O
Poderoso Aguiar
17º
Capítulo – O Herdeiro
Pov
Lua
Algumas
coisas mudaram desde que Sophia veio morar conosco há quatro dias. A primeira
delas, obviamente é que eu não ficava mais tanto tempo sozinha. Outra coisa que
mudou e muito foram as minhas saídas de casa. Saímos todos os dias logo depois
do café da manhã e voltávamos sempre no final da tarde: Sophia, Rita e eu. Corríamos com os preparativos do meu casamento.
Uma parte bem grande de mim explodia em felicidade pelo fato de Arthur querer
que esse casamento acontecesse o mais rápido possível.
Era
bom sair com as duas. Além de serem divertidas eram eficientes. Meu vestido foi
comprado, o buffet contratado, convites prontos. Eu nem sei por que ainda me
impressionava. Sempre que íamos a alguma loja ou outro lugar qualquer e Rita
dizia que era para o casamento de Arthur Aguiar as coisas rapidamente se
ajeitavam. Apesar de ser um contraventor, Arthur era respeitado. Ou então
temido, o que era mais provável.
Uma
coisa que me surpreendeu mais do que tudo foi o comunicado do enlace pela
imprensa. Eu imaginei que talvez Arthur não quisesse esse tipo de exposição.
Ele sempre agia ao contrário do que eu esperava. Tanto que não se importou
quando Sophia levou um fotógrafo para que tirasse foto de nós dois juntos. Devo
admitir que combinávamos perfeitamente.
Entretanto
quando saiu a nota no jornal, nossa foto estampada na primeira página eu tive
medo da sua reação. Creio que foi mais pelos dizeres:
“O
Todo Poderoso, Arthur Queiroga Bandeira de Aguiar finalmente preso nas garras
do amor.”
Ele
ia bufar e fazer aquela cara perigosa que eu muitas vezes temia. E obviamente
mandaria recolher os jornais. Pronto. Mais uma vez caí do cavalo. Estávamos na
sala, Sophia e eu, quando ele chegou já afrouxando o nó da gravata.
–
O que as duas andaram aprontando que estão com essa cara?
–
Boa tarde pra você também, Arthur.
Era
incrível como Sophia era topetuda feito ele mesmo. Pareciam realmente irmãos. O
engraçado era que Arthur havia me dito que Sophia ficava sempre trancada no
quarto, mal conversava. E agora até ele mesmo brincava dizendo que Sophia
queria falar tudo o que nunca falou em apenas um dia. Era visível o quanto ele
gostava dela. Mais uma das facetas do Poderoso que eu ia pouco a pouco
descobrindo.
–
Boa tarde, Sophia. Boa tarde, Lua. Melhor assim?
–
Bem melhor. Venha ver o jornal. Já saiu a notícia do casamento.
Estendeu
o jornal para ele enquanto eu subitamente parava de respirar. Ele olhou durante
alguns segundos e estendeu o jornal de volta a Sophia, mas com o olhar fixo no
meu.
–
Estava linda na foto. Aliás… é linda sempre.
Eu
ofeguei, mas não consegui dizer nada. Quer merda. Apenas a voz dele tinha o
poder de me deixar mole.
–
Faça o que tem vontade, Lua. Eu já estou de saída.
Sophia
saiu da sala e Arthur veio se aproximando. Logo estava à minha frente,
estendendo a mão para mim. Fui puxada do sofá assim que nossas mãos se tocaram.
Meu corpo grudou-se ao dele e como sempre, de forma quase automática, eu
enlacei seu pescoço. Sua boca desceu ávida sobre a minha, a língua já
devastando a minha boca. Eu gemi e apertei meus dedos em seus cabelos, meu
corpo inteiro se acendendo berrando por mais. Desceu beijos pelo meu pescoço e
colo antes de pegar minha mão e me olhar profundamente.
–
Eu sinto uma puta falta de você quando estou longe. – Apertei meus braços em volta dele com toda
força que consegui.
–
Eu também.
–
Vou para o quarto. Preciso de um banho. Você e Sophia estão precisando de
alguma coisa?
–
Eu pelo menos, não.
–
Se precisar… – Ele ia se afastando quando eu o chamei.
–
Arthur?
–
Sim?
–
O que vai fazer a respeito do James?
Ele
voltou novamente para o meu lado. Fechei meus olhos e quase me encolhi
esperando pelo “Não é da sua conta”.
–
Por enquanto nada. Talvez eu dê corda para ele se enforcar. Mas por enquanto
ficarei como se não soubesse de nada. No momento, nosso casamento é o que
importa. Quero que tudo seja perfeito pra você.
Esse
homem ainda ia me matar algum dia. Matar-me de tesão, de paixão. Ele baixou
minha crista sem que eu ao menos percebesse. Mas também… ele era apaixonante
demais. Mesmo sendo um bruto, um cavalo, às vezes. Acho que isso tudo era parte
do charme dele. Sem vergonha alguma eu admito que amo isso.
–
Obrigada, Arthur.
–
Disponha.
Ele
beijou meus cabelos e depois subiu. Não fui atrás dele embora meu corpo
quisesse ardentemente isso. Mas me contive. Precisava ser menos… “despudorada”.
Pouco depois Sophia voltou só sorrisos.
–
O que foi?
–
Você doma Arthur direitinho.
–
Deixa de ser boba, Sophia. Ele sim me domou sem que eu percebesse.
–
Ambos, então. Arthur pelo pouco que conheço dele nunca foi dado a esse tipo de
carinho.
Em
parte ela tinha razão. Mas aquele lado bruto dele não dava descanso. Era parte
dele e tínhamos que conviver com isso. E nem adiantava tentar me enganar. Na
maioria das vezes esses coices dele me deixavam abismada, mas eu
vergonhosamente gostava disso.
Tânia
já tinha saído da nossa casa. Ela tanto insistira que Arthur acabara cedendo.
Ela voltaria para Don Matteo, mas não agora. Arthur acomodou-a em um de seus
apartamentos. Lá ela ficaria até que passasse nosso casamento. Só então ela
iria até Don Matteo se dizendo arrependida. O plano exato deles eu nem fazia ideia.
Eu percebia claramente o ódio e repulsa de Tânia por Don Matteo e não tirava
sua razão. Entretanto isso poderia ser perigoso, principalmente para ela. Tomara
que dê tudo certo. Sophia folgadamente deitou no sofá, a cabeça em meu colo.
Fiz um cafuné em seus cabelos.
–
Como você e Micael estão?
–
Ficou maluca?
–
Deixa de ser boba, Sophia. Pensa que não percebo a troca de olhares entre
vocês? – Ela suspirou antes de responder.
–
Eu gosto dele. Desde quando Arthur me levou para a casa dos pais dele. Mas…
Arthur jamais irá permitir. Micael tem medo, eu não. Arthur não é tão carrasco
quanto tenta aparentar.
–
Realmente. Pelo menos em relação a você.
–
A você também, Lua. Não se engane. Arthur, de forma bem sutil, sempre faz suas
vontades.
Talvez
eu fosse mesmo uma retardada e não percebesse isso. Ou então ele era o rei da
sutileza. Ou as duas coisas.
Pouco
depois ele desceu novamente, os cabelos ainda molhados, vestido num outro
terno. Era impressionante como ele ficava ainda mais gostoso vestido assim.
Aliás… acho que é gostoso de qualquer jeito. Transbordava sensualidade,
gostosura… sexo. Vontade de avançar nele e apertá-lo inteiro.
–
Cuidado com a baba no meu cabelo. – Sophia falou baixinho.
–
Tenho que sair novamente. Não esperem por mim. Volto tarde.
–
Quão tarde?
–
Muito tarde, Lua.
Percebendo
minha insatisfação ele veio até mim e inclinando seu corpo, segurou-me pela
nuca beijando-me de forma rápida e intensa.
–
Eu compenso depois. – Estremeci e Sophia riu. – Comportem-se – Ele disse já
saindo pela porta.
–
Você estremece com simples palavras, Lua.
–
Se você soubesse o que essas simples palavras significam.
–
Vocês são uma bomba prestes a explodir, isso sim.
Mas
a partir daí eu fiquei chata. Nem eu estava me suportando. Tudo por causa da
ausência de Arthur.
–
Ai credo, Lua. Vá se deitar. Está muito chata.
E
para ser sincera, eu estava realmente com sono. Muito sono. Queria minha cama,
de preferência com meu marido junto, mas não sendo possível, ia sozinha mesmo.
Dei um beijo em Sophia.
–
Se precisar de alguma coisa, Soph…
–
Se precisar não vou te chamar. Está muito cansada ultimamente, Lua. Desse jeito
vai apagar no altar no dia do casamento.
–
Idiota.
Fui
para o quarto e apenas tirei minhas roupas, deitando-me nua. Queria pensar um
pouco em meu futuro marido, mas o sono me abraçou quase que instantaneamente.
E
isso foi péssimo. Dormi tanto que quando percebi que Arthur dormia ao meu lado
já eram seis da manhã. Que merda. Eu sempre acordava, mesmo quando Arthur chegava
com o dia raiando. Tive vontade de acordá-lo, mas ele dormia tão profundamente
que desisti. Tomei um banho e desci. Soph já estava acordada e separava os
convites de casamento.
–
Bom dia, Soph.
–
Bom dia. Nem vou perguntar se dormiu bem. Nem viu Arthur chegar.
–
Como sabe que não vi?
–
Ele chegou há meia hora. Eu já estava acordada e ele voltou para me perguntar
se você tomou algo para dormir. Estava desmaiada.
–
Não sei o que está acontecendo. Estou com… – Não consegui segurar um bocejo e
Sophia riu.
–
Tanto sono esses dias.
–
Estou vendo. – Fui até a cozinha e peguei um copo de suco para mim e Sophia.
–
Obrigada.
–
Já vai entregar os convites?
–
Claro. São só cinco dias até o casamento, Lua. É deselegante entregar convites
em cima da hora.
–
Quer ajuda?
–
Já estou terminando. Mas quando terminar… a gente bem que poderia nadar um
pouco. O dia amanheceu quente.
–
Sabe que nunca usei aquela piscina?
–
Desperdício.
–
Ah... sei lá. Os rapazes estão sempre por aqui, fico…
–
Fica com medo do Arthur, que eu sei. Porque tímida você não é.
–
Mas acho que com você ele não se importa.
–
Claro que não. E além do mais é bom pegar um bronzeado antes do casamento, vai
ficar linda.
–
Iremos agora?
–
Só estou terminando aqui. É melhor irmos mais cedo. Nossa pele é muito clara
para o sol das dez horas.
–
Vou subir e pegar meu biquíni.
Corri
até o quarto, entrando vagarosamente. Arthur ainda dormia o corpo completamente
aberto na cama, um dos braços sobre os olhos. Estava apenas com a boxer preta.
A imagem da perfeição masculina. Ainda não conseguia acreditar que ele era meu.
Que ele queria a mim. Balancei minha cabeça e fui procurar meu biquíni. Era
melhor me trocar mesmo, já que minha calcinha já estava encharcada só em olhar
para o corpo de Arthur.
Peguei
um roupão e o protetor solar e desci. Sophia já me esperava, vestida num
biquíni roxo.
–
Vamos aproveitar que esse horário o sol ainda está fraquinho.
Realmente
Sophia estava certa. Era um desperdício uma piscina daquela e não desfrutar.
Retirei o roupão e Sophia sorriu em aprovação ao olhar para o minúsculo biquíni
que eu usava.
–
Muito bem. Vai ficar uma marca bem pequena. É mais sexy.
Revirei
os olhos. Sophia estava aos poucos mostrando suas garrinhas, além da língua
ferina. Mergulhei na piscina, deliciando-me ao perceber a água ligeiramente
aquecida. Meu Deus… por que Arthur não usava isso? Era muito bom.
–
Que água deliciosa. Ah… Lua, só você mesmo. Se fosse eu passaria meu dia aqui,
já que Arthur quase nunca está mesmo.
–
Acho que vou passar a fazer isso, Sophia. Ainda mais agora que tenho você aqui.
– Encostamos à borda da piscina, apoiando nosso queixo nas mãos.
–
Aliás, nem te agradeci por ter vindo. É muito bom ter sua companhia.
–
Sabe. Arthur sempre me chamou, mas eu nunca quis. Não ia muito com a cara das
ex-mulheres dele. Eram todas muito artificiais para o meu gosto. Acho que
Pérola era a menos pior.
–
Menos pior? Nossa… simpática você.
–
Estou falando a verdade. Algumas se achavam e me olhavam com certo desprezo, já
que eu não era da família.
–
Mas elas também não eram.
–
Mas eram burras o suficiente para achar que Arthur se casaria com elas
–
Entendo.
–
Engraçado… eu sempre pensei que Arthur se casaria um dia. Mas não com uma
pessoa tão jovem quanto você. Muito menos com toda essa pompa que ele faz
questão. E o melhor de tudo… completamente apaixonado.
–
Bom dia, senhoritas.
Levamos
um susto. Estávamos tão distraídas que não ouvimos a chegada dos rapazes: Chay,
Bernardo, Micael e James.
–
Ah… bom dia. Não vimos vocês.
–
Estavam distraídas.
–
Iremos atrapalhar? Sabe… costumamos ficar por aqui. – Eu, como a dona da casa,
respondi.
–
De jeito nenhum. Podem ficar à vontade.
Eles
se afastaram um pouco, mas sempre por perto. Sophia não tirava os olhos de
Micael e ele também a encarava. Iria conversar com Arthur a respeito disso. Ele
não poderia ser contra.
Eu
e sophia saímos um pouco da piscina e estendemos nossos corpos na
espreguiçadeira.
–
Está me dando um sono…
–
Ah… não, Lua. Pelo amor de Deus. Está dormindo demais. Deveria procurar um
médico. Vai ver está com anemia.
Não
falei nada, afinal Sophia parecia ter um pouco de razão. Levantei-me e
espreguicei meu corpo. Melhor mergulhar novamente. Mas percebi, constrangida,
os olhares dos rapazes em meu corpo. Jesus… se Arthur visse isso estaríamos
todos mortos. Como se eu pressentisse o pior ergui minha cabeça e olhei para a
varanda do nosso quarto que dava visão inteira da piscina. Meu coração perdeu
uma batida. Lá estava ele, vestindo apenas uma bermuda, o tórax masculino
brilhando pela luz do sol. Engoli em seco.
–
Ixi… acho que ouviremos um belo sermão.
–
Me ajuda Sophia. Pelo amor de Deus.
Arthur
girou e desapareceu de vista. Talvez tivesse ido tomar um banho. Ou quem sabe
juntar-se a nós? Sentei-me novamente na espreguiçadeira, roendo minhas unhas.
Entretanto
todas essas expectativas foram frustradas ao vê-lo aparecer caminhando
furiosamente até nós. Parou em frente a mim, seu maxilar trincado.
–
Saia daí… agora. – Falou entre dentes.
–
Arthur, estamos tomando um pouco de sol.
Ele
nem se dignou a olhar para Sophia. Puxou meu braço com violência, levantando-me
e colocando o roupão sobre meu corpo. Seu olhar perfurou os rapazes.
–
E vocês sumam daqui. – Ninguém ousou desobedecer, é claro
–
Pare Arthur. Está me machucando.
–
E posso machucar muito mais, você não faz ideia.
–
Arthur, pare com isso.
–
Cala a boca você também. Bem que está merecendo umas palmadas. – Arthur
caminhou um pouco falando sobre os ombros.
–
Anda Lua.
Não
sei o que me deu. Talvez o medo tivesse me paralisado no lugar. Minhas pernas
tremiam. Já vi Arthur furioso várias vezes, mas o brilho que via em seus olhos
agora me apavorou, realmente. Como não sai do lugar ele voltou e me pegou pela
cintura, jogando-me sobre o ombro numa facilidade impressionante. Parecia um
homem das cavernas.
–
Arthur, me solte seu ordinário.
–
Vou soltar… lá no nosso quarto. E depois vai se arrepender de ter me pedido
para soltá-la.
–
Sophia, me ajuda.
Sophia
veio para o nosso lado, mas com apenas uma mão Arthur parou-a empurrando-a, mas
sem colocar força.
–
Fique fora disso, Sophia.
Inutilmente
eu dava socos em suas costas. Ele era forte, provavelmente nem sentia nada.
Entrou comigo dentro de casa e ao chegarmos ao quarto jogou meu corpo de qualquer
maneira sobre a cama. Voltou e trancou a porta.
–
Seu… seu bruto insensível.
–
Sua idiota inconsequente. O que você pretende, hein? Ser agarrada por aquele
bando de homens?
–
Que absurdo Arthur. Eles respeitam você.
Seus
olhos fecharam-se em fenda e em dois segundos ele me segurava pelos cabelos.
–
Mas não respeitam mulheres que se exibem feito você.
Com
uma raiva que assustou até a mim, eu mordi seu braço e Arthur me soltou. Corri
até a porta, mas obviamente ele me alcançou. Arrancou meu roupão e olhou meu
corpo.
–
Você gosta de provocar. Eu devia dar umas palmadas em você.
–
Para que tem essa piscina se não posso usar?
–
Pode usar… longe dos rapazes de roupa decente.
–
Roupa decente? Isso é um biquíni, Arthur.
Ele
puxou a calcinha do biquíni com força. Doeu mas ao mesmo tempo foi tão…
gostoso.
–
Olha… olha o tamanho disso. – Empurrou meu corpo, minhas costas batendo contra
a parede.
–
Por que não colocou a porra de um maiô?
–
Porque é grande.
–
Viu como eu disse que é exibida? Gosta de provocar? – Ele segurou a base do
nariz entre os dedos.
–
Lua… Lua… não faça isso. Não me faça perder a paciência. A troco de que fez
isso, hein?
–
Eu só… – O aperto dele em meus braços começava a machucar. Ia ficar roxo com
certeza.
–
Só queria me bronzear um pouco.
–
Para que, merda?
–
Para ficar… bonita e gostosa para você.
Bingo!
Sua
respiração acelerou e senti seu membro latejar de encontro a mim. Levantei uma
das pernas, roçando em seu corpo, já transbordando desejo e luxúria.
–
Você já é tudo isso, idiota.
Sua
voz soou mais calma, mais rouca, mais fodidamente sexy. Peguei sua mão,
apertando-a. Assim que afrouxou o aperto em meu braço fiz com que subisse a mão
e envolvesse meu seio. Eu gemi, fechando os olhos.
–
Senti tanto sua falta ontem… do seu cheiro… do seu corpo.
Ele
gemeu e se afastou um pouco. Arregalei meus olhos ao ser penetrada com força,
sem qualquer aviso.
–
Sentiu falta disso, não é?
Ele
falava enquanto empurrava seu membro com força, com violência para dentro de
mim. Suas investidas eram tão vigorosas que meu corpo quicava sobre seu pau,
fazendo-o grunhir, apertando minha cintura, tirando-me o fôlego.
–
Isso prova o quanto é gostosa?
–
Sim…
Eu
não gemia, eu choramingava… de prazer e principalmente… por sentir seu amor
travestido de ciúme.
–
Prova que você é minha. Só minha.
Quando
falou isso, Arthur estocou com tanta força que trinquei meus dentes,
segurando-me para não berrar de prazer. Meu corpo se convulsionava, minhas
pernas pareciam gelatinas. E Arthur continuava estocando violentamente,
atacando meus seios com sua boca voraz.
–
Eu te quero… assim… sempre, Arthur…
Fui
engolfada pelo orgasmo intenso, cravando minhas unhas em suas costas. Arthur
gritou, jogando sua cabeça para trás e liberando jatos do seu sêmen dentro de
mim. Depois colocou a cabeça em meus seios, enquanto nossa respiração voltava
ao normal.
–
Não faça mais isso ou não sei do que serei capaz.
–
Mas, Arthur...
–
PARE DE RETRUCAR, PORRA! VOCÊ É MINHA. MARMANJO NENHUM VAI FICAR BABANDO EM
VOCÊ.
Passei
a mão em seu rosto e ele me encarou, ainda furioso.
–
E se for com você? Com seu corpo forte ao meu lado, me protegendo? Assim pode?
Ele
estreitou os olhos, assimilando imediatamente a minha tática, que incrivelmente
funcionou.
–
Assim pode. – Eu ri e apertei meus lábios contra os dele.
–
É por isso que eu te amo. – Arthur me abraçou com força.
–
Você já sabe a minha resposta.
Soltou
meu corpo rapidamente e se afastou. Uma vertigem forte me nocauteou. Levei as
mãos à cabeça, tentando me segurar, inspirando profundamente.
–
Ah… Deus…
Arthur
virou-se instantaneamente e me viu literalmente escorregar pela parede. Creio
que não atingi o chão. Seus braços fortes me ampararam antes de tudo virar
escuridão.
***
Acordei
um tempo depois. Não sei precisar quanto tempo. Encontrei o olhar aflito de
Arthur com Sophia ao seu lado.
–
Ah… Lua, graças a Deus. Perdoa-me.
–
Não… – Falei com dificuldade. – Foi só… uma queda de pressão. Não foi sua
culpa. – Fiz menção de me levantar, mas Arthur me impediu.
–
Fique quietinha. A médica já está vindo.
–
Médica? – Sophia interrompeu.
–
É Lua… ele se recusou a deixar que um homem examinasse você. Chamei a médica
que a Rita costumava me levar. Espero que não se importe.
–
Mas não é precis…
–
Shh… você reclama demais.
Arthur
segurava minha mão e seu olhar era tão preocupado que senti remorso da raiva
que senti dele antes, mordendo sua mão.
–
Bom dia? Com licença? – Olhei para a porta e uma loira alta e deslumbrante
entrava.
–
Oi Sophia, como vai?
–
Tudo bem, Melanie? Poderia dar uma olhada na Lua?
–
Como vai?
Ela
cumprimentou Arthur com um aperto de mão. Que ideia era essa de Sophia? Trazer
uma mulher dessa para minha casa? Perto do meu Arthur?
–
Tudo bem, Lua?
–
Sim. Foi só uma queda de pressão. Meu noivo é… exagerado. – Ele não se
manifestou. Seu olhar era angustiado.
–
Senhor Aguiar, pode nos dar licença?
–
Por quê?
–
Para que eu possa examiná-la.
–
Não arredo pé daqui.
–
Deixa.
Falei
para a tal Melanie que começou as perguntas de sempre. Eu respondia de forma
mecânica. Queria Arthur aqui novamente. Estava mais parecendo uma criança
birrenta. Entretanto Melanie me fez uma pergunta que me fez franzir o cenho.
–
Como andam suas regras?
Quanto
tempo fazia que menstruei pela última vez? Não me lembro. Arthur e eu
transávamos todos os dias, não teve um só dia que precisamos ficar sem fazer
por causa disso. Comecei a tremer.
–
Está se prevenindo, Lua? Creio que mantém relações com seu noivo.
–
Nada grave demais que precise se preocupar. A não ser que considere a gravidez
algo grave.
Arthur
puxou o ar com força, seus olhos se arregalando e cravando-se nos meus. Seu
peito subia e descia pela respiração ofegante.
–
Iremos fazer exames mais específicos. Vou marcar um horário para você em meu
consultório. Mas já irei antecipar algumas vitaminas e vacinas que precisará
tomar.
–
Mas… como pode ter certeza?
–
Fiz o teste com ela, Sophia.
Mel
mostrou o teste a Sophia e ela passou a Arthur. Ele continuava mudo, parecia em
choque.
–
Pode levá-la ao meu consultório no final da tarde, senhor Aguiar?
–
Ele pode.
Sophia
respondeu por ele, já que ele continuava me encarando, totalmente congelado.
–
Ótimo. Espero vocês às dezessete horas. E parabéns aos dois.
–
Obrigada, Melanie. – Ela sorriu e parou à frente de Arthur.
–
Pode comemorar, senhor Aguiar.
Sophia
se retirou com Melanie, deixando-nos a sós. Eu começava a ficar inquieta. Não
sabia o que Arthur estaria pensando. Por que ele não falava nada?
Que
merda!
–
Arthur? Pelo amor de Deus… diga alguma coisa.
Ele
pareceu sair do transe. Andou até a cama e sentou-se em frente a mim.
Permaneceu me olhando.
Sem
entender como, eu estava nos braços dele. Arthur me abraçava forte, o rosto
enterrado em meus cabelos. Depois beijou meus cabelos, meus olhos, minha boca.
E quando eu encarei seus olhos, fiquei sobressaltada. Não pude acreditar no que
via.
–
Está feliz?
–
Lua… eu… obrigado.
Mordi
meus lábios, inutilmente tentando segurar meu choro. Sua mão pousou sobre meu
ventre.
–
Nosso bebê… meu herdeiro.
–
E se… e se for uma menina? – Ele balançou a cabeça.
–
Quem se importa? É nosso bebê. Meu e da mulher que… da minha mulher.
Abraçou-me
novamente a boca colada em meu rosto.
–
Eu te amo, Arthur.
Pela
primeira vez na minha vida, talvez a última, eu vi meu Todo Poderoso chorar.
Essa imagem jamais sairia da minha mente. A imagem de um Deus aos prantos.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
N/M: Não disse que um já
estava a caminho? Um não... Of’ Esse
capítulo teve picos de amor, ciúmes, apreensão e amor <3 O
que acharam? Aguiar todo emocionado com seu herdeiro a cominho!
***
Ps¹: Essa nota aqui não tem
nada a ver com O Poderoso Aguiar, e
sim com Little Anie. Primeiramente eu queria
dizer que estou bastante decepcionada com a “falta” de comentários das duas últimas
atualizações de sexta-feira. Como sabem, demorei bastante para postar esse
último capítulo, e me dediquei ao máximo para que ficasse muito bom. Mas acho
que não foi isso que aconteceu, pelo menos, para vocês. Porque no eu a ver, ficou
muito bom. E eu não esperava esse silêncio de vocês, de certa forma. Muita
coisa está acontecendo, e muitas vezes pensamos em largar de mão muitas coisas
que gostamos, mas depois paramos para pensar e vemos que isso seria muito difícil.
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de 10 comentários.
Gente!
Pelo amor de Deus. Vocês estavam me cobrando a atualização da história todo
santo dia. E eu posto e vocês nem ligam? Por favor! Eu não costumo ficar
reclamando disso, mas a gente precisa de um retorno de vocês também. Todo
escritor precisa! Como vamos saber se estamos indo bem? Quando a maioria não
diz “pn” desculpem a expressão. Mas eu estou muito chateada, de verdade. E
frustrada demais, eu não estava esperando isso!
***
Com mais de 7 comentários, postarei o
próximo capítulo de O Poderoso Aguiar.
Beijos!
To amando ainda mais quando o Arthur fica todo derretido rsrs
ResponderExcluirTo amando ainda mais quando o Arthur fica todo derretido rsrs
ResponderExcluirAh esse casal é demais!!
ResponderExcluirLua adora provocar o Arthur..... esse casal é fogo.
Que lindo ela está grávida ♥♥ e o Thur chorando!!
Kkkkkkkkk....Lua e Sophia juntas para testar a paciência do todo poderoso.
ResponderExcluirEssas duas são fogo!!
Arthur todo bobo que vai ser papai :O :-D
ResponderExcluirO melhor de tudo e quando a Lua diz que o ama e ele respondendo " Você ja sabe a minha resposta"
Eu achei legal também quando ele fala "É nosso bebê. Meu e da mulher que… da minha mulher."
ExcluirQuase deixou escapar que era da mulher que ele ama ♥
Tem como não se apaixonar cada vez mais por eles?! Amo muito tudo isso.
ResponderExcluirPosta mais amo!!
ResponderExcluirAmi esse Cap. ❤
ResponderExcluirTomara que seja uma menina, mais ai o Arthur endoidar de uma vez, Melhor um menino para ser erdeiro das coisas dele '-'
Meu Deus próximo capítulo por favor tá maravilhoso posta maiss
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