mim e voltou em seguida mais rápido e com muita força. Um grito escapou de minha garganta. Repetiu o gesto, dessa vez ainda mais forte. Cravei minhas unhas em seus ombros.

– É assim que quer?
– Sim… sim, Arthur. Assiiiiiim…

Seu pau passou a me penetrar cada vez mais forte, mais fundo, deixando-me alucinada e ao mesmo tempo sem ar.

– Caralho… vou gozar…

Sua boca desceu sobre meu mamilo, prendendo-o entre os dentes, fazendo-me berrar de prazer. Meu sexo latejava, contraindo-se gradativamente.

– Porra… tá me esmagando, amor.
– Goza dentro de mim, Arthur. Meu homem… poderoso… gostoso.
– Puta que pariu…

Seu gozo entrou dentro de mim, quente, abundante, me extasiando. Levou meu corpo até a cama deitando-me com cuidado. Beijou meu corpo inteiro e depois voltou a deitar-se ao meu lado.

– Lua… me desculpe se grosso às vezes, ou na maioria das vezes. É que… eu sou assim.
– Não estou reclamando de nada.
– Eu sei que não. Só… não quero vê-la infeliz.
– Só ficarei infeliz longe de você.

Ficamos deitados até que uma batida na porta fez Arthur levantar-se. Vestiu o roupão, recebeu uma embalagem dourada e voltou a fechar a porta.

– O que é isso?
– Um presente para você.
– O que é?
– Irá usar hoje à noite.

Curiosidade a mil. Mas como eu sabia que ele não diria nada, nem perguntei. Apenas desfrutei do resto da tarde ao lado dele. Assim que deslizei o vestido pelo meu corpo eu saquei o que Arthur pretendia. Ele não ia fazer isso comigo. Seria possível? Quando ele saiu do banho eu já estava vestida, penteada e com uma leve maquiagem. Seu olhar demorou sobre meu corpo.

– Perfeita.

O longo vestido vermelho tinha um decote que valorizava meus seios, era justo moldando-se perfeitamente às minhas curvas. A longa fenda na lateral revelava minhas pernas e coxas ao menor movimento.

– Arthur… não está pensando em… dançar um tango não, né?

Seu corpo másculo e cheiroso rodeou o meu. Seus lábios tocaram meus ouvidos me fazendo arrepiar.

– Por que não?
– Arthur… eu não sei…
– Não tem problema. Eu conduzo você. Aqui ninguém te conhece, exceto eu. –Seu olhar sexy me desarmou.
– Basta colar seu corpo delicioso ao meu.

Sua mão tocou minha cintura e apertou delicadamente. Virei-me imediatamente para ele.

– Vamos agora. – Ele riu alto.
– Sabia que não iria resistir.

Quem em sã consciência resistiria ao magnetismo desse homem? Ao poder de sedução que emanava dele? Sou uma simples mortal, nada posso contra esse Deus.

Literalmente um Deus. Para mim terno era sempre a mesma coisa. Por que em Arthur parecia ser a primeira vez que ele usava? Eu sempre perdia o fôlego ao vê-lo de negro, apenas a camisa alvíssima por baixo do paletó.

– Pronta, madame?
– Sim, chefe.

Agora sim ele parecia o poderoso chefão da máfia. Ainda mais comigo vestida daquele jeito ao seu lado.

– Tem certeza que nunca esteve aqui? Parece conhecer perfeitamente os lugares.
Eu perguntei ao ouvi-lo dar instruções ao taxista.
– Pesquisei, Lua.

O lugar onde fomos era magnífico. Vários casais já estavam na imensa pista dançando.

– Então… quer jantar primeiro e dançar depois? Não terá escapatória.
– Ai… vou dar vexame, Arthur.
– Vai nada. E então?
– Almoçamos tarde. Não estou com fome.
– Então vamos apenas procurar nossa mesa e depois…

Só de ter o prazer de ver novamente aquele sorriso, eu dançaria com um penico na cabeça, se preciso fosse. Quando Arthur segurou minha mão e caminhou comigo até a pista de dança, minhas pernas tremeram. Ele notou, é claro. Imediatamente segurou com firmeza em minha cintura e juntou nossa mão um pouco acima do meu ombro.

– Não tenha medo. Lembre-se que é o seu homem que está aqui. Solte-se.

Quem mandou falar Seu homem? Buscando uma coragem que eu não tinha soltei meu corpo. Arthur começou a se mover ao som fodidamente sensual da música. E pior… seus olhos intensos não se desgrudavam dos meus. A cada giro do nosso corpo a intensidade do seu olhar e do aperto em meu corpo aumentava de intensidade.

Inclinou meu corpo para trás e notei, satisfeita, que tive facilidade em fazer aquilo. Girou novamente meu corpo, mas dessa vez deixando-me de costas pra ele. A Boca roçava meu pescoço enquanto ele continuava a mover-se sensualmente.

Segurou minha mão e girou-me novamente, com força, no mesmo ritmo da música. Meus seios bateram com força em seu peito e eu ofeguei. Arthur elevou meus braços, ficamos ainda mais colados. Sorri sensualmente para ele e ousei. Deixei meu corpo deslizar pelo dele até o chão.

Suas mãos fortes me seguraram, puxando-me para cima lentamente. No entanto, assim que minha boca passou sobre sua virilidade eu depositei um beijo ali. Subi novamente e encontrei seu olhar em chamas. Olhei para os lados com medo que alguém tivesse visto a cena. Ninguém prestava atenção em nós. Arthur me apertou, as mãos deslizando pelas minhas costas e chegando até minha bunda, apertando-a. Eu gemi baixo sendo acompanhada por ele. Arthur inclinou novamente para trás e ergui minha perna na altura dos seus quadris. A fenda do meu vestido abriu-se revelando minhas coxas. Arthur levou a mão lenta e sensualmente, subindo pela perna, coxa até passar displicentemente pelo meu sexo. Puxou-me de volta, segurando minha nuca.

– Gostosa pra cacete…

Eu gemi novamente e Arthur girou comigo pelo salão. Tornou a girar mais duas vezes e me empurrou para um banheiro. Trancou a porta e foi logo me agarrando.

– Nada fica inocente com você por perto. Seria uma simples dança, merda.
– Mas agora iremos dançar de outro jeito.

Arthur grunhiu e virou meu corpo de costas pra ele, encostando-me na bancada da pia. Ergueu meu vestido e praticamente rasgou a calcinha em meu corpo. Meu tesão escorreu pelas minhas coxas. Empinei e rebolei minha bunda fazendo-o gemer mais alto. E eu gemi também quando me segurou com firmeza pela cintura e entrou com força dentro de mim.

– Ah… Deus…
– Rebola para mim, minha deusa. Você me enlouquece.

Eu que enlouqueci ao ouvir isso. Agarrei-me com firmeza na bancada e rebolei gemendo seu nome. Arthur colou seu quadril ao meu, rebolando seu pau dentro de mim. Depois segurou meus cabelos, estocando com força. Eu sabia que ele ficava maluco quando eu dizia certas coisas. Por isso mesmo falei novamente.

– Meu homem… meu poderoso…
– Ah… Lua…
– Louco… estamos parecendo um casal de adolescentes... – Falei quase sussurrando.
– É assim que me sinto… como uma porra de um adolescente apaixonado.

Ele estocava forte e fundo… e me dizia isso com essa voz rouca. Meus músculos tremeram, minhas vistas ficaram turvas e gritei seu nome ao sentir meu êxtase, meu gozo deslizando nele. Arthur logo me acompanhou, jorrando seu sêmen dentro de mim, urrando de prazer. Quando por fim, voltei a respirar normalmente, Arthur ajeitou meu vestido, a calcinha já era. Abraçou meu corpo e começou a rir.

– Dois idiotas… nem dançar civilizadamente conseguimos.
– Culpa sua.
– Acho melhor sairmos daqui… ou virão nos expulsar. – Arthur saiu na frente, a cara mais lambida do mundo.
– Quer dançar novamente, Arthur?
– Irei dançar novamente… sobre seu corpo, na cama. – Estremeci.
– Acho que Buenos Aires será pequena para nós, Arthur.

Ele puxou a cadeira para que eu me sentasse. Sentou-se também, pegou minha mão e levou aos lábios. Só então voltou a falar.

– Se ficar pequeno… podemos partir para outros lugares… o Brasil é logo ali.
– Brasil?
– Sim. Por que não? Quente… como você.
– Está brincando comigo.
– Sou homem disso? Eu poderia rodar o mundo com você, Lua. Aliás seria uma ótima ideia comer você em todos os continentes.

Eu arfei e encarei seus olhos. Se eu dissesse sim, ele aceitaria. Eu via em seus olhos que nada mais importava a ele além de ficar comigo. Era assim comigo também. Então… que essa lua de mel durasse ainda por muito tempo.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/M: M O R T A KKKKK Com essa parte: “Aliás seria uma ótima ideia comer você em todos os continentes”. Arthur é o melhor kkkkkkk Lua sua sortuda kkkk

O que acharam do capítulo? Está hot, hein? Uuuuuhm...

Obrigada aos comentários do capítulo anterior.

Um enorme beijo e vão desculpando a demora. Até mais...

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