15 dias para confessar - mentira?

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Pov Narrador


     Passaram-se algumas semanas e mais nada foi dito à cerca dos últimos acontecimentos.
     A verdade é que o inspector a quem foi ordenada a suspensão do trabalho foi colocado "contra a parede" e nada conseguiram tirar dele. Aqui a questão não é o facto de não terem "conseguido" tirar nada. Efetivamente, não havia nada para ser tirado. Não havia sido ele quem cometeu o desastre na casa de Kim durante a ausência de Arthur.
     Ao início, foi complicado deixar Lua sozinha. Tanto ela quanto Arthur estavam com medo de que mais alguma coisa pudesse acontecer e que fosse tarde de mais para apanhar quem anda a cometer todos estes incidentes.

     Para o presente dia, após o trabalho, Lua ia até ao hospital acompanhada da sua sogra, Anne Blanco, para proceder à ecografia de rotina ao bebé. A transferência de médicos já havia sido pedida e aceite. Arthur agora era o seu médico.
     Esperou um pouco até poder entrar. Naquele corredor, haviam tantas outras grávidas com barrigas maiores que a sua. Lua ansiava pelo crescimento da sua barriga e pelas mudanças físicas que irá sofrer com a gravidez.

- Hoje a minha chefe perguntou-me se eu estava grávida. - Comentou Lua. - Acha que já dá para notar?
- Bom, realmente, para o tempo que tu estás, a barriga já se nota. Mas também hoje estás com esse vestido justinho. - Anne sorriu. - Prepara-te, daqui para a frente será sempre assim.
- Eu até gostei. - Lua sorriu e olhou para a sua barriga. - Ela elogiou-me. Coisa que é raro acontecer. - As duas gargalharam.
- Lua Blanco? - Uma senhora na casa dos quarenta anos chamou-a. Ouviu o seu sobrenome ainda lhe fazia confusão e um certo frio na barriga. Mas adorava ter o privilégio de ser chamada daquele jeito.
- Sim. - Lua levantou-se.
- Pode me acompanhar. - A senhora sorriu-lhe.

     Lua e Anne levantaram-se e foram guiadas até à sala de trabalho de Arthur. Este, vestido com a sua bata de médico, recebeu as duas com um beijo discreto e fechou a porta. Assim, pôde beijar a sua mulher à vontade.


- Como estás?
- Ansiosa! - Lua sorriu e deitou-se na maca mesmo sem ele pedir.
- Calma. - Arthur riu. - Isto serve só para ver se ele está bem e fazer algumas medições do seu corpinho.
- Estás ansioso também?
- É claro que sim, mãe. - Arthur riu.

     Arthur ligou os aparelhos necessários, procedeu à colocação do gel na barriga de Lua, que teve de levantar o vestido por completo, e preparou-se para ver o que realmente ali importava: o bebé.
A imagem apareceu no pequeno ecrã. As imagens não eram muito nítidas e só Arthur as conseguia entender. Lua bem tentava procurar algo ali mas não conseguia perceber o que ali se passava.


- Arthur... - Chamou a sua mãe. Ela olhava para a televisão um tanto... chocada.
- Mãe... - Arthur estava tal e qual. Ele continuou a mexer o aparelho de um lado para o outro para ter a certeza do que realmente estava diante dos seus olhos. De repente, levanta-se da cadeira e coloca as mãos à cabeça.
- O que é que se passa? - Lua fica nervosa com a reação dos dois e levanta a cabeça para olhar para Arthur.
- Lua... nós... são dois. São gémeos.
- O quê? - Lua não queria acreditar. - São gémeos? Mentira?
- É verdade! - Arthur gargalhou. - Caralho! - Arthur riu ainda mais e não conseguia deixar de olhar para aquelas pequenas imagens. - Estás a ver o coração aqui? - Ele apontou. - Dois bebés. - Arthur continuava a não acreditar assim como Lua que não conseguia pronunciar nada.
- Muitos parabéns! - Disse Anne, abraçando o filho por trás sem tirar os olhos do ecrã. Os dois choravam de emoção.
- São nossos, Lua. - Arthur abraçou Lua, apesar de a mesma continuar deitada e sem acreditar no que ali estava a acontecer. - Ainda não acreditas? - Perguntou ele com lágrimas no olhos. - Olha aqui. Uma bolinha, duas bolinhas. - Arthur gargalhou. Lua continuava chocada, mas aos poucos a sua ficha ia caindo.

- Eu... eu não acredito! - Luaagora olhava para o ecrã com outros olhos. Ela sabia que Arthur não ia brincar com uma coisa daquelas. - Eu... meu deus! - Finalmente ela soltou lágrimas de emoção.
- Os corpos ainda não estão definidos... - Arthur tentava explicar enquanto limpava as lágrimas com as mangas da sua bata. - Mas no próximo vai dar... será uma gravidez complicada... digo, vão estar os dois a lutar pela comida, entendes?
- Assim é uma desculpa para comeres mais, Lua. - Anne gracejou.
- Estás feliz? - Arthur aproximou o seu rosto do dela para beijar-lhe finalmente.
- Estou... quero dizer, eu estou... - Lua ria e chorava ao mesmo tempo. - Eu não esperava. Dois! Uau!
- Estou feliz. Obrigado! - Arthur beijou-a mais uma vez e terminou o exame.

(...)

     Agora em casa, finalmente a sós após a hora do jantar, foram para o quarto para finalmente falarem sossegados sobre o que acabaram de descobrir hoje.

- Estás linda. Para de te ver ao espelho. - Pediu Arthur, já deitado na cama. - Há algumas coisas que eu não te disse. Já não podes usar roupas apertadas e deves começar a ouvir música calma para o bebé. Quero dizer, para os bebés.
- O que é que tu achas do meu corpo?
- Está lindo! - Confessou Arthur. - Estás linda. A gravidez deixa as mulheres lindas.
- Não estou gorda?
- Vais começar com essas paronias?
- Não. Só estou a perguntar...
- É claro que não estás. A tua barriga está a crescer. E o teu peito está bem maior. Mas isso agrada-me. E muito. - Arthur riu e fez, finalmente, Lua deitar-se na cama.

     Lua empurrou Arthur, fazendo com que se deitasse de barriga para cima na cama para agora ela poder deitar-se sobre o peito dele nu.

- Temos de pensar nos quartos... quero dizer, acho que enquanto eles forem bebés, poderão ficar no mesmo quarto. Mas a nossa casa é grande, e só depois quando eles crescerem é que cada um fica com um quarto. O que achas que vai ser? Menino ou menina? Quero dizer, podem ser dois meninos ou duas meninas. Ou então um menino e uma menina. Temos de pensar nos nomes e...
- Amor, calma. - Pediu Arthur. - Ainda dá tempo.
- Fazes-me uma massagem? Vá lá. - Insistiu ela. - Sei que estás cansado, mas eu estou a precisar. Estive o dia inteiro fechada naquele maldito escritório.
- Nem precisas de implorar, amor. - Arthur ajudou-a a levantar-se.

     Lua preparava-se para tirar a sua camisa de seda de dormir, mas Arthur adiantou-se e ajudou-a. Ela deitou-se de costas para cima e Arthur, com um pouco de safadeza desnecessária, tirou-se o soutien e beijou-lhe as costas.

- Arthur Aguiar!. Eu disse uma massagem relaxante.

- Isto faz parte. - Arthur gargalhou e foi buscar o óleo de massagem.

(...)

Notas finais:

Amanhã tem mais!! Comentem aí qualquer coisa sobre o capítulo


6 comentários:

  1. MEU DEUS gemios kkkkk haaaaaaaaaaaa ameiiiiiiiiiiii anssiosa queria uma menina e um menino kkkk

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  2. Gémeos '-' Nossa ! Tomara que seja um menino e uma menina :)

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  3. Ownt que fofos, gêmeos *-*

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  4. Ownt que fofos adorei saber que é gêmeos !!#casalindoo

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  5. Ai que fofos, posta maiss

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  6. Tomara q seja um casal, seria mt fofo um casal de gêmeos

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