15 dias para confessar - Louis

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Pov narrador

     O hospital está 24 horas de portas abertas para receberem os doentes que realmente necessitem de ajuda seja para o seu físico ou psicológico. Para isso, é necessário que haja docentes prontos a os ajudarem com as técnicas que passaram anos a estudar.

     Arthur sabia que o hospital precisava de pessoal para trabalhar e não perdeu tempo ao dar um ou dois nomes de amigos seus que conheceu na faculdade. Seria um prazer voltar a vê-los. 
     Mexendo as papeladas aqui e ali, um dos nomes que indicou foi contratado para exercer a sua profissão num contrato de seis meses. 
     Ele chama-se Louis Armstrong. Tem 27 anos, é solteiro e vivia no interior do país. Agora no litoral, terá de arranjar casa para se acomodar e aproveitar esta oportunidade.

     Arthur foi buscá-lo ao aeroporto. Tinha deixado Lua na empresa onde trabalha para agora receber o amigo. A ideia de Louis ficar na casa do casal, não agradou a Lua, visto que agora não poderão ter tanta intimidade como estavam acostumados. Mas será por pouco tempo, tal como Arthur dizia.

- Arthur!
- Louis! - Os dois cumprimentaram-se com um abraço e depois dirigiram-se para o carro. - Como estão as coisas lá?
- Estavam bem. Mas aquele hospital não era o melhor quanto às condições pelas quais padeci. Espero que agora seja diferente. E tu? Como vai essa vida de casado?
- Melhor impossível. - Respondeu com um sorriso nos lábios. - Sabes que era isto que eu queria.
- Se sei! Ainda me lembro das nossas noites na residência da Universidade, em que só me falavas dela dia e noite. 
- É o amor da minha vida. - Arthur gargalhou.

     Em trinta minutos chegaram à casa de Arthur
     A casa era em tons claros, com jardim, piscina e garagem particular. A casa, em si, situava-se numa região rodeada por sistemas de vigilância por serem portadoras de fortunas. 
     Tinha dois andares, três quartos de dormir, sótão, cozinha, salas, escritórios, quatro casas de banho e um quarto a mais para noites de inverno com direito a lareira interior.

- Ficas com este quarto. - Disse Arthur. - Tens casa de banho ao lado, tv, um grande vestuário e... bom, acho que é só.
- Grande casa! - Exclamou Louis admirando tudo.

(...)

     A hora do jantar em casa dos Aguiar era sempre por volta das nove horas da noite, nunca falhava. Isto apenas quando Arthur jantava em casa, o que era raro. 
     Louis foi "convidado" a ficar mais tempo no hospital apesar de ser o seu primeiro dia. 
     O casal encontrava-se então sozinho.
     Após o jantar, decidiram acomodar-se no sofá para verem a novela juntos. Arthur odiava ver a novela, mas via pela sua mulher.

- E como foi o dia hoje?
- Chato. - Lua suspirou. - Noto um stress qualquer no pessoal de lá. Fazem as coisas por fazer e não por gosto. Assim a empresa não vai para a frente. 
- O vosso chefe tem de puxar por vocês, apesar de quase trabalharem cada um por si. 
- Eu sou advogada mas sigo regras, senhor Aguiar.
- Eu também sigo, sabias? - Arthur puxou as pernas de Lua para o seu colo e assim poder ter-lhe mais próxima de si para poder beijá-la. 
- Que tal a gente aproveitar o facto de estarmos sozinhos em casa para...
- Nem termines a frase. - Arthur roubou-lhe um beijo. 
- Eu ia dizer para lavarmos a louça mas já que te adiantas-te... 
- Eu dou-te a louça. - Respondeu Arthur mais atrevido ao colocar a mão por baixo da camisola de Lua desejoso de lhe desprender o soutien.

(...)

- Bom dia, eu gostaria de... - Arthur perdeu a fala.

     Encontrava-se no bar do hospital quinze minutos antes de entrar no serviço para tomar um café.

- Gaspar? - Arthur quase gaguejou.
- Bom dia, senhor doutor. - Respondeu ele com alguma ironia.
- Desde quando trabalhas cá?
- À pouco tempo mesmo. Não te preocupes.
- Não, de todo. Apenas fiquei surpreso. 
- Gostarias de...? - Perguntou ele.
- Um café. E um pastel de nata, já agora.
- Com certeza. Já to levo à mesa.
- Agradeço. 

     Gaspar era um dos melhores amigos de Arthur, desde o secundário. Até àquela discussão absurda na sua casa, em que ofendeu a Lua no maldito jogo do "Eu nunca". É verdade que o álcool falou mais alto, tanto para o Gaspar quanto para o Arthur, mas Lua estava presente e ficou demasiado ofendida com o que o imbecil tinha dito em relação a ela. Além do mais, após os socos que Arthur deu em Gaspar naquela noite, eles nunca mais haviam se encontrado ou falado. Arthur esperava pelo menos um pedido de desculpa pela parte do amigo, mas não o obteve.

(...)

     Por volta das 14 horas da tarde, deu entrada no hospital uma adolescente entre a vida e a morte. Segundo o que o hospital percebeu, ela havia sido encontrada numa rua pouco movimentada, deitada no chão junto a uns caixotes do lixo, sem roupa e com uma picada sobre o pescoço um tanto estranha.

     Os médicos tentaram de tudo para a salvar. Mas não conseguiram. 
     Arthur ficou um tanto abalado por nunca ter visto algo deste género.


- Já sabem que idade ela tinha? - Perguntou Arthur
- Lúcia Pacheco, 24 anos. - Um colega de trabalho informava-o. - Estava solteira recentemente. Sofria de violência doméstica pela parte do namorado.
- Terá sido ele?
- Bom, como sabes, eu sou apenas um médico. - Gustavo gargalhou - Mas segundo o que percebo dessas coisas, sim, poderá ter sido o namorado. 
- Que raio! - Arthur bateu na mesa - Este pessoal de hoje em dia anda desnorteado. Não sabem lidar com o fim de um relacionamento e fazem isto. Este mundo está perdido. 

(...)

     Na empresa em que Lua trabalha, o ambiente estava um tanto agitado. Casos para resolver e mais umas quantas confusões pelo meio por ganância ou inveja. Digamos que entre advogados, o ambiente nunca será de paz. Haverá sempre alguém que quererá resolver determinado caso que não lhe pertence. E claro, tentará ser sempre o melhor.

     É claro que Lua queria ser a melhor em tribunal. Defender o seu cliente a cima de tudo. Mas sabe bem lidar com os poucos fracassos pelos quais já teve de passar, nestes poucos anos de serviço. 

     Lua tinha decidido dar uma pausa nas papeladas para lanchar. Não queria se dirigir à cafetaria par anão ter de encarar os seus colegas imbecis. Ficou-se pelo seu escritório acompanhada pelo seu café da máquina e a sua sandes habitual. 

     Eis que ela sentiu algo fora do habitual. Tentou respirar fundo mas aquele sufoco não passava. Levantou-se e foi à casa de banho. Aquilo tinha de passar de alguma forma.

     Quando saiu, deu de caras com a sua amiga Anna, também advogada mas menos agressiva e imbecil que os seus outros colegas. Ela esperava a amiga encostada à porta da casa de banho de braços cruzados. 

- Quando é que pensas dizer-lhe?
- Dizer-lhe o quê? - Lua passou a boca por água e depois em papel para secar as mãos.
- O óbvio.
- Não é o que estás a pensar... - Lua finalmente olhou para a amiga - Provavelmente foi de...
- Das tardes bem passadas dentro do teu escritório quando ele resolve vir buscar-te mais cedo. Sim, eu sei. - Anna gargalhou - Eu já tive a tua idade. Como é que achas que engravidei? Em casa? Com a minha mãe no quarto ao lado? 
- És tão... - Lua gargalhou.
- Amiga. Sim, eu sei. Vá, conta a ele de uma vez por todas! Quero ser madrinha, ok? - Avisou Anna.

(...)

Notas finais:

Que bom que gostaram da ideia.
Amanhã tem mais 




10 comentários:

  1. Ai que lindo,sera que o Arthur vai gostar?se ele n gostar eu mato ele

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  2. Ai que lindo Gravida ameiiiiiiiiii ansiosa por mais

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  3. Amei!!!! Tá linda a web!!! Espero que o Arthur goste da notícia!!

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  4. Lua gRAVIDA ? tomara que seja um menino *-*

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  5. A Anna é tão... né ? Simpatisei com ela :)
    Lua Gravida :)

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  6. Ownt *-* Luinha grávida, que fofo espero que o Arthur ame quando souber *-*

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  7. Que lino ela ta gravida ai tou babando kkkkk mais?

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  8. Arthur meu filho traser amigo pra dentro de casa e foda ne que fofo sera que vem um mini aguiar ai kkkk

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  9. conta logo Lua que coisa e vc posta logo kkkkkkkk

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