Little
Anie | 2ª Parte
Pov Lua
Confesso
que tive que me controlar para não rir do jeito que Arthur estava falando. Era
bem engraçado toda a cautela com que ele iniciou esse assunto. Realmente acho
que nunca havia vestido uma lingerie vermelha, não para uma noite romântica com
ele. Porque para isso, eu optava por uma branca – ou qualquer outra cor como: azul marinho, ou claro, verde escuro,
amarelo clarinho, preta, vinho. Eu sempre tive a opinião meio diferente nas
cores sensuais que achava, Arthur não ligava tanto assim para cores, mas tudo
mudava quando a cor era branca, no
final o destino das peças íntimas eram sempre o chão ou qualquer outro canto do
quarto, ou dá casa, dependia bastante de onde acabávamos não resistindo – já
sabendo o quanto ele adorava essa cor, em especial, de lingerie.
O fato
era que agora eu tinha que comprar uma lingerie vermelha, não que fosse a coisa
mais difícil, ia ser bem divertido na verdade a parte do sex shop. Eu ainda
segurava a risada enquanto pensava nisso. Arthur fazia umas caretas do tipo: eu sei o que você está pensando. No
entanto, não sabia quando íamos fazer isso, mas tenho certeza de que íamos
fazer do jeito que ele deseja.
– Você
vai parar de rir quando? – Ouvi Arthur comentar afastando-se um pouco de mim e
indo pegar um pão de queijo. – Até já esfriou. – Disse.
– Eu não
estou rindo. – Retruquei.
–
Internamente eu sei que está. – Explicou.
– Não
estou. Só estou pensando aqui... – Sentei-me na cama.
– Em
quê?
– Na
lingerie. – Mordi os lábios para disfarçar a risada que queria escapar.
– Você
gostou disso, Luh. Sei que gostou, sempre gosta de uma safadeza nova. –
Provocou.
– Você
quem começou com esse assunto, não tenho culpa. Eu até gostei disso. – Falei me
virando e ficando sobre ele. Arthur soltou uma risada alta, enquanto tentava
engolir o resto do pão de queijo. – É sério! – Exclamei.
– E-eu
não estou falando o contrário. – Ele disse. – Gostei de saber que você está
considerando isso.
– Não
estou considerando. Eu realmente gostei dessa ideia. – Afirmei.
– Mal
posso esperar para vê-la com uma lingerie vermelha, e uma calcinha comestível.
– Falou mordiscando meu queixo, me fazendo gemer baixinho.
– Eu
também mal posso esperar... – Concordei.
*
–
MÃÃÃÃÃÃÃÃÃEEEEEE... – Ouvi a gritaria de Anie de longe. Ela tinha acabado de
chegar da aula de ballet, e provavelmente estava muito chateada com o pai, já
que ele não foi buscá-la, como havia dito mais cedo.
– Ela
vai ficar chateada comigo. – Arthur murmurou abraçando-me pela cintura.
– Vai
ficar? Ela já está! – Afirmei passando a mão pelos cabelos dele.
– A
gente vai ficar juntinho hoje?
– Não já
estamos?
– O
resto do dia. – Esclareceu.
–
Uhum... – Murmurei beijando a ponta do nariz dele, quando o mesmo ergueu o
rosto para me encarar.
– É um
sim? – Insistiu.
–
Uhum... – Repeti divertida.
– Luh! –
Arthur exclamou depois de revirar os olhos.
– É. É.
É um sim, que chato. – Respondi.
– Não
sou chato. – Se fingiu de ofendido. – Essa é você. – Finalizou ganhando um tapa
meu.
– Mamãe!
Anie
entrou no quarto e caminhou até a cama, sorrindo sem mostrar os dentes. Vale
ressaltar que ela estava ignorando a presença do pai, pois nem o olhava. E eu
já estava vendo no final do dia os dois tristes e Arthur tentando fazer as
pazes com a filha. Ela era bem birrenta quando estava chateada, e tenho que
admitir que a pequena herdou essa teimosia toda de mim. Embora eu nunca
admitisse isso na frente de Arthur. Sorri de um jeito fofo para ela, e estendi
uma das mãos em sua direção.
– Como
foi a aula? – Perguntei quando Anie segurou em minha mão, e eu a puxei de leve
para mais perto da cama.
– Foi
boa. Eu gostei muito. E também tomei sorvete, a senhola, não vai bligar né,
mamãe? – Perguntou receosa, encostando o rosto em meu peito. Arthur afastou-se
um pouco, e eu passei o braço livre ao redor da cintura de Anie, trazendo-a
para mais perto.
– A
mamãe não vai brigar, meu anjo. Você está se saindo uma mocinha muito
comportada. – Lhe disse, depositando um beijo no topo de sua cabeça.
– A
Carol gavou, mamãe. – Me contou.
– É, eu
pedi que ela gravasse, para quando formos ensaiar, a mamãe fazer tudo certo
para ensinar você. – Expliquei.
– A
Carol me disse isso. Vamos ensaiar hoje, mãe? – Perguntou ansiosa.
– Claro,
vamos fazer isso hoje. Mas só a noite, tudo bem? – Anie assentiu balançando
freneticamente a cabeça. Continuei – Agora você vai tomar um banhinho, porque
você está muito suada, depois vai almoçar e em seguida, dormir, ok? E quando
acordar, você pode brincar ou assistir seu desenho preferido. – Finalizei.
– Tá
bom, mamãe. E depois a senhola vai me ajudar?
– Sim,
depois eu irei ajudá-la. – Garanti depositando um suave beijo em sua testa.
– Você
não vai falar comigo? – Arthur perguntou fitando as costas da filha. Anie
balançou a cabeça negando várias vezes e depois respondeu:
– Não.
Estou chateada. O senhor disse que ia me buscar, mas mentiu. A Carol chamou
outo carro. Eu não quelia vim, e ela disse que se eu não visse de carro, a
gente ia vim andando. – Contou. – Não quelo falar com você. O senhor me
enganou. – Disse por fim. Mostrando o quão estava chateada, e quando ela estava
assim, não chamava Arthur de pai, talvez soubesse que isso o deixa triste e
arrependido de não ter feito o que havia dito a ela antes.
– Falei
que ia ficar com a Luh. Que ela não estava se sentindo bem hoje. Quis ficar com
a sua mamãe... – Começou a explicar e era engraçado a cara de "tô nem aí" que Anie fazia
enquanto o ouvia falar. É lógico que eu não me meteria no assunto deles e nem
ia rir dessa conversa, Arthur não me perdoaria.
– E eu?
Você esqueceu de mim lá na escola... – Retrucou magoada e me abraçou mais
forte.
– Eu não
esqueci de você. Pedi que Carol pegasse um táxi quando a sua aula acabasse. Se
eu te falasse isso, você ia ficar tão chateada quanto está agora. – Arthur
explicou emburrado.
– Mas eu
não quelo saber... – A pequena retrucou.
– Aah,
Anie! Tudo bem, não vou mais ligar também. – Ele revidou. A última parte era
mentira, eu tinha certeza.
– Quer
que a mamãe vá dar banho em você? – Perguntei colocando alguns fios de cabelo
dela para trás da orelha.
– Luh? O
que você acabou de dizer mesmo? – Arthur perguntou me encarando.
– Quelo,
mamãe! – Anie envolveu os braços em meu pescoço.
– Você
disse que ia ficar comigo. – Arthur reclamou.
– Você
vai ficar comigo né, mamãe? – Agora foi a vez de Anie de me perguntar.
–
Luuuuaa...
–
Mãããããeee...
–
Aaaaaaaaaah! – Exclamei. – Vocês são dois chatos quando resolvem ficar de
implicância um com o outro. – Falei me levantado da cama e colocando Anie no
chão.
– Não
estou de implicância com ela. – Arthur se defendeu.
– Está
sim, e pode para! Eu vou banhá-la e depois tomar o meu banho. – Expliquei antes
de sair do quarto, e ir em direção ao quarto de Anie.
– Você
volta? – Ouvir Arthur perguntar em um tom divertido. Revirei os olhos sem olhar
para trás.
*
– Nós
ainda vamos amanhã no shoppling? – Anie me perguntou enquanto caminhava para o
banheiro. Ri baixinho de sua confusão com as palavras.
– Vamos.
Não falei que sim?
– Falou,
mamãe.
– O que
a sua professora falou hoje na aula, meu anjo? – Perguntei curiosa enquanto
ligava o chuveiro e a pequena andava até o mesmo.
– Que
estamos indo muito bem, mamãe. – Ela abriu um lindo sorriso ao falar. – Ela deu
palabéns. – Completou. – Sabe que eu e a Meg vamos dançar na fente? E ah, a
Lily e a Bia também. – Finalizou.
– É meu
amor? E o que você achou disso? – No fundo meu coração estava a ponto de
explodir de felicidade.
– Eu
gostei muito, mamãe. – Anie começou a pular, ela sempre fazia isso na hora do
banho e eu morria de medo que ela caísse e acabasse se machucando.
– Não
pule. – Pedi séria.
– Tá,
mamãe. Não vou mais pular. – Garantiu e se apoiou em meu ombro quando comecei a
passar o sabão pelo corpo dela. – Chelinho de neném... – Ela riu alto.
– Sim,
meu amor. Seu cheirinho. – Sorri apertando levemente a ponta do seu nariz.
– Posso
comer batata-frita?
– Filha,
todos os dias você quer comer batata-frita. – Lhe disse.
– É que
eu gosto muitão! – Exclamou pulando outra vez. – Oops... – Lembrou-se colocando uma das mãozinhas na boca.
– Oops,
mesmo. – Repeti. – E o correto é muito,
muitão não existe. – Corrigi.
– Tá...
Me desculpa, mamãezinha. – Pediu segurando meu rosto com as duas mãos. Ri desse
seu jeito.
– Você
não é fácil, filha. – Me levantei, já que estava abaixada, para ficar da altura
de Anie. – Vem, deixa eu passar shampoo nos seus cabelos.
Terminei
de banhá-la, e a ajudei a vestir uma roupa, penteei seus cabelos e depois a
levei até a escada, Carol já tinha vindo avisar que o almoço estava pronto.
Anie desceu os degraus e sumiu rumo a cozinha, voltei para o quarto e Arthur
ainda estava deitado na cama, mas agora mexia no celular.
– Achei
que não ia mais voltar. – Ironizou.
– Eu
falei que vinha tomar banho. – Falei indo em direção ao cabide pegar minha
toalha de banho.
– Luh?
– Oi. –
Respondi ao chegar na porta do banheiro, virei meu rosto para olhá-lo.
–
Podemos sair mais tarde? Pode ser até uma volta na praça. – Ele encolheu os
ombros de um jeito fofo ao terminar de falar, que era até impossível negar.
–
Podemos, amor. Podemos... – Respondi e entrei no banheiro.
Tomei um
banho rápido e quando saí do banheiro, Arthur não estava mais no quarto. Me
enxuguei e vestir um vestidinho leve e saí do quarto após deixar a toalha
pendurada novamente no cabide.
Desci os
degraus e Anie já estava na sala, deitada no sofá com um mamadeira na boca,
rindo de um desenho que passava na TV, Carol estava ao lado dela e também a
acompanhava na risada. Passei pela sala e cheguei a sala de jantar onde Arthur
estava com Mel. Os dois conversavam distraidamente e eu segui para a cozinha
para avisar Carla de que eu também iria almoçar. Logo depois, voltei para onde
os dois estavam e me juntei a eles – logo senti que trocaram rapidamente de
assunto, mas fingi não ter notado.
– Desculpe
não esperar você para almoçar. – Arthur pediu me olhando atentamente.
– Tudo
bem. – Respondi baixo dando de ombros.
– O irão
fazer hoje à tarde? – Mel nos perguntou.
– Vamos
dar uma volta, não é amor? Quando Anie dormir, sabe como é quando ela está
acordada. – Arthur respondeu, assenti a sua pergunta anterior.
– Irá
querer ir... – Mel completou rindo.
– Com
toda certeza. – Arthur afirmou. – A gente tinha pensado em passar o dia juntos,
acho que não vai funcionar. – Ele notou negando com a cabeça.
– Eu
ajudo a cuidar da Anie. – Meu se dispôs.
–
Obrigada, amiga. Mas o problema não é esse... – Tentei explicar. A verdade era
que não tinha problema nenhum. – É que eu não consigo ignorar que minha filha
está aqui e que talvez precise de um de nós dois... Não consigo ir e deixá-la
chorando, porque sei que ela irá chorar. Nem que seja por um dia, quando essa
criança nascer, você vai saber melhor o que quero dizer. – Finalizei.
E essa
foi a explicação que consegui dar: não
tinha como sair de casa sabendo que Anie ficaria chorando, ou iria chorar
quando se acordasse – caso estivesse dormindo – chamando por um de nós. Ou até
mesmo, não tinha como nos trancarmos no quarto sabendo que a pequena estava em
casa, querendo estar junto de nós.
Fato que
as vezes Anie me irritava bastante – mas até que ultimamente ela estava se
comportando. Não sei qual era o motivo, só sei que talvez essa fase possa ser
passageira e que amanhã mesmo ela poderá acordar e sair correndo pela casa toda
ou ficar fazendo manha o dia todo –. Quando temos filho nessa idade, acabamos
perdendo um pouco da nossa liberdade e até mesmo, da vontade de ficar fora de
casa por mais tempo, sabendo que deixamos alguém lá. Pensamos em ligar o tempo
todo, porque somos egoísta o bastante para aceitar que outras pessoas cuidariam
deles tão bem quanto nós, ou até melhor que nós.
Também
era fato que tanto eu quanto Arthur, merecíamos um tempo só para nós, como
casal. E estava difícil arrumar, porque mesmo ele não querendo admitir, ele
também não queria deixar Anie aqui. Teríamos que seguir conciliando as coisas,
mesmo sabendo que talvez eu estivesse tentando dificultá-las mais ainda. Não
que fosse minha intenção.
– Eu entendo,
Luh. – Mel concordou calma. – Só quero dizer que se resolverem sair, que saiam
despreocupados. – Sorriu gentilmente. Retribui.
–
Obrigada. – Agradeci novamente.
–
Obrigado, Mel. – Arthur sorriu.
– Achei
que ia chover hoje. – Ela mudou de assunto.
– Eu
também, amanheceu muito nublado... – Arthur concordou.
– Vocês
também resolveram tirar umas férias? – Ela apontou para Arthur.
– Mais
ou menos, foi uma feliz coincidência. Acho que estou aproveitando as férias da
Luh. – Arthur contou. – Quando fomos a Liverpool, resolvemos metade dos
assuntos que tínhamos que resolver, falta pouco mais de três meses para
começarem os shows e toda aquela correria.
– Vocês
não vão ensaiar? – Mel franziu o cenho.
–
Digamos que já vínhamos fazendo isso. Temos uma reunião na sexta-feira de
manhã. – Disse, e disso eu não sabia. – Vamos falar sobre outras coisas. Quero
aproveitar com a Lua e a Anie antes de ficar ausente por algumas semanas várias
vezes por mês até o começo de dois mil e dezesseis. – Finalizou.
– Você
volta a trabalhar no começo de novembro, Luh? – Agora Mel direcionou a pergunta
a mim.
– Sim,
em novembro. – Afirmei. – Acho que até lá já vou estar mal-acostumada. –
Brinquei.
– A
gente se acostuma rápido com umas férias prolongadas.
Concordei
com um manear de cabeça e terminamos de almoçar entre uma conversa e outra.
Quando retornamos para a sala, Anie já havia adormecido. Arthur a levou para o
quarto e depois do almoço e da mamadeira que ela tinha tomado, era bem provável
que só acordasse lá pelas três e meia ou quatro horas da tarde.
Voltamos
para o quarto, Mel tinha ido tirar um cochilo também. Ia dar meio dia e meia.
– Você
não me disse que ia ter um outro compromisso na sexta-feira. – Comentei ao me
sentar na cama e Arthur me encarou deixando o controle da TV de lado.
– John
me ligou hoje pela manhã. Você tinha ido banhar Anie. E a reunião é de manhã,
eu sei que anoite tem a apresentação Anie. – Garantiu. – Algum problema? –
Perguntou. Não. Não tinha nenhum, eu só queria ter ficado sabendo disso antes.
– Nenhum...
– Levantei indo até o banheiro.
– Você
quer assistir um filme? – Ele me perguntou um pouco alto.
– Não,
mas se você quiser, pode assistir. – Respondi.
– Você
sabe que não está colaborando muito para um programa de casal, mesmo que ele
esteja quase indo literalmente para o ralo. – Reclamou.
–
Arthur, não gosto de assistir filmes e disso você e todo mundo estão cansados
de saber. – Esclareci quando saí do banheiro e caminhei até a cama.
– O que
vamos fazer então? O clima esquenta, você corta. Eu sugiro um filme, você não
gosta. Eu sugiro um passeio, só mais tarde. Não quero ficar o dia todo nessa
cama, Lua. Isso não é um programa de casal, um olhando para a cara do outro sem
fazer nada! – Exclamou frustrado. – Meu sinônimo de passar um dia juntinho com
você não tinha como significado não fazer nada.
– Foi
você quem deu a ideia...
– E você
está reclamando? – Me encarou perplexo.
– Não.
Só que eu não sei se você percebeu, mas está colocando a culpa de nada não ter
dado certo, em mim.
– E eu
colocaria em quem mais? Se você é a minha mulher que diz não para tudo?
Desculpa, mas não tem uma outra pessoa entre nós.
– Eu não
quis dizer isso. E também não quero discutir com você. – Deixei claro.
– Eu
também não quero discutir com você. Eu nunca quero. Só que você não colabora. –
Reclamou. – E você sabe que eu estou certo. Não me olha assim. – Disse quando o
olhei com cara de "É mesmo" e revirei os olhos em seguida. – Não
vamos brigar hoje... – Ele puxou minhas pernas para cima da cama e deitou entre
elas, ajeitando-se sobre mim. – Você é muito teimosa.
– Disso
você sempre soube. – O lembrei.
– Achei
que talvez fosse melhorar com o tempo.
– Você
se enganou. – Ri.
– Agora
vejo que sim. – Ele também riu. – Vaai... Vamos sair agora, Luh. Não quero
ficar aqui. Sério, cansei de ficar deitado. Vamos dar uma volta, podemos ir a
uma lanchonete, confeitaria ou algo do tipo. Aqui por perto, ou em outro lugar
se você quiser...
– Só se
você comprar uns muffins com gotas de chocolate para mim. – Pedi mordendo
levemente sua orelha. – Estou com muita vontade de comer. Faz tempo que não
como um... – Contei puxando levemente seus cabelos.
–
Prometo que comprarei quantos você quiser... – Arthur murmurou roçando o queixo
em meu pescoço. Soltei um suspiro e mordi os lábios, antes de morder levemente
o ombro direito dele.
– Eu
gosto das suas promessas. – Comente.
–
Aprendi a ser bom em relação a isso. – Confessou em um tom orgulhoso.
–
Ultimamente eu não tenho do que reclamar. – Falei e senti Arthur apetar minha
cintura, fazendo-me subir um pouco mais sobre o colchão. – Deixa eu trocar de
roupa, ou vamos acabar não saindo daqui. – Ele riu contra o meu pescoço e
afrouxou o aperto em minha cintura.
– Você
fez algum curso de como fugir do próprio marido? – Perguntou sarcástico e me
olhou.
– Eu não
estou fugindo. Pelo que estou vendo, você está bem em cima e muito junto de
mim. – Apontei para os nossos corpos.
– Você
sabe muito bem que não é disso que eu estou falado. – Arthur disse e rolou na
cama, deixando-me por cima. Coloquei uma perna de cada lado de seu corpo e
passei os lábios da extensão de seu pescoço, até chegar aos seus lábios.
– E do
que é que você está falando? – Provoquei passando os lábios nos dele. Os
afastei rapidamente quando Arthur tentou me beijar.
– É
disso que estou falando. – Respondeu segurando firme em minha cintura, me
forçando para baixo, e levantando os quadris para completar a provocação. – Podíamos
passar o resto da tarde com essas provocações. Só não garanto que iria parar
nelas. – Falou por fim, sussurrando em meu ouvido. Soltei um gemido e deixei
uma de minhas mãos descansar sobre o peito de Arthur, enquanto eu me apoiava
com meu braço esquerdo no colchão.
– Você
nem sabe brincar... – Reclamei e ele riu.
– Não
tenho culpa se você não colabora para isso também.
– Enfatizou a última palavra. Lhe dei um tapa antes de tentar sair de cima
dele. – Você não aguenta, Blanco.
– Você
que pensa. – Disse e saí correndo até o closet. Escutei a risada de Arthur se
aproximar.
Tirei
minha roupa rapidamente e procurei por uma bermudinha jeans. Arthur estava ao
meu lado, já vestindo a bermuda dele e depois pegou a camisa gola polo e
vestiu. Passou as mãos pelos cabelos, bagunçando-os. Ele penteava apenas quando
ia sair para um local onde as pessoas realmente reparariam se ele estava bem vestido
e com os cabelos impecavelmente arrumados. Calçou uma sandália azul, combinando
com a blusa e pegou o perfume. Sim, eu estava atenta a tudo que ele fazia.
– Vai
ficar me olhando aí é? – Perguntou divertido.
– Você
tira a minha concentração. – Revirei os olhos e virei o rosto para esconder um
riso.
–
Normal, eu vivo tirando a concentração das pessoas. Especialmente de mulheres. –
Afirmou convencido.
– Mo-dés-tia,
cadê você? – Zombei.
Peguei a
bermuda que estava procurando e vesti, já prevendo que Arthur reclamaria que o
comprimento estava curto demais. Ele sentou-se na poltrona que ficava ali e eu
nem precisava olhar para trás para ter certeza de que ele me olhava. Peguei uma
blusa branca de renda e vesti. Calcei uma sapatilha azul, com detalhes branco e
marrom, prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto. Passei rapidamente rímel e
batom. Virei para encarar Arthur que eu tinha certeza que me encarava de volta.
Ele me fitou de cima a baixo e subiu novamente parando em minha bermuda.
– Não
vamos discutir porque você vestiu novamente uma bermuda curta. – Comentou
levantando-se.
– Que
bom que pensa assim. – Sorri mordendo os lábios.
– Não
entendo porque você compra bermudas rasgadas. – Arthur revirou os olhos.
– É
moda. – Falei óbvia.
– Moda. –
Ele repetiu sem vontade.
Arthur
segurou em minha mão quando passamos pela porta do quarto. Avisei a Carla que
iríamos sair, pedi que tanto ela quanto Carol ficassem de olho em Anie.
Chegarias no final da tarde e ela não precisava ligar – mesmo porque não iríamos
levar celular.
Preferimos
ir andando, o tempo estava bom para uma boa caminha.
Pov
Arthur
Estava
ventando bastante, era típico da estação. Era final de setembro, o outono havia
chegado, as folhas ainda não tinham começado a pintar o chão. Chovia quase
todos os dias, mais no final da tarde. E eu desejava especialmente, que hoje
essa chuva resolvesse não cair.
Lua
apertava cada vez mais forte minha mão, estava fazendo frio, mas nada que não pudéssemos
suportar. Já ia fazer quase meia hora que estávamos caminhando.
– Falei
que a bermuda era curta. – Comentei sem olhá-la. – Agora está aí com frio.
– Você também
está com frio. – Ela me mostrou língua.
– Não
estou demonstrando.
– Aaah,
amor! – Exclamou me empurrando para o lado. – Espero que não chova. – Disse olhando
para o céu.
– Eu
pensei nisso. – Falei chutando algumas pedrinhas enquanto andava.
–
Olha... – Apontou para uma árvore. – As folhas estão bem amarelas, mas ainda
nem começaram a cair.
– Outono
é bem preguiçoso... – Ri. – Você vai ver o chão coberto de folhas lá para o
final de outubro.
– Preciso
comprar roupas de frio para Anie e outras roupas de sair. Ela está perdendo as
roupas muito rápido e os sapatos também. Tenho que arrumar o closet dela para
separar as roupas que ela não vai mais usar, para doar.
– Não
vão ser poucas. – Comentei e Lua concordou com um manear de cabeça.
– Vou ao
shopping com ela amanhã depois do ballet. Você vai querer ir?
– Não.
Fazer compras não é a minha praia.
–
Haha... Porque é a minha. – Falou irônica.
– Vamos
entrar aqui... – Falei quando paramos em frente a uma confeitaria. – Muffins
com gotas de chocolate, certo? – Perguntei.
– Sim, e
chocolate quente também. – Me disse.
– Ok,
vou pedir.
Pov Lua
– Vou
ficar naquela mesa ali. – Apontei para uma mesa que ficava um pouco afastada
das outras. Arthur assentiu.
Eu não gostava
de ser observada enquanto comia e era isso que iria acontecer – já estava
acontecendo –. Algumas adolescentes estavam cochichando olhando de mim para
Arthur. Não era como se não conseguíssemos sair de casa por conta do assédio.
Porque na maioria das vezes os fãs respeitavam bastante nossa privacidade. Era
mais para cima de Arthur mesmo – e dos outros meninos – as vezes com Anie, eu
não gostava muito que ficassem tirando fotos dela. Era só uma criança e ela se
sentia muito incomodada quando as pessoas se aproximavam com flashes. Arthur
também concordava comigo.
Eram só fotos
e autógrafos – era isso que eu percebia quando estava por perto – Arthur nunca
me falou que alguém pediu algo a mais que isso. Era até engraçado pensar nessas
coisas, mesmo tendo toda certeza que não seria nada engraçado saber delas, caso
elas existissem.
Ele não
demorou mais que cinco minutos e logo caminhou para a mesa com uma bandeja nas
mãos.
– Trouxe
com gostas de chocolate para você e de chocolate para mim. – Falou e sentou-se em uma das cadeiras, colocando
dois muffins em filha frente com um copo de chocolate quente.
–
Obrigada. – Agradeci lhe jogando um beijo.
– Vou
levar cupcakes para a Anie. – Comentou.
– Quer
fazer as pazes com ela usando cupcakes? – Ri divertida.
– Claro
que não. – Ele revirou os olhos. – Ela gosta, vou levar...
– Vamos
ao Hyde Park? – Pedi mudando de assunto. Ficava perto de Bayswater, o bairro
que nós morávamos. E estávamos a poucos minutos do mesmo.
– Vamos
sim. – Ele sorriu.
Terminamos
de comer e depois Arthur levantou-se, indo pagar o que havíamos consumido. Eu
segui atrás dele, e ele pediu que eu escolhesse alguns cupcakes para levar para
a Anie. Escolhi uns cinco, todos com cobertura diferentes, dentre elas, uma com
morangos, a pequena amava morangos.
Pov
Arthur
– Quer
caminhar hoje só porque passei a semana toda te chamando de sedentária é? – Ri
baixo quando Lua me empurrou e emburrou a cara.
– Eu não
tenho inveja de você. – Me mostrou língua.
– Eu sei
que não. Nossas diferenças se completam, gosto disso. – Lhe disse. – Não acha? –
A abracei de lado e lhe dei um beijo na bochecha.
– Acho. –
Respondeu levantando a cabeça e olhando em meus olhos.
– Já
estamos quase chegando... – Apontei para a frente, onde já podíamos enxergar
algumas árvores em tons alaranjado, amarelo e marrom.
– Parece
até que o sol quer aparecer. – Lua comentou.
– Sim, é
bom mesmo. Melhor do que se resolvesse chover. – Comentei olhando para o relógio.
– Que horas
vai dar?
– Quatro
horas. – Respondi.
– Anie
já deve ter acordado.
–
Aham... E se não chorou, deve estar emburrada. – Pontuei.
–
Achando que vamos deixá-la sozinha.
– Vocês mentilam para mim... – Imitei-a,
fazendo Lua rir.
– Bem
desse jeito. – Concordou ainda rindo. – Aaaaah... amor... – Lua começou e veio
para a minha frente, me abraçando com força. – Não conseguimos mais viver sem
isso, não é? – Perguntou baixo, próximo ao meu ouvido. Concordei balançando a
cabeça e a abracei pela cintura.
– Não conseguiríamos
mais viver sem nada disso. – Afirmei.
– Te
amo, tá? – Sussurrou. – Muito. – Completou.
– Eei...
– Chamei sua atenção, enquanto beijava sua bochecha. – Eu também amo você,
minha linda. – A abracei mais forte. – Muito, muito, muito.
–
Muito... – Não era uma pergunta.
– Muito.
– Repeti. – Vem, vamos dar mais uma volta, aí vamos embora.
– Tá
bom. – Ela sorriu e segurou em minha mão, voltamos a caminhar.
Continua...
Se leu,
comente! Não custa nada.
N/A: Demorei, mas voltei.
Dessa vez a demora foi de duas semanas. Confesso que cheguei a achar que
estudando apenas três dias na semana, eu ia conseguir mais um tempo para me
dedicar a escrever Little Anie. Agora vejo que me
enganei completamente. Olhando agora, já passamos da metade do mês de julho –
Hoje já é 17.07 – e eu praticamente não avancei muito com a história. Queria
poder estar mais adiantada com ela, mas estou fazendo o que posso.
Espero de coração que estejam realmente
gostando :D
O que acharam dos looks? Visualizaram
os links? :P
Valeu a pena esperar todo esses dias
para a atualização do capítulo? Espero que sim, hein?! <3
Tentei focar no casal, mas não tinha
como ignorar completamente a Anie. Por isso ela apareceu um pouco no capítulo
que era para ser só de LuAr. :-) <3
Será que a pequena vai fazer as pazes
com o pai? Haha bem denguinho ela – e birrenta, vou nem citar para quem ela puxou
haha.
PS¹: Só queria fazer um
pedido, Little
Anie está tendo muitas visualizações, e isso me deixa muito
feliz. Obrigada, mesmo. Não sei se
estou no direito de ficar pedido alguma coisa. Eu só
queria que comentassem mais. Se entrosassem mais. Participassem mais. Pode ser? Isso iria
me deixar ainda mais feliz :D
Beijos, e boa semana a todos!
Anie é uma fofa
ResponderExcluirPosta maiss
ResponderExcluirAmei o capítulo
ResponderExcluirBy'anninnhak
Amei e quero mais ��
ResponderExcluirMilly com certeza valeu a pena esperar todos esses dias,como todos os seus capítulos eu sempre fico na expectativa para o próximo.
ResponderExcluirEu não aguento o Arthur e a Anie eles são fofos até brigando kkkk e eu adorei a lua e Arthur passeando juntinhos *__*
Amei o capítulo,amei os looks ou seja amei tudo kkkk
Caroline
Fico feliz que tanha amado tanto assim, Caroline. É sempre tão bom saber disso. Obrigada <3
ExcluirEu sempre fico sem palavras com cada cap. novo de little anie. seria uma maravilha um livro #SóAcho. Eles hoje estavam um amorzinho (como sempre neh kkk)mas isso me fez lembrar q em breve vai haver a separação (o coração ñ aguenta ). Milly , meu anjo o nossa espera por uma atualização sempre vale a pena =D. os looks sempre maravilhosos , nos ajuda muito a imaginar melhor como eles estão e oq estão fazendo . Xx adaline
ResponderExcluirWow, Adaline <3 Sou muito grata por todo esse incentivo. Obrigada, de verdade. Quem sabe um dia... Óó <3
ExcluirEles tentam ter um dia de casal mas a Anie não deixa hahah ela é uma fofa e o Arthur volta a ser criança quando está com ela!! Essa "briguinha" dos dois é a melhor hahah. Lua e seus shorts curtos para provocar o Arthur ��.
ResponderExcluirHelena
Ta top ;) gostei do capitulo Milly. Arthur sendo ignorado por Annie foi tudo kkkkkkkkkkkk...
ResponderExcluirA lua e o Arthur estavam precisando desse tempo MSM ameii!!!! �� milly pelo amor de deus a lua e o Arthur precisam de outro filho tenho tanta do dos dois !!! Acho que a história só ia fica mais perfeita do que já é!!!
ResponderExcluirAdooooorando a web *-* millyyy eu fico maluquinha quando não tem web kkk que fofinhas anie fazendo birra, esse casal e maravilhoso S2 Thur sempre implicando com a a roupa da luuh kkk amoo quando vc mostra os looks continue assim.
ResponderExcluirFany
Adorei o cap!! As vez Lua é meia chata o Arthur é tão amozinho com ela e ela é sempre fugindo!
ResponderExcluirAnie e Arthur não tem jeito, Lua também não colabora com o em nada que Arthur sugeriu kkk , posta mais logo!
ResponderExcluirNão vejo a hora do Arthur ensinando balé à Anie kkk, Lua e Arthur mereceram esse tempo sozinhos. Taty
ResponderExcluirAdoro essa web!!
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