15 dias para confessar - ex melhor amigo

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Pov Narrador 

     Esconder as coisas nunca deu certo em nada. Para quê esconder? Irá resolver? Irá melhorar? Irá passar em branco? Não. Às vezes só tem tendência a fazer agravar as factos. 
Foi o que aconteceu aqui. 

     Após a conversa menos agradável com John, amigo de Arthur, desde o secundário, o médico acabou por se sentir mal, chegando a perder os sentidos tamanha foi a raiva que sentiu no momento. Arthur foi então depois encaminhado para o hospital onde passou o dia. 
     John. O amigo que sempre esteve do seu lado. Sempre o apoiou em todas as decisões. John que sempre o defendia quando Arthur discutia com Gaspar sobre a relação que mantinha com Kim em vez de Britney. Ele sempre torceu para que Arthur ficasse com Lua. A relação deu certo e dará em breve frutos. Arthur chegou a pensar que iria convidar John para ser padrinho de um dos seus bebés.
 
     O mundo virou de cabeça para baixo. O que era verdadeiro agora já não é. O que era branco, agora é preto. O que era sincero, agora não passa de uma mentira. O que antes era chamado de amizade, agora passa a se chamar de deslealdade. 
     Arthur só queria entender porquê. Qual a razão de ele fazer tudo isto? O que é que ganhou em troca? E o almoço que tiveram juntos em que partilharam a notícia da gestação de Lua? As gargalhadas? As novidades? O abraço do reencontro? Tudo isto foi em vão? Tudo isto não passava de uma máscara para que John pudesse esconder a verdade?

     Mas agora milhares de perguntas vagueavam na cabeça de Arthur. Quer dizer que foi John que matou aquelas mulheres? Foi ele que incriminou Arthur com a seringa entre meio das suas coisas, no hospital? E os ataques à sua casa? As ameaças? O seu carro destruído? E a sobredosagem do tratamento de Bella? Teria sido ele também?

(…)

- Vou te passar baixa. – Avisou Louis quando Arthur já se encontrava pronto para sair do quarto onde permaneceu durante umas horas. – Uns dias em casa irá te fazer bem… mantém-te ausente de tudo isto. Deixa os problemas com profissionais. Foca na tua mulher. – Louis e Lua riram, apesar do momento ser sério.
- Achas que consigo mesmo? – Arthur suspirou e levantou-se da cama, já vestido adequadamente. 
- Agora vais contar-me tudo o que me escondeste. – Lua apontou o dedo contra a cara do marido.
- Lua, por favor. – Pediu Louis. – Ouviste o que acabei de dizer? Ele precisa de descanso. Não é natural um médico profissional obter estes resultados stressantes em exames. 
- Os resultados são fruto das mentiras que ele me contou estes dias.
- Lua… - Arthur abanou a cabeça negativamente, totalmente cansado.
- Tudo bem. – Lua levantou os braços e saiu do quarto. 

     Louis acompanhou-o até à saída do quarto, dando duas palmadinhas de aconchego nas costas de Arthur. Este agradeceu os cuidados e saiu de mãos dadas com a mulher. 
     No caminho para casa, apesar do cansaço visível nos olhos de Arthur, Lua fez questão de fazer mil e uma perguntas. 

- Porque é que me escondeste que fizeram aquilo à nossa casa? Eles destruíram completamente o quarto dos nossos bebés. Pior, tu escondeste-me isso e inventaste que estavas com saudades da casa da tua mãe para que, nestes dias que passamos lá, os metres arranjassem tudo para que eu não me desse conta de nada. Agora entendo o teu nervosismo na sexta-feira. Diz-me… não era mais fácil me contares tudo? – Perguntava ela agarrada ao volante do carro. Arthur olhava para o lado exterior do carro através da janela fechada. – Depois ainda foste chamado para falares com o Luke, testemunha cujo filho viu um suspeito a sair da nossa casa. Para piorar, reconheceram o gajo e tu até agora ainda não me disseste quem é. – Lua bate no volante do carro extremamente irritada. – Porque é que carregas tudo sozinho? Porque é que não desabafas comigo? Porque raio é que casamos se tu não falas comigo sobre os teus problemas? Somos amigos acima de tudo! Lembraste? Éramos melhores amigos. E ainda o somos, que eu saiba. 
- Já acabaste? – Foi apenas o que Arthur respondeu. 

(…)

     Após um dia de descanso, Arthur não voltou a ser incomodado por ninguém, nem mesmo por Lua, visto que ele passou a noite no quarto de hóspedes. Não por estar chateado com Lua, pelo excesso de perguntas que esta lhe vez, mas sim por precisar de espaço. Por precisar de se acostumar com a ideia de que perdeu os amigos que pensava que tinha. 

Flash Back on.

- O que é que ele está aqui a fazer? – Perguntou Arthur aos guardas, após passar para o outro lado da sala. 
- O que é que acha? – Perguntou o agente como se fosse óbvio. – O sujeito suspeito foi reconhecido por alguns populares e todas as pistas indicavam para este sujeito. Ele próprio confessou o crime. – Explicou o guarda. – Em princípio não será necessário ir a interrogatório por já ter confessado o crime. Iremos apenas a julgamento daqui a uns dias e depois o juíz lá decidirá a pena.
- Diz-me que isto é mentira. – Pediu Arthur, sentando-se em frente ao ex melhor amigo. – Diz-me que isto não passa tudo de um engano. Caralho John! – Gritou Arthur. – Eu metia as mãos no fogo por ti. Porque é que me fizeste isto? Eu era teu amigo, merda! Eu ajudei-te tanto. Almoçamos à uns dias atrás e é isto que me fazes? Porque é que me mentiste? Como é que tiveste coragem de fazer tudo isto?
- Eu estava à rasca, meu… eu precisava de dinheiro. 
- Dinheiro? Pedias-me caralho! Pedias-me! – Voltou a repetir Arthur. – Tu sabes que eu nunca te negaria uma coisa dessas. Olha o que foste fazer à tua vida, seu sacana! Quase acabaste com a minha! – Arthur começou a desesperar. Os calores e os nervos tomaram conta de si. 

     John agora confessava o crime, mais uma vez, falando de um “ele” que parecia ser o “chefe” da gatunagem para a qual trabalhava. Porém, o coração de Arthur palpitou tão rápido, tão forte, que o fez apagar completamente, caindo da cadeira ao encontro do chão. 

Flash back off.

     Após um banho, Arthur desceu até à cozinha, onde se encontrou com a sua mulher, acabada de chegar do trabalho. 

- Tenho novidades… - Ela mordia o lábio. – O tribunal ligou-me… já sei de tudo. – Arthur sentou-se no balcão e pegou numa maçã, aprontando-se para a morder. – Eu lamento, Arthur. Vocês eram tão amigos…
- Shiu. – Pediu ele. Levantou-se do balcão e abraçou-a. – Isto já acabou. É o que mais importa aqui. Vamos focar em nós, por favor. Para mim, o John morreu.

(...)

Notas finais:

BOAAAAAAAAAAAS!

Pessoal, o John era um dos melhores amigos do Arthur. Aquele em que, num destes últimos capítulos, foi almoçar com ele e com a Lua. Revejam aqui e aqui .

Eu adorei este capítulo. Não sei, acho que é o começo para o fim da fic. As coisas finalmente estão a ajeitar-se e tal. Pode ser que agora eu só foque na gravidez. Ou não. Será que fica tudo por aqui?

O que é que acham?

Bora lá aumentar os comentários. Amanhã ou sábado estou de volta!!


5 comentários:

  1. Affs o Arthur perdendo todas as suas amizades, mas a Web está muito boa ! *-*

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  2. kkkkkk agora lembrei dele kkk haaaaaaa Lua ta foda gravida kkk ameiii o caap ansiosa por mais :)

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  3. Eu ainda acho que não é só ele, tem mais gente envolvida nesse história. Ainda tem aquele Gaspar (eu acho) que matou a Britney. Ansiosaaaa para o próximo

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  4. Que bom que está tudo se resolvendo e que pena que a fic está acabando :( :(.Esse Jonh podia entragar o Chefe(que acho que é Gaspar)

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  5. haaaaaaaaaaaaaa amo essa web ansiosa pros nenem nascerem :)

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