Milagres
do Amor | Últimos Capítulos
10 segundos… | Parte 2 – Final
Pov
Narrador
Arthur
saiu sorrateiramente e voltou para a sala. Esperando o próximo passo na qual
eles iriam dar. Uma certeza ele carregava dentro do peito, que estava a ponto
de explodir de dor por sua princesinha nas mãos desses crápulas, mas sem
dúvidas por pouco tempo. Todos sem exceção pagariam com a morte, por esse
sequestro idiota e mal planejado.
Essa
espera que estava o matando, mas precisava agir com esperteza, caso contrário
sua filha pagaria por isso.
Seu
celular vibrou, ele olhou o visor, número desconhecido.
–
Arthur Aguiar. – sua voz era fria.
–
Se quer tanto ver sua filha, vá a Rua 27 uma casa verde o espera. – a voz
estava destorcida, usavam um daqueles programas para mudá-la.
Arthur
desligou o celular e olhou para os presentes na sala, que o olhavam
apreensivos.
–
Era o sequestrador? – perguntou Bernardo.
Quando
ele ia responder a porta se abriu com um baque. Jared e Mike entraram.
–
Chefe, recebemos a ligação antes de você e viaturas já checaram o local… Nós...
– começou a gaguejar, não sabia como contaria a notícia. Apesar de seu o chefe
antes de tudo ele é pai.
Vendo
que Jared não falava de uma vez, Mike tomou a frente.
–
Acharam sua prima e um corpo de uma criança. Não sabemos se é sua filha, não
mexeram esperando o senhor. – sua voz não estava nada triste como sua face
transparecia, e sim em um tom de deboche.
Apesar
de saber que era uma armadilha, tinha que ir. Talvez, o corpo que lá jazia
fosse de sua garotinha. Engoliu o excesso de saliva e levantou em um rompante,
não sem antes olhar diretamente para Mike. Ele engoliu em seco e abaixou os
olhos tamanha era a intensidade do olhar.
A
casa verde de dois andares estava rachada, a pintura descascando, uma casa
aparentemente normal. Algumas viaturas estavam no local, vários policiais
abaixaram a cabeça dando os pêsames, eles tinham certeza que o bebê morto era
Nicole. Arthur bufou irritado, sua filha não estava morta, seu coração de pai
não lhe enganaria.
Olhou
para o lado e percebeu uma equipe de televisão mais afastada.
–
Suba e mande todos descerem. – rosnou para um dos policiais, que assentiu e
subiu em sua frente.
Não
poderia deixar pessoas inocentes morrerem por uma coisa na qual não
desconfiavam. Ali poderia ser o fim para todos eles, mas não para Arthur.
Bernardo
que andava lado a lado com Arthur franziu o cenho, não estava compreendendo
nada. Nada ali fazia sentido. Se Arthur não tivesse um plano, ele sem dúvidas
sabia de algo. E a segunda opção parecia a certa.
O
interior da casa cheirava a mofo e drogas, vários sofás sujos, mesas com copos
e bebidas espalhado por todo lugar. Parecia mais um local onde aconteciam
festinhas de traficantes, regadas à bebida e mulheres.
Antes
de subir, observou cada canto ali, gravando cada milímetro quadrado. Quando
todos já haviam descido, Arthur subiu, mas não sem antes se virar e falar com
Bernardo.
–
Quero você fora daqui. – disse seco e se virou subindo as escadas.
–
Não.
Arthur
trincou os dentes e girou nos calcanhares, não acreditando no que seus ouvidos
escutaram.
–
O que? – arqueou uma sobrancelha ameaçadoramente.
–
Desculpe chefe, mas apesar de tudo sou seu amigo. Tenho quase certeza que você
sabe de algo que vai acontecer aqui, não irei embora. Por minha culpa Nick não
está com vocês, eu deveria ter a protegido. – disse firme.
Agora
é que vinha às palavras de consolo como toda pessoa faria, tirando uma culpa
que não cabia a ele aguentar. Contudo não com Arthur, ele bem sabia que
Bernardo fez o que tinha que fazer, não poderia arriscar a vida de seus filhos.
Brandon estava sendo ameaçado, foi à coisa mais inteligente e sensata a se
fazer.
–
Se você quer assim… A vida é sua. – virou as costas e subiu os degraus.
Como
achava que seria, vários quartos, camas desarrumadas e sujas. Seringas e drogas
por todo o lugar. Janelas lacradas, não permitindo a passagem de luz.
–
Foi assim que encontraram a casa aonde o carro chegou. Sem dúvidas uma casa de
prostituição. – disse Bernardo seguindo Arthur.
–
Há mais do que prostituição aqui, Bernardo.
–
Você acha? – perguntou confuso.
–
Não tenho dúvidas.
Arthur
entrou no único quarto que mantinha alguma luz, uma luz fraca vindo de um
abajur. O quarto cheirava mal como toda a casa, mas com um agravante. Cheiro de
queimado e outras coisas se misturavam ali, deixando o ar mais carregado e
impregnado.
Deitada
com a cabeça virada para o lado, Arthur reconheceu Alana. Foi até ela e engoliu
em seco. Ela estava irreconhecível, seu rosto estava com marcas arroxeadas e
inchadas, seu olho esquerdo parecia uma pequena bola de golfe, o lábio inferior
cortado em linha reta. Seu pescoço mantinha marcas que pareciam chupões e
dedos, apenas de calcinha e sutiã seu corpo estava coberto de sangue e
machucado em cada canto. Alguns fundos outros não. Estava acabada, sem dúvidas
foi torturada, drogada e quem sabe estuprada?
Arthur
colocou a mão a seu pescoço, ela não estava morta, pelo menos não ainda. Se
continuasse sem cuidados como estava, não resistiria. Com seu toque ela abriu
levemente o olho direito.
–
Alana, o que aconteceu? – perguntou Arthur.
Ela
permaneceu imóvel, o efeito da droga ainda estava ativo em seu sistema.
–
Arthur. – Bernardo chamou do outro lado do quarto.
Arthur
foi até ele, respirou fundo ao ver um bebê com a mesma roupa que sua filha
usava. Ela estava de bruços, mas ali não era sua filha. Apesar da pouca luz, o
bebê estava magro demais e os cabelos eram castanhos. Estava se preparando para
virá-la, quando Alana soltou um gemido agoniado.
Arthur
olhou em sua direção e percebeu que ela estava como o avisando de algo. Olhou
novamente para o bebê morto e percebeu que estava mais levantada em um ponto.
Alguma coisa estava comprimindo sua barriga.
–
Bomba? – perguntou Bernardo.
Arthur
assentiu e se ajoelhou do lado da cama de Alana.
–
Tem algo embaixo de você? – perguntou, mas não parecia que tinha.
Não
houve resposta. Ele bufou e percebeu uma corda presa em sua boca. Seguiu a
linha que dava para debaixo da cama. Em cima de uma caixa, uma bomba relógio
estava pronta para ser armada, a linha que estava na boca de Alana mantinha um
pequeno peso. Ao menor movimento seria acionado, tornando impossível tira-la
dali com vida.
–
Uma bomba relógio.
–
O que? – perguntou Bernardo alarmado.
Arthur
não respondeu, caminhou pelo quarto pensando em algo. Jamais poderia deixá-la
ali, e se eles amarraram alguma coisa em sua língua de maneira nenhuma queria
que ela falasse algo. Ela era a única resposta para as várias perguntas que
metralhavam incansavelmente sua cabeça. Ela teria que viver.
Agachou-se
e percebeu que o peso pressionava um botão, onde a bomba seria acionada.
–
Bernardo, quando eu falar corte a linha, saia correndo com ela daqui. Você tem
menos de um minuto para ir para a porta dos fundos e correr. – sua voz era
firme.
–
Não, eu não farei isso. Vamos todos morrer. – falou exasperado.
–
Olha você quis vir, então vai ter que aguentar as consequências. – cuspiu em
todas as direções. – Não temos tempo, larga de ser frouxo e faz o que eu digo.
Se algo acontecer comigo, você terá que encontrar minha filha e entregá-la para
Lua. Está me escutando? Caso contrário, pode ter certeza que eu não deixarei
você viver sua vida em paz. De onde eu estiver eu volto, e sua vida vai virar
um inferno. – seus olhos antes tão intensos mostravam um brilho maligno e
estranho, intensificando mais a ameaça.
Bernardo
engoliu em seco e assentiu, tirou o canivete de seu bolso e chegou mais perto
de Alana. Alienada demais para perceber mais alguma coisa. Arthur tinha dez
segundos até a bomba explodir.
Ele
pressionou o peso com seu dedo indicador. Tinha que contar com a sorte.
–
Agora.
Bernardo
cortou e imediatamente pegou Alana no colo, olhou para Arthur que assentiu e
correu porta afora.
Arthur
se manteve, segurou por algum tempo, o tempo para Bernardo descer. Fechou os
olhos e respirou fundo. Lembrando cada momento lindo que viveu com Lua e seus
filhos. Uma lágrima escorreu de seus olhos, não poderia ser fraco agora.
Contudo confiava em Bernardo, sabia que ele daria conta de encontrar sua filha.
Morreria com prazer se isso fosse trazê-la de volta. Lua iria sofrer, mas
suportaria.
Ela
é mais forte do que pensa, ele tinha certeza que por seus filhos ela iria até o
fim, viveria por eles e daria a vida por eles. Como ele estava prestes a fazer.
Porém não estava na hora dele ir, só se Deus assim quisesse. Se ele planejava
assim, um caminho maravilhoso estava traçado para sua família, não iria
deixá-los desamparados.
Antes
de deixar tudo para trás, Arthur expulsou esses pensamento, parar de viver uma
coisa que não aconteceria. Ele sabia que para isso precisava ser forte, pois a
vida continuava em sua volta e a cada momento perdido, sua filha era quem
pagava o pior preço.
Então,
ele tirou o dedo do botão e correu em direção à porta…
Um
barulho alto e ensurdecedor, fez com que todos que estavam parados perto do
prédio se agacharem assustados. Em seguida pedaços de vidros caíram em toda
direção, a casa estava vindo abaixo, anunciando a explosão da bomba.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
Caramba! Eu sempre fico roendo as unhas
de tão nervosa com essa parte. Socooorrooooo!!!
O que vocês acham que vai acontecer com
o Arthur? Será que ele se salvou? E o Bernardo conseguiu sair com a Alana de
lá? Só ela pode ajudar eles!
Depois de todo mal que causou, o pior
foi o que ela mesmo procurou pra si própria :(
Novo post só a noite, ok?
Sem: Maaais. Continua. Posta
mais. +++++++++.
Obrigada!
Beijos.
O Arthur tem que sobreviverrrrr !!!
ResponderExcluirN o Arthur n pode morrer😭😭
ResponderExcluirTomará que dê tudo certo e termine bem
Tomare que nada tenha acontecido e que ele esteja bem..
ResponderExcluirArthur te proíbo de morrer
ResponderExcluirArthur, se você morrer, não sei o que faço com você. E Alana, não tem como rir da sua situação. Retiro o que eu disse
ResponderExcluirMeu Deus o Thur naum pode Morre,Tadinha Da Lu ela naum vai suporta perde o Arthur,Anciosa para o Próximo *--*
ResponderExcluiro thur n pode morrer ,eles tem que ser felizes terem uma boa familia
ResponderExcluirMdsss o Arthur tem que sobreviver!!!!
ResponderExcluirMeu Deus! O Arthur não pode morrer!
ResponderExcluirMeu Deus :O Arthur não pode morrer não.
ResponderExcluirEssa prima dele sim mais a Nick esta nas mãos dessa condenada --'
Eu que vou morrer de curiosidade daqui a pouco...To super curiosa,tomara que nada tenha acontecido com o Arthur.
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