O
Poderoso Aguiar
18º
Capítulo – Emoções à flor da pele
Pov
Lua
Eu
ainda estava meio atordoada com todos os acontecimentos. Nem tanto pela
gravidez em si, afinal eu tinha uma vida sexual bem intensa, sem usar
contraceptivos. Gravidez era consequência natural e mais que esperada.
Entretanto eu esperava isso para depois do casamento.
Idiotice minha, é claro!
Afinal
nossas células não são programadas para funcionarem apenas após o matrimônio,
ou então não haveria tantas mães solteiras por aí.
Tirando
isso, o que mais me deixou foi perplexa foi Arthur. Eu não sabia exatamente
qual seria a sua reação. Poderia ser uma explosão de raiva ou até mesmo um meio
sorriso frio. Nada me preparou para aquela cena. Meu Arthur, o Todo Poderoso da
Máfia aos prantos porque seria pai. Fiquei paralisada, estática apenas me
permitindo ser abraçada por ele.
Depois
de muito tempo, quando segurou seu choro, Arthur beijou meu rosto, várias
vezes, lentamente, para finalmente beijar meus lábios. Acariciou meus cabelos e
me beijou novamente antes de falar.
–
Está feliz?
–
Muito… muito, Arthur.
Segurei
sua mão e deslizei-a sobre meu ventre ainda sem qualquer mudança. Seus olhos
brilharam intensamente.
–
Saber que carrego um filho seu aqui… é uma felicidade tão grande que não
encontro palavras pra isso.
–
Confesso que não esperava que fosse tão rápido assim, embora isso tenha me
deixado estupidamente feliz.
–
Rápido? Há quanto tempo estamos juntos, Arthur?
–
Eu não sei. Eu não conto meu tempo com você pelo correr dos dias.
Eu
quis perguntar o que ele queria dizer com aquilo. Mas covardemente eu me calei.
Arthur estava tão carinhoso, não queria estragar esse momento com uma pergunta
estúpida.
–
Bom… eu acho que já tem bem uns quatro meses.
Arthur
deu de ombros. Ajeitou os travesseiros na cabeceira da cama e sentou-se, as
costas apoiadas nos travesseiros. Puxou-me para perto dele. Meu corpo ficou
entre suas pernas e minha cabeça apoiada em seu peito. Sua mão escovava meus
cabelos.
–
Agora sabe que deverá criar um pouco de juízo, não é?
–
Quem vê você falar, pensa que sou uma inconsequente.
–
É quase.
–
Daqui a pouco irá me dizer que devo ficar na cama o dia todo.
–
Não seria má ideia. Pelo menos não iria fazer mais coisas estapafúrdias.
–
Tipo?
–
Tipo uma piscina. Sabe que estou com uma vontade louca de chamar uma
empreiteira, um pedreiro e mandar detonar aquela piscina?
–
Deixe de besteira, Arthur. Todo mundo nada e para isso usa-se biquíni.
–
Daquele tamanho? Sinceramente, Lua... aquilo parece ser de quando era bebê.
Eu
ri baixinho sem que ele percebesse. Estava com ciúmes e eu adorava ver Arthur
assim. Resolvi mudar de assunto.
–
Seus pais devem gostar da novidade não é?
–
Eles vão ficar malucos. Principalmente meu pai. Sempre me importunava por causa
de um neto.
–
Suas outras… hã… mulheres não quiseram?
–
Na verdade, eu não quis. Por isso sempre me prevenia. Nenhuma delas tinha
cacife para ser mãe do meu filho.
Senti
meu ego inflar-se. As outras não tinham, mas eu tinha. Por isso ele evitava,
coisa que nunca fez comigo. Tantas mulheres que ele teve e eu fui a escolhida
para lhe dar um filho. Apertei-me mais ao peito dele, feliz demais.
–
Daqui a pouco iremos almoçar e depois você irá descansar.
–
Descansar de quê? Não estou cansada, Arthur.
–
Esqueceu que fará uma consulta à tarde?
–
Você irá comigo?
–
É óbvio. Que pergunta mais tola. Não só nessa consulta como em todas as outras.
–
Quero que seja a cara do pai.
Arthur
ficou algum tempo em silêncio e quando voltou a falar, surpreendeu-me
novamente.
–
Olhe para mim.
Ergui
meu rosto para ele. O rosto dele estava tão próximo que eu sentia seu hálito
delicioso em meu rosto.
–
Pois eu quero que seja lindo igual a mãe.
Não
me foi permitido responder. Sua boca apossou-se da minha, ávida, sedenta.
Arthur me acendia de forma quase vergonhosa. Imediatamente eu quis mais. Enlacei
seu pescoço e subi sobre seu colo, sentando-me sobre ele. Ele aprofundou o
beijo e apertou ainda mais meu corpo, mas depois de um tempo me afastou.
–
Por quê?
–
Ainda pergunta? – Ele levantou afastando-se da cama.
–
Vai ficar sem me tocar a gravidez inteira?
–
Claro que não, mas…
–
Por favor, Arthur… eu quero fazer amor com você. – Ele se virou lentamente e me
encarou. Não consegui decifrar sua expressão. – Por favor, Arthur.
Quando
Arthur levou as mãos aos botões da camisa, desabotoando- a e jogando-a ao chão,
eu fechei meus olhos e sorri. Meu homem não negava fogo jamais.
Terminávamos
nosso almoço quando ouvi o som de um veículo no pátio da casa. Eu ainda estava
meio molinha depois de ter feito amor com Arthur… queria dormir. Fizemos amor
realmente. Entretanto, mesmo lentamente, Arthur me arrebatava e me tirava o
fôlego. Deus… como pode existir homem tão perfeito e tão… gostoso?
–
Está esperando alguém, Arthur?
–
Meus pais estão chegando.
–
Ah… vai contar a novidade para eles? – Sua expressão fechou-se.
–
Alguém se encarregou de chamá-los. Melhor contar de uma vez.
Olhei
para Sophia que fez cara de paisagem. Ela era terrível. Desafiava Arthur na
cara dura, sem medo algum. Talvez porque tivesse a certeza que ele jamais iria
fazer algo contra ela.
–
Sophia?
–
Quem mais poderia ser? Estou precisando começar a cortar certas asinhas.
–
Não vai brigar comigo, Arthur. Demorei tanto tempo para vir morar com você e
agora me trata assim? – Ele abriu a boca e olhou para Sophia, os olhos
fechando-se em fenda.
–
É uma gangue? Uma faz chantagem de um lado, a outra faz de outro…
Eu
e Sophia gargalhamos. Foi incontrolável e totalmente insano, eu sei. Mas a
forma como ele colocou foi tão engraçada. E o melhor de tudo era ver que ele
não parecia irritado.
–
Venham suas pilantras. Vamos receber meus pais.
Arthur
estendeu a mão para mim, que peguei sem pestanejar. Eu amava quando ele fazia.
Aliás, eu amava tudo o que ele fazia. Até mesmo os coices. Chegávamos de mãos
dadas à sala quando Rita e Ricardo entraram.
–
Arthur. Lua. – Rita se adiantou e depois avistou Sophia que vinha logo atrás.
–
Ah… Sophia. Deus... vocês três parecem tão felizes.
–
E estamos Rita. – Falei dando um abraço apertado em minha sogra e depois em meu
sogro.
–
Como vai, Ricardo?
–
Estamos todos bem, filha. E estou me roendo de curiosidade.
Ricardo
se dirigiu a Arthur dando um tapinha em seu ombro. Homens…. Custava dar um
abraço? Rita e Sophia estavam abraçadas, já sentadas no sofá. Arthur me abraçou
também e nos sentamos.
–
Sente-se, pai.
–
Sophia falou que queriam falar conosco. É alguma mudança em relação ao
casamento? Por que não foram até nossa casa?
–
Calma, mãe. Uma coisa de cada vez. – Arthur olhou feio para Sophia.
–
Para começar… nem era para ser agora. Mas essa bocuda dessa Sophia não consegue
parar. Sinceramente… se eu soubesse que ela se transformaria assim eu nem tinha
trazida ela para cá.
–
Arthur! Coitada. – O olhar dele me fez calar.
–
Irei direto ao assunto porque como sabem, eu odeio rodeios.
Dessa
vez ele apertou levemente minha mão e me olhou profundamente antes de dizer.
–
Pai… mãe… vocês serão avós.
Rita
levou as mãos ao peito, os olhos arregalados. Ricardo ficou de boca aberta por
uns instantes.
–
Como assim… avós…
–
Como assim avós, pai? Lua está grávida, óbvio.
–
Ah… meu pai… vou desmaiar…
–
Segura ela, Sophia.
Arthur
falou e revirou os olhos. Ricardo por sua vez levantou e me puxou com força,
tal e qual o filho fazia. Abraçou-me ainda mais forte.
–
Não sabe a alegria que está proporcionando a esse velho, filha.
–
Eu também estou muito feliz, Ricardo.
–
Venha Rita. Deixa de moleza.
Eu
mesma fui até ela e a abracei, ainda sentada ao lado de Sophia. Chorava
copiosamente.
–
Ah… Lua, é o meu sonho…
–
Eu te disse que ela era boa parideira, Arthur.
Por
incrível que pareça pai e filho estavam abraçados. Os poderosos também se
emocionam… coisa linda de se ver. Ricardo tinha os olhos marejados mas não
soltou nenhuma lágrima. Arthur já tinha chorado o suficiente por hoje. E depois
disso foi um falatório… Rita, Ricardo e Sophia falavam ao mesmo tempo. Arthur
sorriu brevemente para mim e depois beijou minha testa.
Logo
depois chegaram Micael e Chay. Eram mais contidos, é claro. Borravam-se de medo
de Arthur. Mas assim que Arthur distraiu-se um pouco Chay cochichou ao meu
ouvido.
–
Não sei o que você fez a ele, mas pelo amor de Deus, não pare.
Não
consegui segurar uma gargalhada, fazendo Arthur me olhar desconfiado. Eu nem
liguei. Olhei ao redor vendo todos os membros da minha família absolutamente
felizes. Talvez tivessem a esperança que essa notícia deixasse Arthur menos
ranzinza. Mas creio que apenas eu conheci a sua outra face. Para mim, a face de
um anjo. Arrisquei um breve olhar em sua direção. Conversava com o Micael mas o
olhar estava fixo em mim. Joguei um beijo pra ele e fui agraciada com seu belo
e raro sorriso torto. Ele poderia até tentar, mas jamais conseguiria esconder
sua felicidade. Pelo menos, não de mim.
Passei
a fingir que não ouvia a pergunta de Arthur. Desde que sua família saiu de
nossa casa ele não parava de me azucrinar, querendo saber o que Chay me disse.
–
Eu não vou perguntar novamente, Lua.
–
Já falei que só deu os parabéns, Arthur.
–
Tudo bem. Vou fingir que acredito.
Estávamos
a caminho do consultório de Melanie. Pouco depois do almoço ela ligou
informando que faríamos uma ultra-sonografia. A partir daí tive que beber líquido
o tempo todo. Estava começando a me incomodar. Sophia não veio. O motivo?
Micael ainda estaria por lá.
–
Nervosa?
–
Não. Deveria?
–
E se… se não estiver grávida?
–
A gente pratica de novo. – Falei sem pensar, mas ele riu.
–
É uma ideia razoável.
Felizmente
não precisei esperar muito. Minha bexiga parecia que ia estourar.
–
Primeiro farei sua ficha, Lua. É fundamental.
Respondi
a milhares de perguntas. Mas eu estava incomodada. A doutora Melanie mais
parecia uma modelo de revista. Pelo meno, Arthur pareceu não notar. Seu olhar esteve
o tempo todo em mim.
–
Bem… vamos lá? Seu noivo ficará?
O
olhar de Arthur disse tudo. Deitei-me e esperei enquanto ela me preparava.
Agora eu estava nervosa. E se realmente não tivesse bebê algum? E a expressão
no rosto dela só aumentava minha preocupação. Parecia estar em dúvida. Arthur, incrivelmente,
estava calado.
–
Algum problema, doutora? Eu não estou…
–
Lua Maria… quero que vá até o banheiro e esvazie a bexiga. Faremos outro exame.
–
Por quê?
–
Apenas para tirar uma dúvida, senhor Aguiar.
Segui
até o banheiro, trêmula da cabeça aos pés. Voltei e deitei-me novamente.
Melanie pegou uma espécie de sonda.
–
Faremos uma ultra-sonografia endovaginal. Preciso ter certeza de uma coisa.
–
Não está pensando em colocar isso dentro dela, está?
–
Não só estou pensando como irei, senhor Aguiar.
–
Não… não… isso… vai machucá-la. – Ela arqueou as sobrancelhas perfeitas.
–
O senhor já chegou a machucá-la? – Ele bufou. Segurei em sua mão, fazendo-o me
olhar.
–
Está tudo bem, meu amor. É pelo bebê.
Seu
rosto suavizou-se imediatamente, voltando a sentar-se. Relaxei o máximo que
pude quando introduziu o aparelho. Meu olhar assim como o de Arthur estava fixo
na tela. Por fim, Melanie sorriu.
–
Estou grávida?
–
Muito grávida. Oito semanas de gestação, ou seja, mais ou menos dois meses. – Arthur
acariciou minha mão.
–
Nosso bebê, Arthur.
–
Está enganada, Lua Maria.
–
Como?
–
Deveria dizer nossos bebês. São gêmeos. – Eu arfei e Arthur soltou
imediatamente a minha mão.
–
Do… dois?
–
Sim, dois bebês. – Arthur estava pálido e apenas balbuciou.
–
Mas… como pode? Ela vai… sofrer, não é? Ela é tão pequena…
–
Fique tranquilo, senhor Aguiar. Só de ter nascido mulher, já nasceu com a
força. – Depois virou-se pra mim.
–
Pode se trocar, Lua Maria. E venha para preenchermos seu cartão de pré-natal.
Assim
que ficamos a sós Arthur ajudou-me a sentar depois me abraçou.
–
Ah…Lua.
Beijou-me
com fervor. Senti seu coração disparado no peito e percebi a sua batalha para
não chorar novamente.
–
Gêmeos, Arthur. Teremos dois bebês.
–
Sim, meu amor… – Abraçou-me novamente e depois segurou meu rosto em suas mãos.
–
Lua… eu… você… porra! olha o que faz comigo?!
–
Amo você, Arthur. Apenas isso.
–
Você é minha vida, Lua. Vocês três são minha vida agora.
Em
seus olhos a luta fervorosa para não demonstrar novamente sua fraqueza. Em vão.
Percebi que perdeu a batalha quando enterrou o rosto em meus cabelos. Nesse
momento eu não precisava ouvir um: Eu Te Amo. O
poderoso em meus braços, mostrando sua fragilidade dizia tudo.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
N/M: Que amor <3
Arthur todo carinhoso – e de vez enquanto soltando uns coices, porque isso faz
parte da life haha – Nossa... Gemeos e garanto que por isso eles não esperavam.
E ele todo emocionado? Realmente, nessas horas eu te amo, Lua não precisa ouvir. A emoção de Arthur diz tudo.
O
que estão achando?
Obrigada
por todos os comentários do capítulo anterior.
Com mais de 7 comentários, postarei o
próximo capítulo de O Poderoso Aguiar.
Talvez postarei mais um ainda hoje,
porque por esses dias não poderei entrar aqui.
Beijos!
+++ por favor, estou super ansiosa para ver o arthur dizendo eu te amo pra a lua
ResponderExcluirMais por favor tá incrível
ResponderExcluirAmandoo ❤ gêmeos aiin que lindoo *-* o todo poderoso está se entregando kkk estava sumida mas já voltei.. desculpe ��.
ResponderExcluirFany
Omg gemios ,Arthur melhor pessoa achando Q a lua é muito pequena pra dois bebês ,tão fofo
ResponderExcluirMuito bom! Adoro! Posta mais
ResponderExcluirGente que lindo,o todo poderoso e uma manteiga derretida,kkkkk
ResponderExcluirTao fofo preocupado com o tamanho da lua para ter dois bebês, coisa linda amei quero um Arthur desse pra mim!
Por favor continua
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMais por favor
ResponderExcluirQue lindo esse capítulo eu amei... posta mais please
ResponderExcluirTo amando cada capítulo cada pedacinho da história...eles realmente mexem comigo 😍😍😍
ResponderExcluir