Milagres do Amor - Cap. 83º | Últimos Capítulos

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Milagres do Amor | Últimos Capítulos
10 segundos… | Parte 2 – Final

Pov Narrador

Arthur saiu sorrateiramente e voltou para a sala. Esperando o próximo passo na qual eles iriam dar. Uma certeza ele carregava dentro do peito, que estava a ponto de explodir de dor por sua princesinha nas mãos desses crápulas, mas sem dúvidas por pouco tempo. Todos sem exceção pagariam com a morte, por esse sequestro idiota e mal planejado.

Essa espera que estava o matando, mas precisava agir com esperteza, caso contrário sua filha pagaria por isso.

Seu celular vibrou, ele olhou o visor, número desconhecido.

– Arthur Aguiar. – sua voz era fria.
– Se quer tanto ver sua filha, vá a Rua 27 uma casa verde o espera. – a voz estava destorcida, usavam um daqueles programas para mudá-la.  

Arthur desligou o celular e olhou para os presentes na sala, que o olhavam apreensivos.  

– Era o sequestrador? – perguntou Bernardo.  

Quando ele ia responder a porta se abriu com um baque. Jared e Mike entraram.  

– Chefe, recebemos a ligação antes de você e viaturas já checaram o local… Nós... – começou a gaguejar, não sabia como contaria a notícia. Apesar de seu o chefe antes de tudo ele é pai.  

Vendo que Jared não falava de uma vez, Mike tomou a frente.  

– Acharam sua prima e um corpo de uma criança. Não sabemos se é sua filha, não mexeram esperando o senhor. – sua voz não estava nada triste como sua face transparecia, e sim em um tom de deboche.

Apesar de saber que era uma armadilha, tinha que ir. Talvez, o corpo que lá jazia fosse de sua garotinha. Engoliu o excesso de saliva e levantou em um rompante, não sem antes olhar diretamente para Mike. Ele engoliu em seco e abaixou os olhos tamanha era a intensidade do olhar.

A casa verde de dois andares estava rachada, a pintura descascando, uma casa aparentemente normal. Algumas viaturas estavam no local, vários policiais abaixaram a cabeça dando os pêsames, eles tinham certeza que o bebê morto era Nicole. Arthur bufou irritado, sua filha não estava morta, seu coração de pai não lhe enganaria.

Olhou para o lado e percebeu uma equipe de televisão mais afastada.

– Suba e mande todos descerem. – rosnou para um dos policiais, que assentiu e subiu em sua frente.

Não poderia deixar pessoas inocentes morrerem por uma coisa na qual não desconfiavam. Ali poderia ser o fim para todos eles, mas não para Arthur.

Bernardo que andava lado a lado com Arthur franziu o cenho, não estava compreendendo nada. Nada ali fazia sentido. Se Arthur não tivesse um plano, ele sem dúvidas sabia de algo. E a segunda opção parecia a certa.

O interior da casa cheirava a mofo e drogas, vários sofás sujos, mesas com copos e bebidas espalhado por todo lugar. Parecia mais um local onde aconteciam festinhas de traficantes, regadas à bebida e mulheres.

Antes de subir, observou cada canto ali, gravando cada milímetro quadrado. Quando todos já haviam descido, Arthur subiu, mas não sem antes se virar e falar com Bernardo.

– Quero você fora daqui. – disse seco e se virou subindo as escadas.
– Não.

Arthur trincou os dentes e girou nos calcanhares, não acreditando no que seus ouvidos escutaram.

– O que? – arqueou uma sobrancelha ameaçadoramente.
– Desculpe chefe, mas apesar de tudo sou seu amigo. Tenho quase certeza que você sabe de algo que vai acontecer aqui, não irei embora. Por minha culpa Nick não está com vocês, eu deveria ter a protegido. – disse firme.

Agora é que vinha às palavras de consolo como toda pessoa faria, tirando uma culpa que não cabia a ele aguentar. Contudo não com Arthur, ele bem sabia que Bernardo fez o que tinha que fazer, não poderia arriscar a vida de seus filhos. Brandon estava sendo ameaçado, foi à coisa mais inteligente e sensata a se fazer.

– Se você quer assim… A vida é sua. – virou as costas e subiu os degraus.

Como achava que seria, vários quartos, camas desarrumadas e sujas. Seringas e drogas por todo o lugar. Janelas lacradas, não permitindo a passagem de luz.

– Foi assim que encontraram a casa aonde o carro chegou. Sem dúvidas uma casa de prostituição. – disse Bernardo seguindo Arthur.
– Há mais do que prostituição aqui, Bernardo.
– Você acha? – perguntou confuso.
– Não tenho dúvidas.

Arthur entrou no único quarto que mantinha alguma luz, uma luz fraca vindo de um abajur. O quarto cheirava mal como toda a casa, mas com um agravante. Cheiro de queimado e outras coisas se misturavam ali, deixando o ar mais carregado e impregnado.

Deitada com a cabeça virada para o lado, Arthur reconheceu Alana. Foi até ela e engoliu em seco. Ela estava irreconhecível, seu rosto estava com marcas arroxeadas e inchadas, seu olho esquerdo parecia uma pequena bola de golfe, o lábio inferior cortado em linha reta. Seu pescoço mantinha marcas que pareciam chupões e dedos, apenas de calcinha e sutiã seu corpo estava coberto de sangue e machucado em cada canto. Alguns fundos outros não. Estava acabada, sem dúvidas foi torturada, drogada e quem sabe estuprada?

Arthur colocou a mão a seu pescoço, ela não estava morta, pelo menos não ainda. Se continuasse sem cuidados como estava, não resistiria. Com seu toque ela abriu levemente o olho direito.

– Alana, o que aconteceu? – perguntou Arthur.

Ela permaneceu imóvel, o efeito da droga ainda estava ativo em seu sistema.

– Arthur. – Bernardo chamou do outro lado do quarto.

Arthur foi até ele, respirou fundo ao ver um bebê com a mesma roupa que sua filha usava. Ela estava de bruços, mas ali não era sua filha. Apesar da pouca luz, o bebê estava magro demais e os cabelos eram castanhos. Estava se preparando para virá-la, quando Alana soltou um gemido agoniado.

Arthur olhou em sua direção e percebeu que ela estava como o avisando de algo. Olhou novamente para o bebê morto e percebeu que estava mais levantada em um ponto. Alguma coisa estava comprimindo sua barriga.

– Bomba? – perguntou Bernardo.

Arthur assentiu e se ajoelhou do lado da cama de Alana.

– Tem algo embaixo de você? – perguntou, mas não parecia que tinha.

Não houve resposta. Ele bufou e percebeu uma corda presa em sua boca. Seguiu a linha que dava para debaixo da cama. Em cima de uma caixa, uma bomba relógio estava pronta para ser armada, a linha que estava na boca de Alana mantinha um pequeno peso. Ao menor movimento seria acionado, tornando impossível tira-la dali com vida.

– Uma bomba relógio.
– O que? – perguntou Bernardo alarmado.

Arthur não respondeu, caminhou pelo quarto pensando em algo. Jamais poderia deixá-la ali, e se eles amarraram alguma coisa em sua língua de maneira nenhuma queria que ela falasse algo. Ela era a única resposta para as várias perguntas que metralhavam incansavelmente sua cabeça. Ela teria que viver.

Agachou-se e percebeu que o peso pressionava um botão, onde a bomba seria acionada.

– Bernardo, quando eu falar corte a linha, saia correndo com ela daqui. Você tem menos de um minuto para ir para a porta dos fundos e correr. – sua voz era firme.
– Não, eu não farei isso. Vamos todos morrer. – falou exasperado.
– Olha você quis vir, então vai ter que aguentar as consequências. – cuspiu em todas as direções. – Não temos tempo, larga de ser frouxo e faz o que eu digo. Se algo acontecer comigo, você terá que encontrar minha filha e entregá-la para Lua. Está me escutando? Caso contrário, pode ter certeza que eu não deixarei você viver sua vida em paz. De onde eu estiver eu volto, e sua vida vai virar um inferno. – seus olhos antes tão intensos mostravam um brilho maligno e estranho, intensificando mais a ameaça.

Bernardo engoliu em seco e assentiu, tirou o canivete de seu bolso e chegou mais perto de Alana. Alienada demais para perceber mais alguma coisa. Arthur tinha dez segundos até a bomba explodir.

Ele pressionou o peso com seu dedo indicador. Tinha que contar com a sorte.

– Agora.

Bernardo cortou e imediatamente pegou Alana no colo, olhou para Arthur que assentiu e correu porta afora.

Arthur se manteve, segurou por algum tempo, o tempo para Bernardo descer. Fechou os olhos e respirou fundo. Lembrando cada momento lindo que viveu com Lua e seus filhos. Uma lágrima escorreu de seus olhos, não poderia ser fraco agora. Contudo confiava em Bernardo, sabia que ele daria conta de encontrar sua filha. Morreria com prazer se isso fosse trazê-la de volta. Lua iria sofrer, mas suportaria.

Ela é mais forte do que pensa, ele tinha certeza que por seus filhos ela iria até o fim, viveria por eles e daria a vida por eles. Como ele estava prestes a fazer. Porém não estava na hora dele ir, só se Deus assim quisesse. Se ele planejava assim, um caminho maravilhoso estava traçado para sua família, não iria deixá-los desamparados.

Antes de deixar tudo para trás, Arthur expulsou esses pensamento, parar de viver uma coisa que não aconteceria. Ele sabia que para isso precisava ser forte, pois a vida continuava em sua volta e a cada momento perdido, sua filha era quem pagava o pior preço.

Então, ele tirou o dedo do botão e correu em direção à porta…

Um barulho alto e ensurdecedor, fez com que todos que estavam parados perto do prédio se agacharem assustados. Em seguida pedaços de vidros caíram em toda direção, a casa estava vindo abaixo, anunciando a explosão da bomba.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

Caramba! Eu sempre fico roendo as unhas de tão nervosa com essa parte. Socooorrooooo!!!

O que vocês acham que vai acontecer com o Arthur? Será que ele se salvou? E o Bernardo conseguiu sair com a Alana de lá? Só ela pode ajudar eles!
Depois de todo mal que causou, o pior foi o que ela mesmo procurou pra si própria :(

Novo post só a noite,  ok?

Sem: Maaais. Continua. Posta mais. +++++++++.

Obrigada!

Beijos.

11 comentários:

  1. O Arthur tem que sobreviverrrrr !!!

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  2. N o Arthur n pode morrer😭😭
    Tomará que dê tudo certo e termine bem

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  3. Tomare que nada tenha acontecido e que ele esteja bem..

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  4. Arthur, se você morrer, não sei o que faço com você. E Alana, não tem como rir da sua situação. Retiro o que eu disse

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  5. Meu Deus o Thur naum pode Morre,Tadinha Da Lu ela naum vai suporta perde o Arthur,Anciosa para o Próximo *--*

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  6. o thur n pode morrer ,eles tem que ser felizes terem uma boa familia

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  7. Mdsss o Arthur tem que sobreviver!!!!

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  8. Meu Deus! O Arthur não pode morrer!

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  9. Meu Deus :O Arthur não pode morrer não.
    Essa prima dele sim mais a Nick esta nas mãos dessa condenada --'

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  10. Eu que vou morrer de curiosidade daqui a pouco...To super curiosa,tomara que nada tenha acontecido com o Arthur.

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